SENTIMENTOS, DIFICULDADES E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO DA MORTE PELA ENFERMAGEM
FEELINGS, DIFFICULTIES AND WAYS OF COPING WITH DEATH BY NURSING
SENTIMIENTOS, DIFICULTADES Y FORMAS DE ENFRENTAMIENTO DE LA MUERTE POR LA ENFERMERÍA
1Cléton Salbego
2Elisabeta Albertina Nietsche
3Tamiris Ferreira Pacheco
4Silvana Bastos Cogo
5Aline Ost dos Santos
6Larissa Fernanda Kohlrausch
7Tierle Kosloski Ramos
1Centro Universitário da Serra Gaúcha, Caxias do Sul, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-3734-9970
2Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-8006-2038
3Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-2090-2314
4Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1686-8459
5Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1849-9933
6Centro Universitário da Serra Gaúcha, Caxias do Sul, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0236-0523
7Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7901-3792
Autor correspondente
Cléton Salbego
Rua Santos Lemos, 306, apto 302. Caxias do Sul. CEP – 95096390.
Contato: +55(55) 99922-1825
E-mail: cletonsalbego@hotmail.com.
RESUMO
Objetivo: Conhecer os sentimentos, dificuldades e as estratégias de enfrentamento dos profissionais de enfermagem frente à situação de morte dos pacientes. Métodos: Revisão integrativa da literatura realizada com busca na Biblioteca Virtual em Saúde, em dezembro de 2021. Utilizaram-se as palavras-chave: “atitude frente à morte” e “enfermagem”. Resultados: Foram encontrados 60 artigos, destes, 13 foram selecionados. Dentre as dificuldades enfrentadas pelos profissionais de enfermagem frente a morte, está o lidar com a finitude; compreender e aceitar o sofrimento causado pela morte; os sentimentos vivenciados diante do processo de morrer e morte e as estratégias de enfrentamento da morte pelos profissionais de enfermagem. Considerações finais: Fomentar espaços de discussão sobre o processo de morte e morrer, nas suas múltiplas visões culturais e científicas pode minimizar o sofrimento. Além disso, discutir a morte na formação não isenta o profissional do sofrimento, possibilita refletir acerca do suporte frente ao processo de morte.
Palavras-chave: Atitude frente à morte; Morte; Emoções; Enfermagem.
ABSTRACT
Objective: To know the feelings, difficulties and coping strategies of nursing professionals facing the situation of death of patients. Methods: Integrative literature review carried out with a search in the Virtual Health Library, in december 2021. The keywords "attitude toward death" and "nursing" were used. Results: 60 articles were found and selected 13. Difficulties are identified: the dealing with finitude; difficulty in understanding and accepting the suffering caused by death; the feelings experienced in the process of death and dying and the coping strategies of death by nursing professionals. Final Considerations: Fostering discussion spaces about the process of death and dying, in its multiple cultural and scientific visions can minimize suffering. In addition, discussing death from the training process may not exempt the professional from suffering, but can prepare it to better support the process.
Keywords: Attitude to death; Death; Emotions; Nursing.
RESUMEN
Objetivo: Conocer los sentimientos, dificultades y estrategias de afrontamiento de los profesionales de enfermería ante la situación de muerte de los pacientes. Métodos: Revisión integrativa de la literatura realizada mediante la búsqueda en la Biblioteca Virtual en Salud, em diciembre de 2021. Se utilizaron lãs palabras clave: "actitud frente a lamuerte", y "enfermería". Resultados: Se han encontrado 60 artículos y seleccionados 13. Se identifican como dificultades: el manejo de lafinitud; dificultad para comprender y aceptar El sufrimiento causado por La muerte; los sentimientos vivenciados ante El proceso de morir y muerte y lãs estrategias de enfrentamiento de La muerte por los profesionales de enfermería. Consideraciones finales: Fomentar espacios de discusión sobre El proceso de muerte y morir, en sus múltiples visiones culturales y científicas puede minimizar El sufrimiento. Además, discutir La muerte desde El proceso de formación puede no eximir al profesional del sufrimiento, sin embargo, puede prepararlo para soportar mejor El proceso.
Palabras clave: Actitud Frente a la Muerte; Muerte; Emociones; Enfermería.
INTRODUÇÃO
A temática da morte e o processo de morrer, residem no ideário coletivo das sociedades ocidentais, sendo propagados indiscriminadamente por veículos de comunicação de larga natureza. A morte é uma notícia frequente, destacando-se os casos nos quais o delinear do morrer se sucede em completo anonimato, na solidão, sem cuidados e uma presença amiga que possa propiciar o aconchego de uma relação humana, aliado a cuidados embasados em conhecimentos científicos1.
Ademais, falar sobre a morte é pautar questões sobre que se está fazendo da vida, ou o que não fez, dos planos, sonhos, perdas, do tempo e o que ainda resta. A morte do outro é uma lembrança da própria morte, e nisto consiste a dificuldade das pessoas em dar àqueles que morrem a ajuda e a afeição de que necessitam, ao se despedir dos outros2,3.
