ARTIGO ORIGINAL

EFEITO DE UMA INTERVENÇÃO TELEFÔNICA EDUCATIVA NA ADESÃO AO AUTOCUIDADO PARA PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO

EDUCATIONAL TELEPHONE INTERVENTION EFFECTS ON SELF-CARE ADHERENCE TO DIABETIC FOOT PREVENTION

EFECTOS DE UNA INTERVENCIÓN TELEFÓNICA EDUCATIVA EN LA ADHESIÓN AL AUTOCUIDADO CON EL FIN DE LA PREVENCIÓN DEL PIE DIABÉTICO


https://doi.org/10.31011/reaid-2024-v.98-n.2-art.1737

 

1Letícia Lany de Miranda Medeiros

2Lidiany Galdino Felix

 

1Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, Brasil. Orcid; https://orcid.org/0000-0001-8611-3169;

2Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, Brasil. Orcid; https://orcid.org/0000-0003-2646-2863

 

Autor correspondente

Letícia Lany de Miranda Medeiros

Rua Manaus, 615 – Três Irmãs, Campina Grande - PB, Brasil. 58423-045. – 58423045. Contato; +55(83) 9 9687-5908, E-mail: leticia.lany12@gmail.com.

 

 

Submissão: 25-02-2023

Aprovado: 24-03-2024

 

 

RESUMO

Objetivo: avaliar os efeitos de uma intervenção telefônica educativa, baseada no envio de mensagens via aplicativo móvel Whatsapp®, na adesão às práticas de autocuidado com os pés, em pessoas com Diabetes Mellitus acompanhadas pela Atenção Primária à Saúde. Métodos: estudo quase-experimental de grupo único pré e pós-teste, realizado com 27 usuários com Diabetes Mellitus, cadastrados em três Unidades Básicas de Saúde de um município da Paraíba, no período de janeiro a julho de 2022. A intervenção constituiu-se no envio semanal de 12 mensagens telefônicas individuais, via aplicativo Whatsapp®, com orientações sobre práticas de autocuidado para prevenção do pé diabético e cuidados gerais sobre a doença. Aplicou-se um formulário de caracterização e Questionário de Atividades de Autocuidado em Diabetes antes e após a intervenção. Para a análise dos dados, utilizou-se a estatística descritiva, o teste de McNemar e o teste de Wilcoxon. Resultados: após a intervenção educativa, houve mudança estatisticamente significativa nas práticas de autocuidado relacionadas ao autoexame diário dos pés (p<0,0009), ao corte correto das unhas (p<0,0005) e ao uso diário de hidratante nos pés (p< 0,0008). E quando avaliados por dias da semana, verificou-se uma melhoria significativamente estatística (p<0,05) em seis dos nove itens analisados do Questionário de Atividades de Autocuidado em Diabetes. Conclusão: a intervenção educativa promoveu aumento na adesão semanal das atividades de autocuidado com os pés, podendo ser uma estratégia de educação de baixo custo a ser utilizada pela Atenção Primária.

Palavras-chave: Educação em Saúde; Pé Diabético; Envio de Mensagens de Texto; Autocuidado.

 

ABSTRACT      

Objective: to evaluate an educational telephone intervention effects, based on message sending by the mobile application WhatsApp®, on self-care practice adherence with the feet, in people with Diabetes Mellitus assisted by the Primary Health Care. Methods: this is a quasi-experimental study with one group pre- and post-test, conducted with 27 users with Diabetes Mellitus, registered in three Basic Health Units in a Paraíba’s city, from January to July 2022. The intervention was constituted in the weekly sending of twelve individual telephone messages, by the application WhatsApp®, with orientations about self-care practices to the diabetic foot prevention and general cares about the illness. A sociodemographic and clinical characterization form and a diabetes self-care activities questionnaire were applied before and after the intervention. For the data analysis, descriptive statistics, McNemar test and Wilcoxon test were used. Results: after the educational intervention, there was a significant statistical change on the self-care practices related to the daily self-examination of the feet (p<0,0009), to the correct nails cutting (p<0,0005) and to the daily feet hydration (p< 0,0008). When evaluated by days of the week, there was a significant statistical improvement (p<0,05) in six out of nine analyzed items of the diabetes self-care activities questionnaire. Conclusion: the educational intervention increased the adherence of the weekly feet self-care activities, and it may be a low cost educational strategy to be used by the Primary Health Care.

