ARTIGO ORIGINAL
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE DIABETES MELLITUS TIPO 2: ANÁLISE DE VARIÁVEIS
SOCIOECONÔMICAS E CLÍNICAS
ASSESSMENT OF KNOWLEDGE ABOUT TYPE 2 DIABETES MELLITUS: ANALYSIS OF SOCIOECONOMIC AND
CLINICAL VARIABLES
EVALUACIÓN DEL CONOCIMIENTO SOBRE LA DIABETES MELLITUS TIPO 2: ANÁLISIS DE VARIABLES
SOCIOECONÓMICAS Y CLÍNICAS
https://doi.org/10.31011/reaid-2024-v.98-n.3-art.2234
1Clarissa Galvão da Silva Lopes
2Ana Helia de Lima Sardinha
3Maria de Fátima Santos Sales
4Ana Beatriz Torres da Silva
5Joelson dos Santos Almeida
6Amanda Silva de Oliveira
1,2,3,4,5,6 Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Brasil.
1 ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5561-8997
2 ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8720-6348
3 ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8471-4064
4 ORCID: https://orcid.org/0009-0006-3494-612X
5 ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6926-7043
6 Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão - HUUFMA/EBSERH.
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0787-9989
Autor correspondente
Ana Beatriz Torres da Silva
Av. dos Portugueses, 1966 - Vila Bacanga, São Luís - MA, Brasil. 65080-805. Contato: +55(98) 98741-0297,
E-mail: ana.bts@discente.ufma.br.
Submissão: 15-04-2024
Aprovado: 22-06-2024
RESUMO
Objetivo: Avaliar o conhecimento sobre Diabetes Mellitus tipo 2 e sua associação com variáveis socioeconômicas e clínicas.
Métodos: Estudo transversal com abordagem quantitativa com 360 usuários acometidos com Diabetes Mellitus tipo 2. A
coleta dos dados foi realizada através do questionário Escala de Conhecimento de Diabetes. Para análise, foi utilizada a
regressão de Poisson, modelagem hierarquizada e estimação das razões de prevalências. Resultados: Foram avaliados 360
usuários, com média de idade de 61,85 anos, com a predominância do sexo feminino (71,94%), destes 59,72% se declararam
pardos, 48,89% aposentados/pensionistas, 62,50% com renda familiar de 1 a 2 salários-mínimos, 43,06% possuíam o ensino
fundamental, 57,22% viviam com companheiro, 35,56% possuíam o diagnóstico de diabetes mellitus de 5 a 14 anos, cerca de
48,89% usavam medicações antidiabéticas, 80,28% apresentavam outras comorbidades e 68,06% não apresentavam
complicações do Diabetes Mellitus. Quando avaliado o grau de conhecimento sobrea doença, 71,67% dos entrevistados
obtiveram escores superiores a 8, indicando um grau elevado de conhecimento, houve associação estatística com o tempo de
diagnóstico de 5 a 14 anos (p: 0,034), tempo de diagnóstico de 15 a 24 anos (p: 0,043) e faixa etária de 40 a 59 anos (p:
<0,001). Conclusão: Identificou-se associação estatística entre o conhecimento sobre o diabetes e as variáveis tempo de
diagnóstico e faixa etária, que demonstram fatores de proteção para o conhecimento sobre o Diabetes Mellitus. O
conhecimento dos usuários acometidos com Diabetes Mellitus tipo 2 foi satisfatório, porém alguns fatores estão associados a
obtenção dos mesmos.
Palavras-chave: Diabetes Mellitus Tipo 2; Conhecimento; Fatores Socioeconômicos.
ABSTRACT
Objective: To assess knowledge about type 2 Diabetes Mellitus and its association with socioeconomic and clinical variables.
Methods: A cross-sectional study with a quantitative approach involving 360 patients with type 2 diabetes mellitus. Data was
collected using the Diabetes Knowledge Scale questionnaire. Poisson regression, hierarchical modeling and estimation of
prevalence ratios were used for analysis. Results: 360 users were assessed, with an average age of 61.85 years, with a
predominance of females (71.94%), of these 59.72% declared themselves to be brown, 48.89% retired/pensioners, 62.50%
with a family income of 1 to 2 minimum wages, 43.06% had primary education, 57.22% lived with a partner, 35.56% had been
diagnosed with diabetes mellitus for between 5 and 14 years, around 48.89% used antidiabetic medication, 80.28% had other
comorbidities and 68.06% had no complications from diabetes mellitus. When the level of knowledge about the disease was
assessed, 71.67% of the interviewees obtained scores above 8, indicating a high level of knowledge, and there was a statistical
association with the time since diagnosis of 5 to 14 years (p: 0.034), time since diagnosis of 15 to 24 years (p: 0.043) and age
group of 40 to 59 years (p: <0.001). Conclusion: Statistical association between knowledge of diabetes and diagnosis time
variables and age group, which demonstrate protective factors for knowledge of Diabetes Mellitus. The knowledge of users
affected by type 2 Diabetes Mellitus was satisfactory, but some factors are associated with their knowledge.
