ARTIGO ORIGINAL
USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS POR TRABALHADORES DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE
USE OF PSYCHOACTIVE SUBSTANCES BY NURSING PROFESSIONALS IN A HIGH COMPLEXITY HOSPITAL
USO DE SUSTANCIAS PSICOACTIVAS POR PROFESIONALES DE ENFERMERÍA EN UN HOSPITAL DE ALTA COMPLEJIDAD
Márcia Astrês Fernandes1*
Maria Paula Macêdo Brito2
Nanielle Silva Barbosa3
Ana Paula Cardoso Costa4
Álvaro Sepúlveda Carvalho Rocha5
Luciana Karine de Abreu Oliveira6
Ana Lívia Castelo Branco de Oliveira7
Ítalo Arão Pereira Ribeiro8
1Universidade Federal do Piauí. Teresina, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9781-0752
2Universidade Federal do Piauí. Teresina, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4251-0944
3Universidade Federal do Piauí. Teresina, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5758-2011
4Universidade Federal do Piauí. Teresina, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1550-3685
5Universidade Federal do Piauí. Teresina, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7968-9597
6Universidade Federal do Piauí. Teresina, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9314-0234
7 Universidade Federal do Piauí. Teresina, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2634-0594
8Universidade Federal do Piauí. Teresina, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0778-1447
*Autor correspondente
Márcia Astrês Fernandes
Departamento de Pós-Graduação em Enfermagem. Universidade Federal do Piauí. Campus Universitário Ministro Petrônio Portella. Bairro Ininga. CEP: 64049-550. Teresina, Piauí, Brasil. E-mail: m.astres@ufpi.edu.br Contato: +55 86 3215-5558
Submissão: 19-02-2023
Aprovado: 08-03-2023
RESUMO
Objetivo: analisar o uso de substâncias psicoativas pela equipe de enfermagem de um hospital de alta complexidade do estado do Piauí. Método: estudo descritivo transversal, com abordagem quantitativa, realizado com 49 profissionais de enfermagem, entre janeiro a março de 2019. Para a coleta dos dados foi utilizado questionário semiestruturado apresentando variáveis sóciodemográficas, ocupacionais, relacionadas à saúde e ao uso de substâncias psicoativas, o Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST) e o Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT). A pesquisa recebeu parecer de aprovação nº 3.588.464 da instituição coparticipante. Resultados: Em relação à prevalência de uso das substâncias psicoativas, o álcool se destacou como a substância mais consumida (42,91%). O cansaço mental (14,91%), insônia (14,91%) e estresse (14,91%) foram apontados como fatores que mais motivaram o uso/abuso dessas substâncias. Evidenciou-se o risco moderado para uso de tabaco, álcool e sedativos entre os participantes. Conclusão: Esses comportamentos de risco estão cada vez mais comuns no ambiente de trabalho desses profissionais de saúde e requer atenção por parte das instituições, promovendo medidas que possam intervir na rotina de trabalho desses colaboradores com o intuito de identificar e minimizar os fatores que motivem o consumo problemático de tais substâncias. Há a necessidade de maiores investigações que apontem o uso das demais substâncias psicoativas, além do álcool, tendo como cenários outros contextos de atuação da equipe de enfermagem.
Palavras-chave: Equipe de Enfermagem; Psicotrópicos; Abuso Oral de Substâncias; Saúde do Trabalhador.
ABSTRACT
Objective: To analyze the use of psychoactive substances by the nursing staff of a high complexity hospital in the state of Piauí. Method: cross-sectional descriptive study, with a quantitative approach, carried out with 49 nursing professionals, between January and March 2019. A semi-structured questionnaire was used for data collection, presenting sociodemographic and occupational variables, related to health and the use of psychoactive substances, the Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST) and the Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT). The research received approval opinion nº 3,588,464 from the co-participating institution. Results: Regarding the prevalence of psychoactive substance use, alcohol stood out as the most consumed substance (42.91%). Mental fatigue (14.91%), insomnia (14.91%) and stress (14.91%) were identified as factors that most motivated the use/abuse of these substances. There was a moderate risk for the use of tobacco, alcohol and sedatives among the participants. Conclusion: These risk behaviors are increasingly common in the work environment of these health professionals and require attention from institutions, promoting measures that can intervene in the work routine of these employees in order to identify and minimize the factors that motivate the problematic consumption of such substances. There is a need for further investigations that point to the use of other psychoactive substances, in addition to alcohol, with other contexts in which the nursing team operates as scenarios.
