LES�ES ASSOCIADAS A DISPOSITIVOS M�DICOS EM REC�M-NASCIDOS E CRIAN�AS EM SITUA��O CR�TICA
INJURIES ASSOCIATED WITH MEDICAL DEVICES IN NEWBORNS AND CHILDREN IN CRITICAL SITUATIONS
LESIONES ASOCIADAS A DISPOSITIVOS M�DICOS EN RECI�N NACIDOS Y NI�OS EN SITUACIONES CR�TICAS
Carolane Pinto Machado1
Fernanda Jorge Magalh�es2*
Martha Sthefanie Borba Costa�
Giselle Pereira Rovere4
Eloah de Paula Pessoa Gurgel5
Carmina Guimar�es Veloso6
[1] Enfermeira. Residente em Pediatria pela Escola de Sa�de P�blica do Cear�, lotada no Hospital Infantil Albert Sabin. Fortaleza-CE-Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-2159-0199
2 Doutora em Enfermagem. Docente da Universidade de Pernambuco. Recife-PE-Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0104-1528
3 Discente do curso de Enfermagem pela Universidade de Pernambuco. Recife-PE-Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0918-3483
4 Mestra em Terapia Intensiva. Enfermeira assistencial no Hospital Infantil Albert Sabin. Fortaleza-CE-Brasil.
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-8608-1520
5 Doutora em Enfermagem. Docente da P�s-Gradua��o do Centro Universit�rio Fametro. Fortaleza-CE-Brasil.
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4583-1740
6 Enfermeira. Hospital Universit�rio Walter Cant�dio. Mestranda Profissional em Tecnologia e Inova��o em Enfermagem pela Universidade de Fortaleza. Fortaleza-CE-Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-8823-9451
*Autor correspondente
Fernanda Jorge Magalh�es
Endere�o: Rua Greg�rio de Fran�a, n. 45; apto 503B. Parque Iracema. CEP: 60824-120. Fone: (+55 85)999989622.
E-mail: fernandajmagalhaes@yahoo.com.br
RESUMO
Objetivo: identificar nas evid�ncias cient�ficas as principais causas, medidas de preven��o e estrat�gias de cuidado aos rec�m-nascidos e crian�as em situa��o de risco de les�o por press�o. M�todo: Revis�o integrativa realizada nas bases: SCielo, MEDLINE, BDENF, LILACS, EBSCO, CINAHL. Foram analisados 18 artigos quanto ao n�vel de evid�ncia e ao conte�do, realizado a estrat�gia PICO, m�todo duplo-cego e atemporal com os descritores: rec�m-nascido AND pele AND les�o por press�o. Resultados: Evidenciou-se literaturas publicadas em 2003, com n�vel IV de evid�ncia, mais publicados por enfermeiros. Como principais causas identificou-se: predom�nio de les�es por dispositivos m�dicos, com destaque ao CPAP nasal e ox�metros de pulso. Bem como as caracter�sticas individuais (idade, tamanho, dura��o da terapia, umidade e temperatura do ambiente). Quanto �s medidas preventivas e estrat�gias destaca-se: a utiliza��o de instrumentos v�lidos e confi�veis para a avalia��o vigil�ncia rigorosa dos profissionais. Dentre os cuidados identificou-se: curativos de barreira, espuma de polivinila e adesivos de barreira. Conclus�es: Conclui-se que as les�es por dispositivos m�dicos s�o as principais causas de les�o por press�o nos rec�m-nascidos e crian�as, utilizou-se as escalas de avalia��o de pele e a vigil�ncia profissional como estrat�gias de preven��o. Como estrat�gia de cuidado destacou-se o uso do curativo de barreira.
Palavras-chave: Rec�m-Nascido; Pele; Les�o por Press�o.
ABSTRACT
Objective: to identify in scientific evidence the main causes, prevention measures and care strategies for newborns and children at risk of pressure injury. Method: Integrative review performed in the bases: SCielo, MEDLINE, BDENF, LILACS, EBSCO, CINAHL. Eighteen articles were analyzed regarding the level of evidence and content, using the PICO strategy, double-blind and timeless method with the descriptors: newborn AND skin AND pressure lesion. Results: There was evidence of literature published in 2003, with level IV of evidence, more published by nurses. The main causes identified were: predominance of injuries caused by medical devices, especially nasal CPAP and pulse oximeters. As well as individual characteristics (age, size, duration of therapy, ambient humidity and temperature). As for preventive measures and strategies, the following stand out: the use of valid and reliable instruments for evaluating the rigorous surveillance of professionals. Among the care measures identified were: barrier dressings, polyvinyl foam and barrier adhesives. Conclusions: It is concluded that injuries caused by medical devices are the main causes of pressure injuries in newborns and children, using skin assessment scales and professional surveillance as prevention strategies. As a care strategy, the use of barrier dressings was highlighted.
Keywords: Newborn; Skin; Pressure Injury.
