QUALIDADE DAS RELAÇÕES FAMILIARES E PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO EM IDOSOS DURANTE PANDEMIA DA COVID-19: estudo de correlação

QUALITY OF FAMILY RELATIONSHIPS AND THE PREVALENCE OF RAPIDITY IN THE ELDERLY DURING THE COVID-19 PANDEMIC: study of correlations

CALIDAD DE LAS RELACIONES FAMILIARES Y PREVALENCIA DE LA DEPRESIÓN EN EL ANCIANO DURANTE LA PANDEMIA DEL COVID-19: estudio de correlación

 


 

1Hellyangela Bertalha Blascovich

2Juliana Conceição da Silva Sousa

3Shirley Cunha Feuerstein

4Francisco Dimitre Rodrigo Pereira Santos

5Alaiana Marinho Franco

6Lívia Maia Pascoal

 

1Universidade Federal do Maranhão, Imperatriz-MA, Brasil, ORCID: 0000-0002-4174-5899.

 

2Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão – UNISULMA, Imperatriz-MA, Brasil, ORCID: 0000-0002-9708-2369.

 

3Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão – UNISULMA, Imperatriz-MA, Brasil, ORCID: 0000-0003-4589-694X.

 

4Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão – UNISULMA, Imperatriz-MA; Universidade Estadual do Tocantins – UNITINS, Augustinópolis-TO, Brasil, ORCID: 0000-0003-3036-7631.

 

5Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão – UNISULMA, Imperatriz-MA, Brasil, ORCID: 0000-0002-5732-0887.

6Universidade Federal do Maranhão, Imperatriz-MA, Brasil, ORCID: 0000-0003-0876-3996.

 

Autor correspondente

Hellyangela Bertalha Blascovich

Rua João Lisboa, n° 858, Centro, Imperatriz, Maranhão, Brasil. CEP:65900-630. +55(99)98801-1797, E-mail: hellybertalha@hotmail.com

 

 

 

RESUMO

Objetivo: Testar a relação entre a qualidade das relações familiares e a prevalência de sintomas depressivos em idosos, em tempos da pandemia do covid-19. Método: Estudo exploratório-descritivo, de natureza quantitativa com corte transversal, realizado em um Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos aos Idosos, de uma cidade do interior do Maranhão, realizado entre agosto a outubro de 2021. A coleta de dados ocorreu com aplicação de: questionário sociodemográfico, Escala de Depressão Geriátrica e Escala de APGAR familiar, para, respectivamente, identificar o perfil, prevalência de sintomas depressivos e a qualidade das relações familiares dos idosos. Para correlação entre duas variáveis numéricas foi utilizado o coeficiente de Pearson, adotando um índice de confiabilidade de 95% e um p 0,005. O estudo aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos sob parecer nº 4.002.145.  Resultados: A amostra contou com 52 idosos, com idade média de 71,6 anos, com prevalência do sexo feminino (75%). A Escala de Depressão Geriátrica identificou (37%) idosos com sintomas depressivos. Em relação ao APGAR familiar, (78.8%) dos idosos consideraram suas famílias com boa funcionalidade. Houve correlação significativa negativa de grau moderado (r= -0,5686; p<0,0001), entre os resultados obtidos do APGAR familiar e da Escala de Depressão Geriátrica. Conclusão: Idosos que possuem uma boa funcionalidade familiar, têm menos chances de ter depressão. Assim, faz-se necessária novas pesquisas que correlacionem a funcionalidade familiar com a prevalência da depressão.

Palavras-chave: Idoso; Funcionalidade Familiar; Depressão Geriátrica; Covid-19. 

 

ABSTRACT

Objective: To test the relationship between the quality of family relationships and the prevalence of depressive symptoms in the elderly, in times of the covid-19 pandemic. Method: An exploratory-descriptive study, of a quantitative nature with a cross-section, carried out in a Center for Coexistence and Strengthening of Bonds to the Elderly, in a city in the interior of Maranhão, carried out between August and October 2021. Data collection took place with application of: sociodemographic questionnaire, Geriatric Depression Scale and Family APGAR Scale, to, respectively, identify the profile, prevalence of depressive symptoms and the quality of the elderly's family relationships. For correlation between two numerical variables, Pearson's coefficient was used, adopting a reliability index of 95% and p 0.005. The study was approved by the Ethics Committee for Research with Human Beings under protocol number 4,002,145. Results: The sample included 52 elderly people, with a mean age of 71.6 years, with a prevalence of females (75%). The Geriatric Depression Scale identified (37%) elderly people with depressive symptoms. Regarding the family APGAR, (78.8%) of the elderly considered their families to have good functionality. There was a significant negative correlation of moderate degree (r= -0.5686; p<0.0001) between the results obtained from the family APGAR and the Geriatric Depression Scale. Conclusion: Elderly people who have a good family functionality are less likely to have depression. Thus, further research is needed to correlate family functionality with the prevalence of depression.