Keywords: Nursing, Team; Psychotropic Drugs; Substance Abuse, Oral; Occupational Health.
RESUMEN
Objetivo: analizar el uso de sustancias psicoactivas por parte del personal de enfermería de un hospital de alta complejidad en el estado de Piauí. Método: estudio descriptivo transversal, con abordaje cuantitativo, realizado con 49 profesionales de enfermería, entre enero y marzo de 2019. Para la recolección de datos se utilizó un cuestionario semiestructurado, presentando variables sociodemográficas y ocupacionales, relacionadas con la salud y el uso de sustancias psicoactivas, la Prueba de Detección de Consumo de Alcohol, Tabaco y Sustancias (ASSIST) y la Prueba de Identificación de Trastornos por Consumo de Alcohol (AUDIT). La investigación recibió el dictamen de aprobación nº 3.588.464 de la institución coparticipante. Resultados: En cuanto a la prevalencia de consumo de sustancias psicoactivas, el alcohol se destacó como la sustancia más consumida (42,91%). La fatiga mental (14,91%), el insomnio (14,91%) y el estrés (14,91%) fueron identificados como los factores que más motivaron el uso/abuso de estas sustancias. Hubo un riesgo moderado para el uso de tabaco, alcohol y sedantes entre los participantes. Conclusión: Estos comportamientos de riesgo son cada vez más comunes en el ambiente de trabajo de estos profesionales de la salud y requieren atención de las instituciones, promoviendo medidas que puedan intervenir en la rutina de trabajo de estos empleados con el fin de identificar y minimizar los factores que motivan el consumo problemático de tales sustancias. Existe la necesidad de más investigaciones que apunten al uso de otras sustancias psicoactivas, además del alcohol, con otros contextos en los que actúa el equipo de enfermería como escenarios.
Palabras clave: Grupo de Enfermería; Psicotrópicos; Sustancias de Abuso por Vía Oral; Salud Laboral.
INTRODUÇÃO
O uso de substâncias psicoativas (SPAs), como o tabaco, o álcool e outras drogas, pode ocasionar prejuízos à saúde e no âmbito social, se estabelecendo, atualmente, como um grave problema de saúde pública. Para conter o avanço dessa realidade, políticas de intervenção e técnicas terapêuticas têm sido implementadas como parte dos cuidados disponíveis para a abordagem e tratamento de usuários de álcool e outras drogas. Na contramão do perfil habitual de consumo de psicoativos, destaca-se o aumento significativo dessa prática motivada por fatores de origem laboral(1,2).
O profissional de saúde se caracteriza como um grupo vulnerável para se envolver em situações consideradas desencadeadoras de estresse devido às demandas de trabalho, o estilo de vida irregular, jornadas excessivas, distúrbios do sono, entre outros agravos que facilitam a exposição ao desgaste físico e psíquico. Uma forma de suprir essas dificuldades seria a utilização das substâncias psicoativas por esses trabalhadores(3,4).
O trabalhador, ao desenvolver o hábito de consumir alguma SPA, pode sofrer com as complicações significativas de tal atitude no seu ambiente de trabalho, como por exemplo, a diminuição da produtividade, maior propensão aos acidentes de trabalho, insatisfação com seu ambiente laboral, desenvolvimento de transtornos mentais, absenteísmo e, consequentemente, afastamento das atividades ocupacionais(5).
