PREVALÊNCIA DE ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO E COMPLEMENTAR E FATORES ASSOCIADOS, EM CENÁRIO NACIONAL: REVISÃO INTEGRATIVA

PREVALENCE OF EXCLUSIVE AND COMPLEMENTARY BREASTFEEDING ANDASSOCIATED FACTORS, IN A NATIONAL SCENARIO: INTEGRATIVE REVIEW

PREVALENCIA DE LACTANCIA MATERNA EXCLUSIVA Y COMPLEMENTARIA Y FACTORES ASOCIADOS, EM UM ESCENARIO NACIONAL: REVISIÓN INTEGRATIVA


¹Maria Eduarda Carvalho Vargas

²Paula Trindade Ferreira

³Hewerton Côrtes de Castro

4Sumaya Giarola Cecílio

5Luiz Eduardo Canton Santos

6Larissa Mirelle de Oliveira Pereira

7Samyra Giarola Cecílio

 

¹Acadêmica do Curso de Bacharelado em Nutrição pelo Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves (UNIPTAN), São João del-Rei, MG, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2307-2221

²Acadêmica do Curso de Bacharelado em Enfermagem pelo Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves (UNIPTAN), São João del-Rei, MG, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5361-5584

³Acadêmico do Curso de Bacharelado em Enfermagem pelo Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves (UNIPTAN), São João del-Rei, MG, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9140-4937

4Enfermeira. Mestre. Doutora. Docente pela Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil. ORCID:  https://orcid.org/0000-0002-4571-8038

5Biológo. Mestre. Doutor. Docente pelo Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves (UNIPTAN), São João del-Rei, MG, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5465-2333

6Biológa. Mestre. Doutora. Docente pelo Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves (UNIPTAN), São João del-Rei, MG, Brasil. ORCID:  https://orcid.org/0000-0001-5386-5436

7Farmacêutica. Mestre. Doutora. Docente pelo Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves (UNIPTAN), São João del-Rei, MG, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1474-410X

 

Autor correspondente

Maria Eduarda Carvalho Vargas

Avenida José Caetano de Carvalho, s/n. CEP: 36.307-251. São João del-Rei, MG, Brasil. Contato: (32) 9 99827-2153 E-mail: carvalhoymaria16@gmail.com

 

 

Submissão: 08-11-2022

Aprovado: 05-05-2023

 

 

RESUMO

Objetivo: investigar a prevalência de aleitamento materno exclusivo e complementar, assim como os fatores associados, em cenário nacional. Métodos: revisão integrativa realizada nas bases de dados Scientific Electronic Library Online, MEDLINE e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. A equação de busca utilizada foi: (prevalência OR prevalence) AND (aleitamento materno OR breastfeeding). Foram incluídos 19 artigos na amostra final. Resultados: os fatores de proteção foram evidenciados em 13 estudos, destacando-se os maternos como a idade avançada, o ensino superior, o trabalho com licença maternidade e a frequência às consultas de pré-natais. Em relação aos fatores que se associam negativamente à prática, estes foram abordados em 15 estudos, ressaltando-se o uso de chupeta e mamadeira, crença cultural, o retorno ao trabalho materno, a falta de informação durante as consultas pré-natais e o não apoio de profissional da saúde. Conclusão: a instabilidade dos resultados encontrados é exercida pelas particularidades biológicas, sociodemográficas e culturais das populações, que distinguem a amamentação e sua prática. O estudo dos fatores associados ao Aleitamento Materno Exclusivo pode embasar recursos para as ações educativas, garantindo e apoiando a saúde da mulher, bem como a segurança alimentar e nutricional das crianças.

Palavras-chave: Aleitamento Materno; Prevalência; Fatores de Risco; Fatores de Proteção; Atenção à Saúde.

