ARTIGO ORIGINAL
CONHECIMENTO DE MULHERES ACERCA DA SAÚDE ÍNTIMA FEMININA ANTES E APÓS APLICAÇÃO DE ÁLBUM SERIADO: ESTUDO QUASE-EXPERIMENTAL
KNOWLEDGE OF WOMEN ABOUT FEMALE INTIMATE HEALTH BEFORE AND AFTER SERIAL ALBUM APPLICATION: A QUASI-EXPERIMENTAL STUDY
CONOCIMIENTO DE LAS MUJERES SOBRE LA SALUD ÍNTIMA FEMENINA ANTES Y DESPUÉS DE LA APLICACIÓN DE UN ÁLBUM SERIAL: UN ESTUDIO CUASI-EXPERIMENTAL
https://doi.org/10.31011/reaid-2023-v.97-n.1-art.1510
1Samara dos Reis Nepomuceno
2Jocilene da Silva Paiva
3Emília Soares Chaves Rouberte
4Carolina Maria de Lima Carvalho
5Leilane Barbosa de Sousa
6Marianna Carvalho e Souza Leão Cavalcanti
1Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção-CE, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9665-1446.
2Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção-CE, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8340-8954.
3Enfermeira. Pós-Doutorado em Enfermagem. Professora associada do Curso de Graduação e do Mestrado Acadêmico em Enfermagem da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção-CE, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9758-7853.
4Enfermeira. Doutorado em Enfermagem. Professora ajunta do Curso de Graduação e do Mestrado Acadêmico em Enfermagem da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção-CE, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5173-5360.
5Enfermeira. Doutorado em Enfermagem. Professora ajunta do Curso de Graduação e do Mestrado Acadêmico em Enfermagem da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção-CE, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0266-6255.
6Enfermeira. Doutorado em Enfermagem. Professora efetiva do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção-CE, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7959-0140.
Autor correspondente
Samara dos Reis Nepomuceno
Avenida da Abolição, 3 - CEP 62790-000, Redenção, Ceará, Brasil. +5585991236883. E-mail: nepomucenosamara@gmail.com.
Submissão: 19-09-2022
Aprovado: 15-03-2023
RESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento de mulheres acerca da higiene íntima feminina antes e após aplicação de intervenção educativa com álbum seriado. Tratou-se de um estudo avaliativo com desenho quase-experimental com único grupo, realizado com mulheres adultas de um Estado brasileiro entre maio e junho de 2017, em duas etapas: construção e avaliação de um álbum seriado; e implementação da ação educativa para saúde íntima feminina. Um questionário foi construído e validado mediante grupo piloto para ser aplicado antes e após a ação. Foram realizados os testes de Mann Whitney para fins de comparação de acertos, com nível de significância de 5%. Participaram 86 mulheres do estudo. A maioria (68,60%) possuía idade entre 25 e 59 anos, 43,02% eram casadas e 44,18% afirmaram ter acima de 12 anos de estudos. Acerca do conhecimento prévio sobre o tema, 90,69% das participantes consideraram o uso da calça/short jeans como prejudicial para a saúde íntima; 37,80% concordaram que não é recomendo retirar a calcinha para dormir; 25,58% não concordaram que a peça íntima após ser lavada deve secar ao sol; acerca das duchas vaginais causar doenças, 40,69% das participantes não souberam responder e 32,55% não concordaram. O percentual de acertos após a implementação da ação foi 96,51%, 29,07% acima do obtido no pré-teste. Houve uma melhora significativamente estatística (p=0,0001) dos conhecimentos das participantes sobre higiene íntima feminina após a aplicação da tecnologia educativa. As participantes conseguiram consolidar o conhecimento prévio e adquiriram novos durante a estratégia educativa adotada neste estudo.
Palavras-chave: Educação em Saúde; Tecnologia Educacional; Saúde da Mulher; Saúde Sexual e Reprodutiva; Enfermagem.
ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate the knowledge of women about feminine intimate hygiene before and after the application of an educational intervention with a flipchart. This was an evaluative study with a quasi-experimental design with a single group, carried out with adult women from a Brazilian state between May and June 2017, in two stages: construction and evaluation of a flipchart; and implementation of educational action for female intimate health. A questionnaire was built and validated through a pilot group to be applied before and after the action. The Mann Whitney tests were performed to compare the correct answers, with a significance level of 5%. 86 women participated in the study. Most (68.60%) were between 25 and 59 years old, 43.02% were married and 44.18% said they had studied for more than 12 years. Regarding previous knowledge on the subject, 90.69% of the participants considered the use of jeans/shorts as harmful to intimate health; 37.80% agreed that it is not recommended to remove panties to sleep; 25.58% did not agree that the underwear, after being washed, should be dried in the sun; about vaginal douches causing disease, 40.69% of the participants did not know how to answer and 32.55% did not agree. The percentage of correct answers after the implementation of the action was 96.51%, 29.07% above that obtained in the pre-test. There was a statistically significant improvement (p=0.0001) in the participants' knowledge about feminine intimate hygiene after the application of the educational technology. The participants managed to consolidate previous knowledge and acquired new ones during the educational strategy adopted in this study.
Keywords: Health Education; Educational Technology; Women's Health; Reproductive Health; Nursing.
RESUMEN
El objetivo de este estudio fue evaluar el conocimiento de las mujeres sobre higiene íntima femenina antes y después de la aplicación de una intervención educativa con rotafolio. Este fue un estudio evaluativo con diseño cuasi-experimental con un solo grupo, realizado con mujeres adultas de un estado brasileño entre mayo y junio de 2017, en dos etapas: construcción y evaluación de un rotafolio; e implementación de acciones educativas para la salud íntima femenina. Se construyó y validó un cuestionario a través de un grupo piloto para ser aplicado antes y después de la acción. Se realizaron las pruebas de Mann Whitney para comparar las respuestas correctas, con un nivel de significancia del 5%. 86 mujeres participaron en el estudio. La mayoría (68,60%) tenía entre 25 y 59 años, el 43,02% estaba casado y el 44,18% dijo haber estudiado más de 12 años. En cuanto a los conocimientos previos sobre el tema, el 90,69% de los participantes consideró el uso de jeans/shorts como perjudicial para la salud íntima; El 37,80% coincidió en que no se recomienda quitarse la ropa interior para dormir; El 25,58% no estuvo de acuerdo con que la ropa interior, después de ser lavada, se seque al sol; sobre las duchas vaginales causantes de enfermedad, el 40,69% de las participantes no supo responder y el 32,55% no estuvo de acuerdo. El porcentaje de aciertos tras la ejecución de la acción fue del 96,51%, un 29,07% superior al obtenido en el pretest. Hubo una mejora estadísticamente significativa (p=0,0001) en el conocimiento de las participantes sobre higiene íntima femenina después de la aplicación de la tecnología educativa. Los participantes lograron consolidar conocimientos previos y adquirieron nuevos durante la estrategia educativa adoptada en este estudio.
Palabras clave: Educación en Salud; Tecnología Educacional; Salud de la Mujer; Salud Reproductiva; Enfermería.
INTRODUÇÃO
A higiene íntima feminina diária é de suma importância para a prevenção de infecções e para o bem-estar da mulher(1). Higiene precária, sudorese no local potencializada e alérgenos podem causar sinais e sintomas de processo inflamatório, como as vulvovaginites. Além disso, o uso de roupas apertadas e de material sintético podem dificultar a evaporação do suor e secreções, predispondo o sujeito a infecções fúngicas devido ao aumento da umidade(1). Hábitos higiênicos inadequados, como higiene anal feita no sentido ânus vagina, também facilitam a contaminação vaginal por levar resíduos de fezes à região íntima, culminando no desenvolvimento de candidíase vulvovaginal(2).
Embora a literatura internacional aponte a existência do hábito feminino em identificar precocemente infecções genitais e de buscar tratamento no estágio inicial dessas e outras infecções(3), são escassos os dados epidemiológicos que corroborem essa informação no que se refere às mulheres brasileiras(4). O autocuidado efetivo da higiene íntima é imprescindível para a prevenção e o controle de infecções do trato reprodutivo e de infecções sexualmente transmissíveis (IST), bem como de sequelas e complicações conseguintes.
Muito além dos aspectos biológicos feminino, a consulta ginecológica realizada pelo enfermeiro considera a integralidade do sujeito, respeitando a autonomia da cliente durante todo o processo de construção e implementação de condutas terapêuticas. Essa prática de cuidado é considerada segura e efetiva, pois tem garantido a assistência integral à mulher conforme é preconizado pelo Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher(5).