RESUMEN
Objetivo: identificar en la evidencia cient�fica las principales causas, medidas de prevenci�n y estrategias de atenci�n al reci�n nacido y ni�o en riesgo de lesi�n por presi�n. M�todo: Revisi�n integrativa realizada en las bases: SCielo, MEDLINE, BDENF, LILACS, EBSCO, CINAHL. Se analizaron 18 art�culos en cuanto al nivel de evidencia y contenido, utilizando la estrategia PICO, m�todo doble ciego y atemporal con los descriptores: reci�n nacido Y piel Y lesi�n por presi�n. Resultados: hubo evidencia de literatura publicada en 2003, con nivel de evidencia IV, m�s publicada por enfermeras. Las principales causas identificadas fueron: predominio de lesiones provocadas por dispositivos m�dicos, especialmente CPAP nasal y ox�metros de pulso. As� como las caracter�sticas individuales (edad, tama�o, duraci�n de la terapia, humedad ambiental y temperatura). En cuanto a las medidas y estrategias preventivas, destacan: el uso de instrumentos v�lidos y fiables para evaluar la vigilancia rigurosa de los profesionales. Entre las medidas de cuidado identificadas se encuentran: ap�sitos de barrera, espuma de polivinilo y adhesivos de barrera. Conclusiones: Se concluye que las lesiones ocasionadas por dispositivos m�dicos son las principales causas de lesiones por presi�n en reci�n nacidos y ni�os, utilizando escalas de valoraci�n cut�nea y vigilancia profesional como estrategias de prevenci�n. Como estrategia asistencial, se destac� el uso de ap�sitos barrera.
Palabras clave: Reci�n Nacido; Piel; Lesi�n por Presi�n.
A pele do rec�m-nascido � caracterizada como delicada e fr�gil. Se conjugarmos estas caracter�sticas com a imaturidade dos sistemas e a utiliza��o de dispositivos m�dicos, imprescind�veis � sobreviv�ncia desta popula��o, deparamo-nos com uma situa��o de aumento do risco de les�o da pele(1).
A les�o por press�o (LPP) ocorre quando h� uma diminui��o na circula��o, causado pela press�o externa constantemente aplicada ao tecido, resultando na morte celular dos tecidos moles. As poss�veis causas incluem compress�o do tecido sobre uma proemin�ncia �ssea, o uso de dispositivo m�dico ou press�o exercida por outros artefatos(2).
Embora o cuidado neonatal tenha se tornado mais detalhado devido ao avan�o tecnol�gico, les�es cut�neas ainda ocorrem devido a efeitos iatrog�nicos. Muitos deles resultam do uso de equipamentos m�dicos como: monitores card�acos, ox�metros de pulso, fototerapia, incubadora dentre outros. O desenvolvimento deste tipo de les�o pode ocorrer em qualquer faixa et�ria, por�m � mais prov�vel nos extremos da idade, independente do estado de sa�de(3).
Al�m de LPP associadas a dispositivos m�dicos, les�es de pele tamb�m podem ser causadas uso de adesivos, que s�o usados para conectar dispositivos e/ou proteger a pele. As les�es associadas com adesivos m�dicos (les�o de pele relacionado a adesivo m�dico-MARSI) pode ser de origem mec�nica por remo��o epid�rmica, bolhas, les�es cut�neas, dermatites, macera��o cut�nea, foliculite, entre outras(4).
Estima-se que mais de 50% das les�es por press�o em crian�as e rec�m-nascido (RN) est�o associadas ao uso ou contato por dispositivos m�dicos no ambiente de cuidado, como: equipamentos, fios, tubos, como m�scaras de press�o positiva em vias a�reas (CPAP), oxig�nio, sondas de satura��o, eletrodos de eletrocardiograma (ECG), eletrodos de eletroencefalograma (EEG), e suas fia��es(5).
A escolha da pesquisa se obteve durante a resid�ncia multiprofissional em pediatria, em que ao vivenciar o cuidado com o RN em unidades neonatais (UN), p�de-se observar esta condi��o cl�nica como um problema real e problema potencial para afetar diretamente o tempo de perman�ncia do RN em UN, sua devido a integridade da pele prejudicada e consequentemente uma dificuldade na recupera��o mais r�pida e eficaz.�
A pesquisa torna-se de grande relev�ncia para a comunidade cient�fica e para a seguran�a dos rec�m-nascidos internados em UN, pois a partir dela ser� poss�vel identificar as principais causas de LPP relacionada a dispositivos m�dicos e as formas de preven��o delas, e consequentemente proteg�-los das causas evit�veis.
Enquanto avan�os recentes em cuidados intensivos aumentam significantemente as taxas de sobrevida de rec�m-nascidos prematuros e crian�as, eles tamb�m os exp�em ao alto risco no ambiente de cuidado, especialmente em unidades de cuidados intensivos neonatal e pedi�tricos(5).
O objetivo do presente artigo foi identificar nas evid�ncias cient�ficas as principais causas, medidas de preven��o e estrat�gias de cuidado aos rec�m-nascidos internados em unidade neonatal com risco de LPP.
Tipo de estudo
Este estudo configurou-se em uma Revis�o Integrativa (RI).