Keywords: Health Education; Diabetic Foot; Text Messaging; Self Care.

 

RESUMEN

Objectivo: evaluar los efectos de uma intervención telefónica educativa, basada en el envío de mensajes a través de aplicación móvil WhatsApp®, en la adhesión a las prácticas de autocuidado con los pies, en personas con Diabetes Mellitus acompañadas por la Atención Primaria de la Salud. Metodología: estudio casi experimental de grupo único pre y pos prueba, realizado con 27 usuarios con Diabetes Mellitus, registrados en tres unidades básicas de salud de un municipio de la Paraíba, en el período de Enero a Julio de 2022. La intervención fue constituída en el envío semanal de 12 mensajes telefónicas individuales, por aplicación WhatsApp®, con orientaciones sobre las prácticas de autocuidado para prevención del pie diabético y cuidados generales sobre la enfermedad. Se aplicó un formulario de caracterización sociodemográfica y clínica y un cuestionario de actividades de autocuidado en el diabetes antes y después de la intervención. Para la análisis de los datos, fue utilizado la estadística descriptiva, la prueba de McNemar y Wilcoxon. Resultados: después de la intervención educativa, hubo un cambio estadísticamente significativo en las prácticas de autocuidado relacionadas al autoexamen diário de los pies (p<0,0009), al corte correcto de las uñas (p<0,0005) y al uso diário de hidratante en los pies (p<0,0008). Cuando evaluados por días de la semana, fue verificado una mejoría significativamente estadística (p<0,05) en seis de nueve ítems analizados del cuestionario de actividades de autocuidado en el diabetes. Conclusión: la intervención educativa promovió un aumento en la adhesión semanal de las actividades de autocuidado con los pies, pudiendo ser una estrategia de educación de bajo costo que puede ser utilizada por la Atención Primaria.

Palabras Clave: Educación en Salud; Pie Diabético; Envío de Mensajes de Texto; Autocuidado.

 



INTRODUÇÃO

            A Síndrome do Pé Diabético é uma das complicações mais recorrentes e incapacitantes relacionadas ao Diabetes Mellitus (DM). Entretanto, as complicações do pé diabético podem ser prevenidas com a adoção de medidas simples de autocuidado e identificação precoce dos pés em risco. A educação de pacientes, familiares e profissionais de saúde sobre os cuidados com os pés é um dos elementos-chave para a prevenção(1, 2). Contudo, o exame físico e a orientação para o autoexame dos pés ainda têm baixa adesão por profissionais de saúde, especialmente dos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS), implicando aumento da hospitalização e risco de complicações(3).

            Com isso, é necessário desenvolver estratégias de educação em saúde para melhorar o conhecimento das pessoas com diabetes sobre os cuidados com os pés, na tentativa de minimizar ou até mesmo prevenir a ocorrência das complicações(4). Assim, o uso das tecnologias móveis para o fim educativo é considerado como uma alternativa viável e de boa aceitação, devido ao seu baixo custo e à sua capacidade de propagar a informação para pessoas com disseminação em tempo real(5, 6). E, no cenário da pandemia da COVID-19, essas tecnologias mostraram-se importantes no controle e acompanhamento do DM(7).

            Um dos meios para a troca de mensagens, que é utilizado de forma vasta atualmente, é o WhatsApp®, que permite, além do compartilhamento do conteúdo verbal, a transmissão de imagens e outros materiais não-verbais(8). Na área da saúde, as mensagens de texto são utilizadas como estratégias e, estudos anteriores apontam sua eficácia e benefício ao demonstrarem o aumento da adesão às atividades saudáveis, o aumento no conhecimento e a melhora no controle de aspectos clínicos(6, 9, 10).