O processo de morte e morrer e as suas implicações estão presentes no cotidiano dos profissionais de saúde. A discussão desta temática, evento natural do ciclo vital, está repleta de preconceitos porque a cultura ocidental relaciona morte à derrota, ao fracasso, acarretando estranheza, sofrimento e repulsa por parte dos profissionais engajados para defender a vida4. Sob este prisma, os profissionais compreendem a morte como resultado do fracasso terapêutico e do esforço pela cura.
Frequentemente os profissionais de saúde são expostos a casos de enfrentamento da morte de pessoas sob seus cuidados, encontrando dificuldades em encará-la como parte integrante da vida, tendo-a como resultado do fracasso terapêutico e do esforço pela cura. A percepção da morte como natural é uma ferramenta de enfrentamento no cotidiano dos enfermeiros3. Estudar as concepções culturais do processo saúde-doença-morte nas diferentes sociedades pode proporcionar a compreensão aos enfermeiros de seus próprios valores e crenças diante da morte e do morrer, bem como ações relacionadas com as questões do cotidiano que influenciam na vida pessoal e profissional3.
A simples convivência diária com a morte não isenta os profissionais da expressão de sentimentos ruins, sendo necessário que tenham melhor compreensão sobre esse fato, para poderem sofrer menos, controlar as emoções e melhor ajudar os pacientes e seus familiares. Embora a morte faça parte da vida e seja exatamente esta perspectiva que vai (re) significa-la, falar sobre o tema sempre assustou o homem, mesmo em se tratando dos profissionais de saúde, cônscios da impotência humana e da própria morte3.
Diante de pacientes que apresentam doenças avançadas, em progressão, e que não respondem ao tratamento modificador da doença, a morte é irreversível, sendo crucial estabelecer estratégias de atuação para os cuidados e o enfrentamento em fim de vida do paciente e das memórias resultantes para os familiares2.
Percebe-se a premência da implementação de ações direcionadas à experiência dos profissionais. É relevante valorizar a dimensão emocional da equipe de enfermagem, destacando que antes de cuidar do outro que está morrendo, é preciso cuidar de si1. É essencial um novo olhar sobre esse processo, que encare a sua complexidade e atenda às especificidades dos envolvidos2. Além da urgência de disponibilizar recursos teóricos, metodológicos sobre o enfrentamento da morte bem como ferramentas para acolher as demandas emocionais do profissional, paciente e familiares.
Visando manter a qualidade de assistência prestada pela equipe de enfermagem ao indivíduo e a sua família, e diante dos fatores apresentados e a presença da morte no seu contexto de vida de prática clínica, o presente estudo objetivou conhecer os sentimentos, dificuldades e as estratégias de enfrentamento dos profissionais de enfermagem frente à situação de morte do paciente.
MÉTODOS
Trata-se de uma revisão integrativa5, que viabilizou a busca, a avaliação crítica e a síntese das evidências sobre os sentimentos, dificuldades e estratégias de enfrentamento dos profissionais de enfermagem frente à situação de morte do paciente. Para alcançar o objetivo proposto foram seguidas as seguintes etapas5: identificação do tema, construção da questão de pesquisa, estabelecimento dos critérios de inclusão, definição das informações a serem extraídas dos estudos, avaliação das evidências e análise (categorização), discussão e apresentação da síntese do conhecimento.
A construção da questão de pesquisa elencou-se os elementos da estratégia Population/Patient/Problem – Interest - Context (PICo). Para tanto, acrônimo “P” (população almejada), os profissionais de enfermagem; como acrônimo “I” (interesse), sentimentos, dificuldades e estratégias de enfrentamento e o acrônimo “Co” (contexto), atitude frente a situação de morte do paciente. Tem-se como questão de pesquisa: “Quais as evidências científicas, sentimentos, dificuldades e estratégias de enfrentamento apresentados pelos profissionais frente à situação de morte do paciente?”.
Os critérios de inclusão foram: artigos originais completos disponíveis on-line, publicações nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola, publicados nos últimos dez anos. Isso ocorreu devido às Diretrizes Curriculares Nacionais de Enfermagem que propuseram, nesse período, mudanças dos conteúdos desenvolvidos nos cursos de graduação em Enfermagem no Brasil e que podem refletir na formação acadêmica na temática do processo de morrer e morte.
Optou-se por elencar como critérios de exclusão: artigos de reflexões, relatos de experiências, teses, dissertações e monografias, manuais, capítulos de livros, editoriais, revisão da literatura narrativa, revisão de literatura integrativa), os que não corresponderem a questão de pesquisa e a temática do estudo.
A busca ocorreu em dezembro de 2021, na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), selecionando as seguintes bases de dados: National Library of Medicine (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS) e, Base de Dados de Enfermagem (BDENF). Para tal foram utilizados os seguintes Descritores em Ciências e Saúde (DeCS): “atitude frente à morte” e “enfermagem” combinado pelo operador Booleano AND. Os artigos duplicados foram analisados apenas uma vez. Optou-se por um único revisor. Após o uso dos critérios de inclusão e exclusão elegeu-se treze artigos para o corpus.