Entre os trabalhadores da saúde, a enfermagem é uma das classes mais suscetíveis ao consumo das substâncias psicoativas. Esses profissionais estão inseridos em todos os níveis de atenção à saúde e seus ambientes de trabalho costumam se caracterizar como insalubres, com condições estruturais precárias, baixos salários, relações interpessoais conflituosas e consequente insatisfação com as atividades laborais. Esses fatores favorecem o adoecimento mental do trabalhador e, muitas vezes, na busca por alternativas para aliviar as tensões, recorre ao consumo de SPA(6).
Nessa perspectiva, esse consumo por enfermeiros e técnicos de enfermagem é diretamente proporcional ao nível de desgaste físico e mental relacionados aos seus ambientes de trabalho, sobretudo a partir do suporte organizacional, da autonomia que podem desempenhar e da qualidade da relação com demais membros da equipe de saúde. Relacionamentos conflituosos no ambiente de trabalho se relacionam à interferências na qualidade da assistência, à desarmonia entre a equipe e a maior exposição à eventos adversos, levando assim, ao esgotamento do profissional e estresse ocupacional que propicia o consumo de SPA, seja ele na forma nociva ou abusiva(7,8).
O ambiente e as circunstâncias relacionadas ao trabalho, sobretudo aqueles caracterizados por cargas acentuadas de estresse, são alguns dos fatores de vulnerabilidade dos funcionários para a utilização de SPAs. Atribui-se, portanto, à dinâmica de funcionamento das instituições hospitalares, que inclui maior exposição às riscos ocupacionais, remunerações inadequadas, acúmulo de vínculos empregatícios e cargas horárias excessivas, que refletem em longas jornadas de trabalho, os altos índices de uso de álcool e/ou outras substâncias, sendo necessário avaliar, com maior profundidade, esta relação(9).
O uso das SPAs entre os profissionais da saúde vem sendo objeto de diferentes pesquisas nas últimas décadas. Contudo, ainda há a necessidade de investigações voltadas para o estudo dos impactos dessas substâncias no trabalho do profissional de enfermagem. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar o uso de substâncias psicoativas pela equipe de enfermagem de um hospital de alta complexidade do estado do Piauí.
MÉTODOS
Estudo transversal, realizado em um Hospital de Alta Complexidade, situado no município de Teresina, Piauí. A instituição, cenário da pesquisa, é um hospital de ensino, pesquisa e extensão, referência estadual em atendimentos de alta complexidade. Possui 349 leitos, 15 clínicas e quatro Unidades de Terapia Intensiva e conta com serviços de ambulatório, internações clínicas, diagnóstico e tratamento por imagem, laboratório de análises clínicas e anatomia patológica.
Essa pesquisa trata-se de um recorte de um macroprojeto. Foram investigados os profissionais de enfermagem atuantes na referida instituição. As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) compuseram objeto de estudo de outra parte do macroprojeto. Portanto, a população correspondente à equipe de enfermagem atuante neste setor não foi considerada para fins de cálculo amostral.
Para participar desta pesquisa foram considerados população elegível os profissionais da equipe de enfermagem atuantes nas clínicas, constituída por 150 profissionais. Para a definição da amostra foi utilizado o cálculo para a população finita de Barbetta(10), correspondendo à 109 trabalhadores. Foram incluídos os trabalhadores efetivos e que estavam presentes na instituição e excluídos profissionais afastados de suas funções laborais, por motivo de férias ou qualquer tipo de licença no período da coleta dos dados.
É importante considerar que houve um número significativo de perdas e recusas durante a coleta de dados, o que limitou o alcance da amostra mínima. Foram consideradas perdas os instrumentos preenchidos de forma incompleta pelos participantes e profissionais que estavam ausentes no local de trabalho após duas tentativas consecutivas, impossibilitando o contato. Quanto às recusas, nesses casos, os profissionais alegaram não ter interesse em participar ou indisponibilidade de tempo.
Foi utilizado um questionário semiestruturado, elaborado pelos pesquisadores, contendo variáveis sociodemográficas, ocupacionais, relacionadas à saúde e ao uso de SPAs, bem como os instrumentos para triagem do uso ou dependência de drogas, sendo estes o Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST)(11) e o Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT)(12), ambos validados no Brasil e amplamente utilizados para detecção do padrão de consumo de substâncias psicoativas.
