GRUPO EDUCATIVO SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM SERVIÇO DE SAÚDE MENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

 

EDUCATIONAL GROUP ON SEXUALLY TRANSMITTED INFECTIONS IN MENTAL HEALTH SERVICES: AN EXPERIENCE REPORT

 

GRUPO EDUCATIVO SOBRE INFECCIONES DE TRANSMISIÓN SEXUAL EN LOS SERVICIOS DE SALUD MENTAL: REPORTE DE EXPERIENCIA

 


1Thais Correia Monteiro

2Bruno de Melo do Nascimento

3Anna Beatriz Justino do Nascimento

4Pedro Alberto Paixão Silva

5Eysler Gonçalves Maia Brasil

6Ana Zaiz Flores Hormain Teixeira de Carvalho

 

1Graduanda em Enfermagem pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Redenção - CE, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8923-2729.

 

2Graduando em Enfermagem pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Redenção - CE, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9073-7449.

 

3Graduanda em Enfermagem pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Redenção - CE, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9174-6996.

 

4Graduando em Enfermagem pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Redenção - CE, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8986-1496.

 

5Graduada em Enfermagem pela UECE. Especialista em Centro Cirúrgico e CME e em Saúde Mental e atenção psicossocial. Mestre em Saúde Pública pela UECE. Doutora em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde - PPCCLIS-UECE. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Participante do Grupo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Saúde Mental (GEPESM) da UNILAB. Redenção - CE, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4126-2256.

 

6Graduada em enfermagem pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Mestre em Cuidados Clínicos em Saúde e Enfermagem pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial. Especialista em Enfermagem em Centro Cirúrgico e Central de Material. Coordenadora Geral de Estágios da Faculdade de Ensino e Cultura do Ceará. Redenção - CE, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8012-2539

 

 

RESUMO

Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem de uma Universidade do interior do Ceará, acerca da realização de ações de educação em saúde voltada aos usuários de substâncias psicoativas. Método: Tratou-se de um relato de experiência realizado durante o mês de julho de 2021. A estratégia utilizada foi um grupo educativo sobre infecções sexualmente transmissíveis (IST´s). A atividade foi realizada em uma Unidade de Acolhimento na cidade de Fortaleza-CE, durante as práticas assistidas da disciplina de Saúde Mental. Resultados: Priorizou-se a abordagem sobre HIV/AIDS e Sífilis. No decorrer da dinâmica surgiram algumas dúvidas referente a hepatite, mas os questionamentos foram prontamente sanados. O público demonstrou ter adquirido conhecimento, uma vez que obtiveram sucesso durante a recapitulação de pontos desempenhados e afirmaram ter apreciado a proposta ministrada, como também a linguagem e os elementos aplicados. Considerações Finais: Ressalta-se a relevância dessa vivência na vida acadêmica, pois é perceptível que muitas vezes a educação em saúde é menos direcionada em algumas esferas, dentre elas a saúde mental.

Palavras-chave: Saúde Mental; Educação em Saúde; Doenças Sexualmente Transmissíveis.

 

ABSTRACT

Objective: To report the experience of nursing students from a University in the interior of Ceará, regarding the performance of health education actions aimed at users of psychoactive substances. Method: This was an experience report carried out during the month of July 2021. The strategy used was an educational group on sexually transmitted infections (STI’s). The activity was carried out in a Shelter Unit in the city of Fortaleza-CE, during the assisted practices of the Mental Health discipline. Results: The approach to HIV/AIDS and Syphilis was prioritized. During the dynamics, some doubts regarding hepatitis arose, but the questions were promptly resolved. The public demonstrated that they had acquired knowledge, as they were successful during the recapitulation of points performed and claimed to have appreciated the proposal given, as well as the language and the elements applied. Final Considerations: The relevance of this experience in academic life is highlighted, as it is noticeable that health education is often less directed in some spheres, including mental health.

Keywords: Mental Health; Health Education; Sexually Transmitted Diseases.

 

RESUMEN

Objetivo: Relatar la experiencia de estudiantes de enfermería de una Universidad del interior de Ceará, en cuanto a la realización de acciones de educación en salud dirigidas a usuarios de sustancias psicoactivas. Método: Este fue un relato de experiencia realizado durante el mes de julio de 2021. La estrategia utilizada fue un grupo educativo sobre infecciones de transmisión sexual (ITS). La actividad fue realizada en una Unidad de Acogida en la ciudad de Fortaleza-CE, durante las prácticas asistidas de la disciplina Salud Mental. Resultados: Se priorizó el abordaje de VIH/SIDA y Sífilis. Durante la dinámica surgieron algunas dudas con respecto a la hepatitis, pero las preguntas fueron resueltas rápidamente. El público demostró haber adquirido conocimientos, ya que tuvo éxito en la recapitulación de puntos realizada y afirmó haber apreciado la propuesta presentada, así como el lenguaje y los elementos aplicados. Consideraciones Finales: Se destaca la relevancia de esta experiencia en la vida académica, pues se nota que la educación en salud muchas veces está menos dirigida en algunas esferas, incluyendo la salud mental.