            Nesse sentido, entende-se que há uma necessidade de inserir novas alternativas para as atividades de educação em saúde após o acontecimento da pandemia do COVID-19 e, dessa maneira, sendo o uso das mensagens de texto uma alternativa de fácil utilização e de baixo custo, surgiu a seguinte questão norteadora de estudo: “quais os efeitos de uma intervenção educativa por telefone na adesão às práticas de autocuidado com os pés em pessoas com DM na APS?”. E, tem-se como objetivo avaliar os efeitos de uma intervenção telefônica educativa, baseada no envio de mensagens via aplicativo móvel Whatsapp®, na adesão às práticas de autocuidado com os pés, em pessoas com DM acompanhadas pela APS.

 

MÉTODOS

Tipo de Estudo

Estudo quase-experimental do tipo grupo único com delineamento pré e pós-teste.

Período e Local

            A coleta de dados foi realizada entre os meses janeiro e junho de 2022, em três Unidades Básicas de Saúde (UBS), do município de Campina Grande – PB.

População e Amostra

A população inicial do estudo foi composta por todas as pessoas com DM (n=945) cadastradas nas três UBS do referido município. A amostra foi do tipo não probabilística obtida por conveniência, e constituída por 27 pessoas selecionadas de acordo com os seguintes critérios:

            Critérios de inclusão: possuir diagnóstico de DM tipo 1 ou tipo 2; ter idade igual ou superior a 18 anos; ambos os sexos; alfabetizados; não ter histórico de úlcera nos pés; possuir telefone celular próprio com acesso à internet e com o aplicativo Whatsapp®; estar cadastrado e fazer acompanhamento em uma das três UBS nas quais o estudo será desenvolvido; capacidade para ouvir e responder perguntas.

Critérios de não-inclusão: pessoas com diagnóstico de diabetes gestacional; pessoas com diagnóstico de DM com acuidade visual diminuída ou com comprometimento das funções cognitivas, de modo a impedir a leitura e compreensão das mensagens, bem como das informações coletadas durante a entrevista; pacientes com histórico de ulcerações e/ou amputações; indivíduos com ulceração ativa e/ou neuropatia atribuída a outros agravos, a exemplo da paraplegia, tetraplegia ou hanseníase.

Critério de desistência ou perda: desejo de não mais participar do estudo; mudança de endereço e acompanhamento em saúde; perda ou mudança de número de telefone; hospitalização; óbito e/ou perda de seguimento durante o acompanhamento telefônico (quinze dias sem feedback em relação à mensagem); e recusar-se a participar da avaliação final das variáveis-desfecho.

Vinte e nove pessoas foram excluídas por apresentarem um ou mais itens dos critérios de exclusão e três se recusaram a participar do estudo. E, após o início da coleta de dados, houve a desistência de quatro participantes.

 

Coleta de Dados

A coleta de dados foi realizada em três fases:

Fase I: recrutamento dos participantes e 1ª avaliação

O recrutamento ocorreu durante os meses de janeiro a março de 2022, através do levantamento das pessoas com DM cadastradas nas UBS selecionadas e que atenderam aos critérios de inclusão. Após a identificação, os usuários foram convidados para, por meio de contato telefônico e visitas domiciliares dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), um encontro presencial na UBS.

Neste encontro, foi explicado o objetivo da pesquisa, foram avaliados os critérios de inclusão e exclusão e feito o convite de participação. Após o consentimento do participante, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), realizou-se uma entrevista com aplicação de um instrumento adaptado, contendo informações sociodemográficas e clínicas(11). Para avaliar a adesão do usuário às práticas de autocuidado, foi aplicado o Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes (QAD)(12).

O QAD é um questionário, traduzido e adaptado do Summary of Diabetes Self-Care Activities Questionnaire (SDSCA), que busca avaliar o autocuidado com o DM através da distribuição em sete dimensões: alimentação geral, alimentação específica, atividade física, monitorização da glicemia, cuidado com os pés, uso da medicação e tabagismo(12). Para a presente pesquisa, utilizou-se apenas a dimensão de cuidado com os pés.

Fase II: aplicação da intervenção educativa (mensagens via Whatsapp®)

A intervenção ocorreu entre fevereiro e junho de 2022, consistiu no envio semanal de mensagens pelo aplicativo Whatsapp®, durante o período total de três meses, totalizando 12 mensagens. Teve seu início, aproximadamente, 15 dias após a entrevista inicial.