Os dados foram obtidos entre os meses de janeiro a março de 2019. Os profissionais que concordaram participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Em local reservado, no próprio setor de trabalho, responderam ao questionário autoaplicável e devolveram ao pesquisador responsável. Ressalta-se que os instrumentos respondidos foram armazenados em envelopes individuais e lacrados.
Os dados coletados foram tabulados, em processo de dupla digitação, em planilhas do Microsoft Excel e, posteriormente analisados pelo software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 23.0, onde foram submetidos à estatística descritiva, por meio do cálculo de medidas de tendência central e medidas de dispersão. Para verificar a associação entre as variáveis qualitativas foi utilizado o Teste Qui-quadrado (x²). A força das associações entre as variáveis foi aferida pelo Likelihood ratio (OR) e intervalos de confiança (IC 95%), para a comparação de médias entre grupos categorizados foi utilizado o teste ANOVA one-way. Para as associações entre as variáveis quantitativas, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson. Todas as análises adotaram o nível de significância de 0,05%.
O estudo contou com a autorização da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina e aprovação por Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da instituição coparticipante, Hospital Getúlio Vargas, com parecer nº 3.588.464 e Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) 79650117.2.3001.5613.
RESULTADOS
A amostra da pesquisa foi composta por 49 profissionais que responderam ao questionário disponibilizado. Os participantes foram majoritariamente do sexo feminino (95,97%), com idade média de 42,5 anos, estado civil casado (a) (44,82%), religião católica (76,6%) e ocupava o cargo de técnico (a) de enfermagem (76,68%). Quanto ao tempo de serviço na instituição, destacaram-se os profissionais que trabalhavam de 0 a 5 anos (32,71%) e aqueles com tempo superior a 21 anos (32,71%). O setor de Ginecologia apresentou o maior número de profissionais entrevistados (17,11%). A carga horária média de trabalho dos profissionais na instituição é de 31,4 horas desempenhadas, principalmente, durante o período diurno (57,14%). As informações relacionadas ao perfil sociodemográfico e ocupacional aparecem descritas na Tabela 1 a seguir.
Tabela 1 – Caracterização do perfil sociodemográfico e ocupacional dos trabalhadores de enfermagem. Teresina, PI, Brasil, 2019.
Variáveis |
Média |
|
N |
% |
Sexo |
|
Masculino |
02 |
4,13 |
|
|
Feminino |
47 |
95,97 |
Idade |
42,5 |
|
|
|
Estado civil |
|
Casado |
22 |
44,82 |
|
|
Solteiro |
16 |
32,71 |
|
|
Divorciado |
05 |
10,21 |
|
|
União estável |
04 |
8,23 |
|
|
Viúvo |
02 |
4,13 |
Religião |
|
Católica |
36 |
76,68 |
|
|
Espírita |
03 |
6,40 |
|
|
Evangélica |
07 |
14,91 |
|
|
Outra |
01 |
2,10 |
Categoria profissional |
|
Enfermeiro |
11 |
24,52 |
|
|
Técnico de enfermagem |
33 |
73,38 |
|
|
Auxiliar de enfermagem |
01 |
2,20 |
Tempo de trabalho na instituição |
|
0 - 5 anos |
16 |
32,71 |
|
6 - 10 anos |
13 |
28,18 |
|
|
|
11 -15 anos |
03 |
6,40 |
|
|
> 21 anos |
16 |
32,71 |
Setor de trabalho |
|
Cardiovascular |
07 |
14,91 |
|
|
Bariátrica |
02 |
4,13 |
|
|
Clínica médica |
03 |
6,40 |
|
|
Ginecologia |
08 |
17,11 |
|
|
Pneumologia |
05 |
10,21 |
|
|
Nefrologia |
02 |
4,13 |
|
|
CCIH |
01 |
2,10 |
|
|
Cirúrgica II |
02 |
4,13 |
|
|
Cirúrgica III |
02 |
4,13 |
|
|
CME |
02 |
4,13 |
|
|
Oftalmologia |
03 |
6,40 |
|
|
Hemodinâmica |
04 |
8,69 |
|
|
Ortopedia |
05 |
10,21 |
|
|
Dermatologia |
02 |
4,13 |
|
|
Internação |
01 |
2,10 |
Carga horária semanal |
31,4 |
|
|
|
Turnos de trabalho |
|
Diurno |
28 |
57,14 |
|
|
Noturno |
04 |
8,69 |
|
|
Diurno/Noturno |
17 |
34,16 |
|
|
Total |
49 |
100 |
Fonte: Elaboração dos autores.