Palabras clave: Salud Mental; Educación en Salud; Enfermedades de Transmisión Sexual.

 

Autor correspondente:

Thais Correia Monteiro

Endereço: Rua Francisco Evangelista, nº 56, Redenção-CE - Brasil. CEP: 62790-000

Telefone: +55(85) 987567110

E-mail: thaiscorreiaunilab@gmail.com


 

INTRODUÇÃO

O uso nocivo de álcool e drogas afeta vários aspectos da vida dos indivíduos e daqueles ao seu redor. Em vários casos, acabam acarretando problemas graves, como acidentes, queda no desempenho escolar e no trabalho, ou transtornos mentais e conflitos familiares. O uso abusivo de drogas lícitas e ilícitas se tornou um fenômeno que vem ocorrendo há muitos anos, envolvendo inúmeros elementos incorporados dentro do seu contexto, que podem englobar aspectos sociais, políticos, econômicos, religiosos e culturais, o que auxilia em uma melhor compreensão entre à relação do homem com as substâncias psicoativas e suas formas de consumo no decorrer do tempo (1).

Um dos grandes desafios na saúde mental encontra-se na dificuldade de acesso dos usuários a uma vida produtiva e fora da marginalização, pois ao longo dos séculos os dependentes de álcool e drogas foram tratados na base da criminalização e da punição, como método de tratamento era usado o isolamento e a exclusão social, que ocorriam por meios de internações em instituições manicomiais que possuíam como único fundamento terapêutico a abstinência. Somente quando o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas (SISNAD) reconheceu a questão das substâncias psicoativas como um problema de saúde pública e tornou a redução de danos como uma estratégia eficaz no cuidado de pessoas com dependência química, ocorreu a possibilidade de uma atenção garantida e segura de forma integral (2).

A saúde mental é um importante fator que possibilita o ajuste necessário para lidar com as emoções positivas e negativas, está relacionada também à qualidade da interação individual e coletiva. Por isso, uma nova forma de assistência psiquiátrica vem sendo implementada pela Lei  no 10.216, de 6 de abril de 2001, gradualmente nos serviços de saúde mental, o que proporciona uma prática baseada no acolhimento, na humanização e na introdução das pessoas que sofrem com transtornos (3).

A Educação em Saúde tem um papel fundamental e importante na sociedade, pois introduz informações e orientações para a população acerca da precaução e do autocuidado. Atividades que estimulam a compreensão de algumas doenças e suas formas de profilaxia são benéficas no âmbito da promoção à saúde. Além disso, abrem portas para ampliar o engajamento da comunidade relacionado a temas que possibilitam uma melhor qualidade de vida. De acordo com o Ministério da Saúde, a educação em saúde é entendida como um processo construtivo do conhecimento, que visa à apropriação da temática pela população (4).

Os grupos educativos são ferramentas potencializadoras para o gerenciamento desta promoção, sendo uma abordagem amplamente utilizada no campo da educação em saúde. As atividades na unidade de saúde superam o habitual foco na doença e agregam outros aspectos da vida dos usuários. A educação em saúde, compreendida como uma prática social, tem como objetivos produzir novos conhecimentos e transformar o cuidado em saúde, a partir dos diferentes saberes (5- 6).

As ações de educação em saúde são atividades importantes dentro da enfermagem, sendo a participação do profissional transformadora quando se refere ao cuidado, assim, realizar essas intervenções dentro do contexto da saúde mental proporciona uma aliança no processo de trabalho, oferecendo uma melhor assistência (7).

O presente estudo justificou-se com base na escassez de pesquisas relacionadas à educação em saúde dentro do campo de saúde mental, já que a realização de orientações para pessoas em diversos contextos é um fator essencial para promover uma redução dos índices de transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST´s). Para mais, a inacessibilidade dos indivíduos inseridos nessa conjuntura influencia diretamente na falta de compreensão pertencente a esse aspecto. Torna-se relevante ao passo que destaca a importância da educação em saúde direcionada à pacientes com dependência química, com o intuito de instruir sobre prevenção de infecções, outrossim, destacar a importância de ações voltadas à aprendizagem desses usuários com o propósito de elucidar e promover o autocuidado.

O objetivo do presente estudo foi relatar a experiência vivenciada por acadêmicos do curso de graduação em enfermagem de uma Universidade Federal, acerca da realização de ações de educação em saúde voltada à pacientes com dependência de substâncias psicoativas (SPA) em uma Unidade de Acolhimento, um serviço de Saúde Mental.

