ARTIGO DE REVISÃO
USO DO CHATBOT NO ENFRENTAMENTO DA ANSIEDADE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
CHATBOT USE IN COPING WITH ANXIETY: AN INTEGRATIVE REVIEW
USO DE CHATBOTS PARA HACER FRENTE A LA ANSIEDAD: UNA REVISIÓN INTEGRATIVA
1Diego da Silva Ferreira
2Camila Barroso Martins
3Ingridy Marina Pierre Barbalho
4Nathanael de Souza Maciel
5Brena Shellem Bessa de Oliveira
6Maria Salete Bessa Jorge
1Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, Brasil, ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6314-5405
2Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Brasil, ORCID: https://orcid.org/0009-0009-9343-0598
3Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil, ORCID: : https://orcid.org/0000-0001-5696-4114
4Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, Brasil, ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5088-011X.
51Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, Brasil, ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6142-1421
6Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, Brasil, ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6461-3015
Autor correspondente
Diego da Silva Ferreira
Rua
José Lopes da Costa, 365, Guaiuba-Ceará, Brasil. CEP:61890-000, telefone: +55(85)981903676
e
E-mail: prof.diego.ferreira.enfermeiro@gmail.com.
Submissão: 15-01-2024
Aprovado: 27-03-2024
RESUMO
Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde, a ansiedade é considerada um problema de saúde pública e requer estratégias inovadoras de enfrentamento, como por exemplo, o uso do chatbot que é uma inteligência artificial capaz de simular diálogo com os usuários. Objetivo: Investigar informações sobre o uso do chatbot no enfrentamento da ansiedade. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A questão norteadora foi elaborada com base na estratégia PICO. A questão norteadora foi “Quais as evidências disponíveis na literatura sobre o uso do chatbot no enfrentamento da ansiedade?”.A busca ocorreu em março de 2022 nas seguintes bases: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, Scopus, Cochrane, Web of Science e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Resultados: Foram identificados 592 artigos nas buscas empregadas nas bases de dados selecionadas para a condução da revisão, sendo excluídas 22 publicações duplicadas e, após a leitura de títulos, resumos e descritores, 11 artigos foram analisados na íntegra. De acordo com os artigos analisados, os chatbots podem oferecer conteúdos relacionados a autoavaliação guiada e dicas para as seguintes áreas: estresse, ansiedade, depressão, sono e autoestima. O uso do chatbot em saúde mental pode engajar usuários e reduzir significativamente os sintomas de ansiedade, depressão e níveis de estresse. Considerações finais: Há um potencial impacto dos chatbots como uma intervenção transdiagnóstica de baixo custo no enfrentamento da ansiedade que pode ser amplamente divulgada para melhorar a saúde mental de milhões de pessoas em todo o mundo.
Palavras-chave: Ansiedade; Saúde Mental; Inteligência Artificial; Chatbot; Cuidados em Saúde.
ABSTRACT
Introduction: According to the World Health Organization, anxiety is considered a public health problem and requires innovative coping strategies, such as the use of chatbots, which are artificial intelligence capable of simulating dialogue with users. Objective: To investigate information on the use of chatbots in coping with anxiety. Method: This is an integrative literature review. The guiding question was based on the PICO strategy. The guiding question was: "What evidence is available in the literature on the use of chatbots in coping with anxiety?" The search took place in March 2022 in the following databases: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, Scopus, Cochrane, Web of Science and Latin American and Caribbean Health Sciences Literature. Results: 592 articles were identified in the searches used in the databases selected to conduct the review, 22 duplicate publications were excluded and, after reading the titles, abstracts and descriptors, 11 articles were analyzed in full. According to the articles analyzed, chatbots can offer content related to guided self-assessment and tips for the following areas: stress, anxiety, depression, sleep and self-esteem. The use of chatbots in mental health can engage users and significantly reduce symptoms of anxiety, depression and stress levels. Final considerations: There is a potential impact of chatbots as a low-cost transdiagnostic intervention in coping with anxiety that can be widely disseminated to improve the mental health of millions of people around the world.
Keywords: Anxiety; Mental Health; Artificial intelligence; Chatbot; Healthcare.
