PERFIL DE PACIENTES COM ÚLCERAS VENOSAS SUBMETIDOS À TELENFERMAGEM EM UMA CLÍNICA DE ESTOMATERAPIA

 

PROFILE OF PATIENTS WITH VENOUS ULCER SUBMITTED TO TELENURSING IN A STOMATHERAPY CLINIC

 

PERFIL DE LOS PACIENTES CON ÚLCERA VENOSA SOMETIDOS A TELEENFERMERÍA EN UNA CLÍNICA DE ESTOMATERAPIA


 

1Jakeline Costa dos Santos

2Patrícia Britto Ribeiro de Jesus

3Laura Queiroz dos Anjos

4Thamires Fernandes Jorge

5Eloá Carneiro Carvalho

6Karla Biancha Silva de Andrade

7Carolina Cabral Pereira da Costa

8Norma Valéria Dantas de Oliveira Souza

 

1Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1872-320X

2Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. ORCID https://orcid.org/0000-0003-4523-3740

3Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. ORCID https://orcid.org/0000-0003-2759-2379

4Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. ORCID https://orcid.org/0000-0003-3454-4586

5Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. ORCID https://orcid.org/0000-0002-1099-370X

6Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. ORCID https://orcid.org/0000-0002-6216-484X

7Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. ORCID https://orcid.org/0000-0002-0365-7580

8Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. ORCID https://orcid.org/0000-0002-2936-3468

 

Autor correspondente

Carolina Cabral Pereira da Costa

Rua Ministro Viriato Vargas, 160/casa CEP 20531-050, Rio de janeiro – Brasil. Contato; +55(21) 991447592, E-mail: carolcuerj@hotmail.com.

 

 

 

Submissão: 23-01-2023

Aprovado: 31-10-2023

 

 

RESUMO

Objetivo: descrever o perfil sociodemográfico e clínico de pessoas com úlceras venosas submetidas à Telenfermagemem uma clínica de enfermagem em Estomaterapia. Métodos: estudo documental, descritivo e transversal, com abordagem quantitativa, realizado com 159 prontuários de pacientes com úlceras venosas, acompanhadas por Telenfermagem na Clínica de Enfermagem em Estomaterapia de uma universidade pública do município do Rio de Janeiro, entre os meses de abril de 2018 a fevereiro de 2020. Os dados foram processados pela análise das variáveis por meio de estatística simplificada, auxiliada por uma planilha do aplicativo Microsoft Excel®. Resultados: Apontam uma igualdade entre o sexo biológico dos participantes, composto por 50,94% mulheres e 49,06% homens; na faixa de 60 a 69 anos (32,71%). Constatou-se que 32,07% faziam acompanhamento médico regular na clínica da família; 40,88% possuíam o membro inferior esquerdo acometido por úlcera venosa, sendo a região do maléolo medial mais acometida (38,19%). Outro resultado foi que em 54,72% dos prontuários analisados não houve cicatrização. As úlceras possuíam exsudato com aspecto seroso (71,07%); presença de edema em 79,25%; possuíam lesões que interferiram na deambulação (33,62%); e 35,42% queixavam-se de dor. Conclusão: O perfil apreendido vem ao encontro de outros estudos em relação à maioria das variáveis investigadas e permite planejar um cuidado individualizado e focado nas características apreendidas.

Palavras-chave: Telenfemagem; Perfil de Saúde; Úlceras de Perna; Enfermagem.

 

ABSTRACT

Objective: to describe the sociodemographic and clinical profile of people with venous ulcers submitted to Telenursing in a nursing clinic in Stomatherapy. Methods: documentary, descriptive and cross-sectional study, with a quantitative approach, carried out with 159 medical records of patients with venous ulcers, accompanied by Telenursing at the Stomatherapy Nursing Clinic of a public university in the city of Rio de Janeiro, between the months of April 2018 to February 2020. The data were processed by analyzing the variables using simplified statistics, aided by a Microsoft Excel® spreadsheet. Results: They indicate equality between the biological sex of the participants, composed of 50.94% women and 49.06% men; in the range of 60 to 69 years (32.71%). It was found that 32.07% had regular medical follow-up at the family clinic; 40.88% had the left lower limb affected by a venous ulcer, with the medial malleolus region being the most affected (38.19%). Another result was that in 54.72% of the records analyzed there was no scarring. The ulcers had exudate with a serous appearance (71.07%); presence of edema in 79.25%; had injuries that interfered with walking (33.62%); and 35.42% complained of pain. Conclusion: The apprehended profile is in line with other studies in relation to most of the investigated variables and allows planning individualized care focused on the apprehended characteristics.