Keywords: Seniors; Family Functionality; Geriatric Depression; Covid-19.

 

RESUMEN

Objetivo: Probar la relación entre la calidad de las relaciones familiares y la prevalencia de síntomas depresivos en adultos mayores, en tiempos de la pandemia del covid-19. Método: Estudio exploratorio-descriptivo, de naturaleza cuantitativa con corte transversal, realizado en un Centro de Convivencia y Fortalecimiento de Vínculos con los Ancianos, en ciudad del interior de Maranhão, realizado entre agosto y octubre de 2021. La recolección de datos se realizó con la aplicación de: cuestionario sociodemográfico, Escala de Depresión Geriátrica y Escala APGAR Familiar, para, respectivamente, identificar el perfil, la prevalencia de síntomas depresivos y la calidad de las relaciones familiares de los ancianos. Para la correlación entre dos variables numéricas se utilizó el coeficiente de Pearson, adoptando un índice de confiabilidad del 95% y p 0,005. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación con Seres Humanos bajo el protocolo número 4.002.145. Resultados: La muestra estuvo compuesta por 52 ancianos, con una edad media de 71,6 años, con predominio del sexo femenino (75%). La Escala de Depresión Geriátrica identificó (37%) ancianos con síntomas depresivos. En cuanto al APGAR familiar, (78,8%) de los ancianos consideraron que sus familias tienen buena funcionalidad. Hubo una correlación negativa significativa de grado moderado (r= -0,5686; p<0,0001) entre los resultados obtenidos del APGAR familiar y la Escala de Depresión Geriátrica. Conclusión: Los adultos mayores que tienen una buena funcionalidad familiar tienen menor probabilidad de presentar depresión. Por lo tanto, se necesita más investigación para correlacionar la funcionalidad familiar con la prevalencia de la depresión.

Palabras clave: Mayores; Funcionalidad Familiar; Depresión Geriátrica; Covid-19.


 


INTRODUÇÃO

Em dezembro de 2019, casos de pneumonia surgiram em Wuhan, Hubei, China. Após o sistema respiratório das pessoas infectadas ter sido analisado, identificou-se um novo coronavírus, o qual foi nomeado Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus-2 (Sars-Cov2)(1).

A primeira pessoa que veio à óbito por covid-19 no Brasil, foi em março de 2020, um homem idoso de 62 anos que possuía comorbidades, como diabetes e hipertensão. Devido à grande quantidade de infecções, o Ministério da Saúde constatou e declarou que estava havendo uma transmissão comunitária do covid-19 em todo o Brasil e decretou distanciamento e isolamento social para toda a população, com medidas mais restritivas para os idosos(2).

A maioria das mortes por covid-19 estão associadas a idade, ocorrendo mais em idosos, principalmente aqueles com doenças crônicas, sendo considerados grupo de risco(3). O Brasil possui mais de 25 milhões de idosos, ou seja, representa cerca de 13% da população do país(4). Estima-se que até 2050 esse número possa chegar a 58,4 milhões, correspondendo aproximadamente 26,7% da população brasileira(5).

O envelhecimento pode ser compreendido como um processo multidimensional que envolve uma série de fatores, tanto biológicos quanto psicológicos, sociais e culturais(6). Nem todas as pessoas chegam à velhice no mesmo estado, umas são mais vigorosas, mais autônomas e mais desenvolvidas do que outras, que não conseguem conservar o seu dinamismo. Assim sendo, alguns idosos estão mais suscetíveis que outros à diversas condições patológicas(7).  

Em tempos de epidemias o número de pessoas com sua saúde mental afetada é maior do que o número de pessoas afetadas pela infecção do vírus(8). A pandemia do covid-19 tem atravessado todo o tecido social, não poupando praticamente nenhuma área da vida coletiva ou individual, com repercussões na esfera da saúde mental(9). A ausência de convívio social é também um fator de risco à saúde, o que sugere que a deterioração da situação de saúde pode ser causada também pela redução da quantidade ou qualidade das relações sociais(10).

