ARTIGO ORIGINAL
CONHECIMENTO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE AVALIAÇÃO DE FERIDAS: PESQUISA TRANSVERSAL
NURSING ACADEMIC’S KNOWLEDGE ABOUT WOUND ASSESSMENT: CROSS-CROSS-SECTIONAL RESEARCH
CONOCIMIENTO ACADÉMICO DE ENFERMERÍA SOBRE EVALUACIÓN DE HERIDAS: INVESTIGACIÓN TRANSVERSAL
https://doi.org/10.31011/reaid-2025-v.99-n.1-art.2456
1Beatriz Siqueira Costa Lopes
2Letícia dos Santos Cabral
3Maria Luiza de Medeiros Amaro
4Robson Giovani Paes
5Marlise Lima Brandão
1Hospital Angelina Caron, Campina Grande do Sul, Paraná, Brasil; Centro Universitário Autônomo do Brasil, Curitiba, Paraná, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0009-0005-5694-681X
2Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental, Secretaria Municipal de Saúde/Fundação Estatal de Atenção à Saúde, Curitiba, Paraná, Brasil; Centro Universitário Autônomo do Brasil, Curitiba, Paraná, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0009-0003-0624-0603
3Faculdade Herrero, Curitiba, Paraná, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7880-3258
4Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-6899-4054
5Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil; Centro Universitário Autônomo do Brasil, Curitiba, Paraná, Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-2367-2390
Autor correspondente
Marlise Lima Brandão
R. Konrad Adenauer, 442 - Tarumã, Curitiba, Paraná – Brasil. CEP: 82820-540 contato; +55 (41)988012990. E-mail: mlblise@gmail.com
Submissão: 20-12-2024
Aprovado: 29-01-2025
Introdução: O conhecimento sobre avaliação, estadiamento e prevenção de lesões de pele, é uma atividade que requer interesse e dedicação, de forma responsável e com a devida preocupação que lhe é necessária, desta forma, é necessário fomentar a busca constante do conhecimento ao graduando. Objetivo: Identificar o conhecimento acerca da avaliação de feridas de acadêmicos do último ano da graduação de enfermagem. Método: Pesquisa descritiva quantitativa de recorte transversal, com coleta de dados ocorrida nos meses de abril e maio de 2023, por meio de formulário eletrônico do Google Forms®, contendo 64 questões. Foram incluídos acadêmicos matriculados na disciplina Estágio Supervisionado de Enfermagem I ou II de Centro Universitário Privado do Sul do Brasil, maiores de 18 anos. A amostragem deu-se por Bola de Neve, com apoio das redes sociais WhatsApp® e Instagram®. Os dados foram analisados por frequência simples, relativa, média e desvio padrão. Resultados: Participaram 32 acadêmicos; 81,3% do sexo feminino; idade média 28 anos; 28,1% possuíam formação técnico de enfermagem; 15,6% possuíam aperfeiçoamento em avaliação de feridas; 71,9% sentem-se seguros para avaliar feridas sem a presença de um professor e/ou orientador. Conclusão: Verificou-se que embora possuam segurança e tenham vivenciado a avaliação de feridas em aulas teóricas, práticas de laboratório e de campo, ainda possuem limitações relacionadas a etiologia, pulsos e pele adjacente.
Palavras-chaves: Conhecimento; Estudantes de Enfermagem; Feridas.
abstract
Introduction: The assessment, staging, and prevention of skin injuries are activities that require interest, dedication, responsibility, and appropriate concern. Therefore, it is essential to encourage nursing undergraduates to engage in a continuous pursuit of knowledge. Objective: To identify the knowledge of final-year nursing undergraduates regarding wound assessment. Method: This is a cross-sectional, descriptive quantitative study, with data collection carried out between April and May 2023 using an electronic Google Forms® questionnaire containing 64 questions. Participants included students enrolled in the Supervised Nursing Internship I or II at a private university center in southern Brazil, aged 18 or older. Sampling was conducted using the Snowball method, supported by the social networks WhatsApp® and Instagram®. Data were analyzed using simple and relative frequencies, means, and standard deviations. Results: A total of 32 students participated; 81.3% were female, with an average age of 28 years. Of these, 28.1% had a technical nursing background, and 15.6% had specialized training in wound assessment. Additionally, 71.9% reported feeling confident in assessing wounds without the presence of a professor and/or supervisor. Conclusion: Despite feeling confident and having experienced wound assessment in theoretical classes, laboratory, and field practices, students still face limitations related to etiology, pulse evaluation, and adjacent skin assessment.
