EDITORIAL
A EDUCAÇÃO CONTINUADA EM SAÚDE
CONTINUING EDUCATION IN HEALTH
EDUCACIÓN CONTINUA EN SALUD
1Fadia Carvalho Pacheco
2Izanir Paes Saldanha
3Robson Dias Martins
1 Instituto Nacional de Câncer. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-1150-0900 E-mail: fadia.pacheco@inca.gov.br
2 Instituto Nacional de Câncer. Orcid: https://orcid.org/0009-0007-9850-9903 E-mail: izani.saldanha@inca.gov.br
3 Instituto Nacional de Câncer. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-5825-9408 E-mail: robson.martins@inca.gov.br
Submissão: 01-07-2023
Aprovado: 02-07-2023
A busca contínua pela excelência nos serviços de saúde é uma prioridade inegável para qualquer sociedade comprometida com o bem-estar de seus cidadãos. Nesse contexto, a educação permanente se estabelece como uma ferramenta indispensável, capaz de impulsionar a melhoria contínua dos profissionais de saúde e, consequentemente, a qualidade do atendimento prestado (1).
A educação permanente, também conhecida como educação continuada ou educação ao longo da vida, é um processo contínuo de aprendizagem que visa atualizar e aprimorar constantemente os conhecimentos, habilidades e competências dos profissionais da saúde. Trata-se de uma abordagem que transcende a formação acadêmica inicial, reconhecendo a necessidade de atualização constante frente às rápidas mudanças científicas, tecnológicas e sociais que ocorrem no campo da saúde (1-2). É essencial que os profissionais de saúde tenham acesso às oportunidades de aprendizado contínuo, através de programas de educação permanente estruturados, que abranjam diferentes áreas do conhecimento, desde as mais técnicas até as mais humanísticas. Através desses programas, é possível aprimorar a capacidade de diagnóstico, tratamento e cuidado, desenvolver habilidades de comunicação, trabalho em equipe e liderança, além de estar atualizado com as mais recentes evidências científicas (2-3). A educação permanente na saúde também se mostra fundamental para o fortalecimento do sistema como um todo. Ao investir na capacitação dos profissionais, estamos contribuindo para a construção de uma rede de saúde mais sólida, eficiente e centrada no paciente. Profissionais atualizados e capacitados são capazes de oferecer um atendimento de qualidade, baseado em melhores práticas e evidências, baseada em dados confiáveis, promovendo a segurança do paciente e a efetividade dos tratamentos (3). No entanto, é importante ressaltar que a responsabilidade pela educação permanente não é exclusiva dos profissionais de saúde. Instituições de saúde, governos, associações profissionais e comunidades também desempenham um papel fundamental na promoção desse tipo de formação. É necessário que sejam estabelecidas parcerias e programas de incentivo, que facilitem o acesso à educação permanente, oferecendo suporte financeiro, tempo para estudo e apoio logístico (1-4). Além disso, é fundamental que os gestores de saúde reconheçam a importância da educação permanente como estratégia de gestão. A valorização dos profissionais que se empenham em aprimorar seus ativos intangíveis, ou seja, seus conhecimentos, habilidades e atitudes por meio de incentivos e reconhecimento, é essencial para criar uma cultura de aprendizagem contínua e de busca pela excelência. À medida que avançamos em direção a um futuro cada vez mais com ampliações e inovações, complexo e exigente na área da saúde, a educação permanente se torna um imperativo ético e profissional. Somente por meio do compromisso com a aprendizagem contínua poderemos enfrentar os desafios que surgem constantemente, promovendo a inovação e garantindo uma assistência de saúde de qualidade para todos. Bem como, é necessário que os periódicos estejam comprometidos em fomentar o debate, a troca de conhecimento e a divulgação de boas práticas em educação permanente na saúde, acreditando que a colaboração entre pesquisadores, profissionais e instituições é fundamental para o avanço do campo. De forma que, todos os interessados a contribuir com seus estudos, experiências e reflexões, possam construir uma saúde mais educativa, eficiente e centrada nas necessidades da sociedade. A educação permanente é um caminho inegável para a excelência na saúde. Espera-se que todos possam abraçar essa jornada e transformar o cuidado com a saúde em uma busca constante por conhecimento e aprimoramento.
REFERÊNCIAS
1. Barreto Brasil LS, Haddad AE. O modelo pedagógico da Universidade Aberta do SUS e o seu alinhamento com a educação permanente e as competências profissionais em saúde. Em Rede [Internet]. 14 out. 2017 [citado 2023 jul 30];4(1):38-50. Disponível: https://www.aunirede.org.br/revista/index.php/emrede/article/view/243
2. Haddad AE. Brenelli SL, Passarella T M, Ribeiro TCV. Política nacional de educação na saúde. 2008 [cited 2023 Jul 1];32:98–8. Disponível: https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/1463
3. Jesus JM de. Análise de políticas públicas: a trajetória da política nacional de educação permanente em saúde no Brasil. 2021. 103f. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão de Políticas Públicas) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Gestão de Políticas Públicas, Palmas, 2021 [citado 2023 jul 30]. Disponível: http://repositorio.uft.edu.br/handle/11612/3059
4. Martins E. Política de Atenção Básica e formação em saúde: exigências frente ao desmonte. Anais do Encontro Internacional e Nacional de Política Social [Internet]. 2020 [citado 2023 jul 30];1(1). Disponível: https://periodicos.ufes.br/einps/article/view/33339
Fomento: não há instituição de fomento
Editor Científico: Francisco Mayron Morais Soares. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7316-2519