ARTIGO ORIGINAL

 

DETERMINANTES MATERNOS E DE RECÉM-NASCIDOS ASSOCIADOS AO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO EM MATERNIDADES DO ESPIRITO SANTO

 

MATERNAL AND NEWBORN DETERMINANTS ASSOCIATED WITH EXCLUSIVE BREASTFEEDING IN MATERNITIES IN ESPIRITO SANTO

 

DETERMINANTES MATERNOS Y RECIÉN NACIDOS ASOCIADOS A LA LACTANCIA MATERNA EXCLUSIVA EN MATERNIDADES EN ESPÍRITO SANTO

 


https://doi.org/10.31011/reaid-2023-v.97-n.3-art.1963 

1Ananda Larisse Bezerra da Silva

2Elizabete Regina Araújo Oliveira

3Wanessa Lacerda Poton

4Andreia Soprani dos Santos

5Susana Bubach

6Maria Helena Monteiro de Barros Miotto

 

1Universidade Federal do Espirito Santo, Vitória, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0061-1103

2Universidade Federal do Espirito Santo, Vitória, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-6616-4273

3Universidade Vila Velha, Vila Velha, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-5849-0653

4Universidade Federal do Espirito Santo, Vitória, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-4377-6517

5Universidade Federal do Espirito Santo, São Mateus, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-7190-5275

6Universidade Federal do Espirito Santo, Vitória, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-3227-7608

 

Autor correspondente

Ananda Larisse Bezerra da Silva

Endereço: Av. França, 267, Macapá-AP, Brasil, CEP: 68.906-172. Contato: +55(96)98135-9784. E-mail: anandalarisse@hotmail.com

 

Submissão: 14-08-2023

Aprovado: 11-09-2023

 

RESUMO

Objetivo: Analisar os determinantes em saúde maternos e de recém-nascidos associados ao aleitamento materno exclusivo em três maternidades do Espirito Santo. Metódo: Estudo do tipo transversal, multicêntrico, com dados do estudo Projeto Viver. Amostra foi composta por 3.438 díades mãe-bebê. A relação entre o aleitamento materno exclusivo praticado nas maternidades, os dados relacionados à mãe, o recém-nascido e o pré-natal foi realizada por meio do teste qui-quadrado. Regressão logística foi utilizada para avaliar as variáveis que mais influenciam as mulheres na amamentação exclusiva. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: O aleitamento materno exclusivo antes da alta hospitalar foi de 85,2%. O aleitamento materno na primeira hora de vida não foi praticado por 91,2% e 75,4% das mulheres não participaram de atividade educativa durante o pré-natal. À regressão logística, mulheres menores de 19 anos e bebês nascidos com peso normal e a termo apresentam maiores chances de praticar a amamentação exclusiva ainda na maternidade. Conclusões: O cumprimento das políticas públicas em prol da amamentação deve ser espelhado na necessidade de garantir o suporte econômico e social para que a amamentação exclusiva alcance as metas estabelecidas pela OMS.

Palavras-chave: Aleitamento Materno; Recém-Nascido; Determinantes Sociais da Saúde.

 

ABSTRACT

Objective: To analyze the determinants of maternal and newborn health associated with exclusive breastfeeding in three maternity hospitals in Espírito Santo. Method: Cross-sectional, multicenter study, with data from a larger study called Projeto Viver. The sample consisted of 3,438 mother-infant dyads. The relationship between exclusive breastfeeding practiced in maternity hospitals, data related to the mother, newborn and prenatal care was performed using the chi-square test. Logistic regression was used to assess the variables that most influence women in exclusive breastfeeding. The significance level adopted was 5%. Results: Exclusive breastfeeding before hospital discharge was 85.2%. Breastfeeding in the first hour of life was not practiced by 91.2% and 75.4% of women did not participate in educational activities during prenatal care. In logistic regression, women under 19 years of age and babies born with normal weight and at term are more likely to practice exclusive breastfeeding while still in the maternity ward. Conclusion: Compliance with public policies in favor of breastfeeding must be mirrored in the need to guarantee economic and social support for exclusive breastfeeding to reach the goals established by the WHO.

Keywords: Breast Feeding; Infant; Social Determinants of Health.

