IMPACTO DA PANDEMIA NA SA�DE MENTAL DOS DISCENTES DE ENFERMAGEM NO CONTEXTO DA COVID-19
IMPACT OF THE PANDEMIC ON THE MENTAL HEALTH OF NURSING STUDENTS IN THE CONTEXT OF COVID-19
IMPACTO DE LA PANDEMIA EN LA SALUD MENTAL DE LOS ESTUDIANTES DE ENFERMER�A EN EL CONTEXTO DEL COVID-19
1Daianny Paes Landim Mac�do
2Dayla Damires Nogueira Santos Silva
3Juliana Mac�do Magalh�es
4Pedro Venicius de Sousa Batista
5Fernanda Cl�udia Miranda Amorim
6Cl�udia Maria Sousa de Carvalho
7Bruno Mac�do Gon�alves
1 Centro Universit�rio UNINOVAFAPI, Teresina, Piau�. ORCID: https://orcid.org/0000-00030-4885-505
2 Centro Universit�rio UNINOVAFAPI, Teresina, Piau�. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5530-4931
3 Centro Universit�rio UNINOVAFAPI, Teresina, Piau�. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9547-9752
4 Centro Universit�rio UNINOVAFAPI, Teresina, Piau�. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9441-0996
5 Centro Universit�rio UNINOVAFAPI, Teresina, Piau�. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1648-5298
6 Centro Universit�rio UNINOVAFAPI, Teresina, Piau�. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8901-3390
7 Centro Universit�rio UNINOVAFAPI, Teresina, Piau�. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5719-7455
Autor correspondente
Daianny Paes Landim Mac�do
Rua Vitorino Orthiges Fernandes, 6123, Uruguai, Teresina-PI. Brasil. CEP: 64073-505.
Telefone: +55(86) 99818-2160
E-mail: daiannypaes20@gmail.com
RESUMO
Objetivo: Investigar os impactos da pandemia da COVID-19 na sa�de mental dos discentes de enfermagem e avaliar a rela��o entre o evento e os indicadores para transtorno de estresse p�s-traum�tico (TEPT). M�todo: estudo explorat�rio, anal�tico, transversal, com abordagem quantitativa. A amostra estudada foi constitu�da por 164 estudantes de uma institui��o de ensino superior privada, matriculado no curso de Enfermagem, convidado por meio eletr�nico, que responderam ao question�rio on-line sobre dados sociodemogr�ficos, percep��o de risco pela pandemia COVID-19 e sintomas de estresse p�s-traum�tico avaliados pela Impact of Event Scale (IES-R) em sua vers�o brasileira validada. Resultados: A maioria dos participantes eram da faixa et�ria de 18 a 23 anos (70,8%), do sexo feminino (91,5%), sem filhos (86%), residem com 2 a 4 pessoa (75%).� 51,2% apresentam indica��o alta para TEPT, 14,0% apresentam preocupa��o cl�nica para TEPT. Houve associa��o do escore da IES-R com a idade, quantidade de filhos e quantidade de pessoas com quem reside. Conclus�o: O evento da pandemia da Covid-19 provocou um impacto na sa�de mental dos discentes de Enfermagem, com uma elevada classifica��o de participantes com indica��o alta para TEPT. Esses dados s�o importantes para futuras interven��es psicol�gicas e pedag�gicas entre estudantes.
Palavras-chave: Enfermagem; Estudantes; Sa�de Mental; Covid-19; Transtornos de Estresse P�s-Traum�ticos; Pandemias.
ABSTRACT
Objective: To investigate the impacts of the COVID-19 pandemic on the mental health of nursing students and to assess the relationship between the event and the indicators for post-traumatic stress disorder (PTSD). Method: exploratory, analytical, cross-sectional study with a quantitative approach. The sample studied consisted of 164 students from a private higher education institution, enrolled in the Nursing course, invited by electronic means, who answered the online questionnaire on sociodemographic data, risk perception by the COVID-19 pandemic and symptoms of stress. trauma assessed by the Impact of Event Scale (IES-R) in its validated Brazilian version. Results: Most participants were aged between 18 and 23 years (70.8%), female (91.5%), without children (86%), living with 2 to 4 people (75%). 51.2% have a high indication for PTSD, 14.0% have clinical concern for PTSD. There was an association of the IES-R score with age, number of children and number of people with whom they live. Conclusion: The Covid-19 pandemic event had an impact on the mental health of Nursing students, with a high rating of participants with a high indication for PTSD. These data are important for future psychological and pedagogical interventions among students.