Keywords: Diabetes Mellitus Type 2; Knowledge; Socioeconomic Factors.
RESUMEN
Objetivo: Evaluar los conocimientos sobre la Diabetes Mellitus tipo 2 y su asociación con variables socioeconómicas y
clínicas. Métodos: Estudio transversal con enfoque cuantitativo en el que participaron 360 pacientes con Diabetes Mellitus
tipo 2. Los datos se recogieron mediante el cuestionario Diabetes Knowledge Scale. Para el análisis se utilizó regresión de
Poisson, modelización jerárquica y estimación de ratios de prevalencia. Resultados: Se evaluaron 360 usuarios, con una edad
media de 61,85 años, con predominio del sexo femenino (71,94%), de ellos el 59,72% se declararon castaños, el 48,89%
jubilados/pensionistas, el 62,50% con ingresos familiares de 1 a 2 salarios mínimos, el 43,06% tenían estudios primarios, el
57,22% vivía en pareja, el 35,56% tenía un diagnóstico de diabetes mellitus de entre 5 y 14 años, alrededor del 48,89%
utilizaba medicación antidiabética, el 80,28% tenía otras comorbilidades y el 68,06% no presentaba complicaciones derivadas
de la diabetes mellitus. Cuando se evaluó el nivel de conocimientos sobre la enfermedad, el 71,67% de los entrevistados
obtuvieron puntuaciones superiores a 8, lo que indica un alto nivel de conocimientos, existiendo una asociación estadística con
el tiempo transcurrido desde el diagnóstico de 5 a 14 años (p: 0,034), el tiempo transcurrido desde el diagnóstico de 15 a 24
años (p: 0,043) y el grupo de edad de 40 a 59 años (p: <0,001). Conclusión: Asociación estadística entre el conocimiento de la
diabetes y las variables tiempo desde el diagnóstico y grupo de edad, que demuestran factores protectores para el conocimiento
de la Diabetes Mellitus. El conocimiento de los usuarios afectados por Diabetes Mellitus tipo 2 fue satisfactorio, pero algunos
factores están asociados a su conocimiento.
Palabras clave: Diabetes Mellitus tipo 2; Conocimiento; Factores Socioeconómicos.
INTRODUÇÃO
As doenças crônicas não transmissíveis (doenças cardiovasculares, doenças respiratórias
crônicas, câncer, diabetes, e outras) constituem uma das mais desafiadoras questões de saúde pública
global, principalmente quando se trata de morbimortalidade populacional, qualidade de vida e
desenvolvimento econômico das nações¹, correspondendo a 72% das causas de mortes, sendo a maioria
dos óbitos atribuíveis às doenças do aparelho circulatório, ao câncer, às doenças respiratórias crônicas e
ao diabetes. Cabe ressaltar que as principais causas dessas doenças incluem fatores de risco modificáveis,
como tabagismo, consumo nocivo de bebida alcoólica, inatividade física e alimentação inadequada².
Nesse contexto, destaca-se o Diabetes Mellitus (DM) que corresponde a um grupo
heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia, resultado de defeitos na
ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambas³. Esta constitui em um importante problema de
saúde pública, com estimativas globais indicando que 382 milhões de pessoas vivem com diabetes (8,3%)
e esse número poderá chegar a 592 milhões em 20354.
A forma mais frequente entre os tipos de diabetes é o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) em 90-
95% dos casos que expõe as pessoas a um período mais longo de possível hiperglicemia e, com isso, o
maior risco de complicações crônicas³. Tais consequências do diabetes mellitus decorrem de alterações
micro e macrovasculares a longo prazo que levam à disfunção, ao dano ou à falência de múltiplos órgãos.