 

RESUMEN

Objetivo: Analizar los determinantes de la salud materna y neonatal asociados a la lactancia materna exclusiva en tres maternidades de Espírito Santo. Método: Estudio transversal, multicéntrico, con datos de un estudio mayor denominado Projeto Viver. La muestra estuvo compuesta por 3.438 díadas madre-hijo. La relación entre la lactancia materna exclusiva practicada en las maternidades, los datos relacionados a la madre, al recién nacido y al cuidado prenatal se realizó mediante la prueba de chi-cuadrado. Se utilizó regresión logística para evaluar las variables que más influyen en las mujeres en la lactancia materna exclusiva. El nivel de significación adoptado fue del 5%. Resultados: La lactancia materna exclusiva antes del alta hospitalaria fue del 85,2%. La lactancia materna en la primera hora de vida no fue practicada por el 91,2% y el 75,4% de las mujeres no participó de actividades educativas durante el prenatal. En la regresión logística, las mujeres menores de 19 años y los bebés nacidos con peso normal ya término tienen más probabilidades de practicar la lactancia materna exclusiva mientras aún están en la sala de maternidad. Conclusiones: El cumplimiento de las políticas públicas a favor de la lactancia materna debe reflejarse en la necesidad de garantizar apoyo económico y social a la lactancia materna exclusiva para alcanzar las metas establecidas por la OMS.

Palabras clave: Lactancia Materna; Recién Nacido; Los Determinantes Sociales de la Salud.

 

 

INTRODUÇÃO

As políticas em saúde concernentes à saúde materno infantil evidenciam o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) como fundamental para saúde biopsicossocial da criança fortalecendo vínculo e repercutindo consequentemente na saúde da mulher. AME é o ato de amamentar exclusivamente com leite materno até os seis meses da criança, sem oferta de nenhum outro líquido ou alimento, e ainda que se apresente seus benefícios, vários são os determinantes que afetam a sua adesão1.

Os ganhos com o AME são claros, tanto para mães como para bebês, a citar o menor risco de câncer de mama e de ovário, diabetes mellitus tipo 2, além de prolongar a amenorreia lactacional. O impacto da amamentação exclusiva também, são importantes na diminuição do risco de mortalidade infantil2.

A fase neonatal é considerada um período delicado na vida do recém-nascido e das mães, no qual as mulheres estão mais suscetíveis às dificuldades na amamentação3. Estudo recente mostrou que diferentes fatores podem levar ao desmame precoce, como fatores psicológicos, dificuldades em amamentar, fissura mamilar, mastite, introdução precoce de leite industrializado, o uso de chupeta e mamadeira, entre outros3.

As taxas de AME no mundo são baixas e impactam na economia global com prejuízos a longo prazo a saúde da criança. A Organização Mundial em Saúde (OMS), no intuito de fortalecer e incentivar a AME estabelece iniciativas prioritárias para aumentar as taxas existentes em 50% para os próximos dois anos, até 2025, na tentativa de melhores indicadores na saúde materno-infantil4.

No cenário nacional, no Acre na Amazônia, um estudo aponta que o estado apresenta um risco de diminuição  nas taxas de AME pelas puérperas, uma vez que a presença de 95% de AME na alta, pode se reduzir para até 16% em seis meses a adesão dessas mesmas mulheres5. Na Bahia um estudo com 381 crianças pós alta hospitalar, aponta fatores culturais como uso de chupeta e mamadeira como risco para AME6. Ainda que existentes, há necessidade de estudos que caracterizem os determinantes nas diversas regiões do país por sua dimensão e particularidades regionais.

Esses determinantes são multifatoriais e podem facilitar ou dificultar a decisão da mulher se amamenta ou não amamenta e/ou por quanto tempo essa amamentação perdurará, envolvendo macro aspectos como cultura e economia, ou individuais como a presença de rede de apoio, justificando assim a necessidade de se investigar os vários cenários e realidades que circundo a pratica do AME7.

Assim, o objetivo deste estudo foi analisar os determinantes em saúde maternos e dos recém-nascidos associados ao aleitamento materno exclusivo em três maternidades do Espirito Santo.

 

MÉTODOS

Estudo transversal, multicêntrico, que utilizou dados do “Projeto viver”, o qual teve início em 2018 na cidade de Vitória/Espirito Santo, região sudeste do Brasil8. A população envolve puérperas recrutadas em três maternidades da cidade no período de agosto de 2019 a março de 2020, a escolha do local de pesquisa ocorreu considerando alguns aspectos: apresentar maior número de partos, estar localizada em uma região que oferte serviços de saúde e possuir uma cobertura pelo Sistema Único de Saúde (SUS) maior que 80% e/ou ser 100% particular ou conveniada à saúde suplementar.