Keywords: Nursing, Students; Mental Health; Covid-19; Stress Disorders; Post-Traumatic; Pandemics.
RESUMEN
Objetivo: Investigar los impactos de la pandemia de COVID-19 en la salud mental de estudiantes de enfermer�a y evaluar la relaci�n entre el evento y los indicadores de trastorno de estr�s postraum�tico (TEPT). M�todo: estudio exploratorio, anal�tico, transversal con enfoque cuantitativo. La muestra estudiada estuvo conformada por 164 estudiantes de una instituci�n de educaci�n superior privada, matriculados en la carrera de Enfermer�a, invitados por medios electr�nicos, quienes respondieron el cuestionario en l�nea sobre datos sociodemogr�ficos, percepci�n de riesgo por la pandemia del COVID-19 y s�ntomas de estr�s y trauma evaluados por la Escala de Impacto de Evento (IES-R) en su versi�n brasile�a validada. Resultados: La mayor�a de los participantes ten�an entre 18 y 23 a�os (70,8%), sexo femenino (91,5%), sin hijos (86%), viviendo con 2 a 4 personas (75%). El 51,2% tiene una alta indicaci�n de TEPT, el 14,0% tiene preocupaci�n cl�nica por TEPT. Hubo asociaci�n del puntaje IES-R con la edad, n�mero de hijos y n�mero de personas con las que conviven. Conclusi�n: El evento pand�mico de la Covid-19 tuvo impacto en la salud mental de los estudiantes de Enfermer�a, con alta calificaci�n de participantes con alta indicaci�n para TEPT. Estos datos son importantes para futuras intervenciones psicol�gicas y pedag�gicas entre los estudiantes.
Palabras clave: Enfermer�a; Estudiantes; Salud Mental; Covid-19; Trastornos de Estr�s Postraum�tico; Pandemias.
INTRODU��O
A Universidade � um espa�o onde os discentes trocam conhecimentos e experi�ncias cont�nuas, que viabilizam o amadurecimento do indiv�duo no coletivo. O ingresso no ensino superior � marcado por um momento de grande realiza��o pessoal, uma vez que promove a amplia��o do rol de habilidades profissionais e pessoais. Ao entrar na gradua��o, o estudante passa a enfrentar grandes mudan�as, como uma metodologia de ensino diferente da usada no colegial, no qual precisa adquirir uma grande quantidade de informa��es, podendo estar associando ainda � algumas situa��es em que o aluno reside sozinho longe de sua base familiar e precisa conciliar a rotina acad�mica com suas atividades, lazer e relacionamentos sociais (1).
Todavia, com todas essas mudan�as, o per�odo na gradua��o pode ser marcado por elevados n�veis de estresse, relacionados �s transi��es de novas demandas na vida do indiv�duo, que condicionados � rotina acad�mica, expectativas familiares, autocobran�a, dificuldade de adapta��o e inseguran�as profissionais podem consolidar-se como fatores de risco para transtornos mentais (2).
Deste modo, a experi�ncia acad�mica pode constituir-se como um desafio, visto que al�m de aspectos de car�ter intr�nsecos ao indiv�duo, a universidade deve ser vista n�o somente como um ambiente educacional, mas tamb�m provedora de sa�de e bem-estar. Sendo assim, as universidades devem prover viv�ncias acad�micas integrais, que propiciem um desenvolvimento social, afetivo e pessoal, al�m do intelectual e profissional. Uma vez que o apoio de seus pares e docentes s�o fatores de prote��o para a sua sa�de mental, j� que promovem compet�ncias para lidar com as situa��es dificultosas dentro do ambiente universit�rio, auxiliando na aprendizagem, no rendimento e desenvolvimento psicossocial dos discentes (3).
No entanto, a pandemia causada pelo coronav�rus afetou diretamente a educa��o e os discentes, em virtude das medidas de restri��o e isolamento social adotadas por conta das atuais condi��es de quarentena, as universidades foram fechadas e as atividades presenciais suspensas, gerando muitas preocupa��es individuais e coletivas nos discentes (4).