Neste cenário, destaca-se as pessoas idosas que possuem maior vulnerabilidade para o desenvolvimento
dessas complicações, que na maioria dos casos, poderiam ser prevenidas por meio da adoção de medidas
simples de autocuidado e mudanças no estilo de vida5.
É fundamental considerar o contexto social e clínico dos pacientes com DM2 a fim de
desenvolver estratégias que garantam fácil acesso aos serviços de saúde além do incentivo a mudança de
estilo de vida. As características sociodemográficas e clínicas da população como baixa escolaridade,
baixa renda, presença de sobrepeso/obesidade, revelam dificuldades relacionadas ao uso de medicações e
seguimento de plano alimentar adequado6.
Destaca-se que o cuidado integral à pessoa com diabetes deve compreender os aspectos
psicossociais e culturais, motivando e fortalecendo a pessoa e a família para conviver com a condição
crônica, e os profissionais da saúde possuem papel relevante no empoderamento dos pacientes acerca do
autocuidado. Assim, a cada atendimento deve ser reforçada a percepção de risco à saúde, o conhecimento
sobre a doença, o tratamento e a prevenção das complicações, além de intervir por meio de estratégias que
permitam a compreensão dos fatores subjetivos, emocionais, sociais e ambientais que afetam a
capacidade de autogerir o tratamento, o que possibilita a definição de metas individuais e o
acompanhamento sistemático de cada caso, de maneira integral e individualizada7.
Tendo em vista que o cuidado das complicações do DM depende principalmente das
modificações do estilo de vida e das práticas do autocuidado e que estudos que avaliam a associação da
aquisição do conhecimento com variáveis socioeconômicas e clínicas dos usuários utilizam métodos
estatísticos diferentes, buscou-se com esse estudo, avaliar o conhecimento sobre Diabetes Mellitus tipo 2
e sua associação com variáveis socioeconômicas e clínicas.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo do tipo transversal com abordagem quantitativa, realizado no
ambulatório de endocrinologia do Hospital Universitário de referência em São Luís MA. Para compor a
amostra, elegeram-se os seguintes critérios de inclusão: usuários com diagnóstico de Diabetes Mellitus
tipo 2 de ambos os sexos, com idade maior ou igual a 18 anos, e aqueles que apresentarem condições para
comunicar-se com a pesquisadora. Já os critérios de exclusão foram: diabetes mellitus tipo 1, diabetes
gestacional, intolerância à glicose e aqueles com tempo de diabetes inferior a seis meses.
Os participantes foram selecionados de forma aleatória, sendo o sorteio realizado nos dias da
semana em que havia o atendimento aos pacientes no ambulatório com universo dos pacientes marcados
até ser atendido o tamanho amostral estipulado. O cálculo amostral foi obtido de forma probabilística,
com base nas amostras encontradas em estudos disponíveis na literatura científica que tratavam da mesma
temática8. Para o cálculo, foi utilizada a fórmula n= [Z2α/2pq/ E2], onde foi considerado o vel de
confiança de 95%, com margem de erro absoluto de 5% e proporção de baixo conhecimento sobre
diabetes de 60% resultando em 369 pacientes, porém 6 pessoas foram excluídas por limitações
físicas/cognitivas e 3 pessoas recusaram a participar do estudo pelas seguintes razões: preocupação com a
consulta médica ou transporte e por falta de tempo, resultando em 360 entrevistados.
A coleta dos dados foi realizada no período de fevereiro a julho de 2019 por pesquisadores
previamente treinados. Cada pesquisador dirigia-se aos usuários que se encontravam no ambulatório à
espera das consultas com endocrinologista, nutricionista ou psicólogo. A pesquisa foi realizada em uma
sala reservada, disponibilizada pela instituição, favorecendo a privacidade entre o pesquisador e o
usuário. Vale ressaltar que se optou por aplicar os instrumentos em forma de entrevista em virtude da
baixa escolaridade dos usuários.
O primeiro questionário era formado por questões abertas e fechadas, segundo variáveis
socioeconômicas (idade, sexo, raça, ocupação, renda, escolaridade, estado civil e procedência) e clínicas
(Tempo de diagnóstico: tempo de DM em meses; Doenças de base: considerada a presença de outras
doenças autorreferidas pelos usuários, categorizada em sim ou não; Complicações: compreende a
presença das complicações crônicas do DM, categorizada em: sim ou não; Tratamento: considerado o tipo
de tratamento categorizado em: oral, insulina e terapêutica mista) elaborado pela pesquisadora.
