INDICADORES DIAGNÓSTICOS PARA RISCO DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES COM TRAUMA ORTOPÉDICO

 

DIAGNOSTIC INDICATORS FOR PRESSURE INJURY RISK IN ORTHOPEDIC TRAUMA PATIENTS

 

INDICADORES DIAGNÓSTICOS DE RIESGO DE LESIONES POR PRESIÓN EN PACIENTES CON TRAUMATISMOS ORTOPÉDICOS

 


 

João Emanuel Pereira Domingos1

Nadilânia Oliveira da Silva2

Vitória de Oliveira Cavalcante3

Vitoria da Silva Andrade4

José Adelmo da Silva Filho5

Naftale Alves dos Santos Gadelha6

Maria Corina Amaral Viana7

 

1Enfermeiro pela Universidade Regional do Cariri-URCA. Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação de Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde (UECE). E-mail: joaoemmanuel_pd@hotmail.com.

 

2Acadêmica de enfermagem na Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato-CE, Brasil. E-mail: nadilania.oliveira@urca.br.

 

3Acadêmica de enfermagem na Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato-CE, Brasil. E-mail: vitoria.cavalcante@urca.br.

 

4Acadêmica de enfermagem na Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato-CE, Brasil. E-mail: vitoria.andrade@urca.br.

 

5Enfermeiro, mestre em enfermagem pela Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato-CE, Brasil. E-mail: adelmof12@gmail.com

 

6Enfermeira, docente do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Regional do Cariri-URCA, pós-graduanda em enfermagem em Estomaterapia pela URCA. E-mail: naftale.alves@urca.br. ID: https://orcid.org/0000-0001-6257-9431.

 

7Enfermeira, doutora em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Professora Adjunta da Universidade Regional do Cariri. E-mail: corina.viana@urca.br. ID: https://orcid.org/0000-0002-6890-9400.

 

Autor Correspondente

João Emanuel Pereira Domingos

Rua Cel. Antonio Luiz, 1161, Bairro Pimenta, CEP: 63105-000, Crato – CE - Brasil.

E-mail: joaoemmanuel_pd@hotmail.com

 

RESUMO

Objetivo: analisar a prevalência do diagnóstico de enfermagem risco de lesão por pressão e dos seus respectivos indicadores em pacientes com trauma ortopédico. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, de abordagem quantitativa, realizado com pacientes no pré e pós-operatório de cirurgias ortopédicas, em dois cenários distintos: na ala feminina e masculina em um hospital de referência em traumato-ortopedia, situado no interior do Ceará, Brasil.  Os dados coletados foram compilados no software Excel, analisados no software R versão 3.4.4 e organizados em tabelas. Resultados: Foram avaliados 93 pacientes, predominantemente do sexo feminino, cor parda, com média de idade de 46,29 anos, que não obtinham companheiro (a), com renda familiar média maior que um salário mínimo e de baixa escolaridade. Evidenciou-se prevalência no período pré-operatório, em maioria, com acometimento de membros superiores, em uso de imobilização ortopédica, com parâmetros (sinais vitais) clinicamente estáveis. A prevalência do diagnóstico de risco de lesão por pressão foi de 98,92%, com elevada média de número de fatores de risco por paciente (10,31). Os fatores de risco mais prevalentes foram atrito em superfície (78,49%) e redução da mobilidade (78,49%), seguido de forças de cisalhamento (73,12%). Evidencia-se, que, há um forte indicativo que pacientes internados em clínica ortopédica possuem o risco de desenvolvimento de lesão por pressão. Conclusão: A identificação dos fatores causais de lesão por pressão garante ao enfermeiro o planejamento e elaboração do plano de cuidados com intervenções específicas, afim de garantir a segurança do paciente, diminuição de agravos e melhor qualidade de vida.

Palavras-chave: Diagnósticos de Enfermagem; Lesão por Pressão; Segurança do Paciente; Ortopedia; Fatores de Risco.

 

ABSTRACT

Objective: to analyze the prevalence of the nursing diagnosis risk of pressure injury and its respective indicators in patients with orthopedic trauma. Method: This is a cross-sectional, descriptive study with a quantitative approach, carried out with patients in the pre and post-operative period of orthopedic surgeries, in two different scenarios: in the female and male ward of a referral hospital for trauma-orthopedics, located in the interior of Ceará, Brazil. The collected data were compiled in Excel software, analyzed in R software version 3.4.4 and organized into tables. Results: 93 patients were evaluated, predominantly female, mixed race, with a mean age of 46.29 years, who did not have a partner, with an average family income greater than one minimum wage and with low education. There was a prevalence in the preoperative period, in the majority, with involvement of upper limbs, using orthopedic immobilization, with clinically stable parameters (vital signs). The prevalence of the diagnosis of Risk of Pressure Injury was 98.92%, with a high mean number of risk factors per patient (10.31). The most prevalent risk factors were surface friction (78.49%) and reduced mobility (78.49%), followed by shear forces (73.12%). It is evident that there is a strong indication that patients admitted to an orthopedic clinic are at risk of developing PI. Conclusion: The identification of the causal factors of pressure injuries guarantees the nurse the planning and elaboration of the care plan with specific interventions, in order to guarantee the patient's safety, decrease of injuries and better quality of life.