Vale ressalta que o coronav�rus (SARS-CoV-2), um v�rus respirat�rio, foi identificado na cidade de Wuhan (China) no final de 2019 e devido a sua capacidade de transmiss�o foi reconhecido pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) no in�cio de 2020 como uma pandemia. Os impactos dessa pandemia culminaram em implica��es sociais e econ�micas, que repercutiram na esfera da sa�de mental da popula��o. Deste modo, as medidas de conten��o, a imposi��o do distanciamento f�sico e a priva��o social desencadearam um impacto direto na vida da popula��o em geral, uma vez que a intera��o humana � indispens�vel para a manuten��o do bem-estar (5).
Com o atual cen�rio de pandemia, os estudantes enfrentam muitas inseguran�as, visto que o isolamento ocasionou um rompimento nas suas rela��es interpessoais e rotinas acad�micas de formas imprevis�veis, levando ao afastamento social e a pausa nas atividades presenciais, causando um impacto negativo na sua sa�de mental. Dessa forma, os impactos do distanciamento social, podem ser percebidos mais intensamente nesses indiv�duos, uma vez que a quebra das rela��es sociais e afastamento f�sico de seus pares, interfere em seu desenvolvimento profissional e pessoal, pois normalmente os acad�micos passam mais tempo com seus colegas e professores, do que mesmo com a pr�pria fam�lia (6).
Deste modo, essa pesquisa teve como objetivo investigar os impactos da pandemia Covid-19 na sa�de mental dos discentes de enfermagem e avaliar a rela��o entre o evento e os indicadores para transtorno de estresse p�s-traum�tico (TEPT).
M�TODOS
Trata-se de um estudo explorat�rio, anal�tico, transversal, com abordagem quantitativa. Foi seguido o roteiro STROBE (Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology) para estudos observacionais, recomendado pela rede EQUATOR.
A Coleta foi realizada numa institui��o de ensino superior privada, na cidade de Teresina-PI, Brasil, no Centro Universit�rio UNINOVAFAPI.
Em virtude das limita��es de acesso presencial aos potenciais participantes e �s institui��es, no segundo semestre de 2021, a amostra foi composta por estudantes de uma institui��o de ensino superior privada, matriculados no curso de Enfermagem, ingressos at� o ano de 2020. Responderam ao convite 164 estudantes, selecionados aleatoriamente entre os 285 matriculados no curso.
Para o c�lculo do tamanho da amostra foi usada a f�rmula:
n = (z2∙0,25∙N) /(E2(N-1) +z2∙0,25) = (1,962∙0,25∙285) /(0,052∙284+1,962∙0,25) = 164, na qual z � o valor cr�tico, E a margem de erro e N o tamanho da popula��o, considerando o grau de confian�a de 95% (z=1,96), margem de erro E = 5% e N = 285.
Os crit�rios de inclus�o foram estudantes de Enfermagem matriculados na institui��o durante o per�odo da coleta, ingressados at� o ano de 2020. Os crit�rios de exclus�o utilizados foram estudantes menores de 18 anos e formul�rios preenchidos incompletos.
Os dados foram coletados no per�odo de agosto a setembro de 2021 por meio da aplica��o de um question�rio virtual, com a utiliza��o de formul�rios do Google, disponibilizado em redes sociais atrav�s de um link com convite para a participa��o na pesquisa, contendo: a) Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE); b) informa��es de car�ter sociodemogr�ficas (idade, ra�a, estado civil, sexo, quantidade de filhos, renda, ocupa��o, situa��o de moradia, com quem reside, com quantas pessoas reside, cidade em que mora com rela��o a universidade); c) Escala de Impacto do Evento- Revisado (IES-R), que cont�m 22 itens distribu�dos em 3 escalas (evita��o, intrus�o e hiperestimula��o) que contemplam os crit�rios de avalia��o de transtorno do estresse p�s-traum�tico. A IES-R � autoaplic�vel, e o padr�o de resposta consiste em escala do tipo Likert com quatro n�veis de intensidade: 0 = de forma alguma; 1= um pouco; 2= moderadamente; 3= bastante; 4= extremamente. O c�lculo do escore de cada subescala � obtido por meio da m�dia dos itens que comp�em as subescalas evita��o, intrus�o e hiperstimula��o, desconsiderando as quest�es n�o respondidas. O escore total � a soma dos escores das subescalas.