RESUMEN
Introducción: Según la Organización Mundial de la Salud, la ansiedad se considera un problema de salud pública y requiere estrategias de afrontamiento innovadoras, como el uso de chatbots, que son inteligencias artificiales capaces de simular el diálogo con los usuarios. Objetivo: Investigar informaciones sobre el uso de chatbots en el afrontamiento de la ansiedad. Método: Se trata de una revisión bibliográfica integradora. La pregunta guía se basó en la estrategia PICO. La búsqueda se realizó en marzo de 2022 en las siguientes bases de datos: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, Scopus, Cochrane, Web of Science y Latin American and Caribbean Health Sciences Literature. Resultados: Se identificaron 592 artículos en las búsquedas utilizadas en las bases de datos seleccionadas para realizar la revisión, se excluyeron 22 publicaciones duplicadas y, tras la lectura de los títulos, resúmenes y descriptores, se analizaron 11 artículos en su totalidad. Según los artículos analizados, los chatbots pueden ofrecer contenidos relacionados con la autoevaluación guiada y consejos para las siguientes áreas: estrés, ansiedad, depresión, sueño y autoestima. El uso de chatbots en salud mental puede implicar a los usuarios y reducir significativamente los síntomas de ansiedad, depresión y niveles de estrés. Consideraciones finales: Consideraciones finales: Existe un impacto potencial de los chatbots como intervención transdiagnóstica de bajo coste para abordar la ansiedad que puede difundirse ampliamente para mejorar la salud mental de millones de personas en todo el mundo.
Palabras clave: Ansiedad; Salud Mental; Inteligencia Artificial; Chatbot; Sanidad.
INTRODUÇÃO
A ansiedade pode ser entendida como um sentimento de difícil explicação que gera uma sensação desconfortável, seguida por resposta autonômica com uma percepção de preocupação ocasionada pelo presságio de perigo, permitindo o sujeito tomar medidas para enfrentar a possível ameaça(1).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente um bilhão de pessoas vivem com algum transtorno mental, sendo estes os principais responsáveis pela deficiência, ocasionando um em cada seis anos vividos com deficiência(2). Dados apontam que uma em cada 10 pessoas no mundo sofre de algum sofrimento mental, isto equivale a 10% da população global. Isso representa aproximadamente 700 milhões de pessoas. É válido salientar que a ansiedade e depressão aumentaram em torno de 25% no ano de 2020(2).
As pessoas ansiosas exibem dificuldade para relaxar, queixas somáticas que não ocasionam alterações em exames de imagem e laboratoriais que causam hiperatividade autonômica (ex. palidez, sudorese, taquipneia, tensão muscular e vigilância aumentada)(3). Reconhece-se atualmente que a ansiedade é um quadro de sofrimento mental frequente, causando sofrimento e disfunção na vida das pessoas e consequentemente afeta a qualidade de vida e modo de viver do sujeito.
A detecção precoce pode prevenir repercussões negativas na vida do sujeito como: medo de sair de casa; choro; dificuldade de relacionamento com as pessoas, transtorno de ansiedade generalizada, fobias, entre outras(4). Neste sentido, existe a necessidade do desenvolvimento de estratégias inovadoras no enfrentamento da ansiedade e nesta perspectiva surge a Inteligência Artificial que é uma tecnologia aplicada em diversos cenários, inclusive na saúde mental.
O uso das tecnologias tem se intensificado nos diversos níveis de atenção à saúde, nos serviços suplementares e na rede privada de assistência(5). O seu emprego tem a eficácia de modificar e oportunizar a promoção da saúde de diferentes grupos e problemas, como a ansiedade, pois a ampliação do acesso às tecnologias cooperam para a constituição de diversos contextos onde a informação de saúde se faz presente(6).
Diante disto, surge o chatbot, um tipo de inteligência artificial, que é um programa computacional de conversação que simula diálogos humano incluindo processos de classificação de palavras, processamento de linguagem natural e inteligência artificial, além de varreduras simples de palavras-chave e bancos de dados que vinculam frases comuns e respostas predefinidas, que ajudam o chatbot a adaptar as respostas a uma entrada específica do usuário e otimizam os atendimentos em serviços de saúde complexos(7).
