CULTURA DE SEGURAN�A DO PACIENTE EM MATERNIDADES: UMA REVIS�O INTEGRATIVA

 

PATIENT SAFETY CULTURE IN MATERNITIES: AN INTEGRATIVE REVIEW

 

CULTURA DE SEGURIDAD DEL PACIENTE EN MATERNIDADES: UNA REVISI�N INTEGRATIVA

 


1Janaina Maciel de Queiroz

2Kalyane Kelly Duarte de Oliveira

3Maria Val�ria Chaves de Lima

4Thaina Jacome Andrade de Lima

 

1Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) � Mossor�, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6284-9005

2Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), � Mossor�, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7713-3264�

3Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)- S�o Miguel, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9278-5612�

4Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Paran�-RN, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1289-8842�

 

Autor correspondente

Janaina Maciel de Queiroz

Endere�o: Avenida Professor Ant�nio Campos, n. 2324, casa 3, Bairro: Presidente Costa e Silva, Mossor�/RN. CEP: 59625-620, tel: +55(84) 99138-7765

E-mail: janainamaciel@alu.uern.br

 

Fomento e Agradecimento: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN.

 

 

RESUMO

Objetivo: Caracterizar a cultura de seguran�a do paciente em maternidades e os instrumentos e m�todos utilizados baseado na literatura. M�todo: Revis�o integrativa de abordagem qualitativa, ap�s busca nas bases de dados Medline via Pubmed, Embase e BVS, foram selecionados 11 estudos para compor esta revis�o. Resultados: As principais ferramentas utilizadas para medir a Cultura de Seguran�a do Paciente foram o instrumento validado HSOPSC, o SAQ, e um estudo com entrevista aberta para compor os dados qualitativos. Foi poss�vel avaliar que dos onze estudos, nove identificaram em seus resultados uma cultura de seguran�a com aspectos negativos ou neutros na maioria de seus dom�nios, de acordo com seus instrumentos de an�lise. Os pontos mais importantes identificados pelos estudos, com fator negativo que exigem melhorias foram: a alta carga e condi��es de trabalho; percep��o e rela��o com a ger�ncia; respostas n�o punitivas aos erros; comunica��o de eventos adversos; clima de seguran�a; percep��o de estresse; transfer�ncias internas e passagem de plant�o e na comunica��o. Considera��es finais: Evidencia-se que estes servi�os ainda apresentam uma cultura t�mida e punitiva, al�m de ser necess�rio interven��es para capacitar os profissionais na melhoria da assist�ncia e do ambiente de trabalho produzindo melhorias na cultura de seguran�a do paciente.

Palavras-Chave: Seguran�a do Paciente; Maternidades; Cultura Organizacional; Gest�o da Seguran�a; Servi�os de Sa�de Materno-Infantil.

 

ABSTRACT

Objective: To characterize the patient safety culture in maternity hospitals and the instruments and methods used based on the literature. Method: An integrative review with a qualitative approach, after searching Medline databases via Pubmed, Embase and VHL, 11 studies were selected to compose this review. Results: The main tools used to measure the Patient Safety Culture were the validated instrument HSOPSC, the SAQ, and a study with an open interview to compose the qualitative data. It was possible to assess that of the eleven studies, nine identified in their results a safety culture with negative or neutral aspects in most of its domains, according to their analysis instruments. The most important points identified by the studies, with a negative factor that require improvements were: the high workload and working conditions; perception and relationship with management; non-punitive responses to errors; reporting adverse events; security climate; stress perception; internal transfers and shift change and communication. Final considerations: It is evident that these services still have a timid and punitive culture, in addition to requiring interventions to train professionals to improve care and the work environment, producing improvements in the patient safety culture.

Keywords: Patient Safety; Hospitals, Maternity; Organizational Culture; Safety Management; Maternal-Child Health Services.

 

RESUMEN

Objetivo: Caracterizar la cultura de seguridad del paciente en las maternidades y los instrumentos y m�todos utilizados con base en la literatura. M�todo: revisi�n integradora con enfoque cualitativo, despu�s de buscar en las bases de datos Medline a trav�s de Pubmed, Embase y BVS, se seleccionaron 11 estudios para componer esta revisi�n. Resultados: Las principales herramientas utilizadas para medir la Cultura de Seguridad del Paciente fueron el instrumento validado HSOPSC, el SAQ y un estudio con entrevista abierta para componer los datos cualitativos. Fue posible evaluar que de los once estudios, nueve identificaron en sus resultados una cultura de seguridad con aspectos negativos o neutrales en la mayor�a de sus dominios, seg�n sus instrumentos de an�lisis. Los puntos m�s importantes identificados por los estudios, con un factor negativo que requieren mejoras fueron: la alta carga de trabajo y condiciones de trabajo; percepci�n y relaci�n con la gerencia; respuestas no punitivas a los errores; notificaci�n de eventos adversos; clima de seguridad. Consideraciones finales: Es evidente que estos servicios a�n tienen una cultura t�mida y punitiva, adem�s de requerir intervenciones de formaci�n de profesionales para mejorar la atenci�n y el ambiente de trabajo, produciendo mejoras en la cultura de seguridad del paciente.