 

ABSTRACT

Objective: to investigate the prevalence of exclusive and complementary breastfeeding, as well as the associated factors, in a national scenario. Methods: integrative review carried out in the Scientific Electronic Library Online, MEDLINE and Latin American and Caribbean Literature on Health Sciences databases. The search equation used was: (or prevalence) AND (breastfeeding OR breastfeeding). 19 articles were included in the final sample. Results: the protective factors were evidenced in 13 studies, with emphasis on maternal factors such as advanced age, higher education, work on maternity leave and frequency of prenatal consultations. Regarding the factors that are negatively associated with the practice, these were addressed in 15 studies, highlighting the use of pacifiers and bottles, cultural beliefs, return to maternal work, lack of information during prenatal consultations and not health professional support. Conclusion: the instability of the results found is caused by the biological, sociodemographic and cultural particularities of the populations, which distinguish breastfeeding and its practice. The study of factors associated with Exclusive Breastfeeding can support resources for educational actions, guaranteeing and supporting women's health, as well as children's food and nutrition security.

Keywords: Breast Feeding; Prevalence; Risk Factors; Pratective Factors; Delivery of Health Care.

 

RESUMEN

Objetivo: investigar la prevalencia de la lactancia materna exclusiva y complementaria, así como los factores asociados, en un escenario nacional. Métodos: revisión integradora realizada en las bases de datos Scientific Electronic Library Online, MEDLINE y Literatura Latinoamericana y del Caribe en Ciencias de la Salud. La ecuación de búsqueda utilizada fue: (o prevalencia) Y (lactancia materna O lactancia materna). 19 artículos fueron incluidos en la muestra final. Resultados: los factores protectores fueron evidenciados en 13 estudios, con énfasis en factores maternos como edad avanzada, escolaridad superior, trabajo en licencia de maternidad y frecuencia de consultas prenatales. En cuanto a los factores que se asocian negativamente a la práctica, estos fueron abordados en 15 estudios, destacándose el uso de chupetes y biberones, creencias culturales, reincorporación al trabajo materno, falta de información durante las consultas prenatales y falta de apoyo profesional de salud. Conclusión: la inestabilidad de los resultados encontrados es causada por las particularidades biológicas, sociodemográficas y culturales de las poblaciones, que distinguen la lactancia materna y su práctica. El estudio de los factores asociados a la Lactancia Materna Exclusiva puede sustentar recursos para acciones educativas, garantizando y apoyando la salud de la mujer, así como la seguridad alimentaria y nutricional de los niños.

Palabras clave: Lactancia Materna; Prevalencia; Factores de Riesgo; Factores Protectores; Atención a la Salud.


 


INTRODUÇÃO

A amamentação deve ser iniciada na primeira hora do nascimento e se manter exclusiva durante os primeiros seis meses de vida da criança, de modo que nenhum outro alimento ou líquido seja fornecido, incluindo a água(1). Passados os seis meses, a amamentação deve seguir contínua, com oferta de alimentos complementares apropriados à idade e ao desenvolvimento da criança, por até dois anos ou mais(2). O leite materno é o melhor alimento para a promoção da saúde da criança(3-4) e é especialmente importante em regiões onde a diarreia, a pneumonia ou a desnutrição são causas comuns de mortalidade em menores de 5 anos de idade(5). A amamentação também ajuda a reduzir o sobrepeso e a obesidade, além do risco reduzido para a Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL)(6). Benefícios a curto e longo prazo para a saúde das puérperas também são relatados por estudos científicos (6-10).

 Apesar do aumento dos índices de aleitamento no Brasil nos últimos anos, o índice de amamentação exclusiva, entre os menores de seis meses, entre fevereiro de 2019 e março de 2020, foi é de apenas 45,7%, aquém dos índices recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda, apenas 53% das crianças brasileiras continuam sendo amamentadas no primeiro ano de vida(11).

A interrupção do Aleitamento Materno Exclusivo (AME) antes dos seis meses pode ser desencadeada por vários fatores, como renda familiar per capita, visita domiciliar puerperal, hábito de chupeta, experiência prévia de aleitamento, apoio paterno, grau de escolaridade da mãe, entre outros(12-14).

Nesse contexto, o conhecimento sobre a prevalência do AME e do Aleitamento Materno Complementar (AMC), bem como os fatores associados, constitui-se como um subsídio para o desenvolvimento de ações de promoção, proteção e apoio da amamentação no País(15). Desde a década de 1970, diferentes pesquisadores e órgãos governamentais e não governamentais, esforçam-se para o desenvolvimento de pesquisas sobre tais questões em diferentes capitais brasileiras. Desse modo, é necessário que os profissionais de saúde acompanhem a atualização dos indicadores dessa problemática e persigam a sua melhora nos diferentes cenários sociais em que atuam.