Foram coletados 165 question�rios ao total, no qual, 1 foi exclu�do pelas pesquisadoras, mediante o par�metro de exclus�o: formul�rio preenchido incompleto. Para o controle de respostas, os question�rios respondidos ficavam dispon�veis de forma simult�nea � coleta, podendo ser visualizados antes de que toda a amostra fosse conclu�da, dessa forma, o question�rio foi exclu�do antes da finaliza��o da coleta, sendo simultaneamente substitu�do por outro participante.
Ap�s a coleta, os dados obtidos foram registrados numa planilha do Excel e ap�s dupla checagem exportados e processados pelo programa IBx9 SPSS Statistics 20.0. Os resultados obtidos foram analisados de forma estat�stica descritiva, por meio de frequ�ncia absoluta (N�) e relativas (%) para as vari�veis qualitativas. Os resultados foram apresentados em tabelas e gr�ficos. Os dados foram avaliados quanto ao coeficiente de varia��o e a distribui��o amostral para a determina��o do teste estat�stico. Realizou-se a an�lise estat�stica com o emprego de um programa (GraphpadPrism V, GraphPad Software, California, USA), empregando-se o teste de Shapiro-Wilk (normality test), para a an�lise da distribui��o dos dados. Posteriormente, foi utilizado o teste de Spearmann (rS) para an�lise das correla��es entre vari�veis quantitativas e qualitativas. Foi considerando intervalo de confian�a de 95% e n�vel de signific�ncia de 5% (p <0,05).
A pesquisa obedeceu a Resolu��o 466/2012 do Conselho Nacional de Sa�de (CNS), aprovada pelo Comit� de �tica em pesquisa do Centro Universit�rio UNINOVAFAPI (25/06/2021, sob parecer n� 4.806.439 e CAAE: 47991321.4.0000.5210). O TCLE foi inserido no Question�rio Google, de forma que os participantes pudessem aceitar ou recusar/interromper a participa��o antes de ter acesso �s perguntas. Ap�s aceite do TCLE, o participante era direcionado a inserir um e-mail de uso para envio de c�pia das respostas. Todos os participantes aceitaram o TCLE antes de responder aos instrumentos de coleta de dados.
Foram avaliados 164 estudantes de enfermagem, a maioria com faixa et�ria entre 18 a 23 anos, solteiros (as), pardos, do sexo feminino, declararam n�o ter filhos, com renda mensal entre 0 a 3 sal�rios m�nimos, ocupa��o estudante, residem em casa pr�pria, sendo que moram ou com os pais ou com o c�njuge, residem de 2 a 4 pessoas, incluindo a si mesmo e declararam que moram na mesma cidade que estudam, conforme demostra a Tabela 1.�
Tabela 1 - Caracteriza��o sociodemogr�fica dos estudantes de Enfermagem (n=164). Teresina, Piau�. 2021
Vari�vel |
|
Frequ�ncia |
% |
|
Faixa et�ria |
18-20 anos |
57 59 |
34,8% 36,0% |
|
21-23 anos |
||||
24-26 anos 27-30 anos |
19 10 |
11,6% 6,1% |
|
|
31-33 anos 34-36 anos 37 ou mais
|
9 4 6 |
5,5% 2,4% 3,6% |
|
|
Estado civil |
Casado(a) Divorciado(a) Solteiro(a) |
22 2 135 |
13,4% 1,2% 82,3% |
|
Uni�o est�vel � |
5 � |
3% � |
|
|
Ra�a/etnia |
Amarela Branca |
3 42 |
1,8% 25,6% |
|
Parda Preta� � |
103 16� |
62,8% 9,8% |
|
|
Sexo |
Feminino Masculino |
150 14 |
91,5% 8,5%
|
|
Possui filhos |
Nenhum |
141 |
86,0% |
|
Apenas 1 Dois Tr�s ou mais � |
14 7 2 � |
8,5% 4,3% |
|
|
1,2% |
|
|||
� |
|
|||
Renda mensal |
Menos de 1 sal�rio m�nimo 1 a 3 sal�rios m�nimos 4 a 6 sal�rios m�nimos Acima de 7 sal�rios m�nimos N�o possui renda � � |
57 78 21 5 3 � |