Além disso, o uso do chatbot promete agilizar e automatizar os serviços ofertados diminuindo as demandas para os profissionais que se encontram sobrecarregados nos serviços de saúde, diminuição dos custos, democratização do acesso aos serviços de saúde, entre outros(5). É válido salientar que a Organização Mundial da Saúde aponta que os serviços de saúde mental ofertados as pessoas são precários, há falta de investimentos, poucos profissionais especializados atuam na área de saúde mental e que um entre 10 habitantes do mundo necessita de cuidados de saúde mental em alguma parte da sua vida(2).
Com a incorporação do chatbot na saúde mental, a perspectiva é que esta tecnologia possa fornecer apoio substancial à administração de cuidados de saúde e melhora da assistência médica, deixando mais resolutiva. Ele pode ser usado para analisar as respostas dos pacientes e sugerir diferentes tipos intervenções (mudanças comportamentais, como caminhar, meditar e técnicas de relaxamento) ou sugerir a consulta médica (dependendo do quadro clínico), em algumas situações, se houver preocupações com a segurança imediata do paciente ou de pessoas próximas a ele, o chatbot poderá enviar um alerta ao médico do paciente; ajudar no rastreio de pacientes através de aplicações que são facilmente instaladas em smartphone ou através de chatbots que podem auxiliar a psicoterapia(8).
A escassez de profissionais de saúde poderá ter um impacto negativo no tratamento de doenças mentais, pois muitos sujeitos que necessitam de auxílio médico não obterão êxito em conseguir assistência que precisam(9).
Nesta perspectiva, os serviços de saúde e saúde mental como um sistema complexo e extenso necessita de intervenções informatizadas para auxiliar na gestão, necessidades e demandas dos processos de trabalho em saúde, dos cidadãos, forneçam subsídios para a prática profissional, a geração de conhecimento e o controle social(2,5,6).
O uso da informatização e tecnologia em saúde necessita ser evidenciado, tendo em vista que vivemos em um mundo globalizado, dinâmico e conectado através da internet com novos equipamentos e tecnologias. É importante salientar que algumas profissões da saúde carecem de elementos que os tornem aptos a utilizarem estas tecnologias na sua prática profissional(2,5,6). Neste sentido, investigar sobre o uso do chatbot na saúde mental no enfrentamento da ansiedade se faz necessário, pois precisa-se conhecer as tecnologias, aplicabilidade e sua efetividade que são utilizadas no enfrentamento da ansiedade.
Nesta perspectiva, urge a necessidade do desenvolvimento de pesquisas na área da saúde mental com o intuito de detectar lacunas, potencialidades, apontar possibilidades, sugestões para a prática profissional e sugerir novos estudos que ajudem os profissionais na sua atuação. Diante disto, o objetivo do estudo consiste em investigar e discutir informações sobre o uso do chatbot no enfrentamento da ansiedade.
Acredita-se que esta pesquisa contribuirá para mostrar a utilização do chatbot no enfrentamento da ansiedade e sofrimento mental, bem como evidenciar o que se tem produzido até o momento, mostrando assim as potencialidades, fragilidades e lacunas da inteligência artificial tendo em vista que a sociedade contemporânea necessita de estratégias novas e que consigam atingir pessoas em diversos contextos, o que se torna prático e acessível com o uso das tecnologias.
MÉTODOS
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Para o seu desenvolvimento, adotou-se a seguinte sucessão de etapas: identificação do tema e seleção da questão de pesquisa; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão; identificação dos estudos pré-selecionados e selecionados; categorização dos estudos selecionados; análise e interpretação dos resultados; apresentação da revisão e síntese do conhecimento(10).
A questão norteadora foi elaborada com base na estratégia PICO(11) (9).Assim, o primeiro elemento (P=problema), consiste em ansiedade, o segundo (I=Intervenção) uso do chatbot e o terceiro (Co=contexto) foi saúde mental (Quadro 01). Assim elaborou-se a questão norteadora: “Quais as evidências disponíveis na literatura sobre o uso do chatbot no enfrentamento da ansiedade?”.
Quadro 1 – Estratégia PICO para elaboração da questão norteadora.