As condições de saúde autorreferidas pelos trabalhadores encontram-se apresentadas na Tabela 2. Evidenciou-se os diagnósticos de Hipertensão Arterial Sistêmica e outras doenças crônicas, correspondendo à 24,48% da amostra investigada.
Quando questionados a respeito do estado de saúde atual, a maioria dos participantes referiu como “bom” (61,22%). O estado de saúde prévio foi referido com o mesmo adjetivo pela maioria (53,02%). Dentre os agravos em saúde do trabalhador, houve destaque para o cansaço físico (55,12%), seguido do estresse (32,72%).
Tabela 2 – Caracterização das condições de saúde autorreferidas pelos trabalhadores de enfermagem. Teresina, PI, Brasil, 2019.
Variáveis |
n |
% |
|
Doença crônica |
HAS* |
06 |
12,24 |
|
DM** |
02 |
4,13 |
|
Depressão |
03 |
6,40 |
|
Outras |
06 |
12,24 |
|
Não possui |
32 |
64,99 |
Estado de saúde atual |
Muito bom |
05 |
10,21 |
|
Bom |
30 |
61,22 |
|
Regular |
14 |
28,56 |
Estado de saúde anterior ao trabalho |
Muito bom |
17 |
34,16 |
|
Bom |
26 |
53,02 |
|
Regular |
04 |
8,69 |
|
Ruim |
02 |
4,13 |
Agravos em saúde do trabalhador |
Cansaço mental |
14 |
28,56 |
|
Irritação |
07 |
14,91 |
|
Cansaço físico |
27 |
55,12 |
|
Insônia |
03 |
6,40 |
|
Depressão |
04 |
8,69 |
|
Ansiedade |
06 |
12,24 |
|
Osteoarticulares |
07 |
14,91 |
|
Estresse |
16 |
32,72 |
|
Sonolência |
04 |
8,69 |
|
Outros |
01 |
2,10 |
Total |
|
49 |
100 |
Legenda: *Hipertensão Arterial Sistêmica; **Diabetes mellitus.
Fonte: Elaboração dos autores.
Em relação à prevalência de uso das substâncias psicoativas pela classe de profissionais de Enfermagem, o álcool se destacou como a substância mais consumida (42,91%), seguida do tabaco (28,61%), inalantes (4,13%), sedativos (6,14), opiáceos (4,13%) e outros (14,08).
O cansaço mental (14,91%), insônia (14,91%) e estresse (14,91%) foram apontados como os fatores que mais motivaram o uso/abuso de substancias psicoativas entre os participantes, como apresentado no Gráfico 1.
Gráfico 1 – Identificação de fatores motivacionais para uso/abuso de SPAs pelos trabalhadores de enfermagem. Teresina, PI, Brasil, 2019.
Fonte: Elaboração dos autores.
O instrumento ASSIST, quando avaliado, evidenciou risco moderado para uso de tabaco, álcool e sedativo em amostra majoritária da população. O tempo de trabalho na instituição superior a 21 anos representou risco moderado de dependência para o uso de tabaco. Não obstante, esse risco foi superior em trabalhadores atuantes no período noturno (33,3%). Essas relações podem ser observadas a partir das informações apresentadas na Tabela 3.
Tabe1a 3 – Associação do risco de dependência relacionada ao uso de tabaco e aspectos laborais entre os trabalhadores de enfermagem. Teresina, PI, Brasil, 2019.