Segundo as diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher(6), o Sistema Único de Saúde (SUS) deve estar orientado e capacitado não apenas com foco curativo, mas em uma perspectiva que visa a promoção da saúde da mulher brasileira. As necessidades da paciente e o controle de patologias mais prevalentes nesse grupo, bem como a garantia ao direito à saúde, devem ser respeitadas(6). Nesse contexto, a educação em saúde constitui uma ferramenta imprescindível no processo de capacitação dessa clientela para a aquisição de conhecimentos, atitudes e práticas favoráveis à saúde íntima.
A atenção básica, por ter como foco principal a prevenção de agravos e de doenças e a promoção da saúde da comunidade, é privilegiada no desenvolvimento de práticas educativas em saúde, sendo especialmente uma das atribuições dos profissionais de enfermagem(7). As práticas educativas, nesse nível de atenção à saúde, devem ser sensíveis às necessidades dos usuários adstritos, considerando o acolhimento e a escuta terapêutica como instrumentos indispensáveis para a sua efetiva implementação(8). Se devidamente aplicadas, elas podem transformar os conhecimentos prévios, assim como gerar o intercâmbio de conhecimentos técnico-científicos e empíricos na comunidade, formando o saber compartilhado entre profissional e cliente e entre os seus pares sobre o processo saúde-doença(9).
Dentre os instrumentos e estratégias utilizados para a educação em saúde, tem-se o álbum seriado. Essa tecnologia reúne uma coleção de folhas organizadas com textos breves e figuras, configurando-se um material educativo embasado em conhecimento científico, o qual facilita o compartilhamento do conhecimento(10). Ademais, trata de uma tecnologia de baixo custo e alto valor didático para a construção e consolidação de conhecimentos(10). Esse tipo de tecnologia educativa pode ser útil para capacitar a comunidade feminina acerca da sua higiene íntima, embora a literatura atual não disponha de estudos que construíram e implementaram álbuns seriados contemplando essa temática.
Diante do exposto, a presente pesquisa foi idealizada a partir do seguinte questionamento: qual o conhecimento das mulheres acerca da higiene íntima feminina? Considerando que o álbum seriado é uma tecnologia para educação em saúde que pode ser usado na promoção da saúde sexual feminina, os resultados obtidos nesta pesquisa podem auxiliar na tomada de decisão dos profissionais da saúde e na educação das mulheres quanto a abordagem da saúde sexual feminina com ênfase na higiene íntima.
Logo, o objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento de mulheres acerca da higiene íntima feminina antes e após aplicação de intervenção educativa com álbum seriado.
MÉTODOS
Tratou-se de um estudo avaliativo com desenho quase-experimental com único grupo realizado com 86 adultos do sexo feminino. Normalmente, a pesquisa avaliativa é usada para avaliar uma nova intervenção em saúde, mostrando-se como um tipo de pesquisa efetiva para mensurar os seus efeitos(11).
A pesquisa foi desenvolvida em um município da Região Metropolitana de Fortaleza, capital do Ceará, Estado brasileiro. A rede primária de atenção à saúde da cidade selecionada é composta por 15 Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS), das quais dez estão localizadas na zona urbana. A UAPS escolhida para sediar a pesquisa foi a instituição modelo de atenção primária da cidade. Essa unidade realiza atendimento de segunda-feira a sexta-feira, de 8 às 17 horas, exceto no último dia útil da semana, quando o atendimento é apenas no período matutino. Dessa forma, o presente estudo foi realizado entre maio e junho de 2017, em todos os dias de funcionamento, no período da manhã. No total, foram realizadas 30 sessões desta ação, cada uma com uma duração de 15 minutos.
A população do estudo foi composta por todas as mulheres que frequentam a sala de espera da UAPS selecionada para a realização do presente estudo, independentemente da sua unidade de origem. Por se tratar de uma população não possível de ser enumerada, tendo em vista se a unidade mais desenvolvida da cidade, este estudo se utilizou de uma amostragem não probabilística por conveniência, constituída por mulheres que estavam à espera de atendimento, acompanhando algum paciente ou qualquer outro motivo.