Keywords: Nursing Diagnosis; Pressure Ulcer; Patient Safety; Orthopedics; Risk Factors.

 

RESUMEN

Objetivo: analizar la prevalencia del diagnóstico de enfermería riesgo de lesión por presión y sus respectivos indicadores en pacientes con trauma ortopédico. Método: Se trata de un estudio transversal, descriptivo, con abordaje cuantitativo, realizado con pacientes en pre y postoperatorio de cirugías ortopédicas, en 2 escenarios diferentes: en sala femenina y masculina de un hospital de referencia de traumatología. ortopedia, ubicada en el interior de Ceará. Los datos recolectados fueron compilados en el software Excel, analizados en software R versión 3.4.4 y organizados en tablas. Resultados: Se evaluaron 93 pacientes, predominantemente del sexo femenino, mestizos, con una edad media de 46,29 años, sin pareja, con renta familiar media superior a un salario mínimo y con baja escolaridad. Hubo un predominio en preoperatorio, en su mayoría, con compromiso de miembros superiores, utilizando inmovilización ortopédica, con parámetros clínicamente estables (signos vitales). La prevalencia del diagnóstico de Riesgo de Lesión por Presión fue del 98,92%, con una media alta de factores de riesgo por paciente (10,31). Los factores de riesgo más prevalentes fueron el rozamiento superficial (78,49 %) y la movilidad reducida (78,49 %), seguidos de fuerzas de cizallamiento (73,12 %). Es evidente que existe un fuerte indicio que los pacientes ingresados ​​en una clínica ortopédica corren el riesgo de desarrollar IP. Conclusión: La identificación de factores causales de lesiones por presión garantiza al enfermero la planificación y elaboración del plan de cuidados con intervenciones específicas, con el fin de garantizar la seguridad del paciente, disminución de lesiones y mejor calidad de vida.

Palabras clave: Diagnóstico de Enfermería; Úlcera por Presión; Seguridad del Paciente; Ortopedia; Factores de Riesgo.


 

 

 


INTRODUÇÃO

Os traumas ortopédicos e os distúrbios do sistema musculoesquelético são reconhecidos no mundo como uma condição de elevada frequência, que pode levar ao comprometimento da função do indivíduo, qualidade de vida, interação social e familiar e participação econômica. Assim, o tratamento cirúrgico surge como uma alternativa terapêutica dessas afecções traumatológicas e ortopédicas(1).

Devido a exposição aos fatores intrínsecos e principalmente a mobilidade diminuída, os pacientes cirúrgicos são susceptíveis ao desenvolvimento de lesão por pressão (LP), com ocorrência maior no período intraoperatório pelo posicionamento cirúrgico. Diante disso, as medidas profiláticas devem ser estabelecidas durante todo o período perioperatório, a fim de evitar tal evento que pode elevar os dias de internação(2).

A LP é um dano na pele e/ou tecido mole subjacente, que geralmente ocorre sobre alguma proeminência óssea ou pode ter relação com algum equipamento médico ou outro tipo de dispositivo. Entre as duas formas de apresentação da lesão, pode-se identificar desde a pele intacta ou como uma úlcera aberta, com a presença de dor. A lesão pode ocorrer pela intensa e/ou prolongada pressão sobre local, em associação com a fricção e o cisalhamento(3).

A LP é uma das complicações hospitalares de maior taxa de incidência e prevalência no contexto hospitalar durante o período de internação pela gravidade do paciente hospitalizado, dificuldade de mobilização e de implementar medidas e estratégias de prevenção e pela complexidade do tratamento. Estima-se em estudo que, cerca de 40% de pacientes internados desenvolveram LP(4). 

Nesse contexto, a assistência de enfermagem é fundamental para o reconhecimento dos fatores de riscos e agravos do indivíduo e coletivo por meio do Processo de Enfermagem (PE). Este, é compreendido como uma abordagem deliberada que conduz a resolução de problemas para então atender as necessidades de cuidados de saúde e de enfermagem. O PE é caracterizado como um instrumento metodológico que instrui o cuidado de enfermagem, seguindo cinco etapas, sendo essas: histórico de enfermagem, diagnósticos de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação(5).