Acredita-se que uma revisão integrativa da literatura que reúna as evidências nacionais dos últimos três anos pode contribuir na disseminação do conhecimento entre os profissionais de saúde e, consequentemente, fortalecer as ações macro e micropolíticas que atuam na redução da morbimortalidade infantil. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho consistiu em investigar a prevalência de aleitamento materno exclusivo e complementar, assim como os fatores associados, em cenário nacional.

 

MÉTODOS

 

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura(16-17) desenvolvida por meio das etapas : i) definição da questão de investigação; ii) levantamento bibliográfico; iii) definição das informações selecionadas e categorização dos estudos; iv) avaliação do material selecionado; v) interpretação dos resultados; vi) apresentação da revisão e síntese do conhecimento. A fim de guiar a revisão integrativa, a seguinte pergunta de pesquisa foi formulada: Qual é a prevalência do aleitamento materno exclusivo e do aleitamento materno complementar, assim como os fatores associados, no Brasil, nos últimos três anos?

As bases de dados consultadas foram: Scientific Electronic Library Online (SciELO), MEDLINE e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Os descritores controlados foram extraídos do Medical Subject Headings (MeSH) e Descritores em Saúde (DeCS), nas línguas inglesa e portuguesa, respectivamente, a saber: Prevalence/Prevalência e Aleitamento materno/Breastfeeding. Para desenvolver a estratégia de busca, utilizou-se a combinação entre os operadores booleanos OR e AND: (prevalência OR prevalence) AND (aleitamento materno OR breastfeeding).

Os critérios de elegibilidade que orientaram a busca foram artigos disponíveis na íntegra, publicados no período de julho de 2018 a julho de 2021, nos idiomas português e inglês, com estudos realizados no Brasil. Foram excluídos artigos provenientes de dados secundários como revisões, meta-análises, relatos de caso, guias de prática clínica, dissertações e teses, e/ou duplicados em bases de dados, ou, ainda, os artigos que se limitavam ao tema “intenção de amamentar” e que avaliaram a amamentação apenas na primeira hora de vida. Não foram aplicados filtros para a busca de publicação dos artigos, não sendo presente também outras formas de seleção dos artigos, tais como: busca em periódicos, referências descritas nos artigos e a utilização do contato aos autores.

Dois autores, de forma independente, a fim de selecionar os que correspondiam aos critérios de inclusão, avaliaram o título e o resumo de todos os artigos. A rejeição inicial ocorreu quando o título ou resumo, ou ambos, compreenderam que esse(s) não atendia(m) aos critérios de inclusão. Para serem incluídos, era necessário que os artigos abordassem, de forma explícita, a prevalência de AME e/ou AMC e/ou fatores que contribuíram para a manutenção ou interrupção da prática.

Os artigos selecionados inicialmente, após alinhamento das revisoras, foram avaliados em texto completo. A etapa de síntese dos artigos selecionados contou apenas com a atuação da pesquisadora principal, a fim de garantir o rigor da análise. As variáveis coletadas e analisadas da amostra final foram: a) características gerais: título do artigo; ano de publicação, país em que o estudo foi desenvolvido, objetivo geral; b) informações específicas: tipo de estudo, nível de evidência, prevalência do AME e/ou AMC, fatores que contribuíram para a manutenção da prática e fatores que prejudicaram a manutenção da prática.

Em relação à avaliação dos estudos, conforme o nível de evidência, adotou-se a classificação segundo as análises do Centro Colaborador do Instituto Joanna Briggs (JBI). Os estudos foram avaliados da seguinte forma: Nível II – Evidência alcançada com base em ensaio clínico controlado randomizado; Nível III.1 – Evidência obtida de ensaios clínicos controlados bem-delineados, sem randomização; Nível III.2 – Evidência adquirida de estudos de coorte bem-delineados ou caso-controle; Nível III.3 – Evidência atingida com base em séries temporais múltiplas, com ou sem intervenção e resultados dramáticos em experimentos não controlados dos e Nível IV – estudos descritivos(18). O percurso metodológico traçado para o alcance da amostra final (19 artigos) desse estudo se encontra sumarizado na Figura 1.