Keywords: Telenfemagem; Health Profile; Leg Ulcers; Nursing.

 

RESUMEN

Objetivo: describir el perfil sociodemográfico y clínico de personas con úlceras venosas sometidas a Teleenfermería en una clínica de enfermería en Estomaterapia. Métodos: estudio documental, descriptivo y transversal, con abordaje cuantitativo, realizado con 159 prontuarios de pacientes con úlcera venosa, acompañados de Teleenfermería en la Clínica de Enfermería en Estomaterapia de una universidad pública de la ciudad de Río de Janeiro, entre los meses de abril de 2018 a febrero de 2020. Los datos se procesaron analizando las variables mediante estadística simplificada, auxiliados por una hoja de cálculo de Microsoft Excel®. Resultados: Indican igualdad entre el sexo biológico de los participantes, compuesto por 50,94% mujeres y 49,06% hombres; en el rango de 60 a 69 años (32,71%). Se encontró que el 32,07% tenía seguimiento médico regular en la clínica de la familia; El 40,88% tenía afectado el miembro inferior izquierdo por una úlcera venosa, siendo la región del maléolo medial la más afectada (38,19%). Otro resultado fue que en el 54,72% de los registros analizados no hubo cicatrización. Las úlceras presentaban exudado de aspecto seroso (71,07%); presencia de edema en 79,25%; tenía lesiones que interferían con la marcha (33,62%); y el 35,42% se quejó de dolor. Conclusión: El perfil aprehendido está en consonancia con otros estudios en relación a la mayoría de las variables investigadas y permite planificar cuidados individualizados centrados en las características aprehendidas.

Palabras clave: Telenfemagem; Perfil de Salud; Úlceras en las Piernas; Enfermería.

 


INTRODUÇÃO

 

A Telenfermagem surge como uma ferramenta relevante no cuidado em saúde, por se tratar de uma tecnologia de baixo custo de implantação e muito promissora na assistência às pessoas. Essa perspectiva permite que os profissionais de saúde fiquem cientes da situação de cada paciente à distância, contribuindo para a redução de fatores que levam ao abandono do tratamento como, por exemplo, a incapacidade de se locomoverem até as unidades de saúde devido às limitações físicas ou mesmo econômicas. Ademais, essa ferramenta possibilita a criação de vínculos mais consistentes entre equipe e paciente, o que pode ser mais um fator que beneficia a adesão ao tratamento e que contribui para a redução de custos institucionais e pessoais(¹).

Constata-se a relevância da aplicação da Telenfermagem ao contexto da Estomaterapia, em especial ao cuidado voltado aos pacientes com úlceras venosas, uma vez que essa problemática de saúde demanda manutenção do autocuidado a fim de garantir a cicatrização e, sobretudo, evitar as recidivas da lesão.

As úlceras venosas caracterizam-se como uma lesão cutânea crônica na perna ou no pé, causada por hipertensão venosa persistente na área afetada, com cicatrização dificultosa e arrastada. Ademais, a insuficiência venosa crônica (IVC), devido ao aumento da pressão constante nos vasos sanguíneos dos membros inferiores (MMII), advém do refluxo nas veias superficiais, gerando oclusão venosa e/ou perfuração do vaso, com subsequente lesão no tecido do local afetado(2).

Cerca de 70% das lesões de MMII, que afetam em torno de 1% a 3% da população mundial, são causadas pelas úlceras venosas e têm risco aumentado com a idade avançada(3). No Brasil, esse tipo de lesão acomete aproximadamente 3% da população, sendo a 14ª causa de afastamento de atividades laborais e 34º motivo de aposentadorias, o que aponta para um sério problema de saúde pública(4).

Tais números podem ser decorrentes da baixa adesão ao tratamento, da ausência de alimentação saudável, do sedentarismo e de pouco repouso. Além disso, o tempo prolongado de tratamento da lesão e as idas frequentes às unidades assistenciais para trocas do curativo contribuem com a alta recidiva da ferida, em torno de 62,2% dos casos(4).