Assim, o enfermeiro deve possuir habilidades e competências para reconhecer os fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento de lesão. Na prática clínica da enfermagem, há instrumentos que direcionam o profissional no processo de estratificação de risco de LP, a exemplo da escala de Braden(2), Neste âmbito, destaca-se o diagnóstico de enfermagem Risco de lesão por pressão (00249), de acordo com a NANDA Internacional, sendo um estado de suscetibilidade a lesão/dano celular na pele ou tecido adjacente que acontece sobre saliência óssea, em resultado a pressão ou a junção da pressão com o cisalhamento, durante um determinado período que possa induzir a isquemia local e, posteriormente, necrose tecidual. Entre os indicadores clínicos presentes no próprio diagnóstico, destaca-se Escore de Braden <17(6).

Ao se tratar de um evento evitável, faz-se necessário cuidados preventivos iniciados precocemente como prioridade terapêutica, com a finalidade de diminuir os índices desta condição(7). Na prática clínica de pacientes com traumas ortopédicos, deve se considerar para o gerenciamento dos cuidados os riscos para o desenvolvimento da LP, como circulação prejudicada, dificuldade de deambulação, presença de edema, imobilização de membros, nutrição prejudicada e utilização de instrumentos e equipamentos específicos como, fixadores externos.  

Destarte, a investigação dos fatores de risco para o desenvolvimento de LP têm sido alvo de diversas pesquisas, porém, ainda são escassos os estudos que os identifiquem de acordo com o diagnóstico de enfermagem (DE) Risco de lesão por pressão.

Portanto, a identificação da prevalência dos fatores de risco do DE Risco de lesão por pressão no período pré e pós-operatório de cirurgias ortopédicas, pode contribuir para a elaboração de um plano de cuidados com intervenções direcionadas a prevenção da condição, favorecendo a diminuição da ocorrência das lesões, com consequente redução de custos para o tratamento das LPs. Assim, o estudo teve o objetivo de analisar a prevalência do diagnóstico de enfermagem risco de lesão por pressão e dos seus respectivos indicadores em pacientes com trauma ortopédico.

 

MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal, descritivo e de abordagem quantitativa, realizado na clínica ortopédica em dois cenários distintos: na ala feminina e masculina de um hospital referência em urgência e emergência em traumatologia e ortopedia realizando cirurgias de média e alta complexidade, localizado no município de Crato, Ceará, Brasil.  Os dados foram obtidos por meio de entrevista e análise dos prontuários. Foram incluídos indivíduos maiores de 18 anos, com o diagnóstico de trauma ortopédico e exclusos aqueles que durante a coleta de dados apresentaram eminente situação de emergência com risco de morte e que apresentaram a LP propriamente dita, visto que a presente pesquisa visou identificar o risco da lesão.  

Assim, mediante o cálculo para populações finitas, considerando o tamanho da amostra, nível de confiança de 95% (Zα= 1,96), erro amostral de 5% e o tamanho da população, em vista da prevalência do agravo em saúde (estimativa de 15% de cirurgias realizadas, foram ortopédicas), obteve-se amostra de 95 participantes, visto que 93 compuseram o estudo. O processo de amostragem seguiu a estratégia de abordagem não probabilística por conveniência.

A coleta de dados ocorreu entre agosto e outubro de 2019, mediante a utilização de instrumento desenvolvido, dividido em três componentes: perfil sociodemográfico, perfil clínico, fatores de risco do diagnóstico de enfermagem Risco de lesão por pressão da Taxonomia II da NANDA - I. O instrumento passou pela avaliação de dois juízes com experiência no contexto hospitalar, especialistas em estomaterapia e experiência em estudos na área, apara identificação de possíveis lacunas e recomendações de adequação das variáveis. Para facilitar a identificação dos fatores de risco, foi utilizado um protocolo adaptado com as definições conceituais e operacionais do diagnóstico de enfermagem(8).

Para compor a equipe de técnica de coleta de dados, foram recrutados três membros do Grupo de Pesquisas Tecnologias em Saúde no Sistema Único de Saúde (GPTSUS), discentes do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Regional do Cariri (URCA) como critério estabelecido a aprovação na disciplina de bases teóricas e metodológicas em enfermagem.

Os discentes participaram de uma capacitação antes de iniciar o processo de coleta. O aperfeiçoamento teve como pauta a apresentação do cenário do estudo, população a ser investigada, discussão da definição conceitual e operacional de cada fator de risco do diagnóstico contidas no POP e apresentação do instrumento de coleta de dados. Ainda, neste momento de formação, foram abordados conteúdos referentes ao processo de enfermagem, especificamente, a etapa de diagnóstico, e sobre lesão por pressão.  