 

Figura 1- Sumarização da coleta de dados. São João del-Rei, MG, Brasil, 2022.

Fonte: Os autores, 2022.


RESULTADOS

 

Foram incluídos 19 artigos na amostra final, os quais apresentaram a prevalência do aleitamento materno exclusivo ou complementar, bem como os fatores que favoreceram ou prejudicaram a sua manutenção. Para facilitar a apresentação e discussão dos resultados, codificou-se cada estudo incluído na amostra final da seguinte maneira: letra E (Estudo) seguida pelos algarismos arábicos (1, 2, 3... 25), ordenadamente, de maneira que o primeiro estudo recebeu o código E1, o segundo E2, e assim sucessivamente, até o E19.

Dos estudos incluídos, 13 elucidaram a prevalência do AME(20-27,29-30,32,35-36) e 9 abordaram a prevalência do AMC(19,22,24-27,30-31,34) . Os fatores que prejudicaram a prática foram investigados em 15 artigos(19-22,24-29,33-37) , os positivos foram apontados em 13 estudos(20-21,23,25-33,36). A data de publicação dos artigos compreendeu o período de julho de 2018 a julho de 2021, com trabalhos enquadrados nos níveis de evidência III.1, III.2 e IV.  No que tange os objetivos, os estudos forneceram discernimentos sobre a prática do aleitamento, tais fatos foram apresentados para promover, apoiar e incentivar o AME em cenário nacional. No Quadro 1 é apresentado a caracterização da análise dos artigos incluídos na amostra final do estudo.  


 

Quadro 1- Apresentação dos artigos incluídos na revisão. São João del-Rei, MG, Brasil, 2022.

Código/

Autores/

Ano

Local / População do estudo

Tipo de estudo /Nível de evidência

Prevalência do aleitamento materno analisada no estudo

Fatores que contribuíram para a manutenção da prática

Fatores que prejudicaram a manutenção da prática

AMC

AME

E1

Rodrigues et al., 2021(19)

 

Cruzeiro do Sul – Acre

População: 1551

 mães.

Coorte

Nível III.2

69,4%

-

_

Uso de mamadeira e chupeta

Brandt et al., 2021(20)

 

Curitiba – Paraná

População: 101 binômios mães/recém-nascido.

Transversal

Nível IV

-

42,6% (zero a seis meses)

Mais de seis consultas no pré-natal, licença maternidade, apoio da família e do profissional de saúde

Fissuras na mama e baixa produção de leite

E3

Moraes et al., 2021(21)

 

Região Sul

População:

158 nutrizes.

 

Transversal

Nível IV

-

36,7% (no sexto mês)

Alto escore de autoeficácia

Fatores sociodemográficos

E4

Silva et al., 2021(22)

Picos – Piauí

População:

546 mães

Transversal Nível IV

2,9% (AMC) ao nascer

 

92,7% ao nascer

 

_

Leite insuficiente para saciar a fome do recém-nascido; criança não queria mamar; uso de chupeta e mamadeira; mamilos dolorosos, planos e invertidos; fissura mamilar; ingurgitamento dos seios, ductos obstruídos e mastite

E5

Souza et al., 2020(23)

 

Feira de Santana -Bahia

População:

180 duplas (mães e recém-nascidos)

Intervenção

Nível III.1

-

76,6% (30 dias após o parto)

Educação em saúde desenvolvida por profissional enfermeiro, por meio das estratégias de       recursos audiovisuais, como filmes, seio cobaia para demonstração

 

_

E6

Tinôco et al., 2020(24)

 

Rio Grande do Norte

População:

837 pares mãe/filho

Transversal

Nível IV

55%

20%

 

_

Introdução de chás, água, frutas e verduras precocemente

E7

Muller et al., 2020(25)

 

Parobé - Rio Grande do Sul

População:

115 puérperas 

Coorte

Nível III.2

13,5% (dois primeiros meses de vida)

81%

Primigesta, não apresentar dificuldades em amamentar nas primeiras 24 horas

Dificuldade na pega correta, crença de pouco leite e baixo ganho de peso do bebê

E8

Baier et al., 2020(26)

 

Paraná

População:

280 lactantes

Exploratório

Nível III.2

38,2%

 

7,9%

 

Consultas de puericultura

Retorno das mães ao trabalho

E9

Souza et al., 2020(27)

 

Uberlândia – Minas Gerais

População:

1.355 crianças.