Nesse sentido, reforça-se a importância da Telenfermagem aos pacientes com úlcera venosa, haja vista a possibilidade de auxiliar o processo de cicatrização da lesão e a qualidade de vida desses pacientes, pois eles são acolhidos pela equipe de enfermagem por intermédio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). A partir de então, esses profissionais promovem o reforço das orientações que favorecem o tratamento das lesões em domicílio, através dessas tecnologias(5). Assim, a utilização das telecomunicações e das tecnologias computacionais podem ser estimuladas e implantadas nesse contexto, pois favorecem e corroboram os cuidados de enfermagem, garantindo o conforto e a independência do usuário, minimizando os impactos decorrentes dos fatores epidemiológicos e reduzindo custos que envolvem os cuidados em saúde(6).

No entanto, para que a Telenfermagem seja eficaz e os cuidados e orientações desenvolvidos por meio desta ferramenta sejam eficientes, faz-se relevante conhecer as características sociodemográficas e de saúde dos pacientes, a fim de permitir uma assistência individualizada e específica para o perfil e as vulnerabilidades da clientela assistida.

Considerando a contextualização inicial, o objetivo do presente estudo é descrever o perfil sociodemográfico e clínico das pessoas com úlceras venosas, submetidas à Telenfermagem em uma Clínica de Enfermagem em Estomaterapia.

 

MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa do tipo documental e descritiva, com delineamento transversal(7) e abordagem quantitativa, desenvolvida numa Clínica de Enfermagem em Estomaterapia, localizada em uma Policlínica de uma universidade pública na cidade do Rio de Janeiro. Os documentos utilizados para a coleta dos dados foram os prontuários e as fichas de identificação dos pacientes com úlceras venosas submetidos à Telenfermagem. Salienta-se que nesse local são atendidas pessoas com feridas de diversas causas, estomas, incontinências anal e urinária, provenientes do município do Rio de Janeiro.

Em relação à abordagem quantitativa, este método permite quantificar os dados por meio de análises estatísticas, que podem ser apresentadas em forma de tabelas, gráficos ou textos, visando à comprovação dos resultados apurados do trabalho realizado(8).

Os critérios de inclusão foram: prontuários de pacientes com o diagnóstico de úlcera venosa após avaliação na Clínica de Enfermagem em Estomaterapia e submetidos à Telenfermagem através de chamadas telefônicas, de abril de 2018 a fevereiro de 2020. Os critérios de exclusão foram: prontuários de pacientes com lesões de origem traumática, neuropática, mista (venosa e arterial) e arterial.

O instrumento de pesquisa foi um formulário estruturado pelas pesquisadoras. Após a aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa, em respeito às Resoluções 466/2012(9) e 510/2016(10) do Conselho Nacional de Saúde, sob o número 3.573.933, os prontuários e fichas dos pacientes puderam ser analisados.

Para gerar os resultados, utilizou-se o software Excel® para tratamento das variáveis investigadas a partir do formulário de coleta de dados. A análise foi realizada com auxílio de tabelas contendo a distribuição das frequências absolutas e relativas, utilizando-se a estatística descritiva. Ademais, realizaram-se a tabulação cruzada e filtragem do sexo, faixa etária, nível de instrução, ocupação (profissão), município/local de moradia. Também se captaram os aspectos clínicos e características da úlcera venosa, como: (i) localização; (ii)avaliações; e (iii) tempo de lesão (anos).

Além disso, para mensurar a área total das lesões (em cm²), utilizou-se uma régua graduada em centímetros e, conforme o critério embasado em estudo sobre lesões de pele(3), definiu-se o tamanho das lesões em pequenas, médias, grandes e extensas.

Para facilitar a análise estatística dos intervalos de classe em anos, julgou-se necessário calcular a amplitude do intervalo, subtraindo o maior valor pelo menor valor e dividindo pelo número de intervalos. Após atribuir dados a esses intervalos, foi realizada a contagem da frequência e, posteriormente, construiu-se a tabela de distribuição de frequência.

 

RESULTADOS

Analisaram-se um total de 331 prontuários, dos quais 159 (48,04%) possuíam registros que atenderam aos critérios de inclusão. Informa-se que 172 (51,96%) prontuários foram excluídos da análise por não se enquadrarem nos critérios de inclusão.