O isolamento social ou perda das relações sociais disparam consequências como: declínio cognitivo, humor e sensibilidade afetados, além do excesso de cortisol que piora o funcionamento imunológico, interrupção do sono e leva ao aumento de peso corporal(11). Estudos revelam que as pessoas que aderem ao isolamento social apresentam quadros de depressão, estresse, mau humor, irritabilidade e insônia, e que nessa fase de epidemia essas enfermidades agravam-se(12)

A depressão é a mais comum, entre as alterações mentais, podendo ser caracterizada como mau humor, tristeza frequente, falta de interesse, apatia, distúrbios do sono e transtornos(13-14).

Sob a ameaça constante da contaminação iminente, as famílias se isolaram em pequenos núcleos para proteção de seus membros(15).  Em momentos de pandemia do covid-19, o afastamento físico reflete ato de amor, carinho e consideração, além de ser estratégia de proteção(16)

O distanciamento social não deve ser encarado como abandono, e é importante que o idoso e sua família busquem estratégias durante a pandemia, pois mesmo que a pessoa idosa não dependa dos familiares nas atividades da vida diária, o conforto estabelecido pela presença de pessoas próximas acarreta em bem-estar biopsicossocial(17).

Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar à pessoa idosa, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária (18).

 

Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade (19).

 

 

Diante do exposto, este estudo tem como objetivo testar a relação da qualidade das relações familiares e a prevalência de sintomas depressivos em idosos durante a pandemia do covid-19.

 

MÉTODO

Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, de natureza quantitativa com corte transversal. A pesquisa foi realizada na cidade de Imperatriz, no Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Idosos (Casa do Idoso), que é um serviço de proteção social da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES).

O local foi escolhido por ser a principal instituição pública destinada a acolher os idosos da comunidade para a realização de atividades diárias, tais como: consultas médicas, atendimentos fisioterapêuticos, atividades físicas, danças entre outros.

Segundo os registros do centro de convivência, em 2021, estavam cadastrados 1.200 idosos, porém nos três meses anteriores a coleta de dados (maio, junho e julho) apenas 72 idosos frequentavam os serviços oferecidos. Acredita-se que a redução no número de idosos frequentadores foi atribuída a necessidade de isolamento social prévia, ao medo de contágio pelo covid-19 e a perda do vínculo com a instituição, já que a mesma teve suas atividades presencias paralisadas no ano de 2020.

O tamanho da amostra foi fixado conforme um nível de confiança de 90%, para um erro amostral de 5%. A amostra foi constituída por 52 idosos (60 anos ou mais), de ambos os sexos, cadastrados e frequentadores do centro de convivência durante os meses da coleta de dados, que ocorreu entre agosto a outubro de 2021. 

Inicialmente, os idosos foram convidados a participar da pesquisa de forma voluntária, recebendo explicações relacionadas aos objetivos do estudo. Diante da anuência em participar, expressa através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), foi iniciada a coleta dos dados conforme a disponibilidade do idoso.  

Como critério de inclusão foi estabelecido: idade igual ou superior a 60 anos e capacidade cognitiva para responder a aplicação do formulário. Os critérios de exclusão foram: déficit auditivo, dificuldades de expressão verbal observada durante a aplicação e respostas incompletas aos instrumentos de coleta.

Para coleta dos dados, foi utilizado questionário sociodemográfico e de informações de saúde, produzido pelas autoras deste estudo, com descrição de informações como: idade, sexo, cor da pele, estado civil, escolaridade, renda mensal, com quem o idoso mora, a quantidade de pessoas e se havia deixado de receber visitas durante a pandemia do covid-19. Também investigava condições de saúde física autorrelatadas como: doenças crônicas, medicações em uso e prática de atividade física. 

A prevalência de sintomas depressivos nos idosos foi avaliada pela Escala de Depressão Geriátrica (EDG)(20). A EDG é um instrumento de fácil entendimento, podendo inclusive ser auto aplicado ou aplicado por um entrevistador, nesta pesquisa foi utilizada a versão reduzida, composta por 15 perguntas (com respostas de sim/não)(21).

A qualidade das relações familiares foi avaliada através do APGAR da Família. Trata de instrumento de avaliação validado no Brasil, que se destina a avaliar a satisfação subjetiva com o cuidado recebido do membro familiar através de 5 (cinco) itens que são: Adaptação, Companheirismo, Desenvolvimento, Afetividade e Capacidade Resolutiva, de acordo com seu resultado as famílias são classificadas como funcionais, e moderadamente/gravemente disfuncionais(22).  O escore de 0 a 4 indica elevada disfunção familiar, de 5 a 6 indica moderada disfunção familiar e de 7 a 10 indica boa funcionalidade familiar. A aplicação dos instrumentos de coleta teve duração média de 20 minutos. 