As mensagens foram enviadas individualmente pela pesquisadora, de segunda a sexta-feira em horário comercial (8 às 17h), com um telefone móvel específico para esta finalidade. O contato telefônico da pesquisadora foi registrado com o nome “Prevenção do pé diabético”. Em todo o acompanhamento, a pesquisadora esteve à disposição para esclarecer dúvidas relacionadas aos temas das mensagens.

O conteúdo das mensagens de texto foi produzido a partir das orientações contidas no E-book “Manual de cuidados com os pés para pessoas com diabetes”(13) e na cartilha sobre o autocuidado com os pés de pessoas com diabetes intitulada “Pé Saudável é Pé Bem Cuidado”(14). As mensagens foram enviadas seguindo um roteiro de conteúdo elaborado pela pesquisadora (Quadro 1).


 

Quadro 1 – Conteúdos abordados na intervenção educativa telefônica

Intervenção telefônica (n=12)

Conteúdo da intervenção

Semana 1

Importância do autoexame dos pés

Semana 2

Cuidados com a limpeza

Semana 3

Cuidados com a hidratação

Semana 4

Atenção com as unhas

Semanas 5, 6 e 7

Cuidados com os calçados

Semana 8

Uso de meias

Semana 9

Fique atento aos sinais de infecção

Semana 10

Cuidados com a alimentação

Semana 11

Importância da atividade física

Semana 12

Uso correto das medicações

           Fase III: pós-intervenção

 


Após o término do envio das mensagens semanais, ocorreu a reavaliação da adesão às práticas de autocuidado com os pés, em um encontro presencial, nas UBS em que os participantes estavam cadastrados, no intervalo médio de 90 dias da primeira avaliação, realizado entre maio e julho de 2022.

 

Análise dos Dados

 

O material coletado foi compilado em um banco de dados no software Microsoft Excel® versão 2016 e analisado através do Software Estatístico R, versão 2021 (R CORE TEAM). Foi aplicado o teste de aderência Qui-Quadrado para verificar a adequabilidade do modelo probabilístico aos dados para as variáveis categóricas; já para as variáveis contínuas foram calculados as medidas de tendência central média e mediana e o desvio padrão. O Teste de McNemar foi utilizado para o cálculo da amostragem pareada para a comparação das práticas de atividade de autocuidado com os pés nos participantes nos períodos pré e pós-intervenção, para as variáveis categóricas. E, nas variáveis contínuas de distribuição assimétrica, o teste não paramétrico de Wilcoxon foi utilizado. Foi considerado um nível de significância de p-Valor de p<0,05, para todas as análises.

 

Aspectos Éticos

O estudo foi realizado respeitando as recomendações preconizadas pela Resolução n.º 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, que regulamenta a prática de pesquisa com seres humanos.

O projeto recebeu parecer favorável do Comitê de Ética e de Pesquisa (CEP) com Certificado de Apresentação de Apreciação Ética (CAAE) n.º 51859221.1.0000.5182.

 

RESULTADOS

            A média de idade dos 27 participantes foi 57,6 anos (DP ± 11,3), a maioria era do sexo feminino (n=22; 81,5%), de cor parda (n=11; 40,7%), aposentadas (n=11; 40,7%), possuíam renda familiar de até um salário mínimo (n=11; 40,7%) e com companheiros (n=16; 59,3%). Com relação à escolaridade, sete (25,9%) usuários possuíam o ensino médio completo e sete (25,9%) possuíam o ensino fundamental incompleto. 

            O tempo médio de diagnóstico do DM foi de 7,5 anos (DP ± 7,6), a idade média do diagnóstico do DM foi de 50 anos (DP ± 10,9). Com relação ao tipo de DM, o tipo 2 prevaleceu em 100% da amostra, sendo os antidiabéticos orais o tratamento de escolha por 26 (96,3%) participantes e, apenas sete (25,9%) faziam o uso de insulina. A comorbidade relatada com maior frequência foi a hipertensão arterial (n=20; 74,1%). 

            Fatores relacionados à saúde foram investigados, tais como: a prática de atividade física, em que 12 (44,4%) disseram praticar regularmente; o tabagismo e o etilismo atual, onde 24 (88,9%) e 25 (92,6%) relataram não realizar, respectivamente. Ao avaliar a prática de atividades físicas após a intervenção, houve um aumento para 19 (70,4%) participantes que realizavam, mas sem significância estatística (p<0,0801).