A coleta de dados procedeu-se a partir da leitura criteriosa dos títulos, resumos e conteúdo dos artigos. Na sequência, catalogaram-se os artigos em ficha de análise documental adaptada e organizada da seguinte forma: artigo, autor, ano, revista, base de dados, país de origem, método e principais resultados para facilitar a interpretação dos dados e discussão dos resultados.
Os níveis de evidência dos estudos incluídos no corpus foram analisados de acordo com as seis categorias: Nível I – Evidências oriundas de revisões sistemáticas ou metanálises de relevantes ensaios clínicos; Nível II – Evidências derivadas de pelo menos um ensaio clínico randomizado controlado bem delineado, evidência moderada; Nível III – Ensaios clínicos bem delineados sem randomização; Nível IV – Estudos de coorte e de caso-controle bem delineados; Nível V – Revisão sistemática de estudos descritivos e qualitativos, evidência fraca; Nível VI – Evidências derivadas de um único estudo descritivo ou qualitativo; Nível VII – Opinião de autoridades ou relatório de comitês de especialistas6.
RESULTADOS
Do total de 60 artigos encontrados, consideram-se treze7-18 para a consolidação dos resultados da presente revisão integrativa. Partindo deste quantitativo, seis7-11 estudos foram encontrados da BDENF, seis12-17 na LILACS e um18 na MEDLINE. Quanto ao ano de publicação, encontrou-se três em 201214-16, quatro em 201310-13, um em 20149, um em 20158, dois em 20167-7, um em 201717 e um em 202018.
Sobre o idioma, doze7-17 artigos selecionados são da língua portuguesa, oriundos de pesquisas realizadas no Brasil e um18 da língua espanhola caracterizando a produção latino-americana. No que se refere à metodologia dos estudos, todos os artigos foram classificados com nível de evidência VI, visto que todos são provenientes de estudos descritivos e qualitativos. Para tanto, em relação aos sentimentos e dificuldades manifestos pelo profissional de enfermagem frente à situação de morte, bem como as estratégias de enfrentamento, estão descritos no Quadro 1.
Quadro 1. Título do artigo, sentimentos, dificuldades e estratégias de enfrentamento dos profissionais de saúde frente à morte dos pacientes, conforme os estudos selecionados. Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, 2021.
Título do artigo |
Sentimentos |
Dificuldades |
Estratégias de enfrentamento |
O processo de morte e morrer na percepção de acadêmicos de enfermagem7 |
Medo, tristeza e angústia. |
Imaturidade emocional e despreparo acadêmico em lidar com a morte |
Compreensão da morte como um processo natural; espiritualidade
|
Sentimentos e dificuldades no enfrentamento do processo de morrer e de morte por graduandos de enfermagem8 |
Fracasso, impotência |
Falta de qualificação dos profissionais |
Boa comunicação entre profissional/paciente/família |
Terminalidade da vida infantil: percepções e sentimentos de enfermeiros9 |
Impotência, tristeza |
Insuficiência na formação acadêmica dos enfermeiros. |
Vivenciam de maneira fria para mascarar e negar os sentimentos; controle emocional |
O significado da morte do paciente cirúrgico no vivido da equipe de enfermagem10 |
Angústia |
Despreparo da equipe de enfermagem |
Inautenticidade, impessoalidade e impropriedade |
Significados atribuídos pela equipe de enfermagem em unidade de terapia intensiva pediátrica ao processo de morte e morrer11 |
Fracasso, insucesso, medo, insegurança |
Falhas no preparo dos profissionais |
Espiritualidade e a religiosidade, ou as crenças religiosas; Rede de apoio institucional |
Significado do processo morte/morrer para os acadêmicos ingressantes no curso de enfermagem11 |
Medo, sofrimento, angústia, indignação, frustração |
Dificuldade de compreender e aceitar o sofrimento causado pela morte |
Visão que é um processo natural; religiosidade |
Processo de morte e morrer: sentimentos e percepções de técnicos em enfermagem12 |
Medo, impotência, tristeza, culpa, fracasso, falha limitação, angústia. |
Ausência de preparo emocional no enfrentamento do processo de sofrimento, morte e morrer. |
Espiritualidade/religião, medicação, mecanismos de defesas como negação, criação de rotinas |
Experiencias y conocimientos de los estudiantes de enfermaria ante La muerte del paciente hospitalizado13 |
Impotência, medo, dor, ansiedade, estrese |
Não se sentem preparados |
Boa qualidade de cuidados; indiferença |
Representações de profissionais de saúde sobre a morte e o processo de morrer14 |
Fracasso; angústia |
Dificuldade de aceitar, modelo curativo |
Adoção de atitude defensiva; assistência baseada na técnica, mecanismo de defesa negação |
Significados de morte e morrer no curso de enfermagem: um relato de experiência15 |
Angústia, medo |
Aceitação |
Espiritualidade, mecanismo de negação |
Vivência da morte de vítimas de trauma em pronto-socorro: estudo descritivo16 |
Tristeza, frustração |
Ausência de preparo para enfrentamento do processo de morte e morrer. |
Fuga do envolvimento como forma de autoproteção; evitar a criação de vínculo para amenizar o sofrimento |