Os dados foram organizados e tabulados no software Excel 2010, e analisados através do programa estatístico BioEstat 5.0. Foi utilizado estatística descritiva, e para correlação entre duas variáveis numéricas foi utilizado o coeficiente de Pearson, adotando um índice de confiabilidade de 95% e um p 0,005. 

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Centro de Estudos Superiores de Caxias da Universidade Estadual do Maranhão-CESC/UEMA, registrado sob o CAAE nº 30395720.0.0000.5554, e parecer nº 4.002.145. Portanto, a pesquisa atendeu todas às exigências éticas e científicas vigentes na Resolução 466/2012 e 510/2016, do Conselho Nacional de Saúde que contém as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para melhor entendimento dos resultados, estes foram ordenados em 5 etapas. A primeira, descreve a análise do perfil sociodemográfico dos idosos, bem como informações sobre a dinâmica familiar durante o período de pandemia do covid-19. A segunda, relata sobre as morbidades autorreferidas, histórico médico e atividades físicas. A terceira discorre sobre a prevalência da depressão em idosos. A quarta etapa descreve sobre a qualidade da relação familiar com o idoso (APGAR familiar) e a quinta e última etapa, correlaciona a prevalência de depressão geriátrica com a funcionalidade familiar. 

 

Perfil Sociodemográfico e dinâmica familiar durante pandemia da COVID-19

 

A amostra contou com 52 idosos, frequentadores do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da cidade de Imperatriz - MA. Onde 75% eram do sexo feminino, da raça parda (48%), viúvos (52%), com ensino fundamental incompleto (44%) e idade média de 71,6 anos (Tabela 1). 

Observa-se que o sexo feminino se sobressaiu em relação ao sexo masculino neste estudo. Em outros estudos também foi, possível identificar que há uma prevalência maior do sexo feminino que participam de centros de convivências e que isso se dá, em sua grande maioria, devido a prevalência da viuvez, além de que as mulheres possuem uma maior expectativa de vida em relação aos homens, pois estes possuem uma maior resistência em procurar auxílio, por não quererem se expor aos cuidados de terceiros(23-25).  

Tal narrativa sobre a prevalência do sexo feminino corrobora em pesquisas, onde, afirmam que as mulheres possuem uma maior preocupação com o autocuidado e busca por serviços de assistência que melhorem sua qualidade de vida(26-28).

Em relação ao estado civil, 27 (52%) eram viúvos, representando o maior percentual, sendo que, destes, 23 (85%) eram do sexo feminino e 4 (15%) eram do sexo masculino. O que diz respeito a raça, a maioria (48%) se considerava parda. 

Fazendo um comparativo com relação ao estado civil dos idosos que possuem sintomas depressivos, a maioria são viúvos, sobressaindo-se o sexo feminino. Em relação a alta procura de mulheres viúvas por centros de convivência, pode ser explicado, que isso ocorre devido muitas optarem por não quererem casarem novamente, já os homens viúvos tendem a querer uma nova companheira, então elas encontram em centros de convivência um apoio, para suprir a solidão, além de fazerem novas amizades com problemas parecidos com os seus(29).  

Em relação a escolaridade é notório neste estudo que a maioria dos idosos possuíam baixa escolaridade (44%). Durante a aplicação do formulário, muitos idosos retrataram como foi a sua juventude, explicando que não tinham grandes oportunidades de estudo. Essa baixa escolaridade é consequência de um passado onde a maioria dos idosos viveram em uma época onde não havia uma valorização do ensino(26).


 

Tabela 1 – Distribuição do Perfil sociodemográfico e informações de relações do idoso segundo a prevalência de sintomas depressivos durante a pandemia de COVID-19. Imperatriz-MA, 2022.  