A tabela 1 exibe os dados relativos às características sociodemográficas registradas nos prontuários, no que tange ao sexo, idade, ocupação (profissão) e nível de instrução. Dos 159 prontuários analisados, encontrou-se uma semelhança entre os sexos biológicos (50,94% homens e 49,06% mulheres). A idade variou de 28 a 89 anos, estando na faixa etária de 60 a 69 anos (32,71%) o maior percentual de pacientes com úlceras venosas que se submeteram a telenfermagem.

No que concerne o nível de instrução, 41,51% possuíam ensino fundamental completo ou médio incompleto e, em relação à ocupação, a maioria (40,88%) era aposentada ou pensionista.


 

Tabela 1 – Características sociodemográficas registradas em prontuários de pacientes com úlceras venosas sob Telenfermagem na Clínica de Estomaterapia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2021. (n=159)

Características

N

Frequência (%)

Sexo

 

 

Feminino

81

50,94

Masculino

78

49,06

Faixa etária

 

 

< 30 anos

1

0,63

30 a 39 anos

7

4,40

40 a 49 anos

19

11,95

50 a 59 anos

35

22,01

60 a 69 anos

52

32,71

70 a 79 anos

27

16,98

≥ 80 anos

18

11,32

Nível de instrução

 

 

Sem instrução ou ensino fundamental incompleto

41

25,78

Ensino fundamental completo ou médio incompleto

66

41,51

Ensino médio completo ou superior incompleto

33

20,76

Ensino superior completo

6

3,77

Sem informação

13

8,18

Ocupação (profissão)

 

 

Aposentado/ pensionista

65

40,88

Trabalho informal ou temporário (sem carteira assinada)

29

18,24

Outras atividades profissionais (com carteira assinada)

26

16,36

Do lar (sem remuneração)

24

15,09

Sem informação

10

6,29

Não trabalha

5

3,14

Fonte: dados da pesquisa.

 


A tabela 2 mostra que havia 72,33% residentes no município do Rio de Janeiro/RJ, com a maioria (47,17%) localizada na Zona Norte da cidade. Os demais prontuários investigados, os pacientes residiam em outros municípios do Rio de Janeiro, como a Região Metropolitana da capital fluminense (23,26%) e Região das Baixadas Litorâneas (1,26%). Identificaram-se também 0,63% residentes no Norte Fluminense, Noroeste Fluminense e na Região Serrana. Além disso, não foi possível verificar o município e região de moradia dos pacientes em 1,26% prontuários.


 

Tabela 2 - Distribuição dos dados, segundo o município e região de moradia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2021. (n=159)

Municípios e Regiões

N

Frequência (%)

Estado do Rio de Janeiro

-

-

Zona Norte

75

47,17

Zona Oeste

33

20,75

Zona Sul

4

2,52

Zona Central

3

1,89

Região Metropolitana

-

-

Duque de Caxias

9

5,66

Nova Iguaçu

8

5,03

São João de Meriti

7

4,40

Belford Roxo

4

2,51

São Gonçalo

4

2,51

Itaboraí

1

0,63

Itaguaí

1

0,63

Nilópolis

1

0,63

Niterói

1

0,63

Tanguá

1

0,63

Região Norte Fluminense

-

-

Cardoso Moreira

1

0,63

Região Noroeste Fluminense

-

-

Aperibé

1

0,63

Região Serrana

-

-

Trajano de Moraes

1

0,63

Região das Baixadas Litorâneas

-

-

Araruama

1

0,63

São Pedro da Aldeia

1

0,63

Sem informação

2

1,26

Fonte: dados da pesquisa.

 

                                                          


Na tabela 3, observa-se a localização das lesões, com 65 (40,88%) localizadas no membro inferior esquerdo, 51 (32,08%) nos dois membros e 43 (27,04%) no membro inferior direito.

Em relação ao número de lesões, 74 (46,54%) prontuários analisados registravam uma única lesão. Em contrapartida, as lesões múltiplas (caracterizadas por duas ou mais) predominaram em 85 (53,46%) registros.

Considerando a mensuração das úlceras venosas, através de uma régua de papel descartável de medida linear para verificar a área (cm²) de maior comprimento pela maior largura, os resultados mostraram que as lesões de dimensão média foram maioria, com 74 (46,54%).

Quanto à região acometida, observaram-se no total 309 lesões, sendo o maléolo mais prevalente. Assim sendo, houve 118 (38,19%) ocorrências em maléolo medial (face interna) e 89 (28,80%) em maléolo lateral (face externa).