Variáveis |
Baixo Risco |
Risco Moderado |
p-valor |
Categoria profissional
Enfermeiro Técnico de enfermagem Auxiliar de enfermagem |
Xxxxx
11(100%) 30(90,9%) 01(100%)
|
- 03(9,1%) -
|
0,380* |
Tempo de trabalho na instituição*
0-5 anos 6-10 anos 11-15 anos >21 anos |
16(100%) 12(92,3%) 03(100%) 14(87%) |
- 01(7,7%) - 02(12,5%) |
0,343* |
Carga horária semanal |
31,4±8,3 |
36,0±31,7 |
0,468** |
Carga horária total de trabalho por semana |
41,9±17,2 |
40±27,7 |
0,856** |
Turnos de trabalho
Diurno Noturno Diurno/Noturno |
28(100%) 02(66,7%) 15(88,2%) |
- 01(33,3%) 02(11,8%) |
0,043*
|
Legenda: * Likelihood ratio; ** Anova One-way.
Fonte: Elaboração dos autores.
A Tabela 4 apresenta a relação entre o risco de dependência relacionada ao uso do álcool, demonstrando riscos moderados iguais de dependência para as categorias de enfermeiro e de técnico de enfermagem. Quanto a carga de trabalho, os resultados demonstraram associação com risco moderado de dependência para o uso de álcool entre enfermeiros e técnicos de enfermagem que trabalham nos turnos Diurno/Noturno (17,6%) e em profissionais com carga horária com mediana 46,5±20,4 horas/ semanal. Pode-se observar que os profissionais da equipe de enfermagem que trabalham na instituição por tempo menor ou igual a 5 anos possuem risco moderado (12,5%) superior aos de profissionais que trabalhavam há mais de 21 anos (6,2%).
Tabe1a 4 – Associação do risco de dependência relacionada ao uso de álcool e aspectos laborais entre os trabalhadores de enfermagem. Teresina, PI, Brasil, 2019.
Variáveis |
Baixo Risco |
Risco Moderado |
p-valor |
Categoria profissional
Enfermeiro Técnico de enfermagem Auxiliar de enfermagem |
Xxxxx
10(90,0%) 30(90,9%) 01(100%)
|
01(9,1%) 03(9,1%) -
|
0,910* |
Tempo de trabalho na instituição*
0-5 anos 6-10 anos 11-15 anos >21 anos |
14(87,5%) 12(92,3%) 03(100%) 15(93,8%) |
02(2,5%) 01(7,7%) - 01(6,2%) |
0,814* |
Carga horária semanal |
30,3±8,2 |
46,5±20,4 |
0,002** |
Carga horária total de trabalho por semana |
41,3±17,5 |
46,5±20,4 |
0,584** |
Turnos de trabalho
Diurno Noturno Diurno/Noturno |
27(96,4%) 03(100%) 14(82,4%) |
01(3,6%) - 03(17,6%) |
0,216*
|
Legenda: * Likelihood ratio; ** Anova One-way.
Fonte: Elaboração dos autores.
Foi verificada a existência de risco moderado de abuso de sedativos por enfermeiros (6,2%) que permanecem há mais de 21 anos na instituição e que trabalham nos turnos diurno/noturno.
DISCUSSÃO
O estudo foi realizado em um hospital geral de alta complexidade que atende a diversas especialidades, prestando assistência a pacientes referenciados da média e alta complexidade. A partir das análises realizadas pode-se observar que os participantes são predominantemente profissionais do sexo feminino, estado civil casado, que exercem a função de técnico de enfermagem e que possuem como religião o catolicismo, resultados semelhantes a outro estudo realizado em hospital brasileiro(3). A predominância do sexo feminino na equipe de enfermagem é comum e reflete a cultura dessa profissão que, desde o seu surgimento, é majoritariamente executada por mulheres(13).