                                                                            Sintomas de depressão                           

                                                                                  Tem             Não tem          Total

Perfil sociodemográfico e dinâmica familiar            (n=19)            (n=33)         (n=52)  

                                                                           Freq.        %       Freq.     %       Freq.       %                        

Idade (média)                                                      73,11        -        70,67     -        71,56        -

Sexo                                                                                                                                  

                                    Feminino                                             15        79%        24     73%        39       75%

                                    Masculino                                            4         21%        9      27%        13       25%

Escolaridade                                                                                                                       

                                    Analfabeto                                           0          0%         3      10%        3         6%

                                    Ensino fundamental completo               4         21%        6      18%        9        17%

                                    Ensino fundamental incompleto            10        52%        12     36%        23       44%

                                    Ensino médio completo                         2         11%        7      21%        9        17%

                                     Ensino médio incompleto                      2         11%        1       3%         3         6%

                                     Ensino superior completo                      1          5%         4      12%        5        10%

                                    Ensino superior incompleto                   0          0%         0       0%         0         0%

Estado civil                                                                                                                        

                                    Solteiro                                                2         11%        4      12%        6        12%

                                    Casado                                                 3         16%        9      27%        12       23%

                                    Divorciado                                           2         11%        5      15%        7        13%

                                     Viúvo                                                 12        63%        15     45%        27       52%

Raça                                                                                                                                  

                                    Branca                                                10        53%        10     30%        20       38%

                                    Parda                                                   8         42%        17     52%        25       48%

                  Negra                                                  1          5%         6      18%        7        13%

Possui aposentadoria                                                                                                               

                  Sim                                                     19       100%       31     94%        50       96%

                  Não                                                     0          0%         2       6%         2         4%

Renda mensal                                                                                                                         

                  Sem renda                                            0          0%         1       3%         1         2%

                  Um salário mínimo                              17        89%        27     82%        44       85%

                  Dois salários mínimos                           2         11%        5      15%        7        13%

                  Três a cinco salários mínimos                0          0%         0       0%         0         0%

                  Mais de seis salários mínimos               0          0%         0       0%         0         0%

Com quem o idoso reside                                                                                                        

                  Com companheiro                                3         16%        10     30%        12       12%

                  Com familiar                                       12        63%        15     46%        28       63%

                  Não familiar                                         0          0%         0       0%         0         0%

                  sozinho                                                4         21%        8      24%        12       25%

                  Outros                                                 0          0%         0       0%         0         0%

Quantas pessoas residem com o idoso                                                                                      

Nenhuma                                                                4         21%        8        24%       12       25%

Apenas uma                                                            7         37%       10       30%      17       31%

Duas ou mais                                                           8        42%        15      46%      23       44%

Deixou de Receber visita durante a pandemia?

Sim                                                                        13        68%       18       55%     31        60%

Não                                                                        6        32%       15        45%     21         40%

 Fonte: Os autores

 


Houve um predomínio de idosos aposentados (96%), com renda mensal equivalente a um salário mínimo (85%). A maioria dos idosos, 33 (63%) residiam com algum familiar e 13 (25%) moravam sozinhos. A maioria dos idosos (44%), moravam com 2 pessoas ou mais.

Neste estudo a aposentadoria apresenta-se como a principal fonte de renda dos idosos e

conforme apresentado na Tabela 1, a maioria dos idosos recebiam um salário mínimo, o que se assemelhando com demais estudos(27). Diante disso, percebeu-se durante o estudo que a aposentadoria é considerada pelos idosos o auge da vida, ou seja, parar de trabalhar, o que pode levar o idoso a querer procurar formas de suprir seu tempo em centros de convivência. 

Em relação a dinâmica familiar, a maioria dos idosos (63%) residiam com seus familiares, sendo cerca de 2 pessoas ou mais, fato este que pode ser identificado em pesquisas, onde têm-se a ideia de que esses familiares moram com os idosos para darem suporte aos mesmos, ou por não terem condições de saírem de casa(13). Notou-se também, neste estudo que o parentesco prevalente que habitava com os idosos era netos e filhos. 

No que diz respeito aos idosos que moravam sozinhos, apenas 21% apresentaram sintomas depressivos, o que contradiz pesquisas que afirmam, que os idosos solteiros que residem sozinhos apresentaram escores altos de sintomas depressivos(30)

Os idosos foram os destaques da pandemia do Covid-19, por fazerem parte da população de risco, devido a isso, este grupo entrou nas ações de estratégias de isolamento social(16).  Ao serem questionados se haviam deixado de receber visita de parentes ou amigos durante a pandemia, a maioria (60%) responderam que sim. Muitos idosos também relataram que deixaram de sair de casa, por medo de serem contaminados pelo Covid-19. Diante disso, isolamento social possui impacto na vida do idoso, restringindo sua mobilidade e interação social com familiares que não possuem convivência e com outras pessoas e locais que os mesmos se relacionam e frequentam, pois, para muitos idosos é fora de casa que estabelecem relações sociais e vínculos afetivos(31). Com o isolamento a população idosa que antes praticava atividades ao ar livre, passa a sair cada vez menos de suas casas, ainda por quererem priorizar sua saúde e também por medo do desconhecido(32). Este fato também pode ser observado nesta pesquisa, pois antes da pandemia o número de frequentadores do centro de convivência era bem maior e hoje este número está reduzido devido muitos idosos ainda terem este medo do contato físico. 