Os critérios de inclusão dos participantes foram ser adultos (idade igual ou superior a 18 anos), ser do sexo feminino, e estar na sala de espera na condição de paciente ou acompanhante. Foram excluídos os pacientes com condições agudas ou crônicas em caráter de urgência/emergência ou qualquer outra condição que limitassem a sua capacidade para participar efetivamente do estudo.
A presente pesquisa foi desenvolvida em duas etapas: etapa 1) construção e avaliação de uma tecnologia em saúde do tipo álbum seriado; e etapa 2) implementação da ação educativa em saúde para a promoção da saúde íntima feminina.
No que tange a construção e avaliação da tecnologia em saúde: o álbum seriado foi constituído a partir dos seguintes assuntos, conforme as recomendações do Ministério da Saúde (MS) do Brasil acerca dos cuidados de higiene para a saúde vaginal(12): fisiologia normal da vagina (flora bacteriana, temperatura e pH) e as relações com a idade e oscilações hormonais; roupas adequadas para a saúde vaginal; uso de roupas íntimas de algodão; uso de produtos de higiene ginecologicamente testados; roupa íntima para dormir; lavagem e secagem adequadas de calcinhas; uso de duchas ginecológicas e de protetores diários de calcinha.
O álbum seriado foi avaliado mediante grupo focal. Todas as considerações realizadas acerca do conteúdo, da aparência e de sua usabilidade foram discutidas e acatadas. O grupo focal é efetivo para a validação e avaliação de tecnologias em saúde(13). Outros estudos com desenho quase-experimental também se utilizou deste tipo de validação para avaliar a sua tecnologia em saúde(14).
A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de um questionário antes e após a implementação da ação educativa em saúde com o álbum seriado. Os itens do questionário, em termos de conteúdo, também foi desenvolvido com base nas recomendações do MS do Brasil(12). O instrumento foi composto por 10 afirmativas, elaboradas em linguagem simples e objetiva, sobre o conteúdo abordado na intervenção educativa. As participantes, de forma individual e em local reservado, avaliaram cada item do instrumento com a seguinte escala: “concordo”, “não concordo” ou “não sei responder”.
Para verificar a adequabilidade do instrumento de coleta de dados, foi realizado um teste piloto com cinco mulheres atendidas no local do estudo. Foi estabelecido que os itens incompreendidos por três ou mais participantes do teste piloto seriam reformulados, no entanto não houve nenhuma queixa com relação a incompreensão dos itens em si. Dessa forma, não foi realizada nenhuma mudança no questionário. As mulheres que participaram do teste piloto não compuseram a amostra da pesquisa. Ressalta-se que para as partícipes analfabetas, o questionário foi implementado na configuração de formulário.
Os dados foram compilados e codificados em planilhas no programa Microsoft Excel® 2013 e importados ao software Statistical Package for the Social Sciences®, versão 17.0. Os resultados foram organizados em tabelas, com frequências absolutas e relativas. Posteriormente, foram comparadas as quantidades de respostas adequadas e inadequadas obtidas antes e após a internação educativa. As pontuações obtidas nos questionários implementados foram analisadas mediante os testes de verificação de normalidade, seguido dos testes não paramétricos de Mann Whitney. O nível de significância estatística adotado foi de 5% (p = 0,05). A H0 (hipótese nula) considerada foi de que o grupo não apresentaria rendimentos significativamente estatísticos após a intervenção em saúde.
Para a realização da presente pesquisa na referida UAPS, foi solicitada uma autorização à Coordenação de Atenção Básica do Município em que está inserida. Após a permissão concedida, o projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), o qual foi aprovado sob Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) de número 66593717.9.0000.5576.
RESULTADOS
Em relação à caracterização das 86 mulheres, a maioria possuía idade entre 25 e 59 anos (68,60%), seguidas das de 18 a 24 anos (19,76%). Quanto aos anos de instrução escolar, cerca de 45,34% das mulheres referiram ter menos de 10 anos estudos e 44,18% afirmaram ter acima de 12 anos de estudos. Já no que concerne ao estado civil, a maioria relatou ser casada (43,02%) ou solteira (24,41%).
Por meio da Tabela 1 é possível observar o percentual de conhecimento prévio das participantes quanto à higiene íntima feminina antes da aplicação do álbum seriado.
Tabela 1 - Conhecimento das participantes antes da aplicação do álbum educativo (n= 86). Pacajus, CE, Brasil, 2017.