Ao se tratar de um estudo com julgamento clínico perante as necessidades humanas, foi estabelecido as etapas do processo de inferência diagnóstica sendo elas a coleta, interpretação/ agrupamento das informações e nomeação das categorias(9).  A etapa da coleta de evidências do paciente envolveu a busca, extração de informações e avaliação do histórico e exame físico. Posterior a coleta, os dados foram interpretados e agrupados, compreendendo que a interpretação incluiu os processos de interpretação, inferência e julgamento clínico. Ao final, seguindo a última etapa do processo, as informações foram nomeadas em categorias diagnósticas, mediante a utilização da taxonomia II da NANDA(6,9).

O processo de inferência diagnóstica foi realizado pelo pesquisador e no que concerne ao DE Risco de lesão por pressão, o mesmo foi considerado presente quando identificado, no mínimo, um fator de risco.  Os dados coletados foram compilados no software Excel (2013), referentes ao perfil clínico e sociodemográfico e fatores de risco do diagnóstico de enfermagem Risco de lesão por pressão. A análise estatística foi realizada no software R versão 3.4.4.A estatística ou análise descritiva integra a frequência relativa e absoluta, medidas de tendência central, medidas de dispersão e intervalo de confiança. Para as variáveis categóricas foi calculado o intervalo de confiança de 95%. Após a análise, os dados foram organizados em tabelas, categorizados e classificados de acordo com as variáveis sociodemográficas, clínicas e modelo do diagnóstico (fatores de risco). 

A pesquisa obteve aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Regional da Cariri, conforme número parecer de 3.489.452, atendendo aos preceitos éticos e legais da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde(10).  Ressalta-se que os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. 

RESULTADOS

Para a identificação dos indicadores clínicos do diagnóstico de enfermagem Risco de lesão por pressão, o presente estudou avaliou 93 pacientes no período de pré e pós-operatório de cirurgias ortopédicas. Os achados do estudo foram compilados em três tabelas, contendo informações para a caracterização sociodemográfica, clínica e indicadores diagnósticos.  Na Tabela 1, apresenta-se os resultados do perfil sociodemográfico dos pacientes para caracterização dos pacientes internado em clínica ortopédica. 


 

Tabela 1 - Distribuição dos pacientes, segundo dados sociodemográficos. Crato, CE, Brasil, 2019. 

Variáveis

n

%

IC 95%

Sexo

Feminino

 

52

 

55,91%

 

45,2 – 66,0 

Masculino

41

44,08%

33,9 – 54,7

Estado civil

Com companheiro(a)

 

41

 

44,08%

 

33,9 – 54,7 

Sem companheiro(a)

52

55,91%

45,2 – 66,0 

Procedência

Crato

 

48

 

51,61

 

41,0 – 62,0 

Outro município

45

48,39

37,9 – 58,9

Cor

Parda

 

85

 

91,40%

 

83,2 – 95,9

Preta

4

4,30%

1,38 – 11,26

Branca

4

4,30%

1,38 – 11,26

Ocupação

Funcionário público

 

7

 

7,53

 

3,33 – 15,4

Funcionário privado

13

13,98

7,94 – 23,0

Autônomo

11

11,83

6,33 – 20,5

Do lar

4

4,30

1,38 – 11,2

Aposentado

23

24,73

16,6 – 34,9

Estudante

7

7,53

3,33 – 15,4

Desempregado

9

9,68

4,79 - 18,0

Agricultor

19

20,43

13,0 - 30,0 

 

Média 

DP

Escolaridade

7,86

6,55

 

Idade

48,29

23,57

 

Renda

R$1.114,93

R$869.44

 

              Fonte: Dados da pesquisa.

 


A partir dos achados, identificou-se que a maior parte dos participantes do estudo pertenciam ao sexo feminino (55,91%), de cor parda (91,40%), com idade entre 18 a 100, com a média de 46,29 anos (desvio padrão de 23,57) e conviviam sem companheiro(a) (55,91%) em maioria, residentes no município de Crato – CE (51,61%). Em relação a ocupação, a maioria eram de pessoas aposentadas (24,73%), seguido de agricultores (20,43%). Quanto a renda familiar, a média foi de 1.114,93 reais. A escolaridade teve média de 7,86 em anos de estudo.  A seguir, a Tabela 2 apresenta dados das características clínicas dos pacientes em período de pré ou pós-operatório de cirurgias ortopédicas.


 

Tabela 2 – Distribuição das características clínicas dos pacientes internados em um serviço referência em traumatologia e ortopedia. Crato, CE, Brasil 2019. 