 

Morbidades autorrelatadas, história médica e atividade física 

 

De acordo com a Tabela 2, que aborda aspectos relacionados com a saúde do idoso, a morbidades autorreferidas mais prevalente foi a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) citada por 31 idosos (60%), e a Diabetes, citada por 12 idosos (23%). Cerca de 11 idosos relataram possuir mais de 1 comorbidade e 5 idosos relataram que possuíam cerca de 3 comorbidades. 

Os medicamentos mais utilizados foram os anti-hipertensivos 27 (52%) e antidiabéticos 6 (12%), e apenas 12 (23%) idosos relataram que não faziam uso de nenhum medicamento. A respeito das atividades físicas a maioria (77%) dos idosos praticavam e (23%) não praticavam nenhuma. A modalidade mais praticada foi a hidroginástica (46%), seguida de alongamentos, (38%) a maioria, praticavam as atividades físicas 3 vezes por semana.


 

Tabela 2 – Distribuição dos idosos participantes do estudo quanto as variáveis de saúde.  Imperatriz, MA. 2022 (n=52)

   

    Sintomas de depressão        

Aspecto relacionado a saúde

Possuem        Não possuem        Total

  (n=19)              (n=33)               (n=52)

   

Freq.     %     Freq.       %      Freq.      %

Morbidades autorreferidas

    Diabetes

5

26%

 

8

24%

12

23%

 

    Hipertensão

13

68%

 

18

55%

31

60%

 

   Hipercolesterolemia

7

37%

 

4

12%

11

21%

 

   Ansiedade/depressão

2

11%

 

1

3%

3

6%

 

   Problemas cardíacos

0

0%

 

2

6%

2

4%

 

   Não apresenta

1

5%

 

11

33%

12

23%

 

Medicamentos em uso

 

 

 

 

 

 

 

 

    Anti-hipertensivos

11

58%

 

16

48%

27

52%

 

    Antidiabéticos

0

0%

 

5

15%

6

12%

 

     Estatinas

1

5%

 

0

0%

1

2%

 

   Antiarrítmicos

1

5%

 

0

0%

1

2%

 

    Antidepressivos

1

5%

 

0

0%

1

2%

 

     Não faz uso

2

11%

 

9

27%

12

23%

 

    Não soube informar

4

21%

 

4

12%

8

15%

 

Pratica atividade física?

 

 

 

 

 

 

 

 

    Sim

15

79%

 

25

76%

40

77%

 

    Não

4

21%

 

8

24%

12

23%

 

Se sim, qual(ais) atividade(s)?

 

 

 

 

 

 

 

 

   Hidroginástica

11

58%

 

12

36%

24

46%

 

    Ginástica

 

3

16%

9

27%

13

25%

 

    Caminhada

 

3

16%

4

12%

5

10%

 

    Ciclismo

 

0

0%

1

3%

1

2%

 

    Dança

 

0

0%

1

3%

1

2%

 

    Aeróbica

 

1

5%

2

6%

3

6%

 

    Academia

 

0

0%

1

3%

1

2%

 

Com qual frequência pratica?

 

 

 

 

 

 

 

 

   1 vez por semana

 

0

0%

0

0%

0

0%

 

   2 vezes por semana

 

5

26%

8

24%

14

27%

 

   3 vezes por semana 

 

8

42%

12

36%

20

38%

 

  4 ou mais vezes por semana

 

2

11%

4

12%

6

12%

 

Fonte: Os autores


A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e a Diabetes Melitus (DM), são morbidades frequentes em idosos e nesta pesquisa houve grande predominância das mesmas, se assemelhando, também, a demais pesquisas(26,29,33).

No que tange ainda sobre a medicação, é notório nesta pesquisa que apenas 3 pessoas se consideram ansiosos/depressivos e que há uma prevalência de 19 idosos com sintomas depressivos avaliados através da Escala de Depressão Geriátrica (EDG), destes idosos que se consideram ansiosos/depressivos apenas um faz uso de algum medicamento. O que é preocupante, tendo em vista que tais sintomas podem passar despercebidos por familiares.