Transversal

Nível IV

89,5% (até o quarto mês)

 85% (até o sexto mês)

50,6% (anteriormente ao quarto mês) 39,7% (até o quarto mês)

85% (até o sexto mês)

 

Mãe multípara e atendimento puerperal na rede pública

Trabalho materno fora de casa, uso de mamadeira, chupeta, ausência de amamentação na primeira hora de vida

E10

Monteiro et al., 2020(28)

 

Maceió -Alagoas

População:

161 puérperas

Coorte

Nível III.2

_

-

Idade materna ≥ 35 anos

Via de parto cesárea

E11

Amaral et al., 2020(29)

 

Pelotas –Rio Grande do Sul

População:

1.377 duplas mãe-bebê

Coorte

Nível III.2

-

 

58% (até os 24 meses)

 

Mães com ensino superior completo

Leite insuficiente; Retorno ao trabalho/escola; recusa inexplicável do bebê

E12

Silva et al., 2019(30)

 

Coelhos – Pernambuco

População:

310 crianças

Transversal

Nível IV

45,9% (até um ano) 35,9% (até dois anos)

 

32,9%

Não uso de chupeta,      sexo masculino da criança e visita domiciliar do profissional de saúde na primeira semana de vida

-

 

E13

Ortelan et al., 2019(31)

 

Brasil

População:

2.745 lactentes

Transversal

Nível IV

43,9%

-

Não trabalhar fora ou estar em licença maternidade; nascer no Hospital Amigo da Criança e residir em município com bancos de leite humano

-

E14

Rimes et al., 2019(32)

 

Rio de Janeiro

População:

429 mães

Transversal

Nível IV

-

 

50,1%

 

Trabalho materno com licença-maternidade

 

-

E15

Neri et al., 2019(33)

Distrito Federal

População:

235 mães

Transversal

Nível IV

-

-

 

Mães com ocupação referida como “dona de casa”

 

Idade da mãe de 20 a 30 anos, escolaridade inferior ao ensino médio completo, trabalhar fora de casa, crenças sobre “leite insuficiente”, renda mensal entre R$1.000 e R$ 2.000,00

 

E16

D’ença Junior et al., 2019(34)

 

São Luís, Maranhão

População:

3.107 crianças

Transversal Nível IV

60,4% - (antes do sexto mês)

-

-

Não ter realizado pré-natal; usar chupeta atualmente ou já ter usado e ser pré-termo

E17

Tenorio et al., 2018(35)

 

Maceió – Alagoas

População:

207 puérperas

Transversal

Nível IV

-

79,7%

-

Tabagismo na gravidez, intercorrências na gestação e falta de informações sobre aleitamento materno no pré-natal

E18

Ferreira et al., 2018(36)

 

São Paulo

População:

91 mulheres

Transversal

Nível IV

-

 

35,17% (até os dois meses)

Auxílio da avó materna nas atividades do lar e nos

cuidados com o recém-nascido; Comparecimento da avó materna nas consultas de puericultura

Crenças das avós maternas sobre a amamentação

E19

Batista et al., 2018(37)

 

São Luís,

Maranhão

População:

427 bebês/mães

Transversal Nível IV

_

_

_

Uso de mamadeira e chupeta; Bebês que usam chupeta e/ou mamadeira

Fonte: Os autores, 2022.