Como critério de inclusão: ser puérpera, sem especificação de idade, e exclusão, óbitos fetais e maternos, ou que apresentasse alguma dificuldade de comunicação que dificultasse a coleta. A amostra censitária consistiu em 3.438 duplas mãe-bebê.

Para coleta de dados foi elaborado um manual de orientação sobre o preenchimento dos instrumentos de coleta de dados e durante reuniões semanais, toda a equipe foi previamente treinada. Os hospitais foram visitados diariamente para atualização dos nascimentos. Os dados coletados na maternidade, foram realizados por meio de entrevistas, registros em prontuário materno e cartão de acompanhamento do pré-natal.

As variáveis independentes investigadas neste estudo foram:

Características sociodemográficas e maternas: faixa etária, situação conjugal, raça, escolaridade, trabalho materno, renda familiar, condição socioeconômica segundo os critérios sugeridos pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), que se refere à um critério de classificação referente ao poder aquisitivo das famílias e a quantidade de moradores no domicilio.

Características pré e pós-natal: realização de 6 ou mais consulta de pré-natal, tipo de financiamento do serviço de saúde, número de gestações, número de partos, participação em atividade educativa, orientação sobre amamentação na maternidade e experiência prévia de amamentação.

Características do recém-nascido: sexo do bebê, peso ao nascer, idade gestacional, contato pele a pele na sala de parto, acompanhante durante internação e tipo de financiamento do serviço do local de parto.

Características da prática do aleitamento materno: aleitamento materno na primeira hora de vida, aleitamento materno exclusivo e alimentação complementar.

Para a variável AME antes da alta hospitalar, considerou-se o conceito da OMS1, quando o recém-nascido recebe somente leite, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem introdução de outros líquidos ou sólidos.

Foi realizada análise descritiva, por meio de tabelas de frequência com número e percentual. A relação entre amamentação exclusiva, dados relacionados à mãe, recém-nascido e pré-natal foi realizada por meio do teste qui-quadrado. Regressão logística foi útil para avaliar as variáveis que mais influenciam as mulheres na amamentação exclusiva. O nível de significância adotado foi de 5%.

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade de Vila Velha (CAAE 02503018.0.0000.5064) e pelos Comitês de Ética em Pesquisa com Seres Humanos das maternidades envolvidas (CAAE 02503018.0.3001.5065 e 02503018.0.3002.5061).

 

RESULTADOS

Este estudo foi constituído por uma amostra de 3.438 duplas mãe-bebê antes da alta hospitalar. Das características maternas, 70,1% estavam na faixa etária de 20 a 34 anos, vivendo com o companheiro (81,6%), pertencentes a condição socioeconômica B (37,1%) e C (39,8%) conforme a classificação ABEP (Tabela 1).


Tabela 1. Características sociodemográficas maternas, Vitória, ES, 2023

Característica

Número

Percentual

Faixa etária

 

 

Até 19 anos

428

12,4

20 a 34 anos

2410

70,1

35 anos ou mais

600

17,5

Situação conjugal

 

 

Vive com companheiro

2806

81,6

Não vive com companheiro

423

12,3

Não declarado

209

6,1

Raça/cor  

 

 

Branca

926

26,9

Parda

1692

49,3

Preta

645

18,8

Amarela

29

0,8

Indígena

4

0,1

Não declarado

142

4,1

Anos de estudo

 

 

Até 4 anos

33

1,0

5 – 8 anos

377

11,0

9 – 11 anos

795

23,1

12 anos ou mais

1824

53,1

Não declarado

409

11,8

Trabalha

 

 

Sim

1780

51,8

Não

1627

47,3

Não declarado

31

0,9

Renda familiar

 

 

Até 1 Salário mínimo

797

23,2

Entre 1 e 2 Salário mínimo

843

24,5

Entre 2 – 3 Salários mínimo

595

17,3

Entre 3 – 4 Salários mínimo

239

7,0

Entre 4 – 5 Salários mínimo

271

7,9

Mais 5 Salários mínimo

345

10,0

Não declarado

348

10,1

Condição Socioeconômica

 

 

Classe A

531

15,4

Classe B

1277

37,1

Classe C

1367

39,8

Classe D

212

6,2

Classe E

9

0,3

Não declarado

42

1,2

Pessoas morando no domicílio

 

 

0 a 3

1437

41,8

4 a 6

1781

51,8

7 ou mais

128

3,7

Não declarado

92

2,7

Total

3438

100,0

Fonte: Dados do estudo,2023.