Estratégia |
Descrição |
P=problema |
Ansiedade |
I=Intervenção |
Uso do chatbot |
Co=contexto |
Saúde mental |
Fonte: Os autores
Os descritores foram buscados no Medical Subject Headings (MeSH) e coincidiram com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Anxiety; Mental Health. Optou-se por usar as seguintes palavras-chave pela necessidade de maior expansão dos resultados da busca: Anxiety Social; Anxiousness; Social Anxiety; Chatbot; Conversational Agent; Relational Agent; Embodied Conversational Agent; Virtual Agent. Utilizou-se os operadores booleanos AND e OR na seguinte combinação: (Anxiety OR Anxiety Social OR Anxiousness OR Social Anxiety) AND (Chatbot OR Conversational Agent OR Relational Agent OR Embodied Conversational Agent OR Virtual Agent) AND (Mental Health). A busca ocorreu em março de 2022 nas seguintes bases: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Scopus, Cochrane, Web of Science (WOS) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), conforme mostrado no quadro 02.
Quadro 02 - Estratégias de buscas nas bases de dados do artigo Uso do chatbot no enfrentamento da ansiedade: uma revisão integrativa, Fortaleza - 2022.
Estratégia de buscas e cruzamento de dados |
Base de dados |
(Anxiety OR Anxiety Social OR Anxiousness OR Social Anxiety) AND (Chatbot OR Conversational Agent OR Relational Agent OR Embodied Conversational Agent OR Virtual Agent) AND (Mental Health) |
MEDLINE |
(Anxiety OR Anxiety Social OR Anxiousness OR Social Anxiety) AND (Chatbot OR Conversational Agent OR Relational Agent OR Embodied Conversational Agent OR Virtual Agent) AND (Mental Health) |
Scopus |
(Anxiety OR Anxiety Social OR Anxiousness OR Social Anxiety) AND (Chatbot OR Conversational Agent OR Relational Agent OR Embodied Conversational Agent OR Virtual Agent) AND (Mental Health) |
Cochrane |
(Anxiety OR Anxiety Social OR Anxiousness OR Social Anxiety) AND (Chatbot OR Conversational Agent OR Relational Agent OR Embodied Conversational Agent OR Virtual Agent) AND (Mental Health) |
Web of science |
(Ansiedade OR Ansiedade Social OR Ansioso) AND ( Chatbot OR Agente Conversacional OR Agente de conversação OR Agente de Conversação incorporado OR Agente Virtual) AND ( Saúde Mental) |
Lilacs |
Fonte: Os autores.
Os critérios de inclusão foram artigos publicados em português, inglês e espanhol sem delimitação temporal. Foram excluídos artigos de revisão, editoriais, relatos de experiência, estudos reflexivos, resenhas, dissertações, monografias, teses, resumos em anais de eventos ou artigos duplicados. A pré-seleção do artigo ocorreu por meio da leitura do título, resumo e descritores e a seleção dos artigos pela leitura na íntegra.
Foram identificados 592 artigos nas buscas empregadas nas bases de dados selecionadas para a condução da revisão, sendo 22 publicações excluídas por estarem duplicadas. Após a leitura de títulos, resumos e descritores, 11 artigos foram analisados na íntegra devido atenderem os critérios de inclusão. Na Figura 1 são apresentadas as etapas da seleção dos artigos.
Figura 01- Fluxograma das etapas de seleção dos artigos, 2022.
Fonte: Os autores.
Para extração dos dados, os autores elaboraram uma planilha no software Microsoft Office Excel© versão 2016, que possibilitou extrair as seguintes informações: título,ano, periódico e principais resultados. As informações foram apresentadas em quadros sinópticos. Para gerenciamento das referências foi utilizado o Rayyan que é um aplicativo gratuito da web desenvolvido pelo Qatar Computing Research Institute (QCRI) que ajuda os autores de revisão sistemática a fazer sua pesquisa de modo rápido, ágil e flexível.
RESULTADOS
Foram incluídos 11 artigos que estavam no idioma inglês. Dos artigos selecionados, cinco artigos foram publicados no ano de 2021; dois no ano de 2020 e dois em 2022. Os artigos que compuseram a análise qualitativa estão apresentados no quadro 02.
Quadro 02 - Artigos sobre o uso chatbot na saúde mental no enfrentamento da ansiedade.
Fonte: Os autores.