 


DISCUSSÃO

 

Os fatores associados ao aleitamento materno, bem como as prevalências do AME em cenário brasileiro, constituíram o principal enfoque deste estudo. O conjunto de achados sugere que fatores como a alta escolaridade materna, a licença maternidade mínima de 120 dias, o trabalho fora de casa, mães com idade avançadas, o pré-natal, os conhecimentos e crenças de avós e familiares, os problemas mamários, as teorias sobre o leite materno e o uso de chupetas e mamadeiras podem estar interligados aos índices encontrados. 

Assim, observa-se que a instabilidade dos resultados encontrados é atribuída à pluralidade biológica, sociodemográfica e cultural das populações, que exercem efeitos diferenciados sobre a amamentação e sua prática(20-21,25-26,28,30-32,35-36). No entanto, estes demonstram que a alta incidência do desmame precoce é um indicativo de necessidade da promoção, proteção e apoio ao AME em campo nacional(26,30-31,35).

A prevalência da amamentação exclusiva encontra-se em progressão, conforme os estudos E7 (81%), E9(85%) e E4 (92,7%). De forma divergente, uma prevalência alta da interrupção do AME é demonstrada no E10 (71,1%), e, dentre os fatores de proteção está a idade materna ≥ 35 anos, enquanto como fator de risco observa-se a via de parto cesariana.

Gestantes com idade igual ou superior aos 35 anos, embora se caracterizem como gestantes de alto risco, apresentam maior conhecimento e experiência acerca da amamentação e seus benefícios, exercendo, dessa forma, a manutenção da prática exclusiva(20,28,30). Em contrapartida, a via de parto cesárea é um impedimento ao aleitamento materno, uma vez que os efeitos analgésicos pós-parto podem comprometer o início da amamentação e afetar a manutenção do AME, pois há um menor contato nas primeiras horas de vida e prejuízo à “descida” do leite materno(20,28) .

Os estudos E9 e E14 da presente revisão apresentam taxas razoáveis, que se aproximam da prevalência encontrada no E11 (58%). Já os estudos E5 e E17 apresentam uma prevalência superior ao achado do munícipio de Alfenas- Minas Gerais, em que 63,63% se encontravam na prática do AME(38). O valor apresentado é discutido e considerado, entre os autores, como bom quando comparado às recomendações vigentes(38).

Em relação ao AMC, o estudo E12, 35,9% mantinham a alimentação complementar até os dois anos, bem como no estudo E4, em que 2,9% dos recém-nascidos recebiam água, chá ou outro nutriente, além do leite materno. Já o estudo E9 relata que 89,5% das mães introduziram o AMC   até o quarto mês e 85% até o sexto mês, caso que se assemelha ao estudo E16, em que 60,4% das mães relataram realizar AMC antes dos seis meses de vida da criança, caracterizando a introdução precoce da alimentação.

Vários fatores podem estar envolvidos na prática de duração ou interrupção do AME. A pesquisa transversal, realizada entre mães acompanhadas pelas Unidades Básicas de Saúde do munícipio de Alfenas- Minas Gerais, observa uma associação negativa do AME às variáveis: mães com idade maior de vinte anos, baixa escolaridade materna e baixa renda(38). Nesta revisão, os resultados são semelhantes em relação à variável idade da mãe, sendo a faixa etária 20 a 30 anos associada negativamente ao AME no estudo E15, o que vai ao encontro do estudo E10, que caracterizam como fator positivo mães com idade de 35 anos ou mais. 

Como visto anteriormente, as puérperas com idades maiores ou igual a 35 anos apresentam conhecimentos e experiência acerca da amamentação, seja por conta das gestações anteriores ou pelos conhecimentos formais recebidos durante o pré-natal, o parto e o puerpério(20,28,30). É válido ressaltar, também, que os achados da presente revisão demonstram uma menor proporção de mães adolescentes, fato favorável à manutenção do AME(20,30).

Ainda, nesta revisão, uma maior escolaridade é evidenciada como fator positivo entre os resultados, o que se coincide com o estudo realizado em Milão na Itália, em que mulheres com nível superior foram as que mais lactaram(39).No entanto, a discordância entre a maior e a baixa escolaridade das mulheres e a interrupção precoce do AME: “mulheres sem instrução ou com pouca instrução desconhecem a importância do AME e o maior nível de escolaridade aumenta a chance de terem empregos fixos e o retorno ao trabalho”(40:868).