Afirmativa |
C |
NC |
NS |
|||
N |
% |
N |
% |
N |
% |
|
O uso de calça/short jeans é bom para a saúde íntima da mulher. |
4 |
4,65 |
78 |
90,69 |
4 |
4,65 |
Calcinha de algodão prejudica a saúde da vagina. |
10 |
11,62 |
71 |
82,55 |
5 |
5,81 |
31 |
37,80 |
42 |
48,83 |
13 |
15,11 |
|
O sabonete comum pode ser usado na região íntima. |
14 |
16,27 |
70 |
81,39 |
2 |
2,32 |
A higiene deve ser realizada no sentido do ânus para a vagina. |
14 |
64 |
74,41 |
8 |
9,30 |
|
Se a calcinha for lavada e secada na sombra, é preciso passar o ferro de engomar quente no fundo da calcinha. |
58 |
67,44 |
18 |
10 |
11,62 |
|
O uso de duchas vaginais pode causar doenças vaginais. |
23 |
26,74 |
28 |
32,55 |
35 |
40,69 |
O uso de protetor diário de calcinha pode prejudicar a saúde íntima. |
49 |
15 |
17,44 |
21 |
24,41 |
|
O uso de calcinha de lycra é ruim para a saúde íntima da mulher. |
71 |
82,55 |
8 |
9,30 |
7 |
8,13 |
55 |
63,95 |
22 |
9 |
10,46 |
C = Concordo; NC = Não Concordo; NS = Não Sei.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Constatou-se que 90,69% das participantes consideraram o uso da calça/short jeans como prejudicial para a saúde íntima. Em relação ao tipo de tecido utilizado para a confecção das calcinhas, cerca de 82,55% não concordou que a calcinha de algodão era prejudicial para a saúde da vagina, entretanto esse mesmo percentual considerou a calcinha de lycra ruim para a saúde da mulher.
Observou-se um conhecimento inadequado de uma parcela significativa das participantes ao serem questionadas se era recomendado não retirar a calcinha para dormir, visto que 37,80% concordaram, além disso cerca de 15,11% não souberam responder quanto à adequação ou não desta prática. Quanto ao uso de protetor diário de calcinha ser prejudicial à saúde íntima, a maioria das mulheres (56,97%) concordou, porém 17,44% não concordou e 24,41% não possuía essa informação.
Averiguou-se que 25,58% das mulheres não concordaram que a calcinha após ser lavada, deve secar ao sol. Aproximadamente 67,44% afirmaram que era necessário usar ferro de passar quente no fundo das calcinhas após elas serem lavadas e secadas na sombra, entretanto 20,93% não concordou.
Ainda, a maioria não concordou que a higiene íntima deve ser realizada do ânus para a vagina, mas 16,27% concordaram com esta prática. Uma minoria (16,27%) das participantes concordou que o sabonete comum pode ser utilizado para a higiene íntima. Quando questionadas sobre o uso das duchas vaginais causar doenças, 40,69% das participantes não souberam responder e 32,55% não concordaram que esta prática pode ser maléfica para a saúde íntima da mulher.
A Tabela 2 traz o total de acertos e erros alcançados no pré e pós-teste.
Tabela 2 - Comparação do total de acertos antes e após a aplicação do álbum educativo (n=86). Pacajus, CE, Brasil, 2017.
Respostas
|
Pré-teste |
Pós-teste |
||
N |
% |
N |
% |
|
Acertos |
580 |
67,44 |
830 |
96,51 |
Erros |
280 |
33,61 |
30 |
3,48 |
Fonte: Elaborado pelo autor.
Pode-se verificar, com o uso do álbum seriado, uma melhora dos conhecimentos das participantes após a aplicação dessa tecnologia educativa, sendo perceptível através do aumento do percentual de acertos para 96,51% no pós-teste, correspondendo a um aumento de aproximadamente 29,07% em relação aos acertos no pré-teste. O percentual de erros após o uso do álbum seriado foi de apenas 3,48%, diminuindo cerca de 30,13% se comparado aos erros no pré-teste.