Palabras clave: Seguridad del Paciente; Maternidades; Cultura Organizacional; Administraci�n de la Seguridad; Servicios de Salud Materno-Infantil.


 


INTRODU��O

 

A seguran�a do paciente na assist�ncia materno-infantil � uma tem�tica relevante no contexto da sa�de p�blica global, evidenciada pelo aumento no n�mero de estudos voltados para avaliar a qualidade e seguran�a materna e neonatal nos �ltimos anos. E que demonstram tamb�m as diversas barreiras enfrentadas pelas mulheres, para ter uma assist�ncia de qualidade e livre de danos para si e para seus filhos. (1)

Entre as dificuldades para chegar a um cuidado seguro est�o: a peregrina��o por servi�os de sa�de; o desrespeito �s suas escolhas e direitos; uso de interven��es, procedimentos e instrumentos desnecess�rios, que aumentam o risco e levam ao desperd�cio e onera��o da assist�ncia; a falta de comunica��o interprofissional, e a estrutura f�sica e organizacional dos servi�os de sa�de, que tem rela��o tamb�m, com o tipo de cultura predominante nestes ambientes. (1)

Essa realidade, presente em muitos pa�ses, suscitou a iniciativa global das Na��es Unidas, tendo entre seus Objetivos de Desenvolvimento Sustent�vel (ODS) a meta de redu��o da Raz�o de Mortalidade Materna (RMM) global para menos de 70 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos, e aumentar os esfor�os para eliminar a mortalidade materna evit�vel entre 2016 e 2030. (2)

As estimativas indicam que entre 2020 e 2030, cerca de 23 milh�es de pessoas de 5 a 24 anos e 48 milh�es de crian�as menores de 5 anos ir�o morrer, e que quase metade dessas mortes de menores de 5 anos, ser�o de rec�m-nascidos, por diferentes causas. Por�m como avalia��o da mortalidade de anos anteriores, como de 2019 que morreram 7,4 milh�es deste grupo, principalmente de causas evit�veis ou trat�veis, e quando se fala em mortalidade de rec�m-nascidos esta reflete muito a qualidade da assist�ncia no pr�-natal e no nascimento, muitas relacionadas a condutas no parto, nascimento e internamento, a��es que visem pr�ticas seguras e respeitosas, baseadas em evid�ncias, com assist�ncia de qualidade e insumos s�o fatores preventivos de mortes evit�veis, fatores relevantes da seguran�a do paciente. Desta forma, � urgente criar estrat�gias que melhorem a assist�ncia, reduzam o �ndice de eventos adversos evit�veis e interven��es desnecess�rias, que comprometam a vida e integridade da m�e e do beb�. (2)

A cultura de seguran�a do paciente tem grande impacto na melhoria da assist�ncia � sa�de do paciente, redu��o de eventos adversos, bem como sua preven��o, ainda pode influenciar na melhoria no ambiente de trabalho, redu��o de fatores estressores, melhorias na comunica��o da equipe, redu��o no abandono de emprego, entre outros. Devendo ser estimulada pelos gestores, garantindo condi��es de promover espa�os saud�veis e seguros para os profissionais e pacientes, e buscando melhorias cont�nuas atrav�s de avalia��es e diagn�sticos de fragilidades. (3)

A Cultura de Seguran�a do Paciente (CSP) � definida pela RDC n� 36, e est� relacionada a valores, condutas, compet�ncias, padr�es e atitudes individuais e coletivas que implicaram na assist�ncia segura, na administra��o institucional saud�vel e n�o punitiva. (4)

Diante do exposto, tem-se como quest�o norteadora desta pesquisa, quais as caracter�sticas da cultura de seguran�a do paciente presentes nas maternidades, bem como, que instrumentos e m�todos s�o utilizados para obter os resultados?

Este estudo tem o objetivo de caracterizar a cultura de seguran�a do paciente em maternidades e os instrumentos e m�todos utilizados baseado na literatura.

 

METODOLOGIA

 

Trata-se de um estudo de revis�o integrativa com busca sistem�tica de literaturas de abordagem qualitativa.

Esta revis�o seguiu as seguintes etapas: estabelecimento da hip�tese ou quest�o de pesquisa, amostragem ou busca na literatura atrav�s de estrat�gia de busca e crit�rios de inclus�o e exclus�o, caracteriza��o dos estudos ou coleta de dados atrav�s de instrumento elaborado previamente, an�lise dos estudos inclu�dos na revis�o, interpreta��o e discuss�o dos resultados, e apresenta��o da revis�o.Esta revis�o foi realizada seguindo os passos do Preferred Reporting Items for Systematic Review e Meta-Analyzes (PRISMA).