 

Tabela 3 - Distribuição das características identificadas, segundo a localização das lesões. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2021. (n=159)

Características

N

Frequência (%)

Membro acometido

 

 

Membro Inferior Direito (MID)

43

27,04

Membro Inferior Esquerdo (MIE)

65

40,88

Membro Inferior Direito e Esquerdo (MID/MIE)

51

32,08

Número de lesões

 

 

Única

74

46,54

Múltiplas

85

53,46

Área total das lesões (em cm²)

 

 

Pequenas (menores do que 50)

26

16,35

Médias (maiores que 50 e menores do que 150)

74

46,54

Grandes (maiores do que 150 e menores do que 250)

37

23,27

Extensas (maiores do que 250)

22

13,84

Região acometida*

 

 

Pé (face dorsal, posterior e metatarso)

22

7,12

Maléolo medial (face interna)

118

38,19

Maléolo lateral (face externa)

89

28,80

Terço distal da perna (face anterior, posterior, lateral e interna)

72

23,30

Terço medial da perna (face anterior, lateral e interna)

6

1,94

Terço proximal da perna (face interna)

2

0,65

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: dados da pesquisa.

(*) Havia mais de uma região acometida, totalizando 309 áreas afetadas.

 


A tabela 4 mostra a distribuição das características das lesões. As úlceras venosas apresentavam principalmente exsudato com aspecto seroso, com 113 (71,07%). Também se observou volume de exsudato de moderado a grande quantidade em, respectivamente, 62 (38,99%) e 47 (29,56%) registros.

Não havia a presença de odor ou tinha odor discreto em, respectivamente, 68 (42,77%) e 48 (30,19%) prontuários. Ademais, essas lesões também apresentavam edema em 126 (79,25%) casos.

Com relação às bordas da ferida, identificou-se mais de uma característica, totalizando 274. Assim, as bordas irregulares foram predominantes, com 91 (33,21%) ocorrências. Ao passo que, a borda macerada foi encontrada em 74 (27,01%) registros.

No que tange ao leito da lesão, foram encontradas um total de 277 características associadas, sendo que a maioria apresentava leito granuloso (37,19%) e esfacelo (32,85%).

Quanto às condições da pele periferida, observaram-se prontuários que possuíam duas ou três características, totalizando 354no somatório geral. Os principais dados encontrados foram o edema (22,60%), dermatite ocre (20,90%) e pele perilesional íntegra (13,28%).


 

Tabela 4 - Distribuição das avaliações de úlceras venosas registradas na Clínica de Enfermagem em Estomaterapia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2021. (n=159)

Variáveis

Características

N

Frequência (%)

 

Seroso

113

71,07

Tipo de

Serossanguinolento

22

13,84

exsudato

Purulento

18

11,32

 

Sanguinolento

06

3,77

 

Nenhum

12

7,55

Volume do

Pequeno

38

23,90

exsudato

Moderado

62

38,99

 

Grande

47

29,56

 

Ausente

68

42,77

Odor

Discreto

48

30,19

 

Acentuado

43

27,04

Edema

Presente

126

79,25

 

Ausente

33

20,75

 

Irregular

91

33,21

 

Macerada

74

27,01

Bordas da

Queratose

38

13,87

Ferida*

Elevada

37

13,50

 

Epitelizada

20

7,30

 

Regular

14

5,11

 

Granulação

103

37,19

 

Esfacelo

91

32,85

Leito da

Necrose

26

9,39

Lesão**

Epitelização

23

8,30

 

Hipergranulação

21

7,58

 

Friável

13

4,69

 

Edema

80

22,60

 

Dermatite ocre

74

20,90

 

Íntegra

47

13,28

Condições

Ressecada

43

12,15

da pele

Macerada

38

10,73

Periferida***

Endurecida

34

9,60

 

Descamativa

19

5,37

 

Hipopigmentada

18

5,09

 

Eczema

01

0,28

Fonte: dados da pesquisa.

(*) Foram identificadas 274 características nas bordas da ferida.

(**) Houve um total de 277 características relacionadas ao leito da lesão.

(***) Havia mais de uma alteração na pele periferida, totalizando 354 condições associadas.

 


A tabela 5 apresenta o tempo de duração das úlceras venosas e a ocorrência de cicatrização em algum momento, bem como mostra a porcentagem da recidiva. Desse modo, localizaram-se nos prontuários, lesões que duravam de um ano até trinta e seis anos, se destacando 55 (34,59%) ocorrências em feridas que perduravam entre 7 e 12 anos.