34,8% 47,6% 12,8% 3,0% 1,8% � |
|
Ocupa��o |
Somente estuda� Estuda e trabalha |
115 49 |
70,1% �29,9% � |
|
� |
� |
|||
Moradia |
Apartamento Av� |
43 1 |
26,2% 0,6% 13,4% 0,6% 58,5% |
|
Casa alugada |
22 |
|||
Casa do meu tio |
1 |
|||
Casa pr�pria |
96 |
|||
|
Moro com parentes |
1 |
0,6% |
|
Reside |
2 filhos |
1 |
0,6% 0,6% 15,9% 0,6% 0,6% 0,6% 0,6% 50,0% 15,9% 0,6% 0,6% 1,8% 0,6% |
|
Av�/m�e Com amigos Com m�e e v� Com o pai e madrasta Com os filhos Com os irm�os |
1 26 1 1 1 1 |
|||
Com os pais |
82 |
|||
C�njuge |
26 |
|||
FAMILIARES |
1 |
|||
Filha/irm� |
1 |
|||
Irm�os |
3 |
|||
Marido e sogra |
1 |
|||
|
Sozinho Tia e tio |
16 1 |
9,8% 0,6% |
|
|
Tios |
1 |
0,6% |
|
Com quantas pessoas que voc� reside |
Apenas eu |
16 |
9,8% 73,8% 15,2% |
|
De 2 a 4 De 5 a 7 |
121 25 |
|||
|
Mais de 7 |
2 |
1,2% |
|
Reside na mesma cidade em que estuda |
N�o |
59 |
36,0% 64,0% |
|
Sim |
105 |
���� Fonte: pesquisa direta
A Tabela 2 � referente � Escala de impacto do Evento- IES. Ela apresenta o score de classifica��o para a pontua��o obtida pelos participantes no question�rio, conforme demonstra a Tabela abaixo.
Tabela 2 - Classifica��o do Score de pontua��o do question�rio da Escala de Impacto do Evento- IES/R.
Resultado SCORE���������������� Pontua��o/ Resultado |
Frequ�ncia |
�������� % |
|
Sem indica��o de TEPT ����������� Abaixo de 24 pontos � |
45 � |
��� 27,4% � |
|
Preocupa��o cl�nica para ������������� 24 a 33 pontos TEPT ������������������������������������������������������ � ����������� � Prov�vel Diagn�stico para ��� 34 a 36 pontos TEPT |
23 � 12 � |
14,0% � 7,3% � |
|
Indica��o alta para TEPT ��������� 37 ou mais pontos |
84 |
51,2% |
|
� |
|
� |
� |
Fonte: Pesquisa Direta
O gr�fico apresenta o percentual de cada pontua��o do Score, onde observa-se que 84 dos participantes apresentam indica��o alta para TEPT, 23 apresentam preocupa��o cl�nica para TEPT, 12 apresentam prov�vel diagn�stico para TEPT e 45 n�o apresenta indica��o para TETP, quando relacionado ao evento da Covid-19.
Gr�fico 1 - Percentual da pontua��o do Scores da Escala de impacto do Evento. Teresina, Piau�, 2021.
�Fonte: Pesquisa Direta
A tabela 3 mostra a correla��o da pontua��o da escala IES-R com as seguintes vari�veis: Idade (faixa et�ria), estado civil, sexo, quantidade de filhos, renda mensal, ocupa��o, tipo de moradia e a quantidade de pessoas que moram na casa.
Tabela 3 - Correla��o da escala IES-R com as demais vari�veis.
Teste de Correla��o |
Idade |
Estado Civil |
Sexo |
Quantidade de filhos |
Renda Mensal |
Ocupa��o |
Moradia |
QPMC |
Spearman r |
-0,1736 |
-0,1132 |
0,05072 |
-0,1564 |
-0,08938 |
-0,08707 |
-0,02324 |
-0,2145 |
95% (IC) |
-0.3225 para -0.01628 |
-0.2661 para 0.04540 |
-0.1079 para 0.2068 |
-0.3066 para 0.001333 |
-0.2437 para 0.06934 |
-0.2415 para 0.07166 |
-0.1803 para 0.1350 |
-0.3601 para -0.05874 |
P |
0,0262 |
0,1491 |
0,5190 |
0,0454 |
0,2550 |
0,2676 |
0,7677 |
0,0058 |
RVP |
* |
Ns |
Ns |
* |
Ns |
Ns |
ns |
** |
A correla��o � significativa? (alfa=0,05) |
Sim |
/ |
N�o |
SIM |
/ |
N�o |
N�o |
SIM |
Tipo de correla��o |
FRACA |
/ |
/ |
FRACA |
/ |
/ |
/ |
FRACA |
Legenda: p= valor de p; r= valor de r; IC= Intervalo de confian�a; RVP= Resumo do valor P; ns= N�o significativo; *=Significativo; **=Muito significativo; QPMC= quantidade de pessoas que moram na casa.