Em seguida, aplicado o questionário - Diabetes Knowledge Scales Questionnaire - traduzido e
validado no Brasil9, conhecido como Questionário da Escala de Conhecimento de Diabetes que avalia os
diferentes aspectos relacionados ao conhecimento geral do Diabetes mellitus. Este apresentava 15 itens
sobre diferentes aspectos relacionados ao conhecimento geral sobre o DM, dividido em cinco dimensões:
1) fisiologia básica; 2) hipoglicemia; 3) grupos de alimentos e suas substituições; 4) gerenciamento de
Diabetes Mellitus na intercorrência de alguma outra doença; 5) princípios gerais dos cuidados da
doença10. A escala de medida é de 0-15 e cada item é medido com escore um (1) para resposta correta e
zero (0) para incorreta. Os itens de 1 a 12 requerem uma única resposta correta. Para os itens de 13 a 15
algumas respostas são corretas e todas devem ser conferidas para obter o escore um (1). Um escore maior
que 8 indica maior conhecimento sobre o Diabetes Mellitus9.
Os dados foram inseridos em planilha eletrônica no programa Microsoft Office Excel®2019,
com aplicação da técnica de dupla digitação com vistas à verificação de possíveis erros de transcrição.
Em seguida, foi realizada a transposição dos dados para o programa STATA 12.0®. As variáveis foram
apresentadas por meio de tabelas e gráficos, quando variáveis qualitativas organizadas em frequências
absolutas e relativas, e quando variáveis quantitativas testadas quanto à normalidade pelo teste de Shapiro
Wilk e pelo teste de Kolmogorov Smirnov. Os dados que apresentaram distribuição normal foram
descritos por meio de média e desvio padrão (DP), enquanto os não normais, como mediana e intervalo
interquartílico.
A estatística descritiva foi realizada para a categorização do estudo quanto às variáveis
socioeconômicas e clínicas. Para o ajuste do modelo foi considerado como variável dependente o
conhecimento sobre o Diabetes Mellitus, categorizada em sim e não.
As variáveis independentes foram agrupadas em três blocos. A escolha das variáveis de cada
bloco levou em consideração a classificação habitual das varveis (demográficas, socioeconômicas e
clínicas) e sua suposta influência em relação ao desfecho. O primeiro bloco (nível distal) foi constituído
pelas variáveis relacionadas com as características socioeconômicas e ocupacionais: sexo, raça e
ocupação. O segundo bloco (nível intermediário) foi formado pelas variáveis relacionadas às
características socioeconômicas e clínicas: faixa etária em anos, renda mensal, estado civil, comorbidades
e tipo de tratamento. Já o terceiro bloco (nível proximal) foi constituído pelas variáveis relacionadas às
características socioeconômicas e clínicas: escolaridade, tempo de diagnóstico e complicações.
Para a análise, utilizou-se o modelo de regressão de Poisson com variância robusta, uma vez
que a variável dependente é binária e sua prevalência foi superior a 10%. Após estimação dos valores das
razões de prevalência (RP), tendo como referência RP=1, seus respectivos intervalos de confiança de 95%
(IC95%) e determinação dos valores de p, as variáveis independentes que apresentaram p <0,20 foram
selecionadas para a análise ajustada.
Para análise multivariada também foi utilizada a regressão de Poisson com variância robusta e
modelagem hierarquizada para controle de possíveis fatores de confusão e estimação das razões de
prevalências entre as variáveis independentes e o desfecho.
As variáveis foram incluídas por etapas hierarquizadas em 3 níveis, conforme demonstrado,
de acordo com o fluxograma (Figura 1). Durante o processo de modelagem foram eliminadas aquelas
variáveis com nível de significância superior a 5%.
Figura 1 - Modelo teórico de análise hierarquizada para o conhecimento sobre Diabetes Mellitus.
No primeiro momento, foram incluídas de uma vez, as variáveis do nível distal que na
análise univariada não ajustada apresentaram p<0,20. No modelo ajustado para este nível, permaneceram
somente aquelas que tiveram o nível de significância 0,05.
Mantidas as variáveis do nível distal, o passo seguinte foi incluir as variáveis do nível
intermediário, que apresentaram p<0,20 na análise não ajustada. Estas foram introduzidas no modelo
simultaneamente, independentemente do nível de significância estatística das variáveis do nível distal que
estavam no modelo, permanecendo as variáveis do nível intermediário que mantiveram o nível de
significância 0,05.