Em relação as atividades físicas, a mesma quando praticada por idosos, diminui a depressão, além de trazer bem-estar psicológico para o mesmo, decorrente das relações e afetividade que são estabelecidas durante a prática(34). A hidroginástica é a mais praticada dentre as outras atividades físicas descritas pelos idosos durante a aplicação do formulário. Em um estudo sobre a importância da hidroginástica na saúde mental e física de idosos, conclui-se que a hidroginástica possui efeitos benéficos para a saúde psicossocial do idoso, tendo em vista que é uma atividade que gera relações, pois na maioria das vezes é praticada em grupos(35). Esta percepção, também condiz com outras literaturas(36).

 

A prevalência de sintomas depressivos de acordo com a Escala de Depressão Geriátrica (EDG)

 

Conforme apresentado na Tabela 1, 19 idosos que responderam à Escala de Depressão Geriátrica (EDG), ou seja, 37% (19/52), possuíam sintomas depressivos, atingindo mais de cinco pontos no escore utilizado. Para determinar a sintomatologia da depressão nos idosos, através das 15 perguntas da Escala de Depressão Geriátrica, foi usado um escore de corte > 5, ou seja, um escore alto, apresentado através da aplicação do questionário, revela que este idoso possui sintomas de depressão(20).

Destes idosos com sintomas de depressão, ainda de acordo com a Tabela 1, (79%) eram do sexo feminino, e 21% do sexo masculino, 12 (63%) eram de baixa escolaridade, 12 (63%) eram viúvos e somente 3 (16%) eram casados e 8 (42%) residiam com 2 pessoas ou mais. Percebe-se que houve uma prevalência maior de mulheres com sintomas depressivos em relação ao sexo masculino, o que contradiz uma pesquisa, onde houve prevalência maior de sintomas depressivos no sexo masculino de idosos frequentadores de centros de convivência(37). Porém, pesquisadores ressaltam que Independentemente de país ou cultura, a prevalência da depressão no sexo feminino é duas vezes maior do que em homens(38). Isso ocorre, muitas vezes, devido os homens negarem seus sentimentos e autocuidado. 

 

Qualidade da relação familiar com o idoso (APGAR)

 

A análise da funcionalidade familiar dos 52 idosos participantes do estudo, identificou apenas 11 (21,2%) famílias com disfunção familiar (Tabela 3), enquanto que a maioria 41 (78,8%) apresentou boa funcionalidade. 


 

Tabela 3 - Distribuição da funcionalidade familiar dos idosos frequentadores do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – Imperatriz, MA, 2022

Funcionalidade Familiar 

N

%

Boa funcionalidade

41

78,8

Disfunção moderada/elevada 

11

21,2

Total

52

100

Fonte: Os autores


Neste estudo, a maioria dos idosos consideram suas famílias com boa funcionalidade. Em estudos utilizando a escala de APGAR familiar com idosos também houve essa predominância(39-41). A forma de interação familiar entre si e com os outros, reflete na característica do que pode ser considerado famílias funcionais ou disfuncionais, ou seja, qualquer alteração em um dos membros da família terá impacto em outro membro, pois nada acontece isoladamente(39).

Famílias que apresentam uma boa funcionalidade estão preparadas para resolverem conflitos e lidarem com situações de crise(40,41).

 

Correlação da prevalência de depressão geriátrica e a funcionalidade familiar  

 

A tabela 4 reflete sobre a correlação da depressão geriátrica e a funcionalidade familiar. Observou-se, que houve correlação significativa negativa de grau moderado (r= -0,5686; p<0,0001), entre os resultados obtidos do APGAR familiar e da Escala de Depressão Geriátrica. Isto significa que os idosos com famílias com boa funcionalidade, apresentam menos sintomas depressivos.  


 

 Tabela 4 - Correlação da funcionalidade familiar, sintomas depressivos dos idosos frequentadores do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos– Imperatriz, MA, 2022

                    Idosos (n=52)

Funcionalidade

Com sintomas

Sem sintomas

coeficiente de Pearson

(p<0,0001)

depressivos Freq.   %

Depressivos Freq.   %

 

Boa funcionalidade

       9      17

    16      31

 

       2       4

     14     27

r= -0,5686

Disfunção moderada/elevada

      4         8

       2     4

      4         8

       1     2

Fonte: Os autores

 


Destaca-se, que dentre os idosos que não possuem sintomas depressivos a maioria (58%) consideram suas famílias com boa funcionalidade. Em um estudo realizado nesta mesma perspectiva houve uma prevalência de 72,6% de idosos que consideraram suas famílias funcionais e 23,8% consideraram a funcionalidade de moderada a grave. Dentre as famílias funcionais 58,6% idosos não possuíam sintomas de depressão se assemelhando com os resultados deste estudo(41).