 

MÉTODOS

O estudo tratou-se de um relato de experiência, descritivo de abordagem qualitativa, referente à disciplina de Processo de Cuidar na Saúde Mental. A atividade foi realizada em um serviço de saúde mental de caráter transitório, na cidade de Fortaleza-CE, durante o mês de julho de 2021, no horário das 08:00h às 12:00h. Este equipamento atende pacientes com dependência de substâncias psicoativas (SPA). Refere-se a um ambiente amplo e bem estruturado, contendo 21 pacientes, possui refeitório, dormitórios separados por sexo, espaço arejado para interação, setor administrativo e conta com equipe de enfermagem.

No primeiro dia, antes do início das atividades, os pacientes foram abordados e questionados quanto à temática a ser trabalhada pelo grupo, visando identificar a necessidade e o déficit de conhecimento por parte desses clientes. Após a análise, optou-se por trabalhar as infecções sexualmente transmissíveis (IST´s) no primeiro momento, tendo em vista que o público em questão apresentou entendimento insuficiente sobre esse assunto. Posteriormente, as ações foram organizadas através de três etapas da seguinte forma:

1) Para a elaboração dos cartazes a equipe reuniu artigos científicos com o intuito de extrair informações para construção do material a ser utilizado. Estes trouxeram ilustrações a respeito das formas de transmissão das infecções abordadas. Em decorrência do tempo limitado, priorizou-se a abordagem sobre HIV/AIDS e Sífilis. Partindo do pressuposto de que a maioria dos participantes possuía baixo nível de escolaridade, foi necessária uma adaptação da linguagem a ser empregada durante a apresentação.

2) A estratégia utilizada foi um grupo educativo com o intuito de realizar uma educação em saúde e disseminar conteúdos fidedignos. A princípio os pacientes foram reunidos em semicírculo, houve a distribuição de crachás para reconhecimento de cada um e em seguida os discentes tiveram o momento de fala inicial, onde ocorreram as apresentações dos membros. Após esse breve diálogo, foi exposto que as infecções a serem trabalhadas seriam o HIV/AIDS e a sífilis. Salienta-se que os residentes da UA possuíam liberdade para realizar questionamentos ao longo da apresentação, com o intuito de facilitar a compreensão sobre o assunto. A dinâmica foi desenvolvida em um período de 20 minutos.

3) Por fim, foi nítida a participação de alguns clientes, tendo em vista que houve uma troca de experiências ao longo da apresentação, além de perguntas sobre a temática. Ademais, foi possível esclarecer aspectos antes não compreendidos pelo público e sanar as dúvidas. Em geral, a equipe obteve um bom retorno ao fim da atividade, pois os indivíduos transmitiram um feedback positivo.

As ações foram desenvolvidas por acadêmicos do curso de graduação em enfermagem. Além do grupo educativo, foi estabelecido um contato com os pacientes, cada aluno foi designado a um deles e posteriormente, instituiu um relacionamento terapêutico, com intuito de avaliar o estado mental e implementar um plano de cuidados em enfermagem de acordo com cada caso. Vale salientar, que as informações mencionadas se mantiveram dentro da confidencialidade e do anonimato, assim respeitando a resolução 466/2012 que trata da pesquisa com seres humanos. Além disso, não houve a execução, nem a aplicação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), pois a partir do momento que a coordenação da unidade permitiu que os universitários dessem início à suas ações, não se fez necessário a utilização deste, os clientes apenas precisariam concordar em participar ou não das atividades propostas.

 

RESULTADOS

Inicialmente, após a chegada no local, os discentes se reuniram para organizar as etapas da atividade do dia, enfatizando detalhes cruciais para um bom desenvolvimento, entre eles, a adequação da linguagem ao público, o tempo de apresentação e a organização do espaço. Posteriormente, os pacientes foram abordados logo depois do horário da alimentação e a proposta do dia foi reafirmada, foram direcionados para o ambiente onde a ação ocorreu. De maneira geral, as cadeiras permaneceram organizadas em semicírculo, de frente para os acadêmicos, com o intuito de favorecer uma melhor visualização dos cartazes, bem como, para estimular a participação coletiva.

No momento da implementação proposta estavam presentes 18 pacientes e antes de iniciar o assunto, todos os membros da equipe se apresentaram e as regras do grupo educativo foram elucidadas. Foi ressaltado a importância do envolvimento de todos e do respeito durante a fala dos colegas. Apesar da intervenção ter sido realizada com êxito, houve algumas situações que geraram certos impasses, entre elas, interrupções das falas e críticas não construtivas. É notório que existem algumas relações de amizade, mas também de adversidades entre eles.