Por fim, foram introduzidas as variáveis do nível proximal apresentaram o p valor menor que
0,20 ao lado das variáveis dos níveis anteriores que foram significativas em seus respectivos níveis
hierárquicos. Permaneceram no modelo ajustado para o vel proximal apenas aquelas que obtiveram
significância 0,05, sem retirar nenhuma das variáveis dos níveis distal e intermediário, seja qual for o
nível de significância apresentado por elas. Resultando no modelo final de análise ajustada com três
níveis hierárquicos.
A pesquisa está vinculada ao projeto de pesquisa “DIABETES MELLITUS: avaliação do
conhecimento”, aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade
Federal do Maranhão-UFMA, sob parecer 862.367, atendendo a Resolução nº. 466/12 do Conselho
Nacional em Saúde, que regulamenta a pesquisa científica em seres humanos, garantindo o caráter
sigiloso das respostas e respeitando aos princípios éticos, da confidencialidade e do anonimato11.
RESULTADOS
A população estudada incluiu 360 usuários acometidos com Diabetes Mellitus (DM) tipo 2.
Segundo a caracterização socioeconômica, esses usuários apresentaram média de idade de 61,85 anos
(±10,99), sendo a maioria do sexo feminino (71,94%), cor parda (59,72%), aposentados/pensionistas
(48,89%), com renda familiar entre 1 a 2 salários mínimos (62,50%), com ensino fundamental
completo/incompleto (43,06%) e conviviam com companheiro(a) (57,22%). Quanto às variáveis clínicas,
35,56% dos pacientes possuíam o diagnóstico de DM entre 5 a 14 anos, 80,28% apresentavam
comorbidades, 68,06% não possuíam complicações do DM e 48,89% utilizavam como tratamento os
antidiabéticos orais (Tabela 1).
Tabela 1 - Distribuição dos usuários acometidos com Diabetes Mellitus tipo 2, segundo dados
socioeconômicos e clínicos, São Luís MA, 2019.
Variáveis
N= 360
%
Idade
18-39
10
2,78
40-59
127
35,28
60-79
206
57,22
80 anos ou mais
17
4,72
Sexo
Feminino
259
71,94
Masculino
101
28,06
Raça
Branca
80
22,22
Preta
59
16,39
Amarela
6
1,67
Parda
215
59,72
Ocupação
Aposentado(a)/Pensionista
176
48,89
Afastado
38
10,56
Ativo
103
28,61
Sem remuneração
43
11,94
Renda Familiar
1 a 2 salários mínimos*
225
62,50
3 ou mais salários mínimos
84
23,33
Sem renda
51
14,17
Escolaridade
Ensino Superior Completo/Incompleto
36
10
Ensino Médio Completo/Incompleto
148
41,11
Ensino Fundamental Completo/Incompleto
155
43,06
Analfabeto
21
5,83
Estado Civil
Com companheiro
206
57,22
Sem companheiro
154
42,78
Tempo de diabetes (anos)
0 a 4 anos
118
32,78
5 a 14 anos
128
35,56
15 a 24 anos
90
25,00
25 anos ou mais
24
6,67
Comorbidades
Sim
289
80,28
Não
71
19,72
Complicações
Sim
115
31,94
Não
245
68,06
Tipo de tratamento
Hipoglicemiante Oral
176
48,89
Insulina
56
15,56
Terapêutica mista
126
35
Outros
2
0,56
*Salário mínimo vigente em 2019: R$ 988,00.
No que se refere ao conhecimento sobre o DM, pode-se verificar que a maioria dos
participantes (71,67%) apresentaram escores maiores que 8 e que apenas 28,33% destes apresentaram
escores menores ou igual a oito (Tabela 2).
Tabela 2 - Distribuição dos usuários acometidos com Diabetes Mellitus tipo 2 segundo o conhecimento,
São Luís MA, 2019.
Variável
Escore
n
%
Conhecimento
>8
258
71,67
≤8
102
28,33
Na análise não ajustada, as variáveis distais e intermediárias que demostraram significância
estatística foram: raça preta (OR: 2,44; p: 0,025), ser aposentado (OR: 1,84; p: 0,042) e faixa etária de 40
a 59 anos (OR: 0,29; p: 0,001). Já a variável proximal que demonstrou significância estatística com o
conhecimento sobre o Diabetes Mellitus foi tempo de diagnóstico de 5 a 14 anos (OR: 0,50; p: 0,028).