DISCUSSÃO
O uso da tecnologia, entre elas, o chatbot tem se intensificado e possibilitado benefícios para os profissionais, gestores e usuários. O desenvolvimento de estratégias acessíveis, como os chatbots, pode ser eficaz para responder demandas de saúde mental, pois quando personalizados eles possuem a capacidade de serem úteis para realizarem atividades educacionais e de cuidados de saúde mental de forma acessível a qualquer momento, sem restrições geográficas(16).
Um chatbot oferece uma solução digital totalmente automatizada, incorporando recursos de gamificação para envolver e motivar as pessoas a concluir uma avaliação de saúde mental no local no qual estão inseridas(7). Sendo assim, pensar no seu emprego no enfrentamento do sofrimento mental e ansiedade é necessário, pois ele pode oferecer informações e orientações sem necessariamente a presença de um profissional. Um chatbot denominado “Atena” ofertou conteúdo psicoeducativo com o objetivo de orientar os usuários sobre estratégias de enfrentamento e melhora do bem-estar mental, através de diálogos conversacionais e materiais educativos audiovisuais que proporcionaram atividades de diminuição do estresse, ansiedade e manejo das emoções de forma assertiva(17).
Um estudo realizado com 181 universitários argentinos, que teve como objetivo avaliar a viabilidade, aceitabilidade e potencial impacto do uso de um chatbot chamado Tess no enfrentamento de sintomas depressivos e ansiosos em universitários, mostrou que houve diferenças significativas no grupo experimental em relação a diminuição nos sintomas de ansiedade e que não foi detectada diferenças no grupo controle(16). Os universitários interagiram trocando mensagens com o Tess e o feedback positivo foi associado a um maior número de mensagens trocadas. Os resultados mostraram evidências inicialmente promissoras da usabilidade e aceitabilidade nos argentinos(16).
Os usuários de outra inteligência artificial chamada Youper também tiveram grande sucesso em regular suas emoções negativas a cada conversa. Dado o baixo custo e o potencial de ampla disseminação do Youper, essas descobertas são particularmente interessantes, pois fornecem evidências preliminares da eficácia como ferramenta de regulação emocional e tratamento transdiagnóstico(19). O mesmo estudo apontou que houve diminuição na faixa de gravidade de sintomas negativos em relação à saúde mental. Assim, à medida que é compreendido os mecanismos da abordagem da terapia de inteligência artificial e a obter uma maior compreensão de como maximizar o envolvimento dos usuários(19).
Usuários do chatbot Wysa, relataram melhora clínica dos sinais e sintomas de ansiedade durante um acompanhamento de 2 meses. Este estudo piloto explorou a viabilidade e o potencial de eficácia da aplicação da intervenção digital de saúde mental em um ambiente ortopédico para pacientes com sintomas coexistentes de depressão e/ou ansiedade. Além disso, o estudo apontou que é possível os profissionais da área ortopédica introduzirem o chatbot como uma intervenção de saúde mental(20). Além dos serviços de saúde esta tecnologia pode ser inserida em outros cenários, como por exemplo, as Universidades.
Universitários do Reino Unido utilizaram o aplicativo BioBase durante 4 semanas e constatou-se que houve redução significativa na ansiedade e um aumento na percepção do bem-estar, com efeitos sustentados num acompanhamento de 2 semanas. Além disso, foi detectada uma redução significativa nos níveis de depressão após o uso de BioBase por 4 semanas(14).
O uso do BioBase mostrou também a eficácia de uma intervenção digital de biofeedback na redução da ansiedade auto referida e no aumento do bem-estar percebido em universitários do Reino Unido. Os resultados sugerem que as intervenções digitais de saúde mental podem ser uma abordagem inovadora para tratar o stress e a ansiedade de universitários, que podem ser associadas ou integradas com outras terapêuticas existentes(14)
Além disso, os chatbots podem oferecer conteúdos relacionados a autoavaliação guiada e dicas para as seguintes áreas: estresse, ansiedade, depressão, sono e autoestima. Uma pesquisa feita com o “iHelpr” utilizou um questionário desenvolvido pela Chatbottest, e a Escala de Usabilidade do Sistema para avaliar a usabilidade do iHelpr contemplando os aspectos mencionados anteriormente. Os participantes deste estudo gostaram de interagir com o chatbot e acharam fácil de usar(22).