A maior parte dos profissionais considerou como “bom” seu estado de saúde, no entanto um número expressivo da amostra referiu portar doença crônica, dentre elas DM e HAS. Estas condições devem ser consideradas, pois refletem na percepção do processo saúde-doença por esses trabalhadores. Um conjunto de fatores relacionados às atividades desempenhadas pelos profissionais de enfermagem colaboram para o desenvolvimento e agravamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) nessa população. Ao longo da vida, produzem graves complicações e forte impacto na qualidade de vida dessas pessoas (14).
Mediante o relato desses diagnósticos, emerge a necessidade de considerar o autocuidado do profissional de enfermagem como um recurso necessário para a promoção da saúde. Isto para identificar com mais detalhes os nós críticos nesse campo e corroborar positivamente com a implementação de mudanças voltadas ao bem-estar físico e mental desses trabalhadores, visando qualidade de vida, além das relações saudáveis de trabalho(15).
Outros agravos de saúde foram citados pelos participantes, com destaque para o cansaço físico e o estresse. O trabalho da enfermagem favorece a exposição às cargas de trabalho, sejam elas físicas ou psíquicas e que ocasionam, como consequências, danos à saúde do trabalhador. É possível afirmar que os sintomas de estresse podem ser considerados fatores de risco para o consumo de álcool e outras drogas lícitas e ilícitas(16).
Quanto a carga de trabalho, pesquisadores do tema afirmam que modificações no ciclo do sono e uma carga horária de trabalho exaustiva são fatores contribuintes para o uso de psicotrópicos. Além disso, os profissionais estão suscetíveis ao desenvolvimento de problemas psicológicos decorrentes do trabalho. A equipe de enfermagem está, rotineiramente, exposta às cargas de trabalho internas e externas, que por sua vez, pode provocar desgastes e danos à saúde do trabalhador. É importante estabelecer uma carga de trabalho adequada que proporcione o trabalho produtivo, sendo esse um fator predisponente para o uso de substâncias como recurso e amparo para as demandas exigidas(3,17).
No contexto do ambiente de trabalho, estudo realizado com profissionais de enfermagem que atuavam na atenção básica e em instituições hospitalares, observou o uso de substâncias psicoativas entre os dois públicos e revelou que o forte desejo pelo consumo de álcool e sedativos foi maior entre os profissionais de enfermagem atuantes em instituição hospitalar. Destaca-se que essa classe vivencia cargas de trabalho com características específicas de cada ambiente ocupacional(18).
Os achados deste estudo vão ao encontro do que é descrito por outros pesquisadores sobre o consumo de psicoativos pela equipe de enfermagem ser representado, especialmente pelo álcool, seguido do tabaco e dos sedativos(6,17,19). O álcool carrega o aspecto cultural da aceitabilidade e o seu consumo tem início mais precoce quando comparado com outras substâncias, muitas vezes ainda na adolescência. Contudo, os usuários em geral sabem das possibilidades de prejuízos a curto e longo prazo(16).
O consumo de álcool pode estar relacionado ao ambiente estressante em que os profissionais da enfermagem estão inseridos, uma vez que é uma substância depressora do sistema nervoso central e que provoca desinibição, diminuição da tensão e relaxamento, facilitando a atração para o consumo entre os trabalhadores(5). Em consonância, têm-se os achados de estudo australiano, realizado entre 2014 e 2015 com 5.041 participantes (profissionais de enfermagem e população geral do país), em que 16,2% dos participantes relataram hábitos de risco relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas(20).
O local de trabalho pode ser um fator contribuinte para o consumo de substâncias ao proporcionar condições inadequadas para o exercício da atividade laboral, resultando no uso dessas substâncias para aliviar, por exemplo, o estresse. Aliado a isso, têm-se que o ambiente de trabalho impõe obstáculos à adoção de hábitos de vida saudáveis, como as rotinas de trabalho e estrutura física(7).
Outrora, é necessário a investigação das condições externas e individuais que podem influenciar o uso de substâncias psicoativas pelo profissional de enfermagem, tais como: as relações familiares, cobranças e demais comportamentos de saúde(16) . Vale destacar que além do uso crônico do álcool, o desvio de medicamentos prescritos aos pacientes e o abuso de opiáceos e ansiolíticos tem sido práticas nocivas comuns adotadas pelos profissionais de saúde no mundo e alvo de preocupação global(21).