Variáveis

n

%

IC 95%

Operatório  

Pré-operatório 

 

75

 

80,65

 

70,8 – 87,8

Pós-operatório 

18

19,35

12,1 – 29,1

Membros afetados* 

Membros superiores

 

56

 

60,22

 

49,5 – 70,0

Membros inferiores  

28

30,11

21,2 – 40,6

Clavícula 

4

4,30

1,38 – 11,2

Quadril

4

4,30

1,38 – 11,2 

Ombros

1

1,08

0,05 – 6,69

Número de membros afetados

1 membro

 

84

 

90,32

 

81,9 – 95,2

2 membros 

8

8,60

4,05 – 16,7

3 membros

1

1,08

0,05 – 6,69

Aparelho ortopédico 

Sim

 

6

 

6,45

 

2,64 – 14,0

Não

87

93,55

85,9 – 97,3

Tipo de aparelho ortopédico 

Sem aparelho ortopédico 

 

87

 

93,55

 

85,9 – 97,3

Fixador externo

5

5,37

1,99 – 12,6

Parafusos 

1

1,08

0,05 – 6,69

Uso de imobilização ortopédica 

Sim

 

57

 

61,29

 

50,5 – 71,0

Não

36

38,71

28,9 – 49,4

Tipo de imobilização**

Tala gessada

Sim

 

 

51

 

 

54,84

 

 

44,2 – 65,0

Não

42

45,16

34,9 – 55,7

Tipoia

Sim

 

5

 

5,38

 

1,99 – 12,6

Não

88

94,62

87,3 – 98,0

Bota anti-rotatória

Sim

 

1

 

1,08

 

0,05 – 6,69

Não

92

98,92

93,3 - 99,9

Tração cutânea

Sim

 

3

 

3,23

 

0,83 – 9,80

Não

90

96,77

90,1 – 99,1

*Alguns pacientes apresentavam mais de um membro afetado; **Alguns pacientes obtinham mais de um tipo de imobilização; ***Alguns pacientes apresentavam mais de um dispositivo externo.

Fonte: Dados da pesquisa

 


Os participantes foram avaliados no período pré-operatório (80,65%), com tempo de internação média nesse período de 7,78 dias (desvio padrão de 3,24), onde que maior parte apresentava membros superiores afetados (60,22) e apenas um membro afetado (90,32%). 

Ainda em relação as variáveis relacionadas ao paciente ortopédico, grande parte estava em uso de imobilização (61,29%), a maioria em uso de tala gessada (54,84%), com média de imobilizações de 66,6 (desvio padrão de 5,7). Foi predominante o número de pacientes sem utilização de aparelho ortopédico (93,55), seguido de pacientes em utilização de fixador externo (5,37). Quanto a utilização de dispositivos externos, os pacientes apresentaram maior prevalência no uso de acesso venoso periférico (87,10%).   A tabela 3 apresenta a prevalência do diagnóstico Risco de lesão por pressão e a distribuição dos fatores de risco de LP.  


 

Tabela 3 – Inferência diagnóstica e fatores de risco do diagnóstico de enfermagem Risco de lesão por pressão em pacientes com trauma ortopédico. Crato, CE, Brasil 2019. 

Inferência diagnóstica de Risco de lesão por pressão 

n

%

IC 95%

Presente

92

98,92

93,3 - 99,9

Ausente

01

1,08

0,05 – 6,69

Fatores de risco do diagnóstico Risco de lesão por pressão

 

Atrito em superfície 

Presente 

 

73

 

78,49

 

68,5 – 86,0 

Ausente 

20

21,51

13,9 – 31,4 

Conhecimento insuficiente do cuidador sobre lesão por pressão

Sem cuidador 

 

22

 

41,94

 

15,2 – 33,8 

Presente

39

34,41

31,9 – 52,6

Ausente 

32

23,66

25,0 – 45,0

Conhecimento insuficiente do paciente sobre lesão por pressão

Presente

 

65

 

69,89

 

59,3 – 78,7

Ausente

28

30,11

21,2 – 40,6

Déficit de autocuidado 

Presente 

 

64

 

68,82

 

58,2 – 77,8

Ausente 

29

31,18

22,1 – 41,7 

Desidratação

Presente 

 

25

 

26,88

 

18,4 – 37,2

Ausente 

68

73,12

 62,7 – 81,5

Forças de cisalhamento 

Presente

 

68

 

73,12

 

62,7 – 81,5

Ausente 

25

26,88

18,4 – 37,2

Hidratação da pele

Presente

 

52

 

55,91

 

45,2 – 66,0 

Ausente 

41

44,09

33,9 – 54, 7

Hipertermia

Presente 

 

3

 

3,23

 

0,83 – 9,80

Ausente 

90

96,77

90,1 – 99,1

Incontinência 

Ausente 

 

86

 

92,47

 

84,5 – 96,6

Urinária 

4

4,30

1,38 – 11,2 

Fecal

3

3,23

0,83 – 9,80

Nutrição inadequada 

Presente 

 

37

 

39,78

 

29,9 – 50,4

Ausente 

56

60,22

49,5 – 70,0 

Pele com descamação

Presente 

 

23

 

24,73

 

16,6 – 34,9

Ausente 

70

75,27

65,0 – 83,3

Pele ressecada

Presente 

 