 


Aos hábitos maternos, em relação à variável “familiar que mora com você fuma” 82,1% (2,822) responderam que não, “fumou durante a gestação” 93,7% (3,222) declaram que não. Quanto ao “uso de bebida alcoólica durante a gestação”, 89,9% (3,058) não fizeram uso, assim como em relação a “usou drogas ilícitas durante a gestação”, em sua maioria não consumiram 94,6% (3,251), e quanto a se “sofreu violência durante gestação” 97,5% (3,351) informou que não.

Quanto as características dos recém-nascidos, 52% nasceram do sexo feminino, com peso normal (95,5%), a termo (92,0%), contato pele a pele com as mães após o nascimento ainda na sala de parto (55,6%) (Tabela 2).


 

Tabela 2 - Características relacionadas aos recém-nascidos, Vitória, ES, 2023

Característica

Número

Percentual

Sexo

 

 

Masculino

1649

48,0

Feminino

1789

52,0

Peso ao nascer

 

 

Normal

3283

95,5

Baixo peso

155

4,5

Idade gestacional

 

 

Prematuro

140

4,2

A termo

3194

92,9

Pós Termo

12

0,3

Não declarado

92

2,6

Contato pele a pele na sala de parto

 

 

Sim

1913

55,6

Não

1316

38,3

Não declarado

209

6,1

Durante internação mãe ou familiar ficou 24h com bebê

 

 

Sim

2260

65,7

Não

86

2,5

Não declarado

1092

31,8

Tipo de serviço no acompanhamento do bebê

 

 

Particular/Plano

1259

36,7

Sistema Único de Saúde

2112

61,4

Não declarado

67

1,9

Fonte: Dados do estudo,2023.

 


As variáveis relacionadas a assistência pré e pós-natal (Tabela 3), 87,7% realizaram de seis ou mais consultas pré-natal e mais da metade não participou de atividade educativa (75,4%).


 

Tabela 3 - Características relacionadas à assistência pré e pós-natal, Vitória, ES, 2023

Características

Número

Percentual

Realização de pré-natal com 6 consultas

 

 

Sim

3015

87,7

Não

423

12,3

Serviço utilizado

 

 

Particular/Plano

1345

39,1

Sistema Único de Saúde

2050

59,6

Não declarado

43

1,3

Número de gestações

 

 

Nenhuma

1159

33,7

Uma

1113

32,4

Duas a quatro

664

19,3

Cinco ou mais

52

1,2

Não declarado

460

13,4

Número de partos

 

 

Nenhum

1161

33,8

Um

1112

32,3

Dois a quatro

663

19,3

Cinco ou mais

42

1,2

Não declarado

460

13,4

Participou de atividade educativa

 

 

Sim

783

22,8

Não

2593

75,4

Não declarado

62

1,8

Recebeu orientação sobre amamentação na maternidade

 

 

Sim

2998

87,2

Não

389

11,3

Não declarado

51

1,5

Experiência de amamentação anterior

 

 

Sim

1612

46,9

Não

1173

34,1

Não declarado

653

19,0

Fonte: Dados do estudo,2023.

 


Em relação às características relacionadas ao AME, a taxa ainda na maternidade foi de 85,2%. Sobre o aleitamento materno na 1º hora de vida, este foi realizado por 8,8% (229) das mães e não realizado em 91,2% (2,366) e tem-se um n=844 de não declarados. Quanto aos bebês que tiveram que realizar alimentação complementar, a maioria foi por uso de fórmula industrializada 45,5% (178), seguido por leite humano mais fórmula industrializada 43,2% (169) e 11,3% (44) com leite humano, tendo um n=81 não declarado.

A análise de regressão logística simples foi usada para determinar a prática do AME e as variáveis maternas, identificando oito variáveis com p < 0,25. Essas variáveis foram incluídas na análise de regressão logística múltipla, onde a variável faixa etária apresentou significância estatística, evidenciando que mulheres com até 19 anos (OR ajustado=1,683; IC95%: 1,08-2,62) apresentam maiores chances de praticar o AME na maternidade, quando comparadas com mulheres de 20 anos ou mais (Tabela 4).