Ademais, observou-se que não houve cicatrização em 87 (54,72%) registros. Em contraposição, 72 (45,28%) lesões cicatrizaram alguma vez, embora na totalidade desses documentos referissem recidiva após cicatrização, com recorrência de uma a três ou mais recidivas.


 

Tabela 5 – Distribuição do tempo (anos) de duração e cicatrização das úlceras venosas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2021. (n=159)

Tempo de duração

N

Frequência (%)

6

32

20,13

7 a 12

55

34,59

13 a 18

30

18,87

19 a 24

18

11,32

25 a 30

15

9,43

31 a 36

9

5,66

Cicatrizou alguma vez

 

 

Não

87

54,72

Sim

72

45,28

Recidiva após cicatrização

 

 

1 vez

41

56,94

2 vezes

19

26,39

≥ 3 vezes

12

16,67

Fonte: dados da pesquisa.

 


DISCUSSÃO

 

Com relação às características sociodemográficas, a presente pesquisa demonstrou que não houve diferença percentual significativa entre o sexo das pessoas com úlceras venosas registradas em prontuários, concernindo a outro estudo documental, de abordagem quantitativa(11), o qual foi desenvolvido com 43 participantes, sendo 22 (51,2%) mulheres e 21 (48,8%) homens.

No entanto, outros estudos apontam um predomínio de mulheres com úlcera venosa. Outrossim, o surgimento da insuficiência venosa crônica e, consequentemente, a formação de úlcera venosa pode ser justificada devido à desregulação hormonal durante a gestação, ao uso contínuo de anticoncepcional e/ou à reposição hormonal(12,13).

Em contrapartida, a úlcera venosa no sexo masculino é predominante em outras pesquisas, que visam principalmente investigar o perfil dessa população e as implicações ocasionadas pela úlcera nos diversos aspectos da vida(14,15).

A faixa etária da população foi constituída majoritariamente por idosos de 60 a 69 anos, corroborando com estudos nacionais e internacionais, que evidenciam esse perfil nas pessoas com úlcera venosa(16-18). Além disso, pesquisadores de uma revisão bibliográfica(19) enfatizam que pessoas entre 60 e 69 são as mais afetadas pela insuficiência venosa crônica, ficando, por conseguinte, mais suscetíveis ao desenvolvimento de úlcera venosa, sobretudo pelo comprometimento dos capilares sanguíneos e vênulas pós-capilares.

Ainda em relação às características sociodemográficas, constatou-se nos prontuários pesquisados que a maioria tinha o ensino fundamental completo ou médio incompleto, divergindo de outro estudo realizado no Brasil, no qual a maior parte dos participantes possuía apenas o ensino fundamental incompleto ou nenhuma instrução(11).

Nesta pesquisa, identificou-se uma população diferenciada, em razão da conclusão do ciclo de estudos básicos, o que pode impactar diretamente o processo de cuidados de saúde(20). Para essas pessoas investigadas, a Telenfermagem tem potencial para ser uma estratégia complementar efetiva, uma vez que estas conseguem ter melhor compreensão dos ensinamentos sobre o autocuidado e maior adesão ao tratamento(5,21).

Em relação às atividades laborais, o afastamento do mercado de trabalho pelo fato serem aposentados ou pensionistas justifica-se pela idade dos mesmos, o que está de acordo com a literatura nacional e internacional(4,11,16, 22,23). Ademais, essa população mais idosa, que recebe uma renda fixa do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), dispõe de mais tempo livre para aplicar as orientações para o autocuidado(23).

Assim, os dados encontrados nesta pesquisa, fortalecem a hipótese de que pessoas idosas tendem a aderir ao autocuidado com mais propriedade, visto que o tempo ocioso pode ser usado para pôr em prática as orientações em saúde recebidas durante a consulta presencial e reforçadas na Telenfermagem(24). Nessa conjuntura, em estudo realizado com 40 idosos, em um ambulatório de Geriatria/Gerontologia localizado em Minas Gerais, apresentou evidências de que os idosos que frequentavam as consultas de enfermagem eram capazes de realizar o autocuidado e o autotratamento promovidos pelo enfermeiro(24).