Realizou-se busca nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Sa�de (BVS), Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line (MEDLINE) via Pubmed e Embase (sem MEDLINE), per�odo de 18 e 19 de dezembro de 2021. Para a busca de descritores utilizados nas bases usou-se os indexados do Medical Subject Headings (MeSH), Descritores em Ci�ncias da Sa�de (DeSC) e Entree. Os descritores utilizados para pesquisar artigos relacionados � maternidade foram Hospitals, Maternity e maternidades, combinados com os descritores para cultura de seguran�a do paciente: patient safety, safety management, safety culture, safety climate, seguran�a do paciente, seguridad del paciente e o termo cultura de seguran�a do paciente ou patient safety culture, de acordo com a estrat�gia de cada base.

Os cruzamentos nas bases de dados foram feitos com combina��o dos operadores OR entre descritores e termos sin�nimos e AND para cruzamento das linhas com a estrat�gia dos dois termos/assuntos. Como mostra a estrat�gia de busca:


 

 

Quadro 1 - Descritores. Mossor�- RN, Brasil, 2022.

MEDLINE VIA PUBMED

BVS

EMBASE

�"Patient Safety"[Mesh] OR (Patient Safeties) OR (Safeties, Patient) OR (Safety, Patient) OR "Safety Management"[Mesh] OR (Safety Management) OR (Management, Safety) OR (Safety Culture) OR (Culture, Safety) OR (Cultures, Safety) OR (Safety Cultures) OR (Patient Safety Culture)

AND

"Hospitals, Maternity"[Mesh] OR (Hospitals, Maternity) OR (Maternity Hospitals) OR (Hospital, Maternity) OR (Maternity Hospital)

MH: "Seguran�a do Paciente" OR (seguran�a do paciente) OR (Patient Safety) OR (Seguridad del Paciente) OR (S�curit� des patients) OR (Patient Safety Culture) OR (Cultura de Seguran�a do Paciente) OR N06.850.135.060.075.399$

AND

MH: "Maternidades" OR (Maternidades) OR (Hospitals, Maternity) OR N02.278.421.556.366$

�'patient safety'/exp OR 'safety culture'/exp OR 'safety climate'/exp OR (patient AND safety AND culture)

AND

'maternity'/exp OR 'maternity' OR (hospitals, AND ('maternity'/exp OR maternity))

Fonte: Elaborada pelos autores

 


Ap�s a busca, uso de filtro de texto completo e exclus�o de duplicatas; 925 artigos foram exportados para o Intelligent Systematic Review - Ryyan para fazer a pr�-sele��o atrav�s da leitura dos t�tulos, resumo e an�lise dos crit�rios de inclus�o e exclus�o por dois revisores independentes, �s cegas. Considerando os crit�rios de inclus�o: artigos que avaliem a cultura de seguran�a do paciente em maternidades sem restri��o de ano e sem restri��o de idioma.

E crit�rios de exclus�o: artigos de revis�o, resumos, opini�o de especialistas, artigos que s� descrevem conceitos de cultura de seguran�a do paciente, ou analisam fatores isolados de seguran�a do paciente das institui��es, sem avaliar a cultura de seguran�a, ou apenas a cultura organizacional geral, resultados de implanta��o de programa de seguran�a, sem diagn�stico do clima/cultura.

Ap�s sele��o, 11 artigos foram selecionados para leitura na �ntegra e aplicado instrumento de an�lise e extra��o dos dados com as seguintes informa��es de identifica��o da publica��o: t�tulo, ano, idioma, base de dados, nome da revista cient�fica e pa�s da publica��o. Al�m de dados como: objetivo, quest�o de investiga��o, metodologia empregada, tipo de abordagem, principais descobertas e as limita��es do estudo.

 

RESULTADOS

 

Ap�s utiliza��o da estrat�gia de busca nas bases como mostra na figura 1, exclus�o por filtro de duplicatas (774) e texto completo (48), foram selecionados 925 artigos para an�lise no Rayyan pelos t�tulos e resumos, destes, 33 foram escolhidos para leitura na �ntegra, destes 22 foram exclu�dos. Sendo os 15 da EMBASE exclu�dos, 14 por serem resumos de eventos e 1 repetido na PUBMED; da PUBMED foram descartados 5 artigos, sendo 1 revis�o, 4 n�o se enquadravam na tem�tica ou n�o estavam dispon�veis na �ntegra; e por �ltimo, da BVS foram exclu�dos 2 artigos, um editorial e outro n�o se enquadrar na tem�tica. Ao final, 11 artigos foram escolhidos por se enquadrar nos crit�rios de inclus�o e exclus�o, para compor esta pesquisa e extra��o de dados.