Local do estudo
A busca foi efetuada iniciando-se em 3 de agosto de 2020 a 24 de fevereiro de 2021 na cidade de Fortaleza/Cear�. A pesquisa foi realizada atrav�s das seguintes bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SCielo), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Cochrane Library, Base de Dados em Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ci�ncias da Sa�de (Lilacs), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Business Source Complete (Ebsco). Nas bases de dados, delimitando os artigos cient�ficos, com descritores em l�ngua Inglesa, Portuguesa e Espanhola.
Participantes do estudo
Os artigos foram selecionados criteriosamente nas bases de dados inclu�das no trabalho, respeitando todos os crit�rios de inclus�o e exclus�o. A amostra final contou com 18 artigos, demonstrados no fluxograma abaixo, que foi constru�do conforme os crit�rios do checklist Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses PRISMA Flow Diagram.
Figura 1 - PRISMA Flow Diagram
Fonte: Os autores
Crit�rios de Elegibilidade
Os crit�rios de inclus�o definidos para a sele��o dos artigos: artigos publicados em portugu�s, ingl�s e espanhol; artigos na �ntegra que retratassem a tem�tica referente, responder � quest�o norteadora e artigos publicados e indexados nas bases de dados. Os crit�rios de exclus�o foram: revis�es de literatura, cartas ao editor e editoriais.
Procedimentos de coleta
A coleta de dados foi realizada utilizando o m�todo PRISMA. Para o levantamento dos artigos na literatura, foram utilizadas as bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SCielo), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Cochrane Library, Base de Dados em Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ci�ncias da Sa�de (Lilacs), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Business Source Complete (Ebsco) Foi utilizado como estrat�gia de busca os descritores inseridos nos Descritores em ci�ncias da Sa�de (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH): �rec�m-nascido�; �pele�; �les�o por press�o�. Para o levantamento da amostra, utilizou-se o operador booleano �AND� e os descritores em portugu�s, ingl�s e espanhol. Para a sele��o dos artigos foi utilizada a estrat�gia PICO e elaborado uma pergunta norteadora que guiou a sele��o dos artigos.
A coleta foi realizada em seis passos, com utiliza��o da t�cnica o duplo-cego, a fim de aumentar o rigor metodol�gico da pesquisa. Inicialmente foi utilizada a estrat�gia de busca nas bases de dados e portais, respeitando a ordem descrita nesta metodologia. Foi realizada uma leitura pelo t�tulo e resumo, excluindo os artigos que n�o se adequavam nos crit�rios de elegibilidade.
Posteriormente foi verificada a disponibilidade eletr�nica de tais artigos e se haviam estudos repetidos, excluindo se fosse o caso. Por fim, foi feita leitura na �ntegra dos artigos, cuja amostra foi comparada entre duas pesquisadoras para finalizar o duplo-cego e checar as informa��es, chegando na amostra final.�
O processo foi baseado nos achados na literatura com o prop�sito de utilizar os achados liter�rios para a discuss�o do tema. O processo se iniciou com a avalia��o do t�tulo, e teve seguimento com a leitura dos resumos das publica��es para veri�ficar se contemplar�o a quest�o de pesquisa e se atender�o aos crit�rios de inclus�o estabelecidos. Ap�s a pr�-sele��o, realizou-se a leitura dos estudos na �ntegra, para evitar e/ou minimizar os vieses de sele��o, para isso utilizou-se ainda a busca duplo-cego e um recorte atemporal.
O n�vel de evid�ncia foi avaliado seguindo a proposta de Melnyck e Fineout-Overholt (2010), cuja categoriza��o � delineada em sete n�veis, sendo estes: I � evid�ncias oriundas de revis�o sistem�tica ou metan�lise de ensaios cl�nicos randomizados controlados; II - evid�ncias derivadas de pelo menos um ensaio cl�nico randomizado controlado; III - ensaios cl�nicos bem delineados sem randomiza��o; IV - estudos de coorte e de caso-controle; V - revis�o sistem�tica de estudos descritivos e qualitativos; VI - evid�ncias derivadas de um �nico estudo descritivo ou qualitativo; VII - evid�ncias oriundas de opini�o de autoridades e/ou relat�rio de comit�s de especialistas(6).
Aspectos �ticos
Respeitou-se os direitos autorais e o sigilo dos autores dos artigos.
Os resultados foram organizados inicialmente em uma categoriza��o geral dos artigos da amostra. Na tabela abaixo, encontraremos os artigos selecionados criteriosamente nas bases de dados.
Quadro 1 - Caracteriza��o da amostra quanto a refer�ncia, �rea de forma��o, pa�s, n�vel de evid�ncia, objetivo e desfechos. Fortaleza-CE, 2021.