Constatou-se que a população atendida se concentrava na Zona Norte do Rio de Janeiro — mesma região da clínica de Estomaterapia. Tal cenário é favorável, tanto por cumprir os princípios constitucionais do Sistema Único de Saúde – ao englobar a territorialização nos atendimentos – quanto por permitir o direito de acesso aos serviços de saúde das pessoas que moram em outros municípios, em consonância com os princípios da universalidade, equidade e integralidade(25).

Quanto às doenças de base, nesta pesquisa, caracterizou-se pela presença de hipertensão (39,40%) e diabetes (26,77%), resultado semelhante ao estudo retrospectivo de natureza quantitativa(26), que identificou nos registros 39% e 30% dos pacientes, respectivamente. Salienta-se que a associação dessas duas doenças crônicas comuns pode aumentar os riscos de complicações vasculares, que incluem as úlceras venosas. Por conseguinte, também prejudicam a cicatrização das lesões, bem como aumentam as chances de infecções no caso da ocorrência de diabetes(27).

No que concerne ao membro inferior esquerdo acometido por úlcera venosa, um estudo quantitativo que também utilizou fonte de dados secundários(28), identificou a mesma característica nos prontuários analisados. Considera-se que este achado pode ser importante para entender a distribuição das lesões e direcionar a assistência ao propor intervenções e o acompanhamento do tratamento.

É relevante enfatizar que, os pacientes com úlceras múltiplas têm menor probabilidade de receber alta ambulatorial(26). Ademais, estudos(26,29) demonstram o processo lento de cicatrização em lesões maiores, por isso interpreta-se que uma área total considerada média (maior que 50 cm² e menor do que 150 cm²) pode influenciar na abordagem terapêutica, uma vez que são mais desafiadoras de tratar, apesar de o tratamento apropriado ser aplicado.

Com relação à localização das lesões, constatou que em razão da proximidade de proeminência óssea distal, a região do maléolo medial (face interna) e maléolo lateral (face externa) são mais prevalentes. Além do mais, destaca-se que as veias perfurantes insuficientes são responsáveis pelo surgimento espontâneo das úlceras venosas acima dos maléolos. Inclusive, o membro inferior acometido pela úlcera apresenta um aumento da circunferência maleolar(30). Tais compreensões sobre as áreas mais comuns de ocorrência das úlceras venosas podem ser relevantes para o diagnóstico precoce e para a escolha das terapias apropriadas.

Por meio da literatura, sabe-se que o exsudato é um processo fisiológico presente na fase inflamatória e que, quando este é seroso, descarta-se a presença de infecção, conferindo, assim, melhor prognóstico. Além disso, os pacientes com exsudato em menor quantidade e com ausência de odor nas feridas podem ter uma melhor qualidade de vida ao serem reinseridos nos núcleos sociais(26).

Outra característica importante é a presença de edema nas lesões, o que interfere no processo de cicatrização ao impedir a síntese de colágeno, diminuindo a proliferação celular e reduzindo a resistência dos tecidos à infecção(26). Ademais, geralmente as úlceras venosas apresentam bordas irregulares, definidas e com pouca profundidade, bem como tecido de granulação e pele periferida edemaciada(31).

No tocante as lesões que perduravam por vários anos, o resultado corrobora como estudo descritivo quantitativo(32), e corresponde ao prognóstico ruim das úlceras venosas, que possuem um tratamento prolongado, com cicatrizações tardias e recorrentes ulcerações. Essas limitações impostas pela ferida prejudicam as atividades sociais e ocupacionais da pessoa com úlcera venosa, além de contribuir com alto custo financeiro do sistema de saúde(4,33).

As recidivas das lesões na totalidade (100%) dos prontuários revisados estão em consonância com os altos índices de recidiva encontrados na literatura científica(26,29-31). Tal circunstância, pode ocorrer devido ao manejo inadequado das úlceras venosas, que tendem a retornar após cicatrização em 26% a 28% das lesões cicatrizadas no primeiro ano; já no período de três a cinco anos, retornam em até 76% delas(32). Além disso, um estudo demonstrou o desconhecimento do paciente em relação à cicatrização e à prevenção de recorrência da úlcera, o que prejudica possíveis resultados satisfatórios dessa condição de saúde de longo prazo(34).

Os dados obtidos por meio da Telenfermagem, revelam que o problema da pessoa com úlcera venosa é complexo e, por isso, são necessárias várias ações conjuntas(5). Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde (OMS), reforça que o uso das tecnologias de informação e comunicação (a exemplo da telenfermagem), no âmbito da enfermagem mundial, gera impactos positivos na assistência ao paciente(35).