Figura 1 - Fluxograma de sele��o dos artigos. Mossor�- RN, Brasil, 2022.

Diagrama

Descri��o gerada automaticamente

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

Fonte: Elaborada pelos autores

Sobre a caracteriza��o dos estudos, 45,45% (5) s�o do Brasil, pois a base de dados BVS acumula grande acervo desta regi�o, e � muito importante para conhecer os principais estudos nesta �rea. Os estudos s�o todos dos �ltimos dez anos, sendo: 54,54% (6) de 2020, 18,18% (2) de 2019, 18,18% (2) de 2017 e apenas 9,18% (1) de 2011. O idioma predominante � o ingl�s, 72,72% (8) e 90,90% (10) dos estudos s�o quantitativos, sendo apenas um com m�todos mistos.


 

Quadro 2 - caracteriza��o dos artigos selecionados por t�tulo, autores, ano, tipo de abordagem do estudo, idioma, base e pais. Mossor�- RN, Brasil, 2022.

N�

T�TULO

AUTOR/ANO

ABORDAGEM

PA�S

IDIOMA

BASE

1

Diagn�stico da cultura de seguran�a do paciente.

Ferreira e Melo, 2019 (5)

Quantitativa

Brasil

Portugu�s

BVS

2

Cultura de seguran�a do Paciente em uma Maternidade.

F�lix e Filipin, 2020 (6)

Quantitativo

Brasil

Ingl�s

BVS

3

Cultura de seguran�a do paciente em uma maternidade de risco habitual.

Santos et al., 2019 (7)

Quantitativo

Brasil

Portugu�s

BVS

4

Culture of patient safety in hospital units of gynecology and obstetrics: a cross-sectional study.

Carmo et al., 2020 (8)

Quantitativo

Brasil

Ingl�s

BVS

5

Cultura de seguridad del paciente en la perspectiva del equipo de enfermer�a en una maternidad p�blica.

Silva et al., 2020 (9)

Quantitativo

Brasil

Espanhol

BVS

6

Safety culture in the maternity unit of hospitals in Ilam province, Iran: a census survey using HSOPSC tool.

Akbari et al., 2017 (10)

Quantitativo

Ir�

Ingl�s

PUBMED

7

A safety culture assessment by mixed methods at a public maternity and infant hospital in China.

Listyowardojo et al., 2017 (11)

Misto

China

Ingl�s

EMBASE e PUBMED

8

Safety Culture in the Maternity Units: a census survey using the Safety Attitudes Questionnaire.

Raftopoulo, Savva e Papadopoulou, 2011 (12)

Quantitativo

Chipre

Ingl�s

PUBMED

9

Association between the nationality of nurses and safety culture in maternity units of Oman.

Al Nadabi, Faisal e Mohamme, 2020 (13)

Quantitativo

Om�

Ingl�s

PUBMED

10

A Safety Evaluation of the Impact of Maternity-Orientated Human Factors Training on Safety Culture in a Tertiary Maternity Unit

Ansari et al.,2020 (14)

Quantitativo

Inglaterra

Ingl�s

PUBMED

11

�Impact of TeamSTEPPS on patient safety culture in a Swiss maternity ward.

Staines et al., 2020 (15)

Quantitativo

Su��a

Ingl�s

PUBMED

Fonte: Elaborada pelos autores


Na segunda tabela, de acordo com a sequ�ncia num�rica da caracteriza��o, identificamos o objetivo geral de cada estudo, o instrumento utilizado para medir a cultura de seguran�a do paciente na maternidade, se houve interven��o por meio dos pesquisadores, e as conclus�es e resultados importantes dos estudos.


 

Quadro 3 - Caracteriza��o de objetivos, instrumentos e resultados dos estudos. Mossor�- RN, Brasil, 2022.

N�

OBJETIVO

INSTRUMENTO/INTERVEN��O

CONCLUS�O

1

Realizar um levantamento do diagn�stico de cultura de seguran�a do paciente para investigar a percep��o da equipe multiprofissional de uma maternidade de risco habitual sobre a seguran�a do paciente.

SAQ/

N�o

Os dom�nios ficaram abaixo da m�dia de pontos considerada adequada (≥75). A institui��o estudada apresenta uma cultura de seguran�a fr�gil que se encontra em um est�gio patol�gico em rela��o ao modelo de maturidade de cultura de seguran�a do paciente.

2

Avaliar a cultura de seguran�a do paciente na perspectiva da equipe multiprofissional da maternidade.

HSOPSC/

N�o

Nas dimens�es do HSOPSC n�o foram encontrados resultados com frequ�ncia que identificasse �reas de for�as positivas (acima de 75%), somente como neutras (50 a 75%) e com potencial de melhorias (abaixo de 50%). A maternidade possui uma cultura de seguran�a do paciente vulner�vel, punitiva, com fraca ades�o as notifica��es, requerendo maiores iniciativas e apoio da gest�o as mudan�as imprescind�veis ao alcance de melhores resultados.