O retorno ao trabalho é um fator de risco abordado nos estudos E8 e E11, cenário também indicado no estudo realizado no município de Patos de Minas, Minas Gerais, no qual 57% das mães responderam que a volta ao trabalho foi o principal motivo para o desmame precoce(41). Poucas mulheres são adequadamente apoiadas durante a maternidade nos locais de trabalho(31). As instituições empregatícias, muitas vezes, não fornecem os direitos à mulher ou não apresentam tais direitos de forma elegível à maternidade, fato que instabiliza à manutenção do aleitamento materno exclusivo(31,41).  Por outro lado, mulheres “dona de casa” ou que não trabalham fora de casa são fatores de promoção ao AME, descritos no E13 e E15.

Uma pesquisa transversal descreve que entre as mães trabalhadoras, aquelas que estavam em licença-maternidade tinham uma menor oportunidade de interrupção do AME(42), evento também mencionado nos estudos E2, E13 e E14. A amamentação é um ato permeado por muitos fatores, sendo o trabalho materno um dos principais. No Brasil, o Ministério da Saúde vem desenvolvendo estratégias que proteja, o aleitamento materno, como a ação Mulher Trabalhadora que amamenta, que visa estimular três eixos: a licença maternidade de 180 dias, creches no local de trabalho e a criação de salas de apoio à amamentação(43).

 A realização de seis consultas de pré-natal é abordada como fator de proteção no estudo E2, o que corrobora com o estudo longitudinal, realizado no munícipio de Itaúna, Minas Gerais, em que mulheres que realizaram entre cinco e nove consultas de pré-natal amamentaram mais seus filhos quando às mães que fizeram menos de cinco e mais de nove consultas(14). A pesquisa italiana também observa uma maior tendência ao aleitamento materno quando realizadas as consultas de pré-natal(39).

Os estudos E16 e E17, nesta ordem, também retratam como a falta de informação nas consultas pré-natais e a não realização destas podem influenciar na prevalência do AME. O número de consultadas adequadas e o recebimento de orientações prévias sobre aleitamento materno são necessárias para garantir o bem-estar materno-infantil(34-35). Logo, é relevante contextualizar a assistência prestada à mulher durante o pré-natal, o parto e o puerpério nas redes públicas de atendimento(34), fator de proteção também indicado nos estudos E9 e E12.

E para assegurar às mulheres uma assistência adequada na gravidez, no parto e no puerpério, é considerável implementar e qualificar as ações educativas em saúde exercidas pelos profissionais de saúde, fator de proteção exposta no E4. Para nortear tais esforços, é preciso que ocorra a estruturação de redes que demonstram empenho e envolvimento com o grupo materno-infantil, que possam incluir, além dos profissionais, os familiares(13,20).  Nesta pesquisa, os fatores fornecidos são determinantes para a compreensão das técnicas que permeiam a mulher e o ato de amamentar.

Os problemas mamários, a dificuldade na pega e não amamentar na primeira hora de vida também são dificuldades que influenciam os resultados da prevalência do AME. Situações que verbalizam a insegurança e a preocupação são frequentes entre as puérperas que lidam com tais dificuldades(20,25). Amamentação não se trata somente de um ato intuitivo, mas de uma prática que exige aprendizado e apoio. Todas as mulheres necessitam de instruções adequadas sobre o aleitamento, principalmente no que se refere à pega correta, ao posicionamento do bebê e à ordenação do leite, além das informações de prevenção, como fissuras e de outras complicações(20).

Outro exemplo da influência negativa são os fatores socioculturais. Mães inexperientes ou jovens acreditam mais facilmente nas crenças que envolvem a prática do aleitamento(35). E dentre os ensinamentos estão: “o leite materno é fraco”, “não mata a sede”, “é insuficiente para atender às demandas da criança”(35:3550). Todas as crenças atuam no desencorajamento do aleitamento materno e em experiências empíricas(36), como o caso da introdução precoce de água e frutas, fator de risco exposto pelo estudo E6. 