O chatbot pode ser uma ferramenta de coleta de informações que podem servir de subsídios para enfrentamento da ansiedade e outros sofrimentos mentais. Para verificar ainda mais esta nova solução, um estudo de validação comparando-a com outros formatos, como entrevistas presenciais ou pesquisas on-line, além de incluir uma análise de viabilidade e satisfação, seria o próximo passo lógico(7). Neste sentido é imperativo a participação dos usuários na construção, usabilidade e avaliação da inteligência artificial para que ocorra maior adesão e seja significativo para os usuários.
O uso de um chatbot de saúde mental pode engajar usuários e reduzir significativamente os sintomas de ansiedade, depressão e níveis de estresse. O maior envolvimento com ele, medido pelo número de respostas enviadas pelo usuário, também prediz menor ansiedade e sintomas depressivos no acompanhamento(15). Utilizar instrumentos que detectam ansiedade e formas de intervir neste contexto é relevante e necessário(19).
Em um estudo onde foi realizada a avaliação do Youper em plataformas digitais, os usuários avaliaram o aplicativo com alta pontuação. Eles relataram que os sintomas de ansiedade e depressão diminuíram nas primeiras 2 semanas de uso do aplicativo. As melhorias da ansiedade foram mantidas nas 2 semanas subsequentes, mas os sintomas de depressão aumentaram ligeiramente com um tamanho de efeito pequeno. Uma proporção maior de tentativas bem-sucedidas de regulação emocional previu significativamente maior redução dos sintomas de ansiedade e depressão(19).
Um estudo com universitários sobre ansiedade sugere que a psicoeducação, uma estratégia usada para instruir sobre o comportamento apresentado, em especial o interpessoal, para que a pessoa aprimore suas habilidades e consciência, por si só pode reduzir os sintomas de sofrimento psicológico, entretanto, os resultados devem ser vistos com cautela e as descobertas precisem ser replicadas(18). Este estudo, no entanto, demonstra que um agente de conversação baseado em texto projetado para espelhar o processo terapêutico tem o potencial de oferecer um método alternativo e envolvente para cerca de 10 milhões de universitários nos Estados Unidos que sofrem de ansiedade e depressão(12).
Outro estudo desenvolvido com o chatbot “Tess” mostrou melhoras na ansiedade em condição experimental, pois houve uma diminuição estatisticamente significativa nos sintomas em até oito semanas (13). O uso de chatbots para abordar as condições de saúde mental pode contribuir para o tratamento de grandes populações e atender às necessidades daqueles que não têm acesso ao tratamento(13).
A novidade do “Tess” é que é uma plataforma personalizável, que permite o conteúdo ser customizado, alinhando com uma forma específica de tratamento ou demografia do usuário, intervenções baseadas em entrevistas motivacionais e ativação comportamental(13). O “Tess” realizou intervenções em uma variedade de modalidades psicológicas, como terapia cognitiva comportamental, terapia baseada em mindfulness, terapia focada na emoção, terapia de aceitação e compromisso, entrevista motivacional, terapia de autocompaixão e psicoterapia interpessoal(13)
Um estudo detectou diferença estatisticamente significativa entre o grupo controle e os dois grupos de teste 1 e 2 para sintomas de ansiedade. Os grupos relataram uma redução significativa nos sintomas de ansiedade, enquanto o grupo controle não(13). Os métodos terapêuticos tradicionais permitem a avaliação emocional em muitos níveis diferentes, incluindo expressões faciais, sinais corporais, tom de voz e linguagem(13). A Inteligência Artificial psicológica usada neste estudo forneceu intervenções por meio de conversas e, portanto, a identificação de emoções foi limitada à linguagem. Nesta perspectiva, os chatbots possuem pontos que precisam ser melhorados e avaliados(13).
Os benefícios do chatbot são inegáveis, entretanto, estudos com métodos mais robustos são necessários para avaliar sua efetividade, benefícios clínicos, impactos na saúde mental, viabilidade de incluir intervenções digitais de saúde mental nas vias terapêuticas existentes, para assim ser incentivado abordagens preventivas e orientadas para a intervenção à saúde mental, adaptadas às necessidades dos indivíduos(14,16,20).