3

Avaliar a cultura de seguran�a dos pacientes na perspectiva dos profissionais de sa�de que trabalham em uma maternidade de risco habitual.

SAQ/

N�o

O escore geral do Safety Attitudes Questionnaire (SAQ) foi de 74,2 pontos, mas a avalia��o individualizada dos dom�nios evidenciou uma cultura positiva de seguran�a do paciente, pois quatro dos seis dom�nios apresentaram-se com m�dia maior que 75 pontos no escore do instrumento utilizado.

4

Avaliar a cultura de seguran�a do paciente da equipe de sa�de que atua em tr�s maternidades.

HSOPSC/

N�o

O escore geral de cultura de seguran�a nas tr�s maternidades pesquisadas foi de 40,7%. Das 12 dimens�es, identificam-se 9 com porcentagem de respostas positivas inferior a 50%. N�o foram identificadas dimens�es fortes para cultura de seguran�a nas tr�s maternidades

5

Avaliar as dimens�es da cultura de seguran�a do paciente na perspectiva da equipe de Enfermagem em uma maternidade p�blica.

HSOPSC/

N�o

A maioria das dimens�es avaliadas foram classificadas como �reas neutras, uma vez que os itens ou as dimens�es em que o percentual de respostas positivas foi superior a 50% e inferior a 75% variaram de 51,1% a 69,6%, correspondendo a 58,4%.

6

Avaliar a cultura de seguran�a do paciente nas maternidades dos hospitais do governo de Ilam, Ir�.

HSOPSC/

N�o

An�lise de duas vari�veis ​​de resultado (Tabela 3) indicou que 59,1% dos participantes relataram um n�vel razo�vel de percep��es de seguran�a e 67,1% declararam que nenhum evento foi relatado durante os �ltimos 12 meses. Por�m apenas 8,8 % consideraram excelente, e 21,6% muito bom, na percep��o geral da seguran�a.

7

Avaliar a cultura de seguran�a em uma maternidade p�blica em Xangai, China, utilizando

uma abordagem sequencial de m�todos mistos.

SAQ e Entrevistas semi-estruturadas/

N�o

Pontua��es m�dias para todos as dimens�es do SAQ e itens independentes foram superiores a 3 (ou seja, o ponto neutro) de 5 pontos poss�veis. Isso implica que, em geral, os participantes �concordaram ligeiramente� com os itens da pesquisa. Os resultados do estudo mostram que as prioridades concorrentes entre departamentos hospitalares e alta carga de trabalho s�o os problemas mais comuns que afetam a cultura de seguran�a na maternidade p�blica chinesa. Os resultados do estudo mostram a import�ncia do uso de m�todos mistos para avaliar a cultura de seguran�a, especialmente se os resultados forem ser usados ​​para melhorias.

8

Explorar os fatores que afetam a atitude de seguran�a e o clima de trabalho em equipe de maternidade cipriota e parteiras cipriotas.

SAQ e question�rio dos autores/N�o

O clima de seguran�a nas maternidades era negativo em todos os seis dom�nios do clima de seguran�a examinados. A pontua��o total m�dia do trabalho em equipe na subescala foi de 57,95 e para o clima de seguran�a foi de 55,82.

9

Investigar a associa��o entre a nacionalidade dos enfermeiros e suas percep��es sobre a cultura de seguran�a do paciente em hospitais maternidades do Minist�rio da Sa�de em Om�.

SAQ/

N�o

Apenas 58,5% dos enfermeiros classificaram a cultura de seguran�a como positiva, mas isso foi maior entre os n�o Omanis (66,9%) em compara��o com Omanis (56,0%) (Tabela 5). A propor��o de respostas positivas para todos os dom�nios de seguran�a foram <75%. A pontua��o m�dia geral de seguran�a do paciente entre os enfermeiros n�o foi positiva (ou seja, abaixo de 4,0).

10

Avaliar o impacto do programa de forma��o de fatores humanos de maternidade sobre a cultura de seguran�a numa Unidade de Maternidade terci�ria.

HSOPSC/

Sim

A pesquisa demonstrou uma melhoria geral na cultura de seguran�a na unidade. O impacto do treinamento na frequ�ncia de eventos adversos, exigir�o mais avalia��o dos resultados e pesquisa a longo prazo.

11

Avaliar o impacto da implementa��o da melhoria do trabalho em equipe TeamSTEPPS

conceito sobre cultura de seguran�a do paciente.