Conforme os resultados encontrados, a prática de amamentação é influenciada principalmente por fatores culturais e sociodemográficos das mulheres. Contudo, fatores relacionados aos bebês também influenciaram nesta pesquisa. Dentre os fatores de riscos sociodemográficos dos bebês, destacam-se nos estudos E7 e E16: o baixo ganho de peso do bebê e ser pré-termo. Questões como a idade gestacional ao nascer e o período de hospitalização também são fortes preditores para o início e manutenção do AME(44).

Ressalta-se que a identificação desses fatores pode estar associada às particularidades negativas que as mulheres enfrentam durante o puerpério e o início da amamentação, como a insegurança e a preocupação(22). A essa situação, soma-se o uso de chupetas e mamadeiras, fatores de risco bastantes evidenciados nos resultados da presente revisão. A introdução precoce de bicos artificiais pode gerar confortos entre o lactente e a lactante: acalma a criança e pode diminuir os anseios das mulheres(15). Dessa maneira, há uma implicação da redução de mamadas da criança durante o dia que, por consequência, leva à diminuição da produção de leite e do processo natural de sucção, favorecendo o desmame precoce(15,22).

O estudo E11 determina que, entre os fatores de risco, está a recusa inexplicável da criança. Já no E4 é relatado como fator a criança não querer amamentar. Todo enredo é mencionado em pesquisa, realizada em uma creche comunitária, que dentre as causas relatadas para o desmame precoce está: “recusa da criança”(15:60). Cabe salientar que tanto as mulheres de comunidades quanto as de classe social mais elevada vivenciam tais fatos citados(15). Neste contexto, é importante disseminar o fundamentalismo do AME para a sociedade, de modo a reduzir as barreiras e avançar com as prevalências nacionais do AME. 

Ainda no que concerne aos fatores relacionados ao bebê, o sexo masculino é constatado como um fator positivo para a amamentação no E12. Em outro estudo, ser bebê do sexo masculino é um fator prejudicial na manutenção do AME(45).A teoria sugere que os bebês do sexo masculino recebem, além do leite materno, outros alimentos antes dos seis meses pelo fato de imaginarem que estes precisam de um maior aporte nutricional quando comparados aos bebês do sexo feminino(45).

 

CONCLUSÃO

 

A prevalência do aleitamento materno exclusivo e complementar sofre variações devido à pluralidade biológica, sociodemográfica e cultural das populações, que exercem efeitos diferenciados sobre a amamentação e sua prática.

A partir dos achados da presente revisão, tornam-se evidentes as facetas que permeiam a prática do aleitamento materno. Dentre os fatores que podem afetar negativamente a prevalência do AME em cenário nacional menciona-se o uso de chupeta e de mamadeira, leite insuficiente e/ou fraco, o retorno ao trabalho materno, fissuras mamárias, a recusa inexplicável do bebê, o conhecimento e crenças de familiares e avós, bem como questões de falta de informação nas consultas pré-natais e o não apoio profissional. É válido ressaltar que fatores maternos como a idade avançada, o ensino superior, o trabalho com licença maternidade e a frequência às consultas de pré-natais se destacaram como fatores protetores do AME.  

O estudo dos fatores pode incrementar pesquisas e organizar recursos para o fortalecimento das ações educativas que visem apoiar e garantir a saúde da mulher e das crianças durante a gravidez, parto e puerpério. Ainda, sensibilizar as macro e micropolíticas que atuam na redução da morbimortalidade infantil do País, estimulando a segurança alimentar e nutricional da população alvo.

 

REFERÊNCIAS

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Critérios de autoria 

 

Concepção ou no planejamento do estudo: Vargas MEC; Ferreira PT; Castro HC; Cecílio SG; Cecílio SG; Santos LEC e Pereira LMO.

Obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados: Vargas MEC; Ferreira PT; Castro HC e Cecílio SG.

Redação do manuscrito ou revisão crítica relevante do conteúdo intelectual: Vargas MEC; Ferreira PT; Castro HC; Cecílio SG; Cecílio SG; Santos LEC e Pereira LMO.

Aprovação final da versão a ser publicada: Cecílio SG e Cecílio SG.