 

Tabela 4 - Regressão logística entre aleitamento materno exclusivo na maternidade e dados maternos

Características

Sem AME

Com AME

p

OR

OR ajustado

N

%

N

%

Faixa etária

Até 19 anos

50

12,8

340

87,2

0,021

1,209

1,683

1,082 – 2,620

20 anos ou mais

422

15,1

2373

84,9

Situação conjugal

Com companheiro

376

14,4

2232

85,6

0,749

1,139

1,061

0,739 – 1,523

Sem companheiro

62

16,1

323

83,9

Raça

Branca

113

13,3

739

86,7

0,401

1,200

1,127

0,853 – 1,489

Não branca

341

15,5

1858

84,5

Anos de estudo

Até 11 anos

173

15,3

956

84,7

0,496

1,117

1,097

0,840 – 1,433

12 anos ou mais

233

13,9

1439

86,1

Trabalha

Sim

227

13,8

1413

86,2

0,330

2,789

1,141

0,875 – 1,489

Não

243

16,0

1280

84,0

Renda familiar

Até 2 SM

259

16,8

1281

83,2

0,246

1,300

1,197

0,884 – 1,622

Mais 2 SM

180

13,5

1157

86,5

Condição Socioeconômica

AB

229

13,8

1435

86,2

0,288

1,211

1,167

0,878 – 1,550

CDE

241

16,2

1247

83,8

Uso de drogas

Sim

81

17,0

395

83,0

0,510

1,215

1,117

0,803 – 1,553

Não

391

14,4

2318

85,6

AME – Aleitamento Materno Exclusivo; p – p valor; OR - odds ratio; SM – Salários Mínimos.

Fonte: Dados do estudo, 2023.

 


A Tabela 5 revela que os recém-nascidos com peso normal tem 3,492 mais chances de praticar o AME na maternidade dos que os recém-nascidos de baixo peso (OR ajustado=3,492; IC 95%: 2,228–5,472) e os recém-nascidos à termo apresentam 2,391 mais chances de AME dos que os prematuros (OR ajustado=2,391; IC 95%: 1,502–3,805).

 


 

Tabela 5 - Regressão logística entre aleitamento materno exclusivo na maternidade e dados relacionados ao recém-nascido e assistência pré-natal das mães participantes da pesquisa

Características

Sem AME

Com AME

p-valor

OR

OR ajustado

N

%

N

%

Sexo RN

Feminino

224

14,7

1300

85,3

0,338

1,019

1,119

0,889 – 1,408

Masculino

248

14,9

1413

85,1

Peso RN

 

 

 

 

 

 

 

Baixo peso

53

38,4

85

61,6

0,000

3,911

3,492

2,228 – 5,472

Peso normal

419

13,8

2628

86,2

Idade gestacional

 

 

 

 

 

 

 

Prematuro

44

33,8

86

66,2

0,000

3,185

2,391

1,502 – 3,805

À termo

413

13,8

2570

86,2

Primípara

 

 

 

 

 

 

 

Sim

158

14,9

904

85,1

0,600

1,036

1,734

0,221 – 13,59

Não

246

14,4

1459

85,6

Atividade educativa

Sim

97

13,6

618

86,4

0,113

1,153

1,264

0,946 – 1,690

Não

371

15,3

2050

84,7

Orientação AME

Sim

410

14,7

2379

85,3

0,565

1,053

1,106

0,784 – 1,560

Não

55

15,4

303

84,6

Experiência anterior de AME

Sim

216

14,2

1300

85,8

0,628

1,046

1,662

0,213 – 12,99

Não

159

14,8

915

85,2

AME – Aleitamento Materno Exclusivo; OR - odds ratio; RN – Recém-Nascido.

Fonte: Dados do estudo, 2023.


 

DISCUSSÃO

A prática de AME na maternidade foi predominante na amostra (85,2%), uma tendência ascendente da amamentação exclusiva no Brasil, como aponta o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil- ENANI9. A melhora nas taxas de AME resultam na intensificação das políticas públicas em prol da amamentação, com ênfase para o Brasil, principalmente através da Política Nacional de Promoção, Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno10. Além do crescente número de bancos de leite humano (BLH) nas maternidades públicas brasileiras, com 228 BLH, 93 bancos estão localizados na região sudeste11. Nestes locais, tal qual presente no estado do Espirito Santo, além do objetivo de doação e coleta de leite humano, as mães também recebem orientações e assistência profissional qualificada no manejo adequado da amamentação10.