Fonte: Pesquisa Direta
Foi realizado a correla��o da pontua��o da escala IES-R com as respostas dos volunt�rios com as respostas das seguintes quest�es ou afirma��es: �Qualquer lembran�a traz consigo sentimentos sobre o que aconteceu; Tive dificuldades em dormir continuamente; Outras coisas continuam a fazer-me pensar sobre o que aconteceu; Senti-me irritada(o) ou zangada(o); Evitei ficar perturbada(o) quando pensava ou me lembrava disso; Pensei sobre o que aconteceu quando n�o o desejava; Senti como se n�o tivesse acontecido ou que n�o era real; Afastei-me de coisas que me lembravam o sucedido; Surgiram-me imagens do que aconteceu; Estive agitada(o) e assustava-me facilmente; Tentei n�o pensar sobre isso; Eu percebi que ainda tinha muitos sentimentos sobre o que aconteceu, mas n�o os suportava; Os meus sentimentos sobre isso estavam como que paralisados; Dei comigo a agir ou a sentir como se estivesse nos momentos em que aquilo aconteceu; Tive dificuldades em adormecer; Tive momentos de emo��es intensas sobre o que aconteceu; Tentei apagar da minha mem�ria o que aconteceu: Tive dificuldade em concentrar-me; As recorda��es do que aconteceu causaram me sensa��es f�sicas como suores, dificuldade em respirar, n�usea ou aperto no cora��o; Sonhei sobre o que aconteceu; Tentei n�o falar sobre o que aconteceu�.
O Teste de Spearma foi utilizado para avaliar a associa��o da pontua��o na Escala de Impacto (IES-R) com dados sociodemogr�ficos, sendo observado que n�o houve associa��o do score IES com estado civil, sexo, renda, ocupa��o e moradia. Houve, portanto apenas diferen�a estat�stica com as vari�veis idade (com p- valor de 0,0262), quantidade de filhos (com p- valor de 0,0454) e quantidade de pessoas que moram na casa (com p-valor de 0,0058), sendo a correla��o com a idade e quantidade de filhos significativa e a quantidade de pessoas que moram na casa muito significativa.
DISCUSS�O
Ao analisar os indicadores para TEPT, identificou-se que a maioria dos acad�micos estudados apresentaram uma indica��o alta para TEPT (51,2%), e um �ndice mais baixo, por�m relevante para preocupa��o cl�nica para TEPT (14%), evidenciando que durante a evolu��o da pandemia no Brasil, houve a exist�ncia de um estresse ocasionado pelo evento da Covid-19, que pode comprometer a sa�de mental e f�sica dos acad�micos envolvidos no estudo, podendo se prorrogar at� mesmo ap�s o evento da Covid-19. Esse cen�rio indica potencial para presen�a de estresse p�s-traum�tico nos acad�micos, al�m de outros impactos para sua sa�de mental.
Observa-se que a pandemia da Covid-19 proporcionou impacto na sa�de mental e bem-estar da popula��o acad�mica, gerando um �ndice alarmante de alto risco de consequ�ncias psicol�gicas nesses indiv�duos (7). Isso porque a mudan�a abrupta da rotina e a dificuldade de habilidades tecnol�gicas, somada ao isolamento social acabaram por inserir os alunos num contexto estressor (8). De forma que, desencadeiam e agravam o estresse e a ansiedade, gerando sinais e sintomas de um estresse que pode se manifestar de v�rias formas, do qual o tempo e a dura��o da exposi��o a esse estresse ir�o determinar o grau de comprometimento da sa�de do indiv�duo (9).