Processo de morte e morrer: desafios no cuidado de enfermagem ao paciente e família19 |
Frustação, medo |
Fragilidade na formação do enfermeiro sobre o processo de morte-morrer e luto. |
Educação permanente, compartilhamento de experiências com pares e apego às crenças espirituais |
Atitude dos enfermeiros gestores face à morte: repercussões da pandemia por COVID-1920 |
aceitação neutralidade e “medo |
Fragilidade na formação, despreparo para lidar com as questões relacionadas à morte |
Investir na preparação dos enfermeiros gestores para lidar com a morte e o processo de morrer, para minimizar o seu sofrimento e assegurar a otimização do acompanhamento e apoio aos enfermeiros da equipe que lidera |
Fonte: Os autores
DISCUSSÃO
Sentimentos manifestos pelo profissional de enfermagem frente à situação de morte
Entre os sentimentos vivenciados pelos enfermeiros ao presenciarem o processo de morte e morrer, os estudos8-9,13-14, revelam que a proximidade da morte de um paciente que se dedicaram horas de trabalho pode despertar sentimentos como impotência, visto que, para estes profissionais, em virtude de sua formação, o paciente sempre parece ter chances de recuperação7. É difícil aceitar a morte do paciente após exercer todos os cuidados, inevitável sentir-se incapaz, impotente pelo fato de não conseguir condizer com o juramento deferido ao tornar-se um profissional de enfermagem, formado para salvar e zelar pela vida.
A morte pode ser vivenciada pelos profissionais como uma possibilidade de não terem realizado intervenções suficientes para salvar a vida dos pacientes, levando-os a vivenciar um momento de derrota, descrito pelos sentimentos de falha13, frustração12,17, fracasso8,11,13,15, limitação13, culpa13 e insucesso11. A concepção sobre a finitude desperta no profissional a sensação de injustiça, pelo fato de se lutar a vida inteira e em troca receber a morte12.
Diferentes sentimentos vêm à tona, decorrentes do tipo de morte. A morte na velhice pode ser considerada natural e, por conseguinte, todas as outras maneiras de se morrer são entendidas como eventos contra a natureza e, por isso, desnecessárias, que deveriam ser evitadas13, e sob esses aspectos, justificam-se as emoções dos profissionais. Pode-se observar que a morte abrupta em crianças e adultos jovens, devido a crença cultural, causam sentimento de frustração nos profissionais que tentam reverter esta condição.
O medo da morte revela a consciência do indivíduo da sua finitude e a fantasia de como e quando ocorrerá16. Em estudos7,11,14,16, o medo, aparece demonstrando o sofrimento12 diante da morte dos pacientes, revelando a dificuldade e insegurança11, dos profissionais de expressar seus sentimentos. O medo está diretamente relacionado à maturidade, crenças, religião e relações socioculturais7.
A tristeza esteve presente nos estudos analisados9,17. Além dela, seis estudos apresentaram a angústia7,10,12-13,15-16 como manifestação do luto. A sensação de dever cumprido está presente, ressaltando que foram feitas as ações possíveis e trazendo tranquilidade durante o processo10,12. É notória a dificuldade do enfermeiro em aceitar a morte e em prestar-lhe a assistência na terminalidade da vida9.
Estudo18. afirma que os conflitos acarretados nos profissionais da enfermagem em relação a sua própria morte, a de seus familiares ou mesmo no exercício profissional desvelam sentimentos diferentes exemplificados pela raiva, tristeza, barganha e negação. Os supracitados carecem de discussão e de análise, de modo a propiciar enfrentamento mais apropriado do processo de morte e morrer.
Despreparo do profissional de enfermagem para lidar com a morte
Cabe destacar que o despreparo enfrentado pelos profissionais de enfermagem ao lidar com o processo de morrer e morte está diretamente relacionado com a dificuldade de se desligarem da lógica do curar, pois não conseguem perceber as necessidades dos cuidados paliativos e tem a cura como prioridade9-10,12,16-17, bem como a insuficiência curricular, isto é, a carência de discussões sobre a temática durante sua graduação7-8,11,13-15,20,21.
A morte geralmente causa grande impacto na vida das pessoas e varia conforme a maneira como cada um entende, e neste contexto, as experiências profissionais fazem a diferença7. Soma-se ainda, que a questão central é que o modelo biomédico ensina a tratar da doença e não a cuidar das pessoas, sendo assim, não abre espaço para que o profissional compreenda que o ser humano está geneticamente programado para morrer15.
A medicina paliativa e a curativa complementam-se para dar apoio ao paciente durante seu processo de adoecimento e de morrer, sendo este último parte natural do viver. A falta de preparo para enfrentar situações que exigem comunicação e suporte aos pacientes em fim de vida acarreta prejuízo na relação profissional de saúde-paciente20. Ademais, é difícil vivenciar o processo de morte e o morrer de quem se cuida10. Os autores13 sinalizam a dificuldade de compreender e aceitar o sofrimento causado pelo sentido obscuro trazido a cada indivíduo pela morte.