Os principais determinantes que compuseram este estudo, refletem que a maioria das mães pesquisadas vivem com companheiro, dado este consoante com o encontrado na literatura5,12,13. Ser casada ou ter o apoio matrimonial aumenta as chances de iniciar e manter o AME por mais tempo12. A presença do companheiro, muitas vezes é a única forma de rede de apoio de muitas mulheres, sendo este responsável por incentivar e apoiar a mulher à prática de amamentar13.

Em relação a raça/cor, quase metade se autodeclararam pardas, e ainda que predomine o AME para essas mulheres, neste estudo não foi associado estatisticamente as duas variáveis, outrossim, a literatura também se mostra inconclusiva na investigação dessa causalidade. Há estudo que identifica mães de cor parda com chances de praticar a amamentação exclusiva5, como também de não praticar14, assim é identificado uma lacuna importante que embasa a necessidade de estudos mais robustos, para subsidiar uma discussão concisa da temática, compreendendo como ela se relaciona no contexto do AME.

Metade das mães do estudo apresentam maiores níveis de escolaridade, semelhante ao encontrado em outro estudo14. Mulheres com maiores níveis de instrução, podem além de receber as orientações pertinentes ao pré-natal, procurar mais fontes sobre a temática, além de também apresentarem melhores índices de assiduidade nas consultas do pré-natal14.

Neste estudo, 51,8% são mulheres que trabalham. Porém, não foi investigado se estas mulheres estavam em licença-maternidade de forma remunerada, este seria um importante ponto a ser discutido neste contexto, sendo considerado uma limitação do estudo. Trabalho materno e amamentação constituem fatores importantes para as políticas públicas em prol do aleitamento materno, uma revisão de escopo que mapeou estratégias de promoção, proteção e apoio voltadas para mães lactantes que trabalham e o seu possível impacto para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), mostrou que estas estratégias têm potencial para a atingir diretamente os ODS voltados para a igualdade de gênero e o empoderamento feminino, bem como para o trabalho decente e crescimento da economia15.

A baixa renda familiar menor que dois salários mínimos foi predominante e assemelhou-se a outro estudo, que aponta renda inferior a este valor em 43% da sua amotra16, resultando em menor adesão ao AME nessa população17. Comparativamente, uma maior renda pode estar relacionada com um maior tempo de AME, mas esse mesmo poder aquisitivo aumenta o acesso ao uso de fórmulas infantis17. Neste estudo, esta variável não foi um determinante associado ao AME praticado na maternidade.

A investigação voltada para os hábitos maternos, mostrou que quase em sua totalidade, as mães pesquisadas não fumam, não ingeriam bebidas alcóolicas, não faziam uso de drogas ilícitas e não sofreram nenhum tipo de violência, aspectos considerados positivos neste estudo. Neste contexto, um estudo identificou o risco de 1,66 vezes de interrupção de AME antes dos seis meses em mães que fumam18. Além do prejuízo a saúde da mãe e do bebê, o fumo durante a gestação, aumenta o risco da não amamentação, além de que mães que param o fumo nesse período, tem o risco de voltar a fumar antes dos seis meses da criança, interrompendo a amamentação19. Assim, é importante ressaltar em momentos de educação em saúde, os malefícios desses hábitos na vida das mães e dos bebês, bem como no manejo da amamentação.

Quanto a realização de pré-natal e número de consultas, 87,7% das mulheres deste estudo compareceram em seis ou mais consultas, um importante determinante para o sucesso do AME, seguindo o recomendado pelo Ministério da Saúde brasileiro, quanto a periodicidade de consultas no pré-natal20. Outro estudo também revelou um percentual elevado de realização de pré-natal, com mais de 95% das usuárias, onde dessas 56,7% realizaram sete ou mais consultas21. A realização do pré-natal é um momento importante no período gestacional, uma vez que neste momento é oportunizado diferentes ações, como a realização de exames no tempo oportuno, imunização, atividades educativas, orientações sobre a importância da amamentação, entre outros20. Portanto, ainda existe a necessidade de mais estudos que englobem a temática, assim sugere-se a realização de estudos com abordagem qualitativa, para que se consiga capturar a percepção das mães acerca da qualidade da atenção ao pré-natal na rede básica de saúde.

Quanto ao tipo de financiamento da assistência ao pré-natal, a maioria das mães recorreram ao SUS para realizar seu acompanhamento. Estudo no Brasil, teve como objetivo analisar os números de AME em hospitais públicos, mostrou uma prevalência ascendente da adesão ao AME, respectivamente nos anos de 2001 a 2015 (47% a 73%) e apontou as politicas públicas elaboradas pelo SUS, que antecederam esse período, como um importante fator para este aumento, somado a mudanças reais nos serviços de saúde, desde a atenção primária até o serviço hospitalar público22.