 

HSOPSC/

Sim

Ap�s analisar as diferen�as nos escores da cultura de seguran�a do paciente pr�/ap�s a implementa��o do conceito de trabalho em equipe TeamSTEPPS, vemos que a cultura de seguran�a do paciente melhorou significativamente em tr�s de doze dimens�es, no grupo interven��o, sem melhora no grupo de controle. Ao avaliar para diferen�as nas pontua��es de linha de base entre as alas de implementa��o e de controle, uma melhoria permanece em uma dimens�o. Isso sugere que o TeamSTEPPS pode ser considerado ao buscar aprimorar a cultura de seguran�a do paciente, especialmente em ambientes de alto risco, como maternidades.

Fonte: Elaborada pelos autores

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����� Foi poss�vel avaliar que dos onze estudos, nove identificaram em seus resultados uma cultura de seguran�a com aspectos negativos ou neutros na maioria de seus dom�nios, de acordo com seus instrumentos de an�lise, quando utilizado o HSOPSC foi identificado percentuais menores que 75%, e com zonas de melhorias acima de 50%, assim como os que utilizaram o SAQ e entrevista semiestruturada a m�dia foi de 3 pontos de 5, considerando �rea neutra.

Os dois estudos que fizeram interven��o, identificaram melhorias em algumas dimens�es e na cultura geral da institui��o, mas que necessitava de outras avalia��es a longo prazo, para avaliar se chegaria a um n�vel positivo de seguran�a com os resultados dos treinamentos e programas implementados, mas n�o definiu este prazo. (5-14)

As principais ferramentas utilizadas para medir a CSP foram o instrumento validado HSOPSC, utilizado por Staines et al. (2020); Ansari et al. (2020); Carmo et al. (2020); Silva et al. (2020); Akbari et al. (2017) e F�lix e Filipin (2020). Os demais estudos utilizaram o SAQ, e o estudo de Raftopoulos, Savva e Papadopoulou (2011) utilizou al�m dele, entrevista aberta para compor os dados qualitativos, sendo o �nico com uso de m�todos mistos. (5-12)

Quanto ao p�blico-alvo das amostras, sete estudos eram voltados para equipe multiprofissional, existindo estudos com somente parteiras e outros estudos foram somente com equipe de enfermagem. Por�m, dos estudos com equipe multiprofissional, quatro tiveram a taxa de respostas com maioria da equipe de enfermagem, com varia��o de 62,9% a 85,7% do total de participantes. ( 9,12-16)

 

DISCUSS�O

 

As principais caracter�sticas encontradas nesta revis�o quanto a cultura de seguran�a do paciente presentes em maternidades � um diagn�stico de cultura negativa ou neutra, com aspectos que necessitam de melhorias, cultura fr�gil, geralmente ainda no est�gio patol�gico, onde ainda n�o h� a��es especificas de seguran�a do paciente nas organiza��es. Onde o tema seguran�a do paciente ainda � desconhecido (5), em que a maioria dos profissionais n�o realizam nenhuma notifica��o, em alguns estudos esta taxa chega a ser de 80-90% dos profissionais que relataram n�o ter feito nenhuma. (6-9-10-14)

A postura da gest�o e a resposta n�o punitiva aos erros que foi um dos dom�nios que teve maiores taxas de avalia��es negativas nos estudos, v�o de encontro a culpabiliza��o dos indiv�duos pelos erros, essa cultura punitiva aos profissionais gera um desestimulo para identifica��o e notifica��o, al�m de n�o promover o aprendizado e melhorias constantes (5-11-).

Os pontos mais importantes identificados pelos estudos, com fator negativo da cultura de seguran�a que exigem melhorias foram: a alta carga e condi��es de trabalho, (15-16-,17) percep��o e rela��o com a ger�ncia (7, 10, 11, 18,) respostas n�o punitivas aos erros, (5, 9, 10) comunica��o de eventos adversos, (6, 7) clima de seguran�a, (11) percep��o de estresse (19) transfer�ncias internas e passagem de plant�o (8) e na comunica��o (15) J� os fatores positivos predominantemente identificados nos estudos foram trabalho em equipe (9-10-12-13),� satisfa��o no trabalho (5-7-12-) e aprendizado organizacional (6-9).

Em rela��o a comunica��o de eventos adversos, � relevante destacar a import�ncia de uma cultura n�o punitiva, que incentiva e valoriza a notifica��o informada como forma de obter melhorias, prevenir e conhecer o panorama real da institui��o. (19-20-21) E que a ideia de que o erro recai sobre o profissional � muito presente desde a forma��o, essa discuss�o sobre erros � algo recente no Brasil, mas, necess�ria para a desconstru��o dessas associa��es punitivas, isso foi destacado nesses estudos e corrobora com outros mencionados na literatura. (17, 20)