Este estudo pode ser correlacionado também com outra pesquisa onde os autores consideraram que uma família com funcionalidade boa gera uma melhor qualidade de vida para o idoso(39). A família representa a unidade central para atenção à saúde e desempenha papel muito importante no cuidado, já que é responsável por seus integrantes(41). Quanto mais saudáveis forem as relações familiares, mais o idoso se sentirá feliz e inserido socialmente, o idoso em sua melhor fase, necessita viver tranquilo e receber total atenção e carinho de seus(42).

Levando em consideração os sintomas depressivos dos idosos que possuem moderada/elevada disfunção familiar, uma família que possui um idoso com depressão deve se adaptar e se organizar para enfrentar comportamentos desse idoso(41). Pois, sabe-se que a depressão, pode ser considera como fator de risco para desencadear outros problemas de saúde(43). Problemas esses como: falta de interesse pela vida, baixa autoestima e até pensamentos suicidas, além de outras(44-45)

Durante a pandemia do Covid-19, os idosos que aderiram ao isolamento social, relataram durante a aplicação do formulário, que perderam vínculos com familiares, principalmente aqueles idosos que moravam sozinhos, além de terem relatado que se sentiam sozinhos, pois antes saíam para fazerem compras e até mesmo para ir na fila da lotérica.

Em pesquisas realizadas, os autores revelaram que um bom suporte social aos idosos, durante o isolamento social, levaria a menos probabilidade desses possuírem sintomas depressivos e que o isolamento de familiares e amigos despertava desamparo e solidão(46-47). Através de uma pesquisa realizada em 2020, revelou-se que cerca de 300 idosos se suicidaram na Índia, por medo de serem infectados pelo covid-19, tais idosos estavam sofrendo com transtornos mentais. Ficando evidente que o idoso está vulnerável a tomar atitudes extremas por falta de amparo familiar e social(48)

Atualmente, ainda se vive no cenário da pandemia do covid-19, diariamente são registradas mortes pela contaminação, muitos estados brasileiros já flexibilizaram o contato social e até uso preferencial de máscaras. Porém, é evidente que a população idosa ainda teme a infecção, isso é notório no contínuo uso de máscaras, na preocupação em abraçar e ser abraçado. Isso desperta um fator, sequelas emocionais causadas pelo covid-19 e que precisam ser tratadas. 

CONCLUSÃO

O presente estudo disseminou sobre a correlação da funcionalidade familiar e a prevalência de depressão em idosos durante a pandemia do covid-19 Entende-se, que com o isolamento e distanciamento social, muitos idosos tiveram seus vínculos familiares afetados, deixando-os suscetíveis a adquirirem depressão.

 Diante dos resultados obtidos pelo questionário sociodemográfico, foi identificada uma prevalência de mulheres com sintomas depressivos (21%), idade média de 71,56 anos, viúvos, baixa escolaridade e a maioria, (77%), praticava algum tipo de atividade física. A prevalência de sintomas depressivos, avaliada pela EDG se deu em 37% dos idosos e destes, 15% faziam parte de famílias com algum grau de disfuncionalidade, avaliado pelo APGAR familiar. Tais dados são significativos, tendo em vista, que mesmo alguns destes idosos vivendo com algum familiar, apresentam insatisfação com a vida. 

A maior parte dos idosos participavam de atividades em grupo, o que pode justificar a baixa prevalência de sintomas depressivos neste estudo, pois muitas vezes, atividades coletivas ajudam a suprir a ausência do afeto familiar.

Conclui-se neste estudo, que famílias que possuem uma boa funcionalidade e que dão de certa forma, mais suporte ao idoso, deixa-o menos suscetível a ter sintomas depressivos. Diante disso, faz-se necessárias buscas por estratégias por parte de toda a equipe multiprofissional da Estratégia de Saúde da Família (ESF), que avaliem a relação do idoso com sua família, principalmente pós-pandemia, pois entende-se que o idoso necessitará de apoio e amparo, por muitos terem perdido o contato com suas famílias, além de também, alguns terem passado pelo luto da pandemia. É necessário também, estratégias que visam auxiliar famílias disfuncionais, para que estas saibam lidar com os idosos. Vale ressaltar ainda, a importância de novas pesquisas que correlacionem a depressão com a funcionalidade familiar, visando assim, a prevenção da depressão geriátrica.  

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Submissão: 30-07-2022


Aprovado: 14-12-2022