O teste não paramétrico de Mann-Whitney mostrou que houve diferença estatisticamente significativa entre as pontuações obtidas para o grupo no pré-teste e no pós-teste (p = 0,0001), isso significa que a chance de erro tipo I (rejeitar uma H0 correta) é pequena. A H1 deste trabalho foi aceita, isso significa que o grupo de participantes da pesquisa apresentou um rendimento estatisticamente significativo após a implementação da intervenção em saúde.
DISCUSSÃO
A higiene íntima feminina é essencial para evitar doenças e manter a saúde das mulheres, entretanto foi percebido que algumas possuem conhecimento inadequado ou insuficiente sobre como cuidar corretamente da sua genitália, que pode estar relacionado à baixa escolaridade, pois a maioria das participantes relatou menos de 10 anos de estudo, inferindo-se que quanto menor a escolaridade menos acesso às informações elas possuem, elevando suas chances de desenvolver doenças, dentre elas as ginecológicas.
As participantes deste estudo eram em sua maioria casadas, isso sugere que a maioria possuía vida sexual ativa. A maioria também possuía uma faixa etária superior a 25 anos, similar a idade recomendada pelas diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer de colo do útero. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) o Papanicolau deve ser realizado a partir dos 25 anos de idade em mulheres sexualmente ativas, sendo os dois primeiros exames feitos com intervalos anuais, e caso ambos apresentem resultados negativos, os próximos devem ser realizados a cada três anos(15,16).
Apesar de a maioria das participantes compreenderem que o uso de calça/short jeans é prejudicial à saúde íntima feminina, é relevante ressaltar que esta vestimenta é comum de ser utilizada pela população feminina. Um estudo(17) constatou que 62,7% das mulheres optam por usar a calça jeans apertada em seu cotidiano e por tempo prolongado. Entretanto, outros estudiosos afirmam que o uso de roupas justas ou roupas íntimas sintéticas é considerado um fator de risco para candidíase, pois causam má aeração da região e aumento da umidade, favorecendo a colonização por fungos(18).
Somado ao uso de roupa jeans, o tecido do fundo da calcinha também contribui para o desenvolvimento de problemas ginecológicos, sendo as de algodão mais recomendas em comparação as de lycra. Todavia, muitas mulheres ainda fazem o seu uso, visto que um estudioso na área verificou que o uso de roupas íntimas de lycra por 75% dos participantes do seu estudo(19). O uso desse tecido é desencorado, pois contribui no aumento de infecções do trato urinário, uma vez que impede a transpiração adequada da região íntima, ao contrário do algodão.
Outra prática que pode contribuir para abafar a região íntima ou causar doenças na região é o uso de calcinha durante o sono e o uso de duchas vaginais. Uma parcela significativa das participantes concordou que é recomendado não a retirar para dormir ou não sabiam responder se era certo ou errado, além de não concordarem ou saberem se as duchas vaginais poderiam causar doenças. Ainda que não seja obrigatório dormir sem calcinha, a literatura aponta que existem alguns cuidados que as mulheres podem realizar para evitar problemas ginecológicos como a candidíase por exemplo, a saber: usar calcinha e evitar uso de produtos na genitália, secar bem a vagina, dormir sem calcinha e evitar duchas vaginais(20).
Apesar de a maioria considerar o protetor diário de calcinha prejudicial, uma parte das participantes não concordou ou não sabia ao certo sobre essa informação. Contudo, a literatura aponta, que o uso desse produto no período intermenstrual aumenta a temperatura local e pode alterar a flora vaginal(21), embora outra pesquisa não confirme essa associação(22). Assim, os enfermeiros devem orientar as mulheres a utilizarem o protetor diário com moderação, evitando seu uso prolongado para não abafar a região íntima e causar alterações da flora bacteriana local.
Com relação a higiene íntima, algumas participantes concordaram que a limpeza da genitália deve ser feita do ânus para a vagina. Isso é um fator preocupante, pois esta deve ser feita no sentindo anteroposterior, devido ao risco de infecção urinária, sendo contraindicado limpar internamente o canal vaginal para não agredir a flora bacteriana(23). Somando-se a isso, estudo detectou que a presença de vaginose bacteriana era maior entre as mulheres que faziam a higienização do ânus para a vagina(24), portanto, as mulheres devem ser orientadas pelos profissionais de saúde a realizarem a higiene no sentido correto.