No âmbito de negação do processo de morte-morrer, pode-se perceber como a morte torna-se de difícil aceitação para os profissionais, entre os agravantes da percepção desse sofrimento, são ressaltados aspectos relativos à faixa etária do paciente. Admite-se que é mais fácil a aceitação da morte quando se trata de ser humano adulto ou idoso diferente do que ocorre com pessoas mais jovens e crianças7. A aceitação da morte infantil é difícil para o enfermeiro9,11,17.
O cuidado ao paciente com uma doença fora as possibilidades de cura em progressão e estágio avançado coloca em pauta a finitude do homem, a impotência do profissional de saúde perante esse, o desejo pela cura do paciente, a dificuldade de lidar com o desgaste da família e de aceitar a morte do paciente de acordo com o vínculo criado7. No âmbito de negação do processo de morte-morrer pelos profissionais, é difícil aceitação da morte, sendo mais fácil a aceitação da morte do adulto ou idoso diferente do que ocorre com pessoas mais jovens e crianças7. A aceitação da morte infantil é difícil para o enfermeiro9,11,17.
Embora se perceba a predisposição dos profissionais para o apoio às famílias por ocasião da comunicação do óbito, ainda se evidenciam muitas lacunas no tocante a uma sistemática adequada para abordar tais situações de enfrentamento. Cada profissional apresenta, assim, uma postura quase que instintiva e particular para lidar com a perda10. Diante desses aspectos, deduz-se que, na formação profissional, importam meios de ensinamentos que favoreçam a incorporação do desenvolvimento de habilidades cognitivas, afetivas e emocionais. O sofrimento da equipe não pode ser mascarado por uma atitude defensiva que se justifica pelo cumprimento de normas, técnicas e rotinas, que findam por resultar numa abordagem tecnicista da assistência e cuidado em saúde15.
Conforme os artigos estudados infere-se que existe deficiência de aprofundamento teórico nesta temática para os futuros profissionais, e o processo de formação tem dois momentos de aprendizagem: a teoria e a prática; do ponto de vista técnico, o assunto morte não é discutido na graduação e, no trabalho prático é, quase sempre, desqualificado15. Sob essa perspectiva, a deficiência na educação acadêmica é apontada como principal responsável pela dificuldade de lidar com o processo de morte e morrer7. A formação profissional deve abarcar, o ensino e desenvolvimento de competências cognitivas, afetivas e emocionais.
Pesquisas informam que existem falhas no preparo dos profissionais sobre este tema. Esse panorama é ainda mais agravado ao constatar-se que as instituições hospitalares oferecem pouco ou nenhum suporte psicológico a esses profissionais diante da morte, acarretando agravos à saúde mental da equipe de enfermagem10. Os sentimentos de medo e insegurança gerados nos enfermeiros revelam o despreparo emocional para assistir o paciente em fim de vida, enfrentar e lidar com os sentimentos que a morte desperta9. Soma-se ainda ao fato que é indispensável, a comunicação estabelecida de maneira efetiva entre o profissional, o paciente e a família8.
O profissional de enfermagem deve ser preparado para o cuidado adequado ao paciente que sofre de uma doença avançada e em progressão, sob a perspectiva biopsicosocioespiritual. Isto implica também a capacidade de lidar com o sofrimento das pessoas e suas emoções, e precisam olhar e identificar suas necessidades reais, aprendendo assim a lidar com o processo de morte e o morrer7. O sofrimento da equipe não pode ser mascarado por uma atitude defensiva que se justifica pelo cumprimento de normas, técnicas e rotinas, que findam por resultar numa abordagem tecnicista da assistência e cuidado em saúde15.
Estratégias de enfrentamento pelos profissionais de enfermagem diante da morte dos pacientes
Em geral, com o intuito de enfrentarem o sofrimento gerado pela morte dos pacientes, os profissionais da enfermagem utilizam estratégias e mecanismos de defesas, individuais e coletivos, na maioria das vezes, inconscientes, tais como a negação, a repressão, racionalização, a naturalização e a criação de rotinas13. Outro estudo15, corrobora trazendo os mecanismos de defesa, ou seja, artifícios mentais inconscientes utilizados para evitar que fatos, ideias, fantasias ou sentimentos penosos sejam vivenciados, mostrando certa predominância do mecanismo de negação, embora a racionalização também se faça presente, sendo que os profissionais se protegem de uma maior vinculação com o moribundo.
A crença na transcendência humana parece ser, para alguns profissionais, a tentativa de aliviar a dor e sofrimento da consciência de sua morte e acreditam que as crenças sobre processo de morte e morrer estão intimamente relacionados a dogmas religiosos que registram a crença da existência de vida após a morte7, sendo este mecanismo de defesa A religiosidade é considerada aliada na aceitação e enfrentamento da morte, pois conforta, dá esperança e favorece a resiliência. A religião em algumas crenças, oferece uma promessa de vida após a morte e de reunião com a família perdida12. A maioria dos profissionais se fortalece na espiritualidade/religião, outros, embora poucos se utilizam de medicação para enfrentar os momentos de dificuldade que encontram no trabalho13,22.