C�digo |
Refer�ncia |
Forma��o������� dos autores |
Pa�s |
N�vel de Evid�ncia |
Objetivos |
Desfechos |
A1 |
Ottinger D, Hicks J, Wilson S, Sperber K, Power K. The Pressure Is On! neonatal skin and nasal continuous positive airway pressure. Advances In Neonatal Care [Internet], 2016 [acesso em 3 ago 2020];16 (6):420-423. Dispon�vel em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27750265/. (7) |
Enfermeiros |
EUA |
I |
Descrever um caso extremo de ruptura nasal associada a press�o cont�nua nas vias a�reas pelo nCPAP. |
Utiliza��o do gorro adequado para segurar o dispositivo nCPAP � t�o importante quanto o tamanho e o tipo pr�prio de pronga de nCPAP. Utiliza��o de adesivos de barreira ou produtos, e avalia��o da pele a cada 1 a 4 horas ajudam a reduzir les�es. |
A2 |
Garcia Molina P, L�pez EB, Verdu J, Nolasco A; Fern�ndez FPG. Cross-cultural adaptation, reliability and validity of the Spanish version of the Neonatal Skin Risk Assessment Scale. J Nurs Manag [Internet], 2018 [acesso em 3 ago 2020]; 26 (6):1-13. Dispon�vel em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29656490/. (8) |
Enfermeiros |
Espanha |
IV |
Adaptar a Escala de Avalia��o de Risco de Pele Neonatal ao contexto espanhol para testar sua validade e confiabilidade. |
A escala mostrou evid�ncias de validade e confiabilidade para medir o risco neonatal de �lcera por press�o no contexto espanhol. |
A3 |
Newman KM, McGrath JM, Salyer J, Estes T, Jallo N, Bass WT. A Comparative Effectiveness Study of Continuous Positive Airway Pressure Related Skin Breakdown when using Different Nasal Interfaces in the Extremely Low Birth Weight Neonate. Applied Nursing Research [Internet], 2014 [acesso em 15 out 2020]; 28 (1):36-41. Dispon�vel em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25017108/. (9) |
Enfermeiros |
EUA |
I |
Comparar a efic�cia da decomposi��o da pele relacionada � press�o positiva cont�nua das vias a�reas ao usar diferentes interfaces nasais no rec�m-nascido de extremo baixo peso |
V�rios fatores cl�nicos foram associados a les�o nasal e colapso durante o uso do CPAP nasal, tais como: dura��o da terapia, idade e tamanho do beb�, umidade e temperatura do ambiente. |
A4 |
Schumacher B, Askew M, Otten K. Development of a Pressure Ulcer Trigger Tool for the Neonatal Population. J Wound Ostomy Continence Nurse. Sanford [Internet], 2013 [acesso em 10 mar 2020];40 (1)46-50. Dispon�vel em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22948496/.(10) |
Enfermeiros
|
M�xico |
V |
Desenvolver um gatilho de �lcera por press�o como ferramenta para a popula��o neonatal |
Perguntas concebidas como gatilhos cl�nicos podem ser usadas para identificar pacientes em risco. As perguntas servem como ferramenta de triagem inicial eficiente quando combinados com avalia��o adicional e gerenciamento cl�nico de feridas. |
A5 |
Martins COA, Curado MA dos. Escala de Observa��o do Risco de Les�o da Pele em Neonatos: valida��o estat�stica com rec�m-nascidos. Rev Enferm [Internet]. 2017 [acesso em 3 ago 2020]; 13 (4): 43-52. Dispon�vel em: https://rr.esenfc.pt/rr/index.php?module=rr&target=publicationDetails&pesquisa=&id_artigo=2669&id_revista=24&id_edicao=111. (1) |
Enfermeiros |
Portugal |
VII
|
Realizar adapta��o cultural e lingu�stica da avalia��o das qualidades psicom�tricas da Neonatal Skin Risk Assessment Scale (NSRAS). |
Revelou-se adequada estrutura fatorial na avalia��o do risco de les�es por press�o nos rec�m-nascidos pr�-termo e, consequentemente, um bom instrumento para investiga��o. |
A6 |
Sari C� Altay N. The Validity and Reliability of the Turkish Version of the Neonatal Skin Risk Assessment Scale. Wound Care [Internet]; 2015 [acesso em 20 set 2020]; 30 (3):131-136. Dispon�vel em:https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28198744/.(11) |
Enfermeiros |
Turquia |
IV |
Traduzir uma escala Turca de avalia��o de risco de pele neonatal (NSRAS). |
Com base no estudo, o NSRAS � um instrumento v�lido e confi�vel de avalia��o para o uso em UTIs neonatais. |
A7 |
Faria MFD, Ferreira MBG, F�lix MMDS, Clegari IB, Barbosa MH. Factors associated with skin and mucosal lesions caused by medical devices in newborns: Observational study. Jounal Of Clinical Nursing [Internet]. 2019 [acesso em 14 out 2020];28:3807-3816. Dispon�vel em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31323697/. (4) |
Multiprofissional |
Brasil |
III |
Identificar a ocorr�ncia de les�es cut�neas e mucosas e fatores relacionadas ao uso de dispositivos m�dicos em rec�m-nascidos internados em unidade de terapia intensiva neonatal. |
A maioria dos participantes. 62 (72,9%), apresentava les�es cut�neas ou mucosas associadas com dispositivos m�dicos. O n�mero de dispositivos m�dicos usados e a idade dos rec�m-nascidos foram preditores para essa ocorr�ncia.