O Transtorno de Estresse P�s-Traum�tico � um transtorno desenvolvido ap�s exposi��o direta ou indireta a um ou mais eventos traum�ticos. O evento traum�tico por vez, � tido como um epis�dio concreto em que haja risco iminente de morte, les�o grave ou viol�ncia sexual (10). O TEPT n�o envolve apenas eventos traum�ticos, mas tamb�m est� relacionado com o desenvolvimento de sintomas emocionais, comportamentais e ideacionais decorrentes de uma situa��o estressora (11).
Os achados do estudo mostraram que a maioria dos estudantes s�o do sexo feminino (91,5%), e apenas 8,5% do sexo masculino. Existe uma predomin�ncia da classe feminina na Enfermagem, nos resultados da pesquisa 87,23% era do sexo feminino. Para os autores isso se justifica pelo fato de a Enfermagem ser vista por muitos como uma profiss�o de atribui��o feminina, ligada a aspectos hist�rico-sociais, associados ao processo de cuidar, atraindo assim, mais ingressantes desse sexo para o curso (12).�
No presente estudo, os fatores que apresentaram associa��o significante para indica��o de TEPT, no contexto pand�mico, foram a idade, quantidade de filhos e a quantidade de pessoas morando na casa. Na faixa et�ria foi observada uma correla��o negativa (18-23 anos, preval�ncia de 70,8%), ou seja, quanto menor a idade, maior a pontua��o na escala IES-R, sugerindo assim que os participantes mais jovens da pesquisa sofreram mais com os efeitos da pandemia (13).
Corroborando os achados, outro estudo recente que revelou �ndices de 37,1% e 41% de jovens entre 18 e 29 anos com sintomas de ansiedade moderada a grave e depress�o moderada a grave, respectivamente, durante o per�odo da pandemia da Covid-19. Isso pode decorrer pelo fato de adultos jovens se encontrarem numa fase mais inst�vel e de muitas inseguran�as, principalmente com rela��o as expectativas ao futuro (13).
Estudo realizado com estudantes de Enfermagem, constatou que a maioria dos estudantes n�o possuem filhos (86,86%), isso porque, para a autora, ter filhos na gradua��o, pode prejudicar a qualidade de vida dos acad�micos, haja visto, a dif�cil concilia��o entre a maternidade/paternidade e a dedica��o que demanda o meio acad�mico. Mediante a isso, no presente estudo, foi observado que aquelas pessoas que n�o tinham nenhum filho (86,0%), apresentaram uma maior pontua��o na escala. Isso sugere que o v�nculo familiar existente entre o la�o de pais e filhos pode ser um fator de prote��o em meio a eventos estressores, como a pandemia da Covid-19, isto porque o afeto pode diminuir os n�veis de estresse e promover bem-estar (14).
Com rela��o ao isolamento social, os resultados encontrados na pesquisa apontam que a estadia compuls�ria em casa, ocasionou diversos sentimento negativos nesses estudantes, deixando-os num estado de alerta e estresse acentuado. Foi observado que quanto menos pessoas residiam na casa dos participantes, maior era a pontua��o na escala IES-R. Em um estudo realizado durante a pandemia, foi poss�vel verificar que participantes que residiam com a fam�lia, ou aqueles que residiam sozinhos nas capitais e retornaram a sua cidade natal, sugeriu uma contribui��o para minimizar os efeitos da pandemia na sa�de mental desses participantes. Isso porque a susceptibilidade individual do estudante pode ser agravada pelo afastamento f�sico do seio familiar, o que pode gerar um sentimento de solid�o, e potencializar os efeitos da pandemia e do isolamento (15).
Mediante a isso, � importante entender as consequ�ncias psicossociais que a pandemia acarretou a esses estudantes. Tendo em vista o estudo de epidemias anteriores, espera-se que o n�mero de pessoas com a sa�de mental prejudicada ser� maior que a totalidade de pessoas infectadas pelo v�rus (16). Com uma porcentagem com mais da metade da amostra, com indica��o alta para TEPT, e um �ndice ainda que baixo, mas indicativo de preocupa��o cl�nica para TEPT, percebe-se que existe uma correla��o entre o evento da pandemia da Covid-19 e a eleva��o dos n�veis de estresse desses indiv�duos, que quando analisados, se tornam um fator de risco alto para TEPT (15).