A participação em atividade educativa durante o pré-natal, não fez parte da realidade deste estudo, caracterizando 75,4% da amostra, dado semelhante encontrado em estudo no Maranhão13. Este ponto é discutível, principalmente em relação a assistência prestada, uma vez que a adesão ao pré-natal foi alta, devendo-se ter uma reflexão sobre a qualidade ou realização de educação em saúde nos locais estudados.

A experiência anterior de amamentação foi presente em 46,9% das mulheres pesquisadas. Ter mais de um filho pode ser considerado um fator protetor da amamentação, pela experiência prévia vivenciada e a segurança quanto a como realizar a amamentação e com menos dúvidas que possam interferir nesse processo23. Este dado fornece elementos para a promoção da saúde que compreendam que as necessidades educativas devem considerar as características específicas das mães, e não generalizar suas demandas de informação.

Quanto as características dos recém-nascidos deste estudo, a maioria nasceu do sexo feminino, com peso normal, à termo e tiveram contato pele a pele com a mãe na sala de parto. Estudo realizado em uma coorte de nascimento em Rio Branco-AC, também identificou dados semelhantes, como bebês nascidos do sexo feminino, que não nasceram prematuramente e com peso normal5. O sexo do bebê é uma variável que apresenta influência na amamentação, e o sexo feminino pode estar associado a maior prevalência de amamentação exclusiva24. Uma possível explicação para este achado pode estar relacionada a percepção de que os bebês do sexo masculino não são saciados somente com o leite materno e/ou de que mamam mais que as meninas, assim levando as mães a introduzirem outros alimentos precocemente25. Portanto, as equipes de saúde precisam cada vez mais elucidarem este tópico, de que o leite materno é a principal fonte de alimento para o bebê até os seis meses, independentemente de ser menina ou menino.

A prática do contato pele a pele entre bebê e mãe na sala de parto esteve presente em mais da metade da amostra. Dado semelhante encontrado em estudo realizado na Bahia, onde identificou uma maior prevalência de aleitamento materno na primeira hora de vida, naqueles bebês que foram levados a mãe logo após o parto26. Estudo de revisão de literatura concluiu que a equipe de enfermagem tem um papel fundamental para que esta prática ocorra26.

Em relação a amamentação dos recém-nascidos, uma grande maioria não foram amamentados na primeira hora de vida e os que não estavam em amamentação exclusiva, 45,5% receberam fórmula industrializada como alimentação na maternidade.

O percentual de aleitamento materno na primeira hora de vida no Brasil é de 62,4%9. A amamentação na primeira hora de vida, pode relacionar-se a alta escolaridade materna, ação educativa durante o pré-natal, contato pele a pele logo após o parto, ficar em alojamento conjunto e nascimento em Hospital Amigo da Criança26. Portanto, torna-se primordial identificar a não ocorrência dessa prática, oportunizando ambientes favoráveis para que esta amamentação precoce aconteça e ambos estejam aptos para esta prática. Ressalta-se, que mesmo diante da não amamentação na primeira hora de vida, a prática do AME antes da alta hospitalar apresentou um resultado satisfatório, enfatizando a importância do suporte multiprofissional, com ênfase no profissional de enfermagem e as boas práticas da amamentação dentro das maternidades, uma vez que estes profissionais atuam diretamente na promoção da amamentação, compartilhando conhecimentos e práticas às mulheres e seus familiares, contribuindo diretamente para a promoção da saúde e qualidade de vida de puérperas e recém-nascidos28. Outro ponto importante a ser citato, são as atividades exercidas pelos BLH dentro das maternidades, pois a presença deste, repercute de forma positiva na saúde materno infantil, pois caracteriza uma forte estratégia na promoção da amamentação e do apoio ao aleitamento de recém-nascidos que não podem receber o leite direto da mama da mãe29.

Dos recém-nascidos que não estavam em AME, 45,5% receberam fórmula industrializada e 43,5% receberam leite materno e fórmula infantil. A questão da introdução precoce de outros alimentos, pode acontecer por crenças culturais como “ter leite fraco” e também devido à demora na “descida do leite”7. A oferta da fórmula infantil pode ser considerada como um fator de risco para o AME30.