|
A8 |
Roche-Kubler B, Puzenat E, Mariet A-S, Thiriez G, Aubin F, Humbert P. L�sions cutan�es iatrog�nes : �tude prospective chez les pr�matur�s de moins de 33 semaines de l�h�pital universitaire de Besanc�on. Elsevier [Internet]; 2014 [acesso em 11 ago 2020]:1-7.(12) |
M�dicos |
Fran�a |
IV
|
Avaliar a taxa de eventos cut�neos iatrog�nicos em beb�s prematuros com menos de 33 semanas hospitalizados no departamento de CHRU (hospital universit�rio regional) de Besan�on, e identificar os fatores associados a esses eventos. |
A frequ�ncia de eventos cut�neos iatrog�nicos � alta beb�s muito prematuros. Os fatores associados s�o : frequ�ncia de mudan�a dos eletrodos, sensores de satura��o, curativos de nariz, monitoramento de cateteres e medidas de postura��o. |
A9 |
Boyar V. Pressure Injuries of the Nose and Columella in Preterm Neonates Receiving Noninvasive Ventilation via a Specialized Nasal Cannula: a retrospective comparison cohort study. J Wound Ostomy Continence Nurse [Internet]; 2020 [acesso em 12 nov 2020]; 47 (2):� 111-116. Dispon�vel em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32084101/. (13) |
M�dico |
EUA |
IV |
Os objetivos foram medir a incid�ncia e gravidade da les�o do septo nasal em beb�s prematuros que receberam press�o positiva cont�nua nas vias a�reas (CPAP) por meio de uma c�nula de parede fina n�o invasiva e avaliar o efeito de um curativo de barreira de espuma de cloreto de polivinila na redu��o dessas les�es. |
Embora a c�nula de parede fina provou ser mais leve e f�cil de usar do que outros designs, descobrimos que resultou em uma preval�ncia relativamente alta de les�o e necrose da columela nasal quando usado sem curativos de espuma aplicados � c�nula. O uso do curativo de espuma de polivinila evitou les�o e necrose de columela nasal sem comprometer o efeito pretendido da terapia. |
A10 |
Widiati E, Nurhaeni N, Gayatri D. Medical-Device Related Pressure Injuries to Children in the Intensive Care Unit. Comprehensive Child And Adolescent Nursing [Internet]; 2017 [acesso em 12 jan 2021];40 (1): 69-77. Dispon�vel em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29166186/. (14) |
Enfermeiros |
Indon�sia |
II |
Avaliar a incid�ncia e causas da les�o por press�o na pele de rec�m-nascidos. |
Observado que embora os rec�m-nascidos tivessem baixo ou nenhum risco de ser acometidos por les�o por press�o, houve ocorr�ncia de les�o em detrimento do uso do dispositivo m�dico. Alguns fatores como: idade do rec�m-nascido, idade gestacional, n�vel de albumina s�rica, hemoglobina e n�vel nutricional, influenciam na incid�ncia dessas les�es. |
A11 |
Schl�er AB. Pressure ulcers in maturing skin � A clinical perspective. Journal of Tissue Viability [Internet]; 2017 [acesso em 14 set 2020];26 (1): 2-5. Dispon�vel em:https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27742148/.(15) |
Enfermeiros |
Su��a |
VI |
Avaliar as causas e ocorr�ncias de Les�o por press�o em rec�m-nascidos e propor medidas de preven��o. |
Os riscos de les�o por press�o em rec�m-nascidos pr�-termo, a termo e p�s termo, s�o avaliados, tendo em vista as caracter�sticas individuais. S�o sugeridas alguns m�todos e materiais que auxiliam na redu��o de les�es por press�o causada por dispositivos m�dicos em rec�m-nascidos. |
A12 |
Curley MAQ, Razmus IS, Roberts KE, Wypij D. Predicting pressure ulcer risk in pediatric patients. Nursing Resarch [Internet]; 2003 [acesso em 12 nov 2020];52 (1):22-32. Dispon�vel em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12552172/. (16) |
Enfermeiros |
EUA |
IV |
Aplicar a escala de Braden aos pacientes pedi�tricos com doen�a aguda. |
O estudo retrata um novo formato para utilizar a escala de Braden. Ela foi dividida em 3 subescalas, fornecendo uma ferramenta mais curta, entretanto compat�vel com a realidade pedi�trica. |
Scheans P. Neonatal Pressure Ulcer Prevention. Neonatal Network [Internet]; 2015 [acesso em 10 jan 2021];34(2):126-132. Dispon�vel em:https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26803094/.(17) |
Enfermeiros |
EUA |
IV |
Revisar a etiologia e fisiologia do desenvolvimento de �lcera por press�o, identificar fatores associados a dispositivos m�dicos relacionados �lceras de press�o adquiridas em hospitais na popula��o neonatal. |
A pele neonatal � morfologicamente e funcionalmente diferente da pele adulta, tem camadas mais finas e c�lulas menores, estrato c�rneo velopado, diminui��o da deposi��o de col�geno. A pele neonatal e em particular pr�-termo tem propens�o ao rompimento de pele, e quando em contato com dispositivos como (adesivos, sondas, ox�metros etc.) este risco aumenta drasticamente. |