34

 

36,56

 

26,9 – 47,2

Ausente 

59

63,44

52,7 – 73,0 

Período prolongado em superfície rija 

Presente 

 

61

 

65,59

 

54,9 – 74,9 

Ausente 

32

34,41

25,0 – 45,0 

Pressão sobre saliência óssea 

Presente 

 

64

 

68,82

 

58,2 – 77,8

Ausente

29

31,18

22,1 – 41,7 

Redução da mobilidade 

Presente 

 

73

 

78,49

 

68,5 – 86,0

Ausente 

20

21,51

13,9 – 31,4 

Sobrepeso

Presente

 

36

 

38,71

 

28,9 – 49,4 

Ausente 

57

61, 29

50,5 – 71,0 

Tabagismo 

Presente

 

11 

 

11,83

 

63,3 – 20,5 

Ausente 

82

88,17

79,48 – 93,5

Uso de lençóis com propriedade de redução da mobilidade 

Presente 

 

39

 

41,94

 

31,9 – 52,6

Ausente

54

58,06

47,3 – 68,0  

     Fonte: Dados da pesquisa.

 


No tocante à inferência diagnóstica, o diagnóstico Risco de lesão obteve uma significativa prevalência de 98,92%, estando presente em quase todos os participantes do estudo, apresentando a média de número de fatores de risco presentes de 10,31 (desvio padrão de 3,22). 

Em relação aos fatores de risco, os mais prevalentes nos participantes do estudo foram: atrito em superfície (78,49%) e redução da mobilidade (78,49%), seguido de forças de cisalhamento (73,12%). Os fatores de risco com menor prevalência foram: hipertermia (3,23%), tabagismo (11,83%) e pele com descamação (24,73%).  O reconhecimento e identificação do perfil sociodemográfico e clínico do paciente traumato-ortopédico conduz o enfermeiro a traçar estratégias e intervenções conforme a realidade do paciente, a entender suas necessidades biopsicossociais. Esse conhecimento, permite o olhar clínico e crítico direcionado a segurança do paciente, especificamente, para a prevenção de lesão por pressão.

 

 

DISCUSSÃO

Conforme a análise dos dados do presente estudo, houve predominância do sexo feminino, se assemelhando aos dados de outros estudos. Um estudo sobre a prevalência de lesão por pressão, em uma unidade ortopédica em um hospital universitário do interior de São Paulo, constatou predominância de 53,3% de mulheres(11,12).

Um estudo realizado com idosos com fratura proximal de fêmur, apresentou predominância de 63% de mulheres, entre os pacientes atendidos na clínica ortopédica do estudo(13). Em um estudo sobre os fatores preditivos de LP, apresentou que a maioria dos participantes eram do sexo feminino (75,2%)(14).

Quanto a idade, alguns estudos demonstraram média de idade superior a 50 anos(15,16). Em contrapartida, o presente estudo apresentou média de idade menor, com 48,29 anos. Assim, considera-se que o internamento para tratamento cirúrgico por traumas ortopédicos no local do estudo é predominantemente de adultos jovens. Dado esse, nos desperta a reflexão sobre uma idade de efetiva produção no mercado de trabalho, com consequente contribuição para o desenvolvimento econômico.

O número de participantes sem companheiros (as) se assemelha a um estudo realizado no hospital das clínicas em pacientes vítimas de múltiplos traumas, onde que 53,2 não possuíam companheiros(17). Para tanto, o fato de obter um companheiro(a) se faz importante no processo de acompanhamento na internação e no período de recuperação domiciliar, sendo o cônjuge o principal suporte e apoio.

A maior parte dos participantes eram aposentados, seguidos de agricultores. Os aposentados, considerados idosos, estão expostos aos mesmos mecanismos de traumas que a população em geral, embora as dimensões que os traumas ocorrem se diferem. É possível que os que os mesmos estejam em plena atividade para práticas ainda laborais ou qualquer atividade que o exponha a risco, como a queda de própria altura. Estudos apontam que quedas em 35 pacientes geriátricos podem ser mais graves que em pacientes adultos jovens(18).

A significativa predominância de pacientes que se autoidentificassem como pardos (91,40%) assemelhando-se a um estudo com prevalência de 80,4%(19). Vale ressaltar que o estudo foi realizado na cidade de Crato, na região do Cariri do estado do Ceará. No ano de 2017, no Nordeste e no Ceará, 74,6 e 71,9% se autodeclararam preto e pardos(20).

A renda familiar apresentou valor médio de 1.114, 93 (mil cento e quatorze reais e noventa e três centavos) valor um pouco maior do salário mínimo do ano, uma realidade também não distante do Sul do país, onde um estudo realizado em Minas Gerais que identificou os diagnósticos de enfermagem mais frequentes em pacientes submetidos às cirurgias ortopédicas, demostrou que a maioria dos investigados obtinham renda família inferior a três salários mínimo(21).