Nesse contexto, ao identificar a necessidade de uma assistência integral à saúde a pessoas em situação de estomaterapia, especialmente após observar à alta incidência e prevalência das úlceras venosas, buscou-se elaborar uma estratégia que contribuísse com o tratamento e prevenção de recidiva. Assim, por meio do auxílio financeiro da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), a telenfermagem foi implementada na Clínica de Enfermagem em Estomaterapia. Dessa forma, os pacientes eram contatados através de chamadas telefônicas realizadas por acadêmicos bolsistas de enfermagem, supervisionados por uma enfermeira estomaterapeuta.

 

CONCLUSÕES

Este estudo buscou avaliar prontuários de pessoas com úlceras venosas, submetidas à Telenfermagem em uma Clínica de Enfermagem em Estomaterapia, com o objetivo de levantar o perfil sociodemográfico e clínico das pessoas com úlceras venosas. Neste sentido, dos 159 prontuários analisados, observou-se uma distribuição quase igual de úlceras venosas entre homens e mulheres, com a faixa etária de 60 a 69 anos representando o maior grupo de pacientes, destacando a relevância de abordagens de cuidado específicas para essa população idosa. Além disso, a maioria dos pacientes tinha ensino fundamental completo ou médio incompleto e eram aposentados ou pensionistas, o que sugere desafios socioeconômicos na população-alvo.

Constatou-se que à duração das úlceras venosas variou consideravelmente, com algumas persistindo por até 36 anos. Constatou-se que cerca de metade das lesões não cicatrizou, e mesmo entre as que cicatrizaram, a recorrência foi um achado comum em todos os prontuários analisados, com uma a três ou mais recidivas registradas. Esses resultados destacam a persistência deste tipo de lesão, e apontam para a relevância de intervenções mais eficazes, bem como por meio de estratégias de cuidados diversificas e de longo prazo.

Esses resultados fornecem informações importante para profissionais de saúde envolvidos no cuidado aos pacientes com úlceras venosas, destacando a complexidade e a persistência dessa condição clínica. Evidencia também a necessidade de estratégias de tratamento adaptadas às características individuais de cada paciente, bem como à gestão eficaz de comorbidades e da recorrência das lesões.

Neste sentido, a Telenfermagem é uma ferramenta útil para identificar os problemas reais e potenciais, uma vez que possibilita excluir ou detectar a presença de complicações geradas pelas lesões. Dessa maneira, os pacientes que convivem com úlcera venosa submetidos à Telenfermagem podem reduzir o tempo e o custo na locomoção ao serviço, do mesmo modo que, conseguem ter suas dúvidas esclarecidas ao receberem orientações diversas em saúde, como aderir o autocuidado.

Como limitação do estudo, destaca-se o fato de o estudo ter sido desenvolvido em apenas um local em que se desenvolve a Telenfermagem, onde há características próprias do cenário, bem como especificidades da população investigada. Logo, entende-se que os dados apreendidos podem não ser de abrangência nacional, apesar de muitos resultados virem ao encontro do que está publicado em relação ao tema.

 

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Critérios de Autoria

Jakeline Costa dos Santos: 1. Contribuiu substancialmente na concepção e/ou no planejamento do estudo; 2. na obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados; 3. assim como na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.

Patrícia Britto Ribeiro de Jesus: 1. Contribuiu na interpretação dos dados; 2. assim como na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.

Laura Queiroz dos Anjos: 1. Contribuiu na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.

Thamires Fernandes Jorge: 1. Contribuiu na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.

Eloá Carneiro Carvalho: 1. Contribuiu na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.

Karla Biancha Silva de Andrade: 1. Contribuiu na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.

Carolina Cabral Pereira da Costa: 1. Contribuiu na análise dos dados; 2. assim como na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.

Norma Valéria Dantas de Oliveira Souza: 1. Contribuiu substancialmente na concepção e/ou no planejamento do estudo; 2. na obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados; 3. assim como na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.

 

Fomento e Agradecimento: Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) pelo fomento e pelo apoio e incentivo de inúmeras pessoas pertencentes ao quadro de funcionários da UERJ, da Policlínica Piquet Carneiro e da Faculdade de Enfermagem