Sendo assim alguns pontos negativos que dificultam a utilização do chatbot e diminuição do sofrimento mental como a ansiedade na inteligência artificial são: conversa não criativa, sem surpresa, conversas não inteligentes provaram uma grande aversão aos usuários, repetição de informações, perguntas semelhantes ao longo do dia, questões relacionadas à privacidade, repetitividade da conversa pelo chatbot, problemas de conectividade e pouca usabilidade. fazem com que os usuários percam o interesse(21). Consequentemente, os desenvolvedores devem trabalhar para corrigir os pontos fracos de seus aplicativos e investir mais em áreas que os usuários consideram importantes para gerenciar suas condições de sofrimento mental(21)
Eventualmente, isso deve melhorar a adoção pública de aplicativos projetados para condições de saúde mental, como ansiedade e depressão. Entre os temas positivos, descobrimos que facilidade de uso, fornecimento de suporte, boa conversa humana e proporcionar sentimentos de elevação do humor foram percebidos como indicadores de atributos desejados(21).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta revisão mostrou uma síntese de estudos realizados por pesquisadores, desenvolvedores de inteligência artificial no enfrentamento da ansiedade, saúde mental e bem-estar utilizando a inteligência artificial. Os estudos mostraram que os aplicativos chatbots tem o potencial de aliviar a ansiedade e outros sofrimentos mentais, entretanto, novas pesquisas são necessárias para avaliar o real efeito das aplicabilidades destas tecnologias se configuram como um novo campo de pesquisa a ser explorado (terapêutica digital).
Os resultados destacam o potencial impacto dos chatbots como uma intervenção transdiagnóstica de baixo custo, autoguiado, de maior alcance em locais onde as pessoas não teriam acesso a serviços presenciais, ampliação do acesso a informações de cuidados com a saúde mental, redução de custos relacionados a atendimento humanos, praticidade e redução de custos para o usuário do serviço de saúde.
Os chatbots quando elaborados de forma envolvente, interativos, com conteúdo compreensível, possuem o potencial de fornecer orientações, cuidados e intervenções a usuários-alvo acessíveis a qualquer momento sem restrições geográficas, ajudando no manejo dos sentimentos e emoções. Além disto, as intervenções digitais de saúde mental podem constituir uma nova abordagem para tratar o estresse e a ansiedade em diversos públicos, podendo ser associadas e/ou integradas a outros tratamentos terapêuticos existentes.
As intervenções digitais de saúde mental podem constituir uma nova abordagem para tratar o estresse e a ansiedade em diversos públicos, podendo ser associadas e/ou integradas a outros tratamentos terapêuticos existentes. Além disto, as intervenções digitais de saúde mental podem constituir uma nova abordagem para tratar o estresse e a ansiedade em diversos públicos, podendo ser associadas e/ou integradas a outros tratamentos terapêuticos existentes.
O presente estudo apresentou limitações, como por exemplo, a busca ter sido feita somente por um pesquisador, sem revisão por pares e baixo número de artigos incluídos nos resultados. Desta forma sugere-se novos estudos onde os pesquisadores avaliem e validem os chatbots; utilizem outros descritores e bases de dados, e tracem outros métodos de pesquisa.
Neste sentido, evidenciou-se um novo campo de pesquisa em uma sociedade globalizada, dinâmica e interativa sobre o uso da inteligência artificial na saúde. Os chatbots são ferramentas incorporadas no cuidado à saúde mental, fornecimento de orientações para o enfrentamento do estresse, ansiedade, depressão, promoção da saúde mental e cuidado com a saúde que necessitam de novas pesquisas.
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Fomento e Agradecimento: "O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001” e O Programa de Pesquisa para o SUS – PPSUS da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Declaração de conflito de interesses “Nada a declarar”
Contribuições dos autores
Todos os autores contribuíram substancialmente para a concepção ou desenho do estudo; ou a aquisição, análise ou interpretação de dados do estudo; Elaboração e revisão crítica do conteúdo intelectual do estudo; Aprovação da versão final do estudo a ser publicado. Responsável por todos os aspectos do estudo, assegurando as questões de precisão ou integridade de qualquer parte do estudo
Editor Científico: Ítalo Arão Pereira Ribeiro. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0778-1447
Editor Associado: Edirlei Machado dos-Santos. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1221-0377