Algumas mulheres afirmaram que não havia necessidade de a calcinha secar ao sol e passar o ferro. Na literatura existem informações limitadas quanto à necessidade de engomar o fundo das roupas íntimas para eliminar microrganismos residuais, evitando o surgimento de infecções por fungos e/ou por bactérias. Assim, a calcinha deve, após sua lavagem com sabão apropriado, secar ao sol e não em locais com pouca iluminação e ventilação(24). Somando-se a isso, dados de pesquisa apontam que a maioria da população investigada não passa o ferro após a secagem da roupa íntima(25), mas esta prática pode ser usada como um meio substitutivo, quando secar ao sol não é possível.
Embora a maioria das participantes deste estudo tenham considerado inadequado o sabonete comum para higienizar a região íntima, algumas ainda concordaram com essa prática. Os sabonetes líquidos íntimos devem ser próximos do pH vaginal, ou seja, ácido, favorecendo a manutenção de um pH vaginal saudável e equilibrado, evitando o crescimento de microrganismo impróprios para essa região(26). Além disso, estudo verificou que a higiene após as eliminações vesicais com sabonete líquido íntimo e lenços umedecidos foram corriqueiros nas mulheres que não possuíam essas afecções(2), mas devem ser utilizados com cautela e não devem ser passados na parte interna da vagina.
Algumas mulheres apresentaram conhecimento inadequado quanto à algumas informações sobre a higiene íntima feminina, errando menos sobre essas informações após a aplicação do álbum seriado, demonstrando sua eficácia. Corroborando com tais achados, estudos também apontam a eficácia dessa estratégia para diferentes públicos e sobre distintos assuntos, repercutindo positivamente na sua saúde da população(13,27,28,29).
Além disso, o uso de tecnologias educativas como o álbum seriado são interativas, possuem conteúdo atrativo, devido as imagens e conteúdo objetivo, facilitando a compreensão do público. Somando-se a isso, o álbum proporciona ao enfermeiro o auxílio de uma ferramenta que favorece a troca de conhecimento entre o profissional e a população, sendo mais interativa em comparação a outras intervenções convencionais(30).
Embora se reconheça a relevância do presente estudo, a pesquisa apresentou o como limitações um reduzido tamanho amostral, tanto do público submetido a avaliação do conhecimento sobre a higiene íntima da mulher, quanto da aplicação do questionário em estudo piloto. Em vista disso, recomenda-se, que os instrumentos e a tecnologia utilizados sejam submetidos a um processo validação mais rigoroso e desenvolvidas outras pesquisas com um tamanho amostral maior, para que se possa realizar uma avaliação mais apurada do conhecimento das mulheres após a aplicação do referido álbum seriado e verificar a sua eficácia em todo o território nacional.
Por fim, este estudo pode contribuir para a área da enfermagem, pois por meio da avaliação do conhecimento das mulheres após o uso dessa estratégia educativa, os enfermeiros poderão direcionar suas atividades de educação em saúde em tópicos que as mulheres mais apresentam conhecimento fragilizado em relação à higiene íntima, emponderando-as quanto à sua própria saúde. Além disso, o álbum torna o processo de educação em saúde mais dialógico, interativo e dinâmico, favorecendo o empoderamento da população sobre sua saúde.
CONCLUSÕES
Com o uso do álbum seriado construído e implementado, foi possível verificar uma melhora significativamente estatística dos conhecimentos das participantes sobre higiene íntima feminina após a aplicação dessa tecnologia educativa. Isso mostra que as participantes conseguiram consolidar o conhecimento prévio e adquiriram novos durante a estratégia educativa adotada neste estudo, uma vez que o álbum seriado, por possuir imagens, facilita no processo de assimilação das informações pelos participantes.
Assim, o presente álbum seriado pode contribuir para melhorar o conhecimento sobre a saúde íntima feminina, reduzindo as taxas de patologias ginecológicas que são corriqueiras nesse público. Além disso, é uma tecnologia de baixo custo e de fácil compreensão, sendo passível de ser utilizada pelos profissionais de saúde, principalmente pelos enfermeiros, nas consultas ginecológicas e nos momentos de educação em saúde, tanto nas unidades de saúde quanto em outros espaços para a promoção da saúde feminina.
REFERÊNCIAS
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Fomento e Agradecimento: Não há fomento e agradecimentos a serem mencionados.
Editor Científico: Francisco Mayron Morais Soares. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7316-2519