            Quando questionados se já receberam orientações para o autocuidado dos pés após o diagnóstico de diabetes, a maioria (n=20; 74,1%) relatou que nunca recebeu. Em relação ao exame dos pés, 16 (59,3%) afirmaram que nunca tiveram os pés examinados por profissionais de saúde.

Com relação às práticas de autocuidado, verificou-se que, após a intervenção, houve uma melhora nas práticas de autocuidado relacionadas ao autoexame diário dos pés (p<0,0009), ao corte correto das unhas (p<0,0005) e ao uso diário de hidratante nos pés (p< 0,0008) (Tabela 1).


 

Tabela 1 – Comparação das práticas de autocuidado com os pés antes e após a intervenção telefônica. Campina Grande, 2022

Variáveis

ANTES n(%)

APÓS n(%)

p-Valor*

Práticas de autocuidado

Sim

Não

Sim

Não

 

Examina os pés diariamente?

12(44,4)

15(55,6)

25(92,6)

2(7,4)

0,0009

Lava os pés todos os dias e depois enxuga os pés e entre os dedos?

21(77,8)

6(22,2)

26(96,3)

1(3,7)

0,0736

Remove cutículas com alicate, corta unhas encravadas ou calos?

22(81,5)

5(18,5)

18(66,7)

9(33,3)

0,2207

Corta as unhas retas?

11(40,7)

16(59,3)

25(92,6)

2(7,4)

0,0005

Usa hidratante nos pés diariamente, mas nunca entre os dedos?

7(25,9)

20(74,1)

20(74,1)

7(25,9)

0,0008

Usa meias limpas e confortáveis, de lã ou algodão e sem costura?

15(55,6)

12(44,4)

20(74,1)

7(25,9)

0,1824

Anda descalço ou com chinelos com tiras entre os dedos

18(66,7)

9(33,3)

22(81,5)

5(18,5)

0,2881

Usa sapatos apertados ou incômodos para os seus pés?

6(22,2)

21(77,8)

0(0,0)

27(100,0)

-

Examina os sapatos e os sacode antes de usá-los?

23(85,2)

4(14,8)

26(96,3)

1(3,7)

0,2482

Presta atenção aos locais por onde anda?

20(74,1)

7(25,9)

22(81,5)

5(18,5)

0,6831

*Teste de McNemar para amostras pareadas

 


Com relação à adesão às atividades de autocuidado por dias da semana, verificou-se um aumento significativo (p<0,05) em seis dos nove itens analisados no período após a intervenção (Tabela 2).


 

Tabela 2 – Comparação dos itens do Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes (QAD), antes e após a intervenção educativa telefônica. Campina Grande, 2022

Itens do QAD

Média

Mediana

Desvio padrão

p-Valor*

Em quantos dos últimos sete dias realizou o autoexame dos pés?

 

0,0065

Antes

3,1

1

3,2

 

Depois

5,2

7

2,5

 

Em quantos dos últimos sete dias você secou os espaços entre os dedos dos pés depois de lavá-los?

 

0,0206

Antes

5,1

7

3

 

Depois

6,7

7

1,4

 

Em quantos dos últimos sete dias examinou dentro dos calçados antes de calçá-los?

 

0,0459

Antes

2,8

1

3,1

 

Depois

3,6

3

3,1

 

Em quantos dos últimos sete dias andou descalço?

 

0,9903

Antes

1,4

0

2,8

 

Depois

0,7

0

1,6

 

Em quantos dos últimos sete dias fez escalda-pés?

 

0,5393

Antes

0,3

0

1,4

 

Depois

0,3

0

1

 

Em quantos dos últimos sete dias usou meias para calçar sapatos fechados?

 

0,7209

Antes

2,4

1

2,8

 

Depois

2,3

2

2,7

 

Em quantos dos últimos sete dias você hidratou os pés com cremes e/ou óleos?

 

0,0283

Antes

1,9

2

3,2

 

Depois

3,8

3

2,6

 

Em quantos dos últimos sete dias observou presença de micoses interdigitais?

 

0,0044

Antes

2,6

1

3,1

 

Depois

4,8

7

2,8

 

Em quantos dos últimos sete dias observou presença de unha encravada?