Quanto a escolaridade, apresenta média de 7,86 em anos, número de anos de anos de estudos referente ao ensino fundamental incompleto, sendo um baixo nível de escolaridade, corroborando com estudos existentes(22). Dado esse que denota o baixo nível de instrução e informação dos participantes do estudo.

Quanto a parte do corpo mais afetada, os estudos mostram que pacientes vítimas de traumas ortopédicos, tem como seguimentos do corpo mais afetado mais afetados os membros, sejam eles superiores ou inferiores, pela relação com a menor proteção dessas regiões. Considera-se que a pelve, regiões da cabeça e tórax apresentam menor incidência(16,23,24).

Os traumas ortopédicos em membros superiores são comuns causas de admissões em serviços de emergência, principalmente em vítimas de acidentes de trânsito, considerando que as extremidades são mais vulneráveis ao trauma direto ou após a vítima ser arremessada para fora do veículo. Em relação aos motociclistas, estes, apenas obtêm a proteção para a cabeça, deixando os membros sem proteção(16). Estudos apontam predominância de lesões traumato-ortopédicas em membros superiores(16,25).

Um estudo aponta que os traumas ortopédicos apresentam um impacto socioeconômico significativo no cenário brasileiro. A parte do corpo afetada, pode influenciar desde o tipo de tratamento, ao tempo de internação, recuperação, reabilitação, até o comprometimento de futuras atividades a serem realizadas. Assim, as lesões de membro superior por muitas vezes comprometem o desempenho nas atividades diárias, a princípio, as atividades laborais, levando por vezes ao afastamento do trabalho(26).

Destaca-se que entre os pacientes investigados 80,65% estavam em período pré-operatório e 19,35% em período pós-operatório. Dentre as condutas terapêuticas ao paciente com lesões ortopédicas destaca-se o tratamento cirúrgico e o conservador. Entre as alternativas terapêuticas, o procedimento cirúrgico é o tratamento mais utilizado, conforme alguns estudos16. Estudo realizado em um hospital secundário do estado de Minas Gerais, traz evidências de que 76,8 dos pacientes expostos a fraturas ósseas foram submetidos a cirurgias(1).

No tocante aos parâmetros clínicos (sinais vitais) mensurados, os mesmos seguem os padrões de normalidade no que diz respeito a média: Pressão Arterial Sistólica 120,89; Pressão Arterial Diastólica 77,83 mmHg; Frequência cardíaca 74,82 bpm; Frequência Respiratória de 16,59 irpm; Temperatura 36,31o. Essas medidas indicativas de funcionalidade dos sistemas, são semelhantes aos valores médios alguns estudos(9,17,27).

A incidência de Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivos Médicos em um estudo realizado na Holanda em pacientes vítimas de trauma com suspeita de lesão medular foi de 20,1%. Nesse estudo, os dispositivos de imobilização foram os que mais ocasionaram LP, entre esses, a tala imobilizadora(28)

            A imobilização ortopédica deve seguir as recomendações de utilização de materiais de baixo volume, com objetivo de proteção e conforto da região lesionada, para a diminuição entre a região afetada e o material de gesso, e a adequada técnica de imobilização. A eficácia da imobilização através do seguimento dessas instruções contribui na preservação da integridade da pele(29)

Os dados da presente investigação quanto a prevalência de pacientes com o uso de dispositivos de imobilização ortopédica (61,29%) diverge do estudo onde obteve a predominância de tratamento ou indicação cirúrgica em associação com o tratamento conservador (uso de imobilização ortopédica) de 21%, e pontua que entre os dispositivos de imobilização mais prevalentes se destacaram a tala gessada, gessos e tipoia(29).  

A notória prevalência do diagnóstico na presente população conduz reflexões acerca da importância da identificação dos fatores de risco que predispõe o desenvolvimento de LP. Para tanto, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), por meio do Processo de Enfermagem (PE) como um método utilizado para se implantar, uma teoria, surge como para direcionar o raciocínio crítico e reflexivo, contribuindo na identificação acurada das necessidades e respostas humanas afetadas(8).

O desenvolvimento de LP é um evento adverso complexo, de origem multifatorial, que inclui fatores intrínsecos e extrínsecos. Considerado um problema de saúde pública, na maioria das vezes evitável. Para a prevenção da LP, é essencial o conhecimento dos fatores de risco, condição clínica do paciente e realidade nas instituições de saúde. 