A morte no cotidiano dos profissionais mostra reações e situações distintas e únicas, cuja intensidade e envolvimento variam desde o vivenciar o luto com a família até a busca pela racionalização e pela adoção de posturas de uma aparente frieza e neutralidade frente à situação. Os relatos dos profissionais descortinam a vivência profissional anterior, como um campo para o exercício e a construção de meios particulares para o enfrentamento e superação dos desafios de sua prática cotidiana, incluindo o luto11.
Ainda que o senso comum tenha como pressuposto a ideia de que os profissionais de saúde vivenciam de maneira fria a morte do paciente, muitos deles sentem-se compelidos a tentar lhe salvar a vida; dessa forma, se assumem essa frieza, é antes de tudo para mascarar e negar os sentimentos de tristeza e as emoções perturbadoras ao acompanhar a morte9. Percebe-se que alguns profissionais compreendem a morte como algo concreto, considerando o envelhecimento, a doença e o acidente como possibilidades do cotidiano do homem. No entanto, esse pensamento pode favorecê-los no sentido de um melhor enfrentamento da finitude ao depararem-se com as mais diversas situações de morte inerentes à sua atividade profissional12.
Os relatos dos profissionais descortinam a vivência profissional anterior, como um campo para o exercício e a construção de meios particulares para o enfrentamento e superação dos desafios de sua prática cotidiana, o que inclui o lidar com o luto10. Destaca-se que o comportamento utilizado de evitar a criação de vínculo para amenizar o sofrimento diante da morte não é privilégio dos profissionais estudados. Salienta-se que esta postura, quando exacerbada, pode culminar no cuidado pautado exclusivamente em atos mecânicos17,20.
Constatou-se que ao inserir o uso, pela instituição, de tecnologias leves nas relações de cuidadores pode ser entendido como valorização profissional e meio de satisfação do trabalhador, o que minimiza sofrimentos, refletindo-se em melhor atendimento ao paciente, além de facilitar no enfrentamento de momentos difíceis do cotidiano das práticas que envolvem a morte13,21.
Nota-se que para alguns profissionais, a morte é um evento natural da vida, pois o desenrolar do processo saúde-doença que poderá direcionar o paciente para o fim. Há uma maior naturalidade ao lidar com ela, o que não isenta a presença de sentimentos no processo, sendo esse encarado com maior serenidade9,22. Percebe-se o enfrentamento da morte e do processo de morrer está diretamente ligada a crença cultural. O entendimento do processo de morte tem várias interpretações bem como formas de enfrentamento e cada pessoa terá uma experiência diferente, baseado no seu entendimento e conhecimentos sobre os aspectos que envolvem o processo de morte e morrer.
Sob esta perspectiva, um estudo qualitativo realizado em 36 hospitais de Portugal com 3451 enfermeiros concluiu que é fundamental os enfermeiros se apropriarem estratégias de ensino aprendizagem para embasar suas ações diante do processo de morte e morrer23. Observaram-se possíveis limitações do desenvolvimento da pesquisa levando em consideração as mudanças das Diretrizes Curriculares Nacionais de Enfermagem, que culminaram na alteração da estrutura dos cursos de graduação em Enfermagem. Percebe-se que estudos desenvolvidos antes, durante e depois dessas alterações podem refletir diferenças no enfrentamento dos profissionais, visto que as mudanças na abordagem da temática podem ocasionar impactos relacionados ao despreparo dos acadêmicos.
Um estudo desenvolvido para compreender os fatores que interferem no gerenciamento do cuidado de adultos em processo de morte e morrer em um uma unidade hospitalar desenvolvido com 18 enfermeiros, 12 técnicos de enfermagem, três psicólogos, três assistentes sociais, e cinco médicos evidenciou que os aspectos subjetivos, educativos, socioculturais e institucionais interferem na interação dos enfermeiros bem como gera ordem ou desordem na gestão do cuidado de pacientes com processo de morte e morrer24.
Aqueles enfermeiros que possuem atitudes negativas diante do processo de morte e morrer podem lançar mão do desenvolvimento profissional. O bem-estar está correlacionado a atitude dos enfermeiros diante da morte, demonstrando ao papel do enfermeiro na educação para a morte com potencial para o desenvolvimento de uma visão da equipe de enfermagem mais adequada e saudável da morte e fomentando o bem estar da equipe de enfermagem diante do processo de morte e morrer. Estas estratégias tem o potencial de auxiliar nos sentimentos identificados nesse estudo como tristeza 9,17, angústia7,10,12-13,14-16, raiva, tristeza, barganha e negação19.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A discussão sobre o processo de morte e morrer na prática profissional, bem como no decorrer da graduação, pode contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional. A percepção das estratégias de enfrentamento e aperfeiçoamento destas, auxilia na assistência de enfermagem ao enfermo, sua família e no desenvolvimento da inteligência emocional do profissional. Ademais, a morte ainda é um assunto polêmico e complexo para a sociedade. Portanto, abordar o tema é de suma importância para que a morte, intrínseca ao ser humano, seja vista de forma natural e com menos sofrimento.