 

0,0088

Antes

2,6

1

3,1

 

Depois

4,6

7

2,8

 

*Teste não paramétrico de Wilcoxon.


DISCUSSÃO

Ao analisar as variáveis sociodemográficas, verifica-se uma relação com outros estudos na literatura em que a maioria foram do sexo feminino, com a idade média maior que 55 anos, com companheiro e aposentadas(4, 15). Já no fator escolaridade, o estudo demonstrou que pessoas analfabetas e com ensino fundamental incompleto tem maior desconhecimento acerca do pé diabético e pior desempenho nos hábitos de cuidados com os pés como: inspeção dos pés, procurar a UBS em caso de alterações nos pés, andar descalço, hidratar os pés, cortar as unhas, usar calçados adequados e identificar micoses(16).

O tempo médio do diagnóstico do DM na amostra foi pouco acima de sete anos, e verificou-se que a maioria relatou que nunca teve os pés examinados por profissional de saúde e que nunca recebeu orientações para o autocuidado com os pés. Recomenda-se que as pessoas com DM 2 realizem a avaliação neurológica e vascular dos pés no momento do diagnóstico, e com DM 1 cinco anos após o diagnóstico(17).

Apesar da relevância do exame clínico para prevenção de ulcerações e amputações de membros inferiores em pessoas com DM, essa ainda não é uma prática rotineira nos serviços de atenção básica e, quando realizada, alguns profissionais realizam o exame clínico de forma errônea e com instrumentos inadequados(18, 19).

Além disso, a maioria dos profissionais avaliados em um estudo no Nordeste do Brasil apresentaram conhecimento insuficiente sobre a prevenção de úlceras e sobre os testes utilizados no exame físico do pé(20). Assim sendo, compreende-se a necessidade de haver a implementação de uma linha de cuidado voltada para o rastreio e a detecção precoce nos serviços da APS(21).

Quanto aos efeitos da intervenção educativa por mensagem via WhatsApp®, houve melhora significativa nas práticas de autocuidado relacionadas ao autoexame diário dos pés, ao corte correto das unhas e ao uso diário de hidratante nos pés. Estudo nacional, que realizou intervenção educativa através de ligações telefônicas, trouxe resultados satisfatórios com relação às práticas de corte de unhas e hidratação dos pés(4) e mostrou que esse tipo de intervenção é uma opção de comunicação viável e efetiva para o acompanhamento dos usuários com DM2, por ser simples, cômoda, rápida e de baixo custo.

Outros estudos internacionais, realizados na Jordânia(9) e na Nova Zelândia(22), que fizeram o uso de intervenções por mensagens de texto, encontraram melhora significativa nos cuidados com os pés. E, a revisão integrativa da literatura, que analisou estudos sobre os efeitos de mensagens telefônicas na promoção do autocuidado em DM, também encontrou melhora significativa com relação ao nível de HbA1c, adesão aos medicamentos, práticas gerais de autocuidado, conhecimento sobre a doença e cuidados com os pés(10).

O autoexame dos pés, o corte de unhas e o uso de hidratante constituem-se como recomendações importantes para o cuidado com os pés e a prevenção da Úlcera do Pé Diabético (UPD), pois, durante a realização desses cuidados há a possibilidade de reconhecimento precoce de alterações, além de ser benéfico para a higiene dos pés(1).

Na comparação entre as médias de dias da semana para as atividades de autocuidado, após a intervenção, houve um aumento significativo na quantidade de dias em que eram realizadas as práticas de cuidado: autoexame dos pés, secagem dos espaços entre os dedos dos pés, exame dentro dos calçados, hidratação e observação da presença de micoses ou unhas encravadas. Da mesma maneira, estudos internacionais e nacionais que aplicaram educação em saúde, em forma de slides e sessões educativas, para pessoas com DM de forma geral, verificaram um aumento na adesão à dieta saudável, na monitorização da glicemia, nos cuidados com os pés e no manejo da medicação(23-25).