No decorrer da dinâmica surgiram algumas dúvidas referentes às formas de transmissão de outras doenças que não estavam incluídas no planejamento, por exemplo, a hepatite, sobre métodos de prevenção mais específicos, todavia, os questionamentos foram prontamente sanados. Ademais, foi observado que alguns clientes possuíam um maior interesse pelo assunto, tendo em vista que relataram o desejo de manter relações sexuais seguras após a alta. Vale destacar, que durante as falas alguns participantes descreveram acontecimentos pessoais com enfoque na temática, o que demonstra a cooperação perante o assunto, tornando a ação descontraída e interativa.


Figura 1 - Intervenção educativa sobre IST’s.

           

Fonte: Arquivo pessoal


DISCUSSÃO

Diante do cenário atual, o trabalho em equipe não está bem integralizado aos serviços de saúde e as diferenças entre posicionamentos de profissionais geram conflitos que tornam mais árduos a elaboração de ações dentro das unidades. Assim, a construção de uma boa relação entre os membros de um grupo é de fundamental importância, uma vez que, a troca de ideias, a partilha de pensamentos críticos sobre diversas situações é necessária em todo contexto da saúde (8).

A promoção da saúde é vista com uma forma de combate às iniquidades e possibilita a consolidação dos princípios de organização e doutrina do SUS, favorecendo a promoção da igualdade. Nessa perspectiva, as ações de educação em saúde devem levar em consideração as vivências dos indivíduos que estarão inseridos na intervenção, com o objetivo de facilitar o aprendizado e aprimorar o saber da população utilizando uma linguagem acessível e dinâmica (9).

Assim, recorrer a tecnologias adequadas para cada tipo de intervenção constrói uma educação mais horizontalizada, uma vez que, o participante torna-se promotor do seu conhecimento, trabalhando suas questões pessoais e as dinâmicas em grupo (10). Observa-se que a sociedade atual está cada vez mais globalizada, o que promove uma fácil transmissão de informações, contudo, quando nos referimos aos residentes da Unidade de Acolhimento, esse acesso não é tão simples.

Estes estão sem esse serviço de mídias disponível, pois como parte do tratamento não podem interagir com as redes sociais, considerando que é um espaço que pode despertar gatilhos emocionais e corroborar com possíveis recaídas. Com a redução desse contato é nítido a existência de um déficit no conhecimento desses clientes, além de que muitos deles já possuem baixa ou nenhuma escolaridade, acarretando assim, em uma carência ainda maior no processo de aprendizagem desses indivíduos.

            A interação é a principal forma de comunicação nas ações educativas, pode ser encontrada em forma de dinâmica, permitindo a expressão individual e a edificação de conhecimento coletivo, bem como, a troca de saberes (11). Em síntese, o público demonstrou ter adquirido conhecimento ao término do exercício, pois conseguiram recapitular aspectos da apresentação e afirmaram ter apreciado a proposta ministrada, como também a linguagem e os elementos aplicados. A participação de forma ativa e espontânea dos pacientes também ressalta a importância dessa ação, levando em conta que o assunto trabalhado é pouco explorado no dia a dia dessas pessoas.

A construção de uma educação horizontalizada e dialógica, em consonância com um ensino que instiga o questionamento, dão suporte para elucidar e impulsionar o processo de aprendizagem dos indivíduos (12). É notório que o interesse dos participantes se dá através da busca em compreender o conteúdo, bem como, sanar suas principais dúvidas e conhecer os serviços de saúde disponíveis que podem atendê-los quando necessário, as vias de acesso e quais cuidados podem ser prestados.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, percebe-se a importância da educação em saúde voltada às pessoas com dependência de substâncias psicoativas, buscando sempre uma adequação e inserção de novas estratégias para que esse aprendizado seja efetivo. Mesmo com o vasto acesso à informação na sociedade atual, ainda sim algumas pessoas possuem um déficit de conhecimento relacionado a algumas temáticas. Como esses pacientes têm acesso restrito às tecnologias e/ou possuem baixa escolaridade, viu-se a necessidade de trabalhar ações voltadas para IST 's, uma vez que o público dispunha de entendimento insuficiente sobre esse assunto.

Além disso, fica evidente que mesmo com suas limitações, tinham interesse em participar e aprender mais sobre o conteúdo, tornando uma experiência muito enriquecedora para os acadêmicos que propuseram a atividade. Por fim, é válido ressaltar a relevância dessa vivência na vida acadêmica, tanto para realização de ações educativas em diferentes áreas, mas também quanto à possibilidade de mudança na vida desses indivíduos, pois é perceptível que muitas vezes a educação em saúde é menos direcionada em algumas esferas, dentre elas a saúde mental.

 

REFERÊNCIAS

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Submissão: 01-06-2022

Aprovado: 26-08-2022