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A14 |
Miettzsch U, Cooper KL, Harris ML. Successful Reduction in Electrode-Related Pressure Ulcers During EEG Monitoring in Critically Ill Neonates. Advances In Neonatal Care [Internet]; 2019 [acesso em 11 jan 2021];19 (4):262-274. Dispon�vel em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31335377/ (18)
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M�dicos |
EUA |
VI |
Reduzir a incid�ncia de �lceras por Press�o entre pacientes monitorados em unidade de terapia intensiva neonatal com cEEG em 50% em 12 meses e 75% dentro de 18 meses ap�s a implementa��o do neuro monitoramento. Assim como, eliminar infec��es relacionadas a UP em todos pacientes monitorados com cEEG a 0 em 12 meses. |
Documenta��o padronizada e eletrodo integridade durante o monitoramento de EEG prolongado em neonatos facilita a identifica��o precoce de les�o cut�nea relacionada ao eletrodo e evita infec��es. Al�m disso, uma an�lise completa permite a identifica��o de fatores de riscos incomuns, como queimaduras relacionadas aos eletrodos revestidos de prata/cloreto de prata e evita danos n�o intencionais. |
A15 |
Cummins KA, Watters R, Leming-Lee TS. Reducing Pressure Injuries in the Pediatric Intensive Care Unit. Nursing Clinics of North America [Internet]; 2019 [acesso em 12 fev 2021];54 (1):127-140. Dispon�vel em: http://dx.doi.org/10.1016/j.cnur.2018.10.005. (19)
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Enfermeiros |
EUA |
VI |
Oferecer uma sess�o de educa��o sobre os fatores de risco para les�es por press�o pedi�tricas e estrat�gias de preven��o baseadas em evid�ncias para enfermeiros de unidade de terapia intensiva pedi�trica (UTIP). |
Capacita��o dos profissionais quanto a preven��o das les�es, faz�-los compreender que as les�es podem ser evitadas com medidas como: mudan�a de dec�bito a cada 2 horas. A implementa��o de um gatilho eletr�nico no prontu�rio. � |
A16 |
Curley MAQ, Quigley SM.; Lin M. Pressure ulcers in pediatric intensive care: incidence and associated factors. Pediatric Critical Care Medicine [Internet]; 2003 [acesso em 4 set 2020]; 4 (3):284-290. Dispon�vel em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12831408/. (20)
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Enfermeiros |
EUA |
IV |
Descrever a incid�ncia, localiza��o, e os fatores associados que contribuem para o aparecimento de �lceras por press�o em pacientes internados na unidade de terapia intensiva pedi�trica (UTIP). |
�lceras de press�o por imobilidade/ e ou por dispositivos m�dicos podem acontecer dentro de 24h ap�s a admiss�o na UTIP. Comparado com adultos, �lceras de press�o se desenvolvem em diferentes localiza��es gerais no paciente da UTIP. |
A17 |
Visscher M, Taylor T. Pressure Ulcers in the Hospitalized Neonate: rates and risk factors. Scientific Reports, [Internet];2014 [acesso em 2 out 2020];4 (1):1-6, 11. Dispon�vel em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25502955/. (21) |
M�dicos |
EUA |
IV |
Determinar a incid�ncia e gravidade das �lceras por press�o relacionados a idade gestacional em pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva neonatal. |
Aborda os n�veis de les�o e as particularidades de cada est�gio, assim como a rela��o dos dispositivos que t�m a maior incid�ncia e a gravidade das les�es em rec�m-nascidos. Associados a esses fatores, trata as causas que est�o relacionadas com a necessidade do uso do dispositivo, falado sobre a influ�ncia da idade gestacional e o uso dos dispositivos. |
A18 |
Miske LJ, Stetzer S, Garcia M, Stellar JJ. Airways and Injuries. Critical Care Nursing Clinics of North America, [Internet]; 2017 [acesso em 10 ago 2020]; 29 (2):187-204. Dispon�vel em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28460700/. (22) |
Enfermeiros |
EUA |
IV |
Abordar a import�ncia da preven��o de les�o por press�o nos cuidados em sa�de e avaliar as causas dessas les�es por dispositivos m�dicos |
Relata a import�ncia da observa��o, atrav�s dos profissionais de enfermagem, a respeito das les�es por dispositivos m�dicos nos est�gios iniciais, avaliem suas causas e fa�am uso das formas de preven��o para auxiliar o tratamento da crian�a. |
A amostra evidenciou que o in�cio das publica��es com essa tem�tica se deu no ano de 2003 com duas evid�ncias cient�ficas; esse per�odo houve uma pausa no n�mero publica��es s� retomando no ano de 2013 totalizando at� 2016 sete evid�ncias, com destaque para o ano de 2017 como o ano com maior n�mero de produ��es cient�fica contabilizando quatro estudos envolvendo les�es em rec�m-nascidos.