Este estudo propôs o levantamento e a análise da literatura científica sobre os sentimentos, dificuldades e formas de enfrentamento encontradas pela equipe de enfermagem ao vivenciarem o processo de morte e morrer bem como identificar as evidências disponíveis na literatura acerca das dificuldades enfrentadas e dos sentimentos manifestados por profissionais de enfermagem.
Percebe-se a necessidade de rever as questões relacionadas a morte e processo de morrer na formação profissional contínua, pois estes desenvolvem suas atividades cercadas de muita emoção e questionamentos, já que não foram preparados para lidar com a morte, e sim com a vida. É relevante uma profunda reflexão que transforme concepções sobre a terminalidade da vida, a realização dos desejos em fim de vida, conforto no processo de morrer ofertado por uma equipe multiprofissional com a família
Os profissionais dos estudos relataram dificuldades ainda que busquem alternativas para o enfrentamento da morte. Espaços de espiritualidade dentro da instituição, e sob a égide da existência da multiplicidade de teorias sobre a morte, podem auxiliar a compreendê-la. Fomentar espaços de discussão sobre o processo de morte e morrer, nas suas múltiplas visões culturais e científicas pode minimizar o sofrimento ainda que discutir a morte não isente o profissional do sofrimento tende a prepará-lo a suportar melhor o processo.
REFERÊNCIAS
1 - Lima R, Borsatto AZ, Vaz DC, Pires ACF, Cypriano VP, Ferreira MA. A morte e o processo de morrer: ainda é preciso conversar sobre isso. REME – Rev Min Enferm. 2017; [ acesso em 24 de fevereiro de 2022] 21:e-1040. Disponível em http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20170050
2 -. Siqueira J, Zilli F, Griebeler S. Profissionais de saúde e o processo de morte e morrer dos pacientes: uma revisão integrativa. Pers. Bioét. 2018; [acesso em 24 de fevereiro de 2022] 22(2): 288-302.Disponível em https://doi.org/10.5294/pebi.2018.22.2.7.
3 - Prado RT, Leite JL, Castro EA, Silva LJ, Silva IR. Desvelando os cuidados aos pacientes em processo de morte/morrer e às suas famílias. Rev Gaúcha de Enferm. 2018; [acesso em 24 de fevereiro de 2022] 39:e2017-0111.Disponível em https://doi.org/10.1590/1983-1447.2018.2017-0111
4 - Gonçalves JR, Simões JRS. A percepção do enfermeiro no lidar com a morte durante a assistência. Rev JRG. 2019; [acesso em 24 de fevereiro de 2022] 2(5): 166-82. Disponível em https://doi.org/10.5281/zenodo.4458686
5 - Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2008; [acesso em 24 de fevereiro de 2022] 17(4): 758-64. Disponível em https://doi.org/10.1590/S0104-07072008000400018
6. Melnyk BM, Fineout-Overholt H. Evidence-based practice in nursing and healthcare: a guide to best practice. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2005. [acesso em 24 de fevereiro de 2022] Disponível em https://cmc.marmot.org/Record/.b60769117
7 - Oliveira ES, Agra G, Morais MF, Feitosa LP, Gouveia BLA, Costa MML. O processo de morte e morrer na percepção de acadêmicos de enfermagem. Rev enferm UFPE on line. 2016; [acesso em 24 de fevereiro de 2022]10(5): 1709-16. Disponível em https://doi.org/10.5205/1981-8963-v10i5a13546p1709-1716-2016
8 - Stochero HM, Nietsche EA, Salbego C, Rodrigues LMG, Fettermann FA, Schwertner MVE, Pivetta A. Sentimentos e dificuldades no enfrentamento do processo de morrer e de morte por graduandos de enfermagem. Aquichan. 2016; [acesso em 24 de fevereiro de 2022] 16(2): 219-29. Disponível em https://doi.org/10.5294/aqui.2016.16.2.9
9 - Menin GE, Pettenon MK. Terminalidade da vida infantil: percepções e sentimentos de enfermeiros. Rev. Bioét. 2015; [acesso em 24 de fevereiro de 2022]23(3): 608-14. Disponível em https://doi.org/10.1590/1983-80422015233097
10 - Salimena AMO, Ferreira GC, Melo MCSC, Souza IEO. O significado da morte do paciente cirúrgico no vivido da equipe de enfermagem. Rev Enferm UFSM. 2014; 4(3): 645-51. Disponível em https://doi.org/10.5902/2179769211267
11 - Marques CDC, Veronez M, Sanches MR, Higarashi IH. Significados atribuídos pela equipe de enfermagem em unidade de terapia intensiva pediátrica ao processo de morte e morrer. Rev Min Enferm. 2013; [acesso em 24 de fevereiro de 2022]17(4): 823-30. Disponível em DOI: 10.5935/1415-2762.20130060