No modelo final ajustado da análise hierarquizada após introdução das variáveis do nível
proximal, mantiveram associação estatisticamente significativa: tempo de diagnóstico de 5 a 14 anos
(OR: 0,67; p: 0,034), tempo de diagnóstico de 15 a 24 anos (OR: 0,69; p: 0,302) e faixa etária de 40 a 59
anos (OR: 0,45; p: <0,001).
Tabela 3 - Modelo final da análise hierarquizada das variáveis distais + intermediárias + proximais em
relação ao conhecimento sobre o Diabetes Mellitus, São Luís MA, 2019.
Variáveis *RP **IC ***p
Tempo de diagnóstico de 5 a 14 anos
0,67
0,034
Tempo de diagnóstico de 15 a 24 anos
0,64
0,043
Faixa etária de 40 a 59 anos
0,45
<0,001
* Razão de Prevalência;
** Intervalo de Confiança;
***Valor de p calculado a partir do Modelo de Regressão de Poisson com variância robusta
Um tempo maior de diagnóstico de doença (5 a 24 anos) está associado como fator de
proteção para o conhecimento sobre o Diabetes Mellitus. Assim como o tempo de diagnóstico, a faixa
etária entre 40 a 59 anos está associada como fator de proteção para o conhecimento sobre o DM.
DISCUSSÃO
O emprego do Questionário da Escala de Conhecimento de Diabetes teve uma boa aceitação
pelos pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 e permitiu avaliar o escore do conhecimento e os diferentes
aspectos relacionados ao conhecimento geral da doença. Assim, percebe-se que o uso dos instrumentos
validados possibilita o estabelecimento de linguagem comum entre os profissionais de saúde e áreas afins,
bem como uma ferramenta para avaliação de respostas às terapêuticas utilizadas e comparação de dados
ao longo do tempo12.
Os resultados deste estudo mostraram um conhecimento satisfatório sobre o DM, no qual
71,67% dos usuários com DM tipo 2 apresentaram escores maiores que oito. Em relação ao
conhecimento, o resultado encontrado na nossa pesquisa corrobora com o estudo realizado em um
município de Minas Gerais, no qual foi observado que 181 (81,5%) dos indivíduos com DM2
apresentaram escores maiores que oito, indicando conhecimento satisfatório quanto à doença13
confirmado também pela pesquisa realizada em Ribeirão Preto, na qual 83,3% possuem conhecimento
satisfatório sobre a doença14.
Pode-se atribuir um escore satisfatório nos estudos apresentados pela implementação de
programas de ensino desenvolvidos pela equipe multiprofissional nas práticas clínicas e pelos indivíduos,
acompanhados em unidades de saúde, tenderem a obter mais informações, vivências e suporte para
maiores esclarecimentos sobre o DM15. Assim, além de disponibilizar ao paciente todas as informações
acerca do cuidado para o manejo do DM durante a internação hospitalar, é necessário acompanhá-lo por
determinado período de tempo, colaborando para a tomada de decisões frente às inúmeras situações que a
doença impõe10.
Somado a isso, outro fator que justifica este bom resultado a respeito do conhecimento é o
tempo de acompanhamento que os usuários acometidos com DM fazem nas unidades de saúde, revelando
que um acompanhamento bastante tempo, contribui para que sejam bem instruídos a respeito da
doença15.
Pode-se observar o grande desafio dos usuários em compreender e incorporar as informações
recebidas e transformá-las em comportamentos e hábitos de vida. Neste sentido, os profissionais da saúde
em suas estratégias de educação em saúde devem funcionar como mediadores de informações e
conhecimentos, com o objetivo de esclarecer vidas e orientar para boas práticas de vida, utilizando a
comunicação ativa e uma linguagem de fácil compreensão na abordagem de diversas temáticas sobre o
diabetes16. Assim, a equipe multiprofissional deve elaborar estratégias de educação em saúde para
melhorar os conhecimentos dos pacientes acompanhados pela unidade de saúde, adaptando as atividades
e a didática de acordo com os níveis de escolaridade encontrados e conhecidos17.