Os estudos revisados, bem como outras literaturas, mostram que � vi�vel e seguro avaliar a CSP de maternidades atrav�s de m�todos quantitativos, que eles facilitam e ajudam a fazer comparativos entre institui��es e fazer o acompanhamento da evolu��o a longo prazo pela gest�o dos servi�os. Mas, o uso de m�todos mistos, com inqu�ritos qualitativos tornam a an�lise mais detalhada e principalmente, se o servi�o visa melhorias, que no question�rio � mais dif�cil identificar aspectos espec�ficos dos setores. Como mostra alguns estudos, que apresentaram dados quantitativos em uma vis�o mais positiva da cultura de seguran�a, diferente do que foi identificado em alguns fatores das entrevistas, que avaliaram mais aspectos negativos, que necessitavam de melhorias. (11)

Em rela��o aos instrumentos para avaliar o mais indicado segundo os artigos foi o HOSPSC, seguido do SAQ, e como menos utilizado os m�todos qualitativos de entrevista. Corrobora com outra revis�o sobre a tem�tica, que incluiu apenas estudos em ingl�s, de outras bases at� o ano de 2016, que constatou a preval�ncia do uso do SAQ em 17 dos 28 estudos, e o HSOPSC em apenas 2 estudos. (13) Por�m, apesar dos dois instrumentos serem parecidos nas suas avalia��es, eles n�o demonstraram ser equivalentes. (14)

����������� No que diz respeito ao p�blico-alvo para diagn�stico da cultura de seguran�a da institui��o, pode ser feito tanto por categorias profissionais espec�ficas, como multiprofissionais, de acordo com o inqu�rito de pesquisa. � importante a avalia��o multiprofissional e da gest�o, mas assim como verificado nos artigos desta revis�o, outro estudo avaliou que a equipe de enfermagem s�o os que mais participam dos inqu�ritos, a equipe m�dica demonstrou menor ades�o � pesquisa, justificando com a falta de tempo. (18) A enfermagem, por compor o maior quantitativo de profissionais dos servi�os e passar mais tempo na assist�ncia direta, demonstra maior percep��o, compreens�o e atitudes quanto � seguran�a do paciente. (18-19)

����������� Em rela��o aos estudos com o uso de question�rios, se limitam � an�lise da percep��o individual dos sujeitos, sem o acompanhamento e observa��o das rotinas e pr�ticas, ou de outros par�metros de trabalho. Al�m do risco de baixa ades�o �s respostas, os estudos que tiveram maior taxa de respostas nas pesquisas foram os que entregaram os instrumentos ao profissional durante reuni�es, ao inv�s de enviar por correspond�ncia ou outros meios. (11)

J� os estudos por meio de entrevista, necessitam de um tempo maior da disponibilidade dos profissionais, muitas vezes atrapalhando a rotina do servi�o; sendo vi�vel a coleta por conveni�ncia e disponibilidade. No estudo apresentado foi avaliado que escrever as respostas ao inv�s de gravar, apesar de ser menos fidedigno, teve uma aceita��o maior, visando o anonimato. (11)

Al�m de ter identificado que a cultura sofre varia��es por departamentos, dentro da mesma institui��o, a ideia de microculturas locais, dentro do mesmo servi�o. (11-14- 15) Houve diferen�as significativas no estudo do autor (11) em todas as dimens�es e itens independentes em p>0,001; sendo os setores de ultrassonografia e log�stica, equipamentos m�dicos e TI, os que apresentaram menores m�dias, exceto no item independente �Experimentei boa colabora��o com os m�dicos da equipe nesta �rea cl�nica. E como maiores m�dias avaliadas em rela��o aos demais setores, os de cirurgia e anestesiologia, administra��o, obstetr�cia e farm�cia. Al�m de que os profissionais que trabalhavam mais horas semanais, percebiam as condi��es de trabalho de forma mais negativa. (11)

O estudo do autor (15) usou o m�todo de diferen�as para acompanhar a evolu��o em diferentes enfermarias, um controle e a de interven��o; para comparar a mudan�a ap�s a interven��o e identificar que ambas n�o partem do mesmo n�vel de cultura de seguran�a do paciente, mesmo estando na mesma institui��o, podem estar em n�veis diferentes. Esses estudos n�o tiveram a finalidade de identificar quais setores especificamente tem resultados melhores, simplesmente comprova que existe diferen�as entre unidades de uma mesma institui��o. Por�m � vi�vel avaliar a CSP tanto a n�vel institucional, como por departamentos/setores. (13)

As percep��es negativas quanto ao clima de seguran�a, satisfa��o no trabalho, condi��es de trabalho, percep��o da ger�ncia da unidade e do servi�o de forma geral, est�o relacionadas negativamente com a inten��o de deixar o emprego, e o maior o tempo de experi�ncia profissional foi relacionado � avalia��o negativa destas dimens�es, apesar de ter tido uma fraca rela��o, pois para determinar a rela��o usou-se a categoriza��o das for�as de correla��o, sendo 0,1 a 0,29 (fraca), 0,30 a 0,49 (moderada) e maior ou igual a 0,50 (forte).(3)