A regressão logística revelou que neste estudo, as mães de até 19 anos apresentaram mais chances de praticar o AME na maternidade. A alta adesão ao pré-natal neste estudo, pode justificar este achado, uma vez que esta relação vai de encontro com o encontrado na literatuta25. A considerar que uma gravidez nessa faixa etária é descrita como gravidez na adolescência, um estudo que investigou a adesão ao AME por mães adolescentes, mostrou que o aconselhamento, o apoio a estas adolescentes e o acompanhamento profissional fazem a diferença no sucesso da amamentação31. A faixa etária da mãe no contexto da AME é de suma importância, uma vez que alguns extremos, como mães adolescentes, que é o caso do estudo em questão, podem ser responsáveis pela adesão ou não do AME.

Já a relação entre a amamentação exclusiva na maternidade e as variáveis dos recém-nascidos e voltadas para o pré-natal, revelou que os bebês de peso normal e nascidos a termo foram associados ao AME após o nascimento. No Paraná, as principais características que tiveram associadas a maior prevalência de AME foram de bebês nascidos com o peso adequado12. Outro estudo, na Etiópia, identificou relação entre o peso e AME, a maioria da amostra do estudo que estava em AME eram de bebês nascidos com peso normal25. Um estudo observacional detectou que os bebês nascidos com baixo peso ao nascer e prematuros são os que mostram mais dificuldades e sinais indicativos de problemas durante a amamentação, quando comparado aos bebês nascidos a termo, mesmo após a saída da maternidade, reiterando a importância da consulta puerperal no tempo adequado, a fim de prestar diferentes orientações e condutas voltadas ao AME32.

Em controvérsia, estudo que avaliou o desmame precoce em uma área rural não encontrou relação entre bebês nascidos a termo e o desfecho principal33. Já em outro estudo, os recém-nascidos a termo, tiveram maiores chances de praticar a amamentação exclusiva do que as suas contrapartes12. Complementando, a importância de nascer a termo e com peso adequado, um estudo realizado com bebês nascidos prematuros e em unidades de terapia intensiva, revelou que a maioria dos bebês que estavam em aleitamento materno misto, ou seja, recebendo leite materno e fórmula industrializada, devido principalmente a produção de leite insuficiente, sendo esta não uma condição aceitável para introdução de outros alimentos, que não o leite materno34.

Neste tocante, vem ser primordial o empoderamento das mães em relação as indicações clínicas aceitáveis para introdução de fórmulas infantis, bem como o incentivo a prática do AME pelos profissionais de saúde que assistem estas mulheres. Para tanto, essa expectativa da mulher ser protagonista no amamentar, requer que os determinantes evidenciados sejam abordados em políticas públicas eficientes, que tenham perspectivas que determinantes intrínsecos e extrínsecos à mulher, são existentes.

 

CONCLUSÕES

A prevalência de AME nas maternidades investigadas foi satisfatória. Os determinantes em saúde associados ao AME antes da alta hospitalar foram a idade materna até 19 anos e bebês nascidos com peso normal e a termo. A adesão ao AME por mães de até 19 anos, foi um determinante contrário ao encontrado na literatura, entretanto, ter peso normal e a termo estão presentes em outras realidades nacionais e internacionais, principalmente em cidades com melhores estruturas e implantação das políticas públicas já existentes. Esses determinantes evidenciados e o percentual de AME identificado, podem subsidiar outras realidades do país sejam, espelhando a necessidade de garantir através de políticas públicas o suporte econômico e social para que a amamentação exclusiva alcance as metas estabelecidas pela OMS.

 

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Contribuição de autoria

1. Contribuição substancialmente na concepção e/ou no planejamento do estudo: Silva ALB, Miotto MHMB, Oliveira ERA.

2. Obtenção, análise e/ou interpretação dos dados: Silva ALB, Miotto MHMB, Oliveira ERA.

3. Redação e/ou revisão crítica e aprovação final: Silva ALB, Miotto MHMB, Oliveira ERA, Poton WL, Santos AS, Bubach S. 

 

Fomento:

O presente trabalho foi realizado com apoio do DECIT/SCTIE/MS/SESA-PPSUS e CNPq/FAPES, Edital Nº 25/2018, código EFP-00018377.

 

Declaração de conflito de interesses

Nada a declarar.

 

Editor Científico: Francisco Mayron Morais Soares. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7316-2519


 

 

 

 

Rev Enferm Atual In Derme v. 97;(3) 2023 e023160                                 

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