            Quando voltado ao cuidado com os pés, ao se comparar a adesão às práticas de autocuidado com o nível de conhecimento, pesquisa realizada no Brasil, verificou que a amostra com conhecimento moderado teve maior predisposição em realizar práticas de autocuidado com os pés, em comparação com a amostra que tinha baixo nível de conhecimento(26).  Assim, observa-se que o aspecto do conhecimento da população pode estar intrinsecamente ligado à realização de práticas de autocuidado.

Dessa forma, a presente pesquisa pôde apresentar os efeitos positivos da intervenção via mensagens por aplicativo móvel, que foram capazes de estimular os participantes da amostra a aderir às práticas que foram repassadas. Ainda, a aplicação do uso do telefone vem se demonstrando promissora no contexto da promoção da saúde e da prevenção de agravos(27).

Além disso, o uso de tecnologias móveis em outra área também demonstra resultados promissores na educação em saúde, prevenção de complicações e acompanhamento em saúde(28). Esse fator requer ainda mais investimento em estudos que avaliem o uso dessas tecnologias, para que possam começar a ter sua aplicação na realidade dos serviços de saúde.

 

CONCLUSÕES

 

A intervenção educativa, baseada no envio de mensagens via aplicativo móvel Whatsapp®, possibilitou o aumento da adesão semanal às atividades de autocuidado com os pés, como o autoexame, secagem dos espaços interdigitais, corte de unhas, exame dos calçados, hidratação e observação da presença de micoses ou unhas encravadas. Acredita-se que a intervenção educativa, via aplicativo móvel, tem potencial para ser utilizada como estratégia complementar de educação em saúde para a prevenção do pé diabético, além de atuar como suporte às orientações que são dadas pelos profissionais da Atenção Básica à Saúde.

Com relação às limitações do presente estudo, utilizou-se uma amostra por conveniência, devido à especificidade dos critérios de inclusão e à coleta de dados terem sido realizadas no período da pandemia, o que limitou o acesso dos usuários e pode ter contribuído para o pequeno tamanho amostral; além disso, a ausência de grupo controle e a aplicação imediata do formulário pós-intervenção podem limitar a generalização dos resultados. 

Contudo, espera-se que as evidências aqui apresentadas possam subsidiar a realização de futuros ensaios clínicos, testando intervenções educativas por mensagens via aplicativo móvel em escalas maiores e, assim, os resultados alcançados possam ser posteriormente utilizados na implementação de novas práticas educativas e promotoras da saúde de baixo custo nos serviços de APS, auxiliando a reduzir os índices de amputações de membros inferiores, decorrentes das complicações do pé diabético.

 

REFERÊNCIAS

 

1.                  Bus SA, Lavery LA, Monteiro-Soares M, Rasmussen ARaspovic A, Sacco ICN, Netten JJV, International Working Group on the Diabetic Foot. Guidelines on the prevention of foot ulcers in persons with diabetes (IWGDF 2019 update). Diabetes Metab Res Rev [Internet]. 2020 [citado 2022 Out 7]; 36Suppl 1:e3269. Disponível em: https://iwgdfguidelines.org/wp-content/uploads/2020/11/Bus_et_al-2020-IWGDF-prevention-guideline.pdf.

2.                  Scharper NC, Van Netten JJ, Apelqvist J, et al. Practical Guidelines on the prevention and management of diabetic foot disease (IWGDF 2019 update). Diabetes Metab Res Rev [Internet]. 2020 [citado 2022 Out 7]; 36(e3266). Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/dmrr.3266.

3.                  Fernandes FCGM, Santos EGO, Morais JFG, et al. O cuidado com os pés e a prevenção da úlcera em pacientes diabéticos no Brasil. Cad Saúde Coletiva [Internet]. 2020 [citado 2022 Out 7]; 28(2):302-10. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1414-462X202028020258.

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Contribuição dos autores

Todos os autores contribuíram substancialmente para a concepção e planejamento, coleta, análise e interpretação dos dados; contribuiu significativamente na elaboração do rascunho ou na revisão crítica do conteúdo; e participou da aprovação da versão final do manuscrito.

 

Editor Científico: Ítalo Arão Pereira Ribeiro. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0778-1447    
Editor Associado: Edirlei Machado dos-Santos. Orcid: 
https://orcid.org/0000-0002-1221-0377

Rev Enferm Atual In Derme 2024;98(2): e024289