No estudo dos autores (12), identificou-se um percentual de respostas positivas mais elevado nesses dom�nios em parteiras mais experientes, do que nas com menos tempo de servi�o, sendo um achado predominante nesses servi�os de Chipre, divergindo dos estudos que analisaram a rela��o com a experi�ncia cintado anteriormente, mas evid�ncia a necessidade de os estudos fazerem essa rela��o e identificar poss�veis motivos. (12)

O estudo inferiu que alguns fatores podem justificar esse achado, como o fato de as parteiras menos experientes, podem ser rec�m-formadas, apresentando dificuldades de identificar e corrigir situa��es que envolvem a seguran�a do paciente, urg�ncias, muitas vezes necessitando de supervis�o constante, treinamentos em fatores humanos e trabalho em equipe que s�o adquiridos ao longo da forma��o profissional, que necessitam de mais apoio, pr�tica no trabalho em equipe e adquirir confian�a. (12)

Investimentos em capacita��o profissional voltados para a seguran�a do paciente devem ser estimulados nas maternidades, a fim de tornar as equipes mais preparadas para identificar e lidar com os erros, preveni-los, seguir protocolos e rotinas desenvolvidas em conjunto, fortalecendo o trabalho em equipe, a comunica��o, aprender com os erros, incentivando a notifica��o e uma cultura n�o punitiva. (22)

Por�m um problema n�o relatado nos estudos da revis�o, � em rela��o a continuidade das a��es de educa��o permanente em sa�de e acompanhamento das interven��es, pelos gestores. A maioria dos estudos foram realizados em servi�os p�blicos, e esses servi�os apresentam uma grande rotatividade de gest�es, pelo menos no cen�rio brasileiro, aumentando a descontinuidade das a��es e desmotiva��o dos profissionais; desinteresse; falta de participa��o e intera��o nas mudan�as. (23)

Os estudos avaliados nesta revis�o n�o trazem a rela��o do paciente como fator de diagn�stico da CSP. A cultura de seguran�a � uma constru��o coletiva, em que o paciente e a fam�lia devem fazer parte, sendo protagonistas, trazendo a troca de informa��es que possam minimizar danos, interven��es desnecess�rias e ocorr�ncia de eventos adversos. E o profissional deve fornecer informa��es sobre a import�ncia dessa troca e responsabilidade m�tua. (24)

O tema seguran�a do paciente precisa ser mais difundido nos servi�os de sa�de e na forma��o profissional. No estudo conduzido pelos autores (5) a maioria dos profissionais da maternidade do seu estudo, n�o conheciam o tema, e n�o era uma ferramenta muito utilizada para a gest�o da qualidade da assist�ncia. (5)

CONSIDERA��ES FINAIS

 

����������� Diante do exposto, esta revis�o trouxe achados importantes, que v�o de encontro a outros estudos sobre a tem�tica da cultura de seguran�a do paciente em maternidades, e caracter�sticas encontradas em outros servi�os de sa�de. Foi poss�vel evidenciar que estes servi�os ainda apresentam uma cultura t�mida, punitiva, e com muitas �reas que necessitam de melhorias. Tendo como piores �reas avaliadas: a alta carga e condi��es de trabalho, percep��o e rela��o com a ger�ncia, respostas n�o punitivas aos erros, comunica��o de eventos adversos, clima de seguran�a, percep��o de estresse, transfer�ncias internas e passagem de plant�o e na comunica��o.

Evidenciou-se que a��es e interven��es que possam capacitar os profissionais para a melhoria da assist�ncia e do ambiente de trabalho produzem melhorias na CSP, mas que exigem um tempo para serem observadas significativamente. Existem varia��es na cultura entre setores dentro da mesma institui��o, e que os instrumentos quantitativos s�o importantes para fazer comparativos, por�m os qualitativos ajudam na gest�o de melhorias. Os instrumentos mais utilizados foram o HSOPSC e o SAQ.

Um dos achados mostra que os profissionais de enfermagem correspondem a maioria dos sujeitos das pesquisas, mesmo em estudos multiprofissionais, e por isso, influenciam muito na seguran�a do paciente dos servi�os de sa�de.

Como limita��o do estudo, cita-se que as informa��es n�o podem ser generalizadas para todos os servi�os, visto que � apenas um recorte de tr�s bases de dados, e muitos estudos podem n�o ser contemplados, por n�o terem sido publicados, n�o est� inclu�da a literatura cinzenta, outros podem n�o ter as palavras-chaves selecionadas, ou ter sido em setores isolados da maternidade e n�o ter sido mencionado como caracter�stica esse servi�o. Por�m, as bases escolhidas apresentam grande acervo nacional e internacional, e muitos estudos recentes foram avaliados, o que mostra ser uma tem�tica em ascens�o e atual.

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REFER�NCIAS

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Submiss�o: 02-06-2022

Aprovado: 28-07-2022