            Diante disso, verificou-se que dois dos fatores de risco mais prevalentes no estudo são considerados extrínsecos, sendo esses, respectivamente, atrito em superfície, forças de cisalhamento. A prevalência dos mesmos, pode ter relação com a intensidade e resistência dos tecidos as forças de abrasão (fricção, pressão e cisalhamentos) que levam ao dano celular(30)

Fricção e cisalhamento são fatores distintos, porém, possuem associação e na maioria das vezes se apresentam juntos. A combinação desses fatores extrínsecos, em conjunto com a umidade e pressão, contribui para a diminuição do aporte sanguíneo a pele e tecidos, levando gradativamente a isquemia tecidual(30). No processo de validação do DE Risco de úlcera por pressão, fricção e cisalhamento apresentou respectivamente média de concordância entre os especialistas de 0,90 e 0,89(30).

            No contexto do paciente traumato-ortopédico, a permanência no leito por restrição de mobilidade dos seguimentos afetados, a dificuldade de mudança de decúbito do paciente devido a dispositivos ortopédicos, e ainda a ausência de acompanhantes no momento da internação até a alta hospitalar, são fatores contribuintes para a ocorrência da fricção e cisalhamento em decorrência da exposição do atrito da pele contra o lençol e a cama. Um estudo afirma que as limitações decorrentes do trauma ortopédico são importantes fatores para a ocorrência de LP(30)

Percebe-se, portanto, uma intrínseca relação do fator de risco Redução da mobilidade presente na NANDA – I com o fator Déficit do autocuidado. Ainda, pode apresentar relação com o indicador clínico (condição associada) História de trauma, nessa investigação, história de trauma ortopédico. 

Contata-se que um dos fatores contribuintes para LP presente nessa investigação, é a presença de Déficit de autocuidado. A condição de saúde obtém relação direta com funcionalidade ou a incapacidade das funções dos órgãos, sistemas e estruturas do corpo(30).

De acordo com a NANDA-I(6), pacientes com escores de Braden <17 são classificados como população em risco. Diante da estratificação do risco para desenvolvimento de LP através da avaliação dos parâmetros determinados por Braden (percepção sensorial, mobilidade, umidade, atividade, fricção e cisalhamento e nutrição) para a determinação do escore total, a média desse indicador no estudo foi de 16,7 com desvio padrão de 2,16. 

Por conseguinte, nesse estudo, os indivíduos investigados, estiveram menos expostos ao fator de risco hipertermia (3,23%), sendo esse o de menor prevalência. A literatura afirma que a hipertermia dificulta a homeostase do organismo, induz a instabilidade do funcionamento enzimático e ainda alteração das vias de metabólicas que dependem de oxigênio, levando a hipóxia tecidual. Assim, a diminuição da oxigenação tecidual, em conjunto com outros fatores, torna eminente o risco para LP(29).

Estudos sobre validação do DE Risco de úlcera por pressão, o fator de risco de Hipertermia foi excluso dos estudos, não sendo validado pelos especialistas por se tratar de um consequente e não de um antecedente(9,30).

Desse modo, cabe ao profissional de enfermagem utilizar das escalas para avaliação de risco para LP, conforme recomenda os programas de melhoria da qualidade da assistência e gestão da clínica, como oportunidade de um diagnóstico de enfermagem mais acurado, determinação dos indivíduos mais vulneráveis e estabelecer intervenções especificas. É oportuno a apropriação dos enfermeiros quanto ao uso das taxonomias, para a útil documentação e recuperação das informações, pesquisa e análise.

 

CONCLUSÕES

O estudo constatou a predominância de participantes do sexo feminino, em sua maior parte, aposentadas, de média de idade de 46 anos, de baixa escolaridade e com renda maior que um salário mínimo. Diante da análise do perfil clínico, evidenciou-se a prevalência de pacientes avaliados no período pré-operatório, em maioria, com acometimento de membros superiores, em uso de imobilização ortopédica, com parâmetros (sinais vitais) clinicamente estáveis. 

Diante do processo de inferência diagnóstica, verificou-se a prevalência do diagnóstico de Risco de lesão por pressão na maioria dos investigados, com elevada média de número de fatores de risco por paciente. Os fatores de risco mais prevalentes foram: atrito em superfície, redução da mobilidade, forças de cisalhamento, conhecimento insuficiente do cuidador sobre lesão por pressão e déficit do autocuidado. Em contrapartida, os fatores de risco menos prevalentes foram: hipertermia, tabagismo e pele com descamação.

 

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Contribuições dos autores:

Domingos JEP. contribuiu substancialmente na concepção e planejamento do estudo, análise e interpretação dos dados, redação e aprovação final para publicação.

Silva NO, Cavalcante VO, Andrade VS. contribuíram na obtenção dos dados, revisão e aprovação final. Silva Filho J.A contribuiu na interpretação dos dados, revisão crítica e aprovação final.

Gadelha NAS, Viana MCA. contribuíram na concepção e planejamento do estudo, revisão crítica e aprovação final da publicação.


 

Submissão: 09-08-2022

Aprovado: 07-10-2022