Quando avaliado o nível de conhecimento e as variáveis socioeconômicas e clínicas dos
usuários acometidos com diabetes mellitus tipo 2, encontrou-se uma associação significante entre o
conhecimento com a idade e tempo de diagnóstico. Um estudo que utilizou o método estatístico
semelhante ao apresentado, demonstrou que as variáveis associadas ao conhecimento sobre diabetes
foram idade (OR = 2,08; IC95% = 1,32-3,25, p = 0,001) e a escolaridade (p = 0,002; OR = 2,24; IC95% =
1,33-3,76), revelando que a idade esteve associada a um baixo conhecimento e que exerce influência no
autocuidado 18.
Corroborando com o estudo, Justo19 ao identificar o perfil do usuário acometido com Diabetes
Mellitus quanto à compreensão, aprendizagem e qualidade de vida em 330 usuários, percebeu que com o
aumento da idade os escores relacionados ao conhecimento diminuem, pois, quando analisou a faixa
etária e sexo da população, os participantes com idade inferior a 60 anos apresentaram melhores escores
em relação ao conhecimento sobre o DM quando comparados aos participantes acima de 60 anos. E,
ainda afirma, que a população feminina encontrou mais dificuldades em responder corretamente,
diferente do estudo na qual o sexo não mostrou-se associado, tal fato pode estar relacionado à pouca
quantidade de indivíduos do sexo masculino em relação ao feminino.
Torres, Pace e Stradioto20 estudaram 105 indivíduos com DM tipo 2 atendidos em
ambulatório de referência no ano de 2006 e encontraram que homens e mulheres também o diferiram
estatisticamente com relação à pontuação no questionário de conhecimento sobre o DM. E, ao
relacionarem as variáveis sociodemográficas (sexo, idade e escolaridade) ao escore do instrumento sobre
o conhecimento do DM, mostraram que em relação à idade, não apresentou entre os grupos de idades dos
indivíduos diferença estatisticamente significante, assim como não diferem entre si quanto ao nível de
escolaridade dos indivíduos, divergindo assim com os resultados do presente estudo19.
No estudo do Recife, os autores encontraram que escores insuficientes de conhecimento
obtiveram associação positiva com idade mais avançada, morar com outras pessoas, baixa escolaridade e
baixo nível socioeconômico, revelando que a idade pode ser um fator impeditivo de aquisição de
competências ao nível do autocuidado e da sua gestão21. Corroborando com o estudo, a Sociedade
Brasileira de Diabetes3 declara que pacientes idosos e/ou de baixa escolaridade podem apresentar
dificuldades em conseguir preparar a quantidade exata do tratamento com insulinas, resultando em mau
controle glicêmico dos indivíduos.
Em um estudo realizado em Ribeirão Preto com 123 pessoas acometidas com Diabetes
Mellitus tipo 221, ao relacionar conhecimento e atitudes desses usuários, a escolaridade e o tempo da
doença, encontraram associação com p-valor < 0,01 e 0,02 respectivamente, semelhante a este estudo em
relação ao tempo de doença que se observa tal associação. Após a análise, tem-se que um tempo maior de
diagnóstico de doença (5 a 24 anos) está associado como fator de proteção para o conhecimento, pois as
necessidades dos usuários com diagnóstico mais recente podem ser maiores em comparação aos que
convivem com a doença mais tempo. O estudo de Barreto22 que também aborda sobre o conhecimento
sobre o DM identificou que o grupo de diabéticos com mais tempo de doença apresentou melhor
pontuação do que os recém-diagnosticados, representando 70,37% dos usuários que obtiveram oito
pontos ou mais no questionário.
Outro estudo23 que descreveu os fatores clínicos, psicológicos e sociais que afetam o
conhecimento de pacientes veteranos com Diabetes Mellitus tipo 2, mostrou que o conhecimento foi
insatisfatório e que a idade, anos de escolaridade, duração do tratamento, função cognitiva, sexo e nível
de depressão foram determinantes do conhecimento, independente da pontuação do questionário. Os
achados do presente estudo também mostram que existe associação significativa entre o conhecimento e
idade.
Assim, percebe-se que os profissionais de saúde são essenciais para a aquisição do
conhecimento desses usuários, isso ratificado pelo estudo de Corgozinho24 cujo objetivo foi verificar a
associação entre o tempo de contato na prática educativa e os níveis de conhecimento, atitude psicológica
e autocuidado em Diabetes Mellitus. Neste, demonstra-se que a quantidade de tempo gasto no programa
educativo está associada à aquisição de conhecimento e à melhora do autocuidado dos usuários.