As mudan�as no cotidiano ocasionadas pela pandemia, a depender da resili�ncia de cada pessoa, podem acarretar em altera��es neurobiol�gicas associadas ao desenvolvimento de TEPT. Evidencias comprovam que pessoas acometidas pelo TEPT, apresentam uma resposta neurobiol�gica ao estresse, causando uma hiperativa��o do Sistema Nervoso Central (SNC), levando a altera��es como produ��o elevada de adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina) e uma redu��o do cortisol na circula��o sangu�nea, de forma que esses sistemas podem ter intera��o entre si, podendo ocasionar maiores danos � sa�de mental (17).
Segundo a Escala de Impacto do Evento (IES-R), os discentes do estudo foram classificados como indicativo alto para TEPT nos pr�ximos 10 anos, relacionado ao evento da Covid-19, onde os resultados apresentam uma porcentagem de 51,2%. Embora n�o existam estudos conclusivos sobre os impactos do fechamento provis�rio das Universidades, os efeitos da pandemia associados � sa�de, bem-estar e aprendizagem j� podem ser percebidos. Assim, a pandemia trouxe aos discentes de enfermagem sofrimento emocionais como ansiedade e depress�o relata ainda que esses sintomas afetam o desempenho acad�mico dos estudantes (18). Isso porque os estudantes relatam que a falta de contato com os colegas e docentes gerou uma desmotiva��o, levando os assim a uma baixa no seu desempenho acad�mico (19).
Dessa forma, constatou-se que os efeitos colaterais da pandemia atingiram de forma importante a sa�de mental dos estudantes em todo o mundo (20). Outro estudo, afirmou ainda, que a medida em que a pandemia se expandiu, ocorreu um aumento dos transtornos mentais, especialmente a fadiga, agressividade, estresse agudo, epis�dios de p�nico e manifesta��o de preditores de TEPT na popula��o em geral (21).
Vale ressaltar que h� poucos estudos cient�ficos que abordem a sa�de mental correlacionado com a pandemia da Covid-19 em discentes de Enfermagem, dessa forma esses dados n�o podem ser generalizados por completo em outros locais, dada as suas vari�veis.
Diante disso, pode-se afirmar que a pandemia da COVID-19 trouxe impactos para a sa�de mental dos discentes de Enfermagem. Assim, h� uma necessidade que no espa�o universit�rio e cient�fico sejam abordados sobre como essas mudan�as podem afetar aspectos psicossociais desses estudantes, visto que podem trazer preju�zos para a sua sa�de mental futuramente. Al�m da import�ncia de melhorar a rede de apoio � sa�de mental dos alunos e prepara-los para lidar com adversidades e momentos como o da pandemia, de forma a preservar seu bem-estar e sa�de mental.
�Como limitador do estudo, reiteramos que as percep��es desta pesquisa s�o compostas de uma pequena parcela de acad�micos, n�o podendo se generalizar em todos os cen�rios, sendo necess�rio outros estudos mais abrangentes desta tem�tica.
Espera-se ent�o, que este estudo possibilite novas reflex�es e discuss�es sobre o tema, bem como abordagens sobre a promo��o da sa�de e bem-estar do universit�rio, tanto f�sica quanto psicol�gica. Al�m de demonstrar a necessidade de pesquisas que venham abordar sobre os impactos que eventos estressores ocasionam na sa�de mental em estudantes do ensino superior. ��
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CONCLUS�O
Os resultados desta pesquisa sugerem que o evento da pandemia da Covid-19 provocou um impacto na sa�de mental dos discentes de Enfermagem, refor�ando a import�ncia de investigar a tem�tica, para que se possam estabelecer os mecanismos e rea��es psicol�gicas posteriores a um per�odo de vida t�o at�pico e estressor.
A elevada porcentagem de estudantes classificados com indica��o alta para TEPT, � preocupante e nos leva a refletir sobre a import�ncia de olhar para com mais aten��o e direcionado para a sua sa�de mental.
Entende-se que abordagens voltadas para auxiliar esses estudantes � de suma import�ncia, para que n�o haja agravos em rela��o a sua sa�de mental e o impacto que a pandemia da COVID-19 desencadeou. Pois compreende-se que acolher esses discentes, promovendo apoio e um acompanhamento espec�fico � a primeira decis�o a ser tomada. Junto a institui��o, o desenvolvimento de um programa de apoio, no presente momento, � de car�ter decisivo.
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Submiss�o: 19-07-2022
Aprovado: 16-08-2022