As evid�ncias mais atualizadas, at� o �ltimo dia da coleta de dados, foram encontradas nos anos de 2018 (n=1), 2019 (n=2), por �ltimo, o ano de 2020 em que foi identificado apenas um artigo. Quanto a �rea de forma��o dos autores 72,2% (n=13) dos acervos envolveram atua��o de Enfermeiros, seguido por apenas quatro estudos realizados por profissionais m�dicos apenas um da �rea multiprofissional. A respeito do n�vel de evid�ncia dos artigos constatou-se que a maioria foi considerado n�vel de evid�ncia IV 55,5% (n=10), oriundas de estudos de coorte e de caso controle.
Quanto ao local de realiza��o do 55,5% (n=10) identificaram os EUA constituindo a maioria das publica��es. Os outros pa�ses como: Espanha, M�xico, Indon�sia, Portugal, Turquia, Fran�a Su��a e Brasil tiveram 5,5% das publica��es (n=1) cada.��
No que concerne �s principais causas de les�es de pele e mucosa nos rec�m-nascidos e crian�as, destaca-se o uso de dispositivos m�dicos referido pela maioria dos artigos (n=10), dentre os dispositivos mais citados teve-se: o CPAP nasal, eletrodos, sensores, adesivos, sondas e ox�metros de pulso, conforme referidos nos estudos A1, A3, A8, A13. Como segunda causa mais referida teve-se as caracter�sticas individuais do RN (A3 e A11), destacando-se: a idade, o tamanho do RN ou crian�a, a dura��o da terapia utilizada, a umidade e temperatura do ambiente, como salienta os artigos A3 e A7, conforme apresentado no quadro 2.
Quadro 2- Principais causas das les�es de pele e mucosa nos rec�m-nascidos - Fortaleza, CE, 2021.
Causas das les�es |
Artigos |
Dispositivos m�dicos |
A1, A3, A7, A8, A9, A10, A13, A14, A16, A17 |
Caracter�sticas individuais dos rec�m-nascidos |
A3, A11 |
Falta de capacita��o profissional |
A15 |
Altera��o na mobilidade |
A16 |
N�o observa��o profissional |
A18 |
Fatores ambientais (umidade, temperatura do ambiente) |
A3 |
Fonte: Os autores
Medidas preventivas e estrat�gias de cuidado junto ao RN e crian�as com risco de les�es de pele � preciso destacar: a utiliza��o de instrumentos de sa�de como tecnologias v�lidas e confi�veis para a avalia��o da pele do RN e da crian�a, destacados nos estudos, A2, A4, A6 e A14. Outras medidas preventivas de destaque podem-se referir: a vigil�ncia rigorosa dos profissionais (A18 e A14). Dentre os cuidados com a pele utilizou-se: curativos de barreira, espuma de polivinila e adesivos de barreira (A1, A9).
Quadro 3- Medidas preventivas e estrat�gias de cuidado junto ao RN e crian�as com risco de les�es de pele. Fortaleza, CE, 2021.
Medidas preventivas e estrat�gias de cuidado |
Artigos |
Instrumentos de avalia��o da pele |
A2, A4, A6, A14 |
Vigil�ncia rigorosa dos profissionais |
A18, A14 |
Avalia��o da pele a cada 1 a 4 horas |
A1 |
Preven��o e acompanhamento ap�s interna��o |
A16 |
Capacita��o profissional |
A15 |
Curativos de barreiras |
A1, A9 |
Gorro adequado para CPAP |
A1 |
Fonte: Os autores
As principais estrat�gias de cuidado, demonstram que os Enfermeiros t�m conhecimento acerca dos cuidados necess�rios e imprescind�veis a evitar os diversos tipos de les�es que podem acometer os RN durante sua interna��o nas UN.
Uma estrat�gia importante que foi abordada em diversos estudos foi evitar o uso de adesivos na pele do RN. As les�es de pele relacionadas a adesivos m�dicos (medical adhesive related skin injury � MARSI) ocorrem quando a liga��o entre o adesivo e a pele � maior do que a coes�o entre as camadas da pele e incluem les�o mec�nica, les�o por tens�o ou forma��o de bolhas e rasg�es da pele. Na popula��o neonatal, o mecanismo mais frequente observado de MARSI � a decapagem epid�rmica(23,24).
Outro grande causador de les�es nos RN segundo as evid�ncias analisadas � o continuous positive airway pressure (CPAP), sistema para ventila��o n�o invasiva que fornece press�o cont�nua de ar nas vias a�reas superiores. O dispositivo consiste no uso de traqueias e de pronga ou m�scara nasal adaptada ao nariz da crian�a. As traqueias s�o fixadas na cabe�a do RN, na regi�o temporal bilateralmente ou na regi�o frontal, dependendo do fabricante.
Os estudos d�o �nfase ao uso de instrumentos para avalia��o do risco de les�o por press�o em rec�m-nascidos, acredita-se que avaliar para prevenir � um dos caminhos que funcionam para evitar o desfecho das les�es nos rec�m-nascidos hospitalizados. Com o intuito de prestar uma assist�ncia adequada com o m�nimo de efeitos adversos poss�veis, � necess�rio a avalia��o semiol�gica constante, a cada 6 a 24 horas, a depender do caso, para minimizar os riscos de les�es de pele e outros, que venham prejudicar a recupera��o ou qualidade de vida do paciente(26).