12 - Benedetti GMS, Oliveira K, Oliveira WT, Sales CA, Ferreira PC. Significado do processo morte/morrer para os acadêmicos ingressantes no curso de enfermagem. Rev. Gaúcha Enferm. 2013; [acesso em 24 de fevereiro de 2022] 34(1): 173-9. Disponível em https://doi.org/10.1590/S1983-14472013000100022
13 - Jaskowiak CR, Zamberlan P, Fontana RT. Processo de morte e morrer: sentimentos e percepções de técnicos em enfermagem. R. pesq.: cuid. fundam. 2013; [acesso em 24 de fevereiro de 2022] 5(1): 3515-22. Disponível em DOI: 10.5205/reuol.9003-78704-1-SM.1005201617
14 - Orozco-González MÁ, Tello-Sánchez GO, Sierra-Aguillón R, Gallegos-Torres RM, Xeque-Morales ÁS, Reyes-Rocha BL, Zamora-Mendoza A. Experiencias y conocimientos de losestudiantes de enfermaria ante lamuertedel paciente hospitalizado. Enfermería Universitaria. 2013; [acesso em 24 de fevereiro de 2022] 10(1): 8-13. Disponível em https://doi.org/10.6018/eglobal.483631
15 - Borges MS, Mendes N. Representações de profissionais de saúde sobre a morte e o processo de morrer. Rev Bras Enferm. 2012; [acesso em 24 de fevereiro de 2022] 65(2):324-31. Disponível em
16 - Oliveira SG, Quintana AM, Budó MLD, Lüdtke MF, Cassel PA, Wottri SH, Ferreira CB. Significados de morte e morrer no curso de enfermagem: um relato de experiência. Rev Enferm UFSM. 2012; [acesso em 24 de fevereiro de 2022] 2(2):472-9. Disponível em https://doi.org/10.1590/S0034-71672012000200019
17 - Sabatke CE, Montezeli JH, Venturini KK, Ferreira APA. Vivência da morte de vítimas de trauma em pronto-socorro: estudo descritivo. Online braz. j. nurs. 2012; [acesso em 24 de fevereiro de 2022] 11(1). Disponível em https://doi.org/10.5935/1676-4285.20120013
18 – Salum MEG, Kahl C, Cunha KS, Koerich C, Santos TO, Erdmann AL. Processo de morte e morrer: desafios no cuidado de enfermagem ao paciente e família. Rev Rene. 2017; 18(4):528-35. Disponível em http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/20280
19 - Cardoso MFPT, Martins MMFPS, Ribeiro OMPL, Pereira VLSC, Pires RMF, Santos MR. Atitude dos enfermeiros gestores face à morte: repercussões da pandemia por COVID-19. Journal Health NPEPS. 2020; [acesso em 24 de fevereiro de 2022] 5(2):42-59. Disponível em https://periodicos.unemat.br/index.php/jhnpeps/article/view/4960
20 - Coralli B. O silêncio coletivo: a morte na atualidade e o desconforto causado por ela. O Portal dos Psicólogos; 2012 [acesso em 24 de fevereiro de 2022]. Disponível em http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0656.pdf.
21 - Costa AP, Poles K, Silva AE. Formação em cuidados paliativos: experiência de alunos de medicina e enfermagem. Interface. 2016; [acesso em 24 de fevereiro de 2022] 20(59): 1041-52. Disponível em https://doi.org/10.1590/1807-57622015.0774
22 - Souza IA, Bastos NL, Vilela AB, Sena EL, Boery RN, Rocha RM. Espiritualidade e bioética nas questões sociais envolvendo a enfermagem. Rev Eletrônica Acervo Saúde. 2019; [acesso em 24 de fevereiro de 2022] 11(4):1-6. Disponível em https://doi.org/10.25248/reas.e276.2019
23 Cardoso MFPT, Ribeiro OMPL, Martins MMFPDS. A morte e o morrer: contributos para uma prática sustentada em referenciais teóricos de enfermagem. Revista Gaúcha de Enfermagem [Internet]. Revista Gaúcha de Enfermagem; 2019; [acesso em 24 de fevereiro de 2022]40(0). Disponível em: https://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2019.2018013
24 Prado RT, Leite JL, Silva ÍR, Silva LJD, Castro EABD. The process of dying/death: intervening conditions to the nursing care management. Revista Brasileira de Enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem; 2018; [acesso em 24 de fevereiro de 2022]71(4):2005–13. Disponível em https://doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0173
25 Zhang J, Tao H, Mao J, Qi X, Zhou H. Correlation between nurses' attitudes towards death and their subjective well-being. Ann Palliat Med. 2021 [acesso em 24 de fevereiro de 2022]Dec;10(12):12159-70.Disponível em: doi: 10.21037/apm-21-2943.
Submissão: 2022-03-19
Aprovado: 2022-05-03