Como limitação do estudo, a escolha do desenvolvimento da pesquisa em apenas uma unidade
hospitalar justificada pela prática acadêmica de uma das autoras no hospital federal, pode limitar a
aplicação do estudo para como base de discussão de outros trabalhos. Além disso, o cálculo amostral não
foi realizado com base no número conhecido da população do ambulatório, optando-se pelo cálculo com
base nos estudos existentes de prevalência do desfecho. Ainda assim, este estudo pode ser reproduzido em
outros cenários.
CONCLUSÕES
O Diabetes Mellitus é caracterizado como uma DCNT de grande importância pública, que
pode desencadear complicações severas às pessoas acometidas com a comorbidade. Diante desse cenário,
o conhecimento sobre essa doença e os cuidados essenciais fazem diferença quanto ao autocuidado da
população dependente de um estilo de vida e hábitos saudáveis para o controle da mesma. O DM tipo 2,
por ser o mais comum e ocasionar um período mais longo de hiperglicemia, tem como consequência, se
desregulado, o surgimento de complicações crônicas. Portanto, compreender os fatores que interferem no
conhecimento dos pacientes acerca da enfermidade pode gerar melhor adesão ao tratamento.
De acordo com a pesquisa realizada, pode-se identificar que dos 360 usuários com DM tipo 2
em relação as características socioeconômicas, a maioria era do sexo feminino, aposentados/pensionista,
casados/união estável, com renda familiar de 1 a 2 salários-mínimos, com escolaridade maior que 9 anos
de estudo e com idade média de 61,85 anos. Quanto às características clínicas, a maioria dos entrevistados
possuíam tempo de diagnóstico de 5 a 14 anos, apresentavam comorbidades, utilizavam antidiabéticos
orais (ADO) como tratamento e não possuíam complicações do DM.
A análise das variáveis socioeconômicas permitiu conhecer as características dos usuários,
revelando alguns fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento de complicações e
dificuldades para o enfrentamento do DM tipo 2. Percebe-se ainda que o quantitativo de pacientes com
DM tipo 2 é maior em adultos e idosos, informações evidenciadas pela literatura, sendo estes em sua
maioria mulheres, o que sugere que é um público mais frequente. Em relação às variáveis mais distais, a
raça preta, ser aposentado e a faixa etária de 40 a 59 anos demonstraram significância estatística com o
conhecimento sobre o Diabetes.
Pelos dados analisados, o conhecimento dos usuários portadores de diabetes mellitus tipo 2
foi satisfatório no qual verifica-se que a maioria dos participantes 258 (71,67%) obtiveram escores
superiores a 8. Destaca-se ainda associação estatística entre o conhecimento sobre o diabetes e as
variáveis tempo de diagnóstico e faixa etária que demonstram fatores de proteção para o conhecimento
sobre o Diabetes Mellitus.
O autoconhecimento dos usuários que convivem com o Diabetes Mellitus é satisfatório
quanto maior for o tempo de diagnóstico e menor for a faixa etária. Nesses termos, os profissionais da
saúde precisam identificar esses fatores como impeditivos e necessários para adaptação de linguagem e
acompanhamento adequado ao público, sempre buscando promover educação em saúde de qualidade.
Assim, para que haja uma maior compreensão e motivação por parte dessas pessoas, os profissionais de
saúde devem dispensar uma atenção diferenciada, adequando-a as características sociodemográficas do
indivíduo e aos aspectos culturais, particularmente as crenças que alicerçam as atitudes e mantêm os
comportamentos do indivíduo, com efeito de estabelecer uma educação estruturada de maneira contínua e
progressiva e de favorecer a adesão ao tratamento para a promoção do controle metabólico.
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Fomento e Agradecimento:
A pesquisa não recebeu financiamento.
Critérios de autoria (contribuições dos autores)
Clarissa Galvão da Silva Lopes. Revisão da literatura
Ana Hélia de Lima Sardinha. Contribuição e análise do planejamento do estudo
Maria de Fátima Santos Sales. Correção e formatação do manuscrito
Ana Beatriz Torres da Silva. Correção e formatação do manuscrito
Joelson dos Santos Almeida. Revisão da literatura
Amanda Silva de Oliveira. Análise crítica do manuscrito
Declaração de conflito de interesses
Nada a declarar.
Editor Científico: Ítalo Arão Pereira Ribeiro. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0778-1447
Rev Enferm Atual In Derme 2024;98(3): e024343