Há um aumento do uso de drogas sem receita, incluindo uma variedade de opiáceos e outras drogas ilícitas, dessa forma, observa-se que o consumo exacerbado destas drogas está relacionado a outros aspectos da vida que podem ser determinantes para o consumo entre os profissionais de saúde(22).
O risco de dependência moderado do tabaco e do álcool está associado às características desses produtos como sendo substâncias lícitas, de fácil acesso e de consumo frequente pela população. Além disso, o uso do cigarro está associado ao estresse e pressão exercida para o uso em momentos de recreação. Autores afirmam, ainda, que um maior nível de escolaridade contribui como um fator protetor para o consumo de tabaco(2,23,24) .
O estudo evidenciou risco moderado para consumo de álcool apresentado por profissionais que trabalham na instituição de zero a cinco anos. Preocupa a possibilidade de estresse precoce nos ambientes de trabalho, favorecida por contextos de adoecimento. Contudo, outras barreiras dificultam o reconhecimento do problema (o consumo exagerado) pelo próprio profissional, dentre elas, o medo, a vergonha e preocupações sobre a perda da licença de enfermagem(7,25,26).
Foi possível observar que os profissionais da equipe de enfermagem que trabalhavam na instituição entre zero a cinco anos apresentam risco moderado para o consumo de sedativos. Assim como ocorre com o álcool, os sedativos são utilizados como intervenções para o alívio de tensões ocasionadas pela profissão relacionada à enfermagem. Autores relatam que, dentre as mulheres, há um uso maior de sedativos e anfetaminas, concordando com a população do estudo na qual o sexo feminino foi predominante (27).
O estudo apresentou como limitações a baixa adesão dos profissionais de enfermagem à pesquisa, caracterizada por perdas e recusas. Pode-se observar uma resistência acentuada em responder ao instrumento de coleta, principalmente oriunda dos profissionais de nível superior (enfermeiros), que apesar das estratégias realizadas não demonstraram interesse em participar. A abordagem transversal também pode limitar os resultados, uma vez que o estudo se restringiu a uma instituição hospitalar em específico.
A pesquisa destaca-se por investigar a relação do uso de substâncias psicoativas por profissionais de enfermagem de uma instituição hospitalar, evidenciando os fatores que contribuem para o consumo de drogas entre os trabalhadores da equipe de enfermagem nesse nível de atenção, de modo a favorecer o desenvolvimento de ações capazes de promover uma melhoria na saúde ocupacional desses profissionais.
CONCLUSÃO
A substância psicoativa mais consumida pelos profissionais de enfermagem foi o álcool. O tabaco, inalantes, sedativos, opiáceos e outras substâncias também foram apontados como sendo utilizados pelos participantes. Apontou-se risco moderado para o uso do tabaco, álcool e sedativos.
O uso dessas substâncias foi relacionado ao cansaço mental, insônia e estresse, sendo consumidas como uma alternativa para o alívio desses sintomas. Esses comportamentos de risco estão cada vez mais comuns no ambiente de trabalho desses profissionais de saúde e requer atenção por parte das instituições, promovendo medidas que possam intervir na rotina de trabalho desses colaboradores com o intuito de identificar e minimizar os fatores que motivem o consumo problemático de tais substâncias.
Há a necessidade de maiores investigações que aprofundem o conhecimento acerca do uso das demais substâncias psicoativas, além do tabaco e do álcool, tendo como cenários outros contextos de atuação da equipe de enfermagem. Os achados poderão fornecer subsídios aos gestores e aos próprios trabalhadores na execução de ações preventivas, de redução de danos e de tratamento de acordo com as diferentes necessidades identificadas.
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Fomento e Agradecimentos:
Universidade Federal do Piauí (UFPI). Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Editor Científico: Francisco Mayron Morais Soares. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7316-2519