Os fatores de risco para o desenvolvimento de les�es de pele em RN est�o associados a procedimentos realizados no ambiente hospitalar que levam a riscos de forma��o de les�es cut�neas e mucosas e suas especificidades. Segundo a North American Nursing Diagnosis Association 2015, s�o fatores de risco para o aparecimento de les�es de pele: radia��o, imobiliza��o f�sica, utiliza��o de adesivos que arrancam pelos, press�o, conten��o, distermias, umidade, subst�ncias qu�micas, excre��es, secre��es, medica��es e extremos de idade(27).
Os dispositivos m�dicos s�o utilizados com frequ�ncia nos hospitais, e principalmente nas unidades de terapia intensiva (UTI), onde os pacientes precisam de um atendimento multiprofissional mais complexo e qualificado. A presta��o dos cuidados na UTI depende de recursos tecnol�gicos de diferentes dispositivos, que ser�o manipulados pela equipe de sa�de28.
As consequ�ncias negativas do uso inadequado dos dispositivos m�dicos devem ser conhecidas pelos profissionais, com o objetivo de preveni-las e garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente, evitando um quadro indesejado. � importante ressaltar que na neonatologia um recurso tecnol�gico deve ser usado de forma mais criteriosa, sendo necess�rio considerar as vantagens e desvantagens do seu uso(29).
Os rec�m-nascidos, a depender do peso e idade gestacional, passam um per�odo prolongado na UTI neonatal. Esses fatores est�o diretamente associados � necessidade ou n�o do uso de dispositivos m�dicos para auxiliar na recupera��o. Estudo realizados no ano de 2017, mostra a propor��o entre tempo de internamento e aparecimento de les�es associadas a esses dispositivos30.
Durante a interna��o hospitalar, o paciente tem vivencias invasivas e dolorosas com restri��es hospitalares que influenciam nas etapas do seu desenvolvimento. A LPP constitui um agravo � sa�de que prolonga a hospitaliza��o, � um evento adverso � institucionaliza��o, e o sofrimento causado por ela mant�m uma alta incid�ncia de complica��es, como infec��es e traumas, mesmo com o avan�o tecnol�gico(31).
Entretanto a pele do RN � fr�gil, sens�vel e apresenta barreira epid�rmica de�ficiente, particularidades que, unindo-as � necessidade de manuseio, realiza��o de diversos procedimentos, administra��o de medicamentos e dispositivos para manuten��o da vida, exp�e o neonato ao risco de les�es e infec��es(32).
Para o enfermeiro o desempenho da enfermagem na UTIN existe diversas atividades, nas quais se destacam: procedimentos invasivos especializados, cuidado voltado para o conforto, preserva��o do conforto do RN, articula��o dos processos de cuidado humanos e tecnol�gicos, entre outros. Tais cuidados ir�o resultar na recupera��o, desenvolvimento e proporcionar a adapta��o do RN ao ambiente extrauterino(33).
O planejamento da assist�ncia de enfermagem e a implementa��o de a��es que visem � avalia��o e cuidados com a pele s�o essenciais para a qualidade da assist�ncia e para o sucesso do tratamento em neonatologia(34).
CONSIDERA��ES FINAIS
A principal medida de preven��o evidenciada foi a utiliza��o de instrumentos te�ricos, como forma de avalia��o do risco de desenvolvimento de LPP. As principais estrat�gias de cuidado encontradas foram a utiliza��o de curativo de barreira e a vigil�ncia rigorosa dos profissionais para com os RN.
O estudo trouxe diversas implica��es para a pr�tica cl�nica, como conseguinte, identificar as causas das les�es, prevenir e realizar as estrat�gias de cuidado nos RN internados. Reduz-se o risco de infec��o, diminui o tempo de perman�ncia nas unidades e n�o prejudicar� tanto o v�nculo do RN com a fam�lia.
Como lacuna identificada na elabora��o do artigo foi n�o conseguir encontrar nas evid�ncias cient�ficas os principais tipos de les�es que acarretam os RN durante sua interna��o em unidades neonatais, por mais que se tenha realizado uma busca avan�ada, as evid�ncias n�o identificam.
� necess�rio a realiza��o de novos estudos acerca da tem�tica, principalmente, estudos realizados no campo assistencial e/ou estudo mais aprofundados do tipo documental e at� de interven��es, a fim de propor medidas mais eficazes de preven��o e cuidado com as LPP em RN e crian�as.�
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Contribui��o dos Autores:
Carolane Pinto Machado
Fernanda Jorge Magalh�es
� concep��o e/ou desenho do estudo;
� an�lise e interpreta��o dos dados;
� reda��o e revis�o cr�tica do manuscrito;
aprova��o da vers�o final a ser publicada.
Martha Sthefanie Borba Costa
� coleta, an�lise e interpreta��o dos dados;
aprova��o da vers�o final a ser publicada.
Giselle Pereira Rovere,
Eloah de Paula Pessoa Gurgel,
Carmina Guimar�es Veloso
� revis�o cr�tica do manuscrito;
� aprova��o da vers�o final a ser publicada.
Submiss�o: 2022-06-12
Aprovado: 2022-06-21