Keywords: Knowledge; Students Nursing; Wounds.
RESUMEN
Introducción: El conocimiento sobre la evaluación, estadificación y prevención de lesiones en la piel es una actividad que requiere interés y dedicación, de manera responsable y con la debida preocupación que le es necesaria. De esta forma, es fundamental fomentar la búsqueda constante de conocimiento en los estudiantes de enfermería. Objetivo: Identificar el conocimiento acerca de la evaluación de heridas en estudiantes del último año de la carrera de enfermería. Método: Investigación descriptiva cuantitativa de corte transversal, con recolección de datos realizada en los meses de abril y mayo de 2023, a través de un formulario electrónico de Google Forms®, que contenía 64 preguntas. Se incluyeron estudiantes matriculados en la asignatura de Práctica Supervisada de Enfermería I o II en una universidad privada del sur de Brasil, mayores de 18 años. El muestreo se realizó por el método de Bola de Nieve, con apoyo de las redes sociales WhatsApp® e Instagram®. Los datos fueron analizados mediante frecuencia simple, relativa, media y desviación estándar. Resultados: Participaron 32 estudiantes; el 81,3% eran mujeres; la edad promedio fue de 28 años; el 28,1% tenía formación técnica en enfermería; el 15,6% contaba con capacitación en evaluación de heridas; el 71,9% se sentía seguro para evaluar heridas sin la presencia de un profesor y/o tutor. Conclusión: Se verificó que, aunque los estudiantes presentan seguridad y han experimentado la evaluación de heridas en clases teóricas, prácticas de laboratorio y de campo, aún tienen limitaciones relacionadas con la etiología, los pulsos y la piel adyacente.
Palabras clave: Conocimiento; Estudiantes de Enfermería; Heridas.
INTRODUÇÃO
O enfermeiro é o profissional responsável por realizar o cuidado em feridas, desde o acolhimento do paciente, avaliação, escolha do tratamento a ser utilizado, até a regressão e/ou cura(1), para tanto é necessário que conheça a estrutura e função da pele, bem como os fundamentos básicos para a prevenção, avaliação das lesões e escolha do tratamento(2).
Cabe destacar que o enfermeiro possui autonomia(1) e respaldo legal para avaliação e tratamento de feridas, por meio da Resolução 567/2018(3), assim como raciocínio clínico(4) e competências profissionais para realização de anamnese e exame físico, intervenção singular com vistas a manter a integridade tissular, aliviar o desconforto, promover autoaceitação, assim como deve realizar orientações sobre os cuidados com a pele e prevenção de complicações(5).
Para isso, a qualificação profissional, deve ser adquirira ao longo da formação, assim como o desenvolvimento de competências necessárias para o pensamento crítico-reflexivo, além do contexto em que estão inseridos(6-7).
Entretanto, avaliação de feridas, é um assunto abordado de maneira generaliza e por vezes de forma pontual, ou até mesmo aleatória nos cursos de graduação em Enfermagem, haja visto que na maioria das grades curriculares não existe uma disciplina exclusiva para essa discussão, tornando o conhecimento fragmentado e deficitário(8).
Em relação ao domínio no avanço do conhecimento científico e prático sobre avaliação, estadiamento e prevenção de lesões de pele, é uma atividade que requer interesse e dedicação, de forma responsável e com a devida preocupação que lhe é necessária(9). Desta forma é necessário fomentar a busca constante do conhecimento ao graduando, de forma que possibilite encontrar novos sentidos para enfrentar os desafios do cotidiano, de maneira consciente e comprometida com as mudanças vinculadas ao contexto da saúde(10).
Sendo assim, a questão de pesquisa é: Qual o conhecimento sobre avaliação de feridas de acadêmicos de enfermagem matriculados no último ano da graduação de enfermagem em um Centro Universitário do Sul do Brasil?
Para qual traçou-se como objetivo: Identificar o conhecimento acerca da avaliação de feridas de acadêmicos do último ano da graduação de enfermagem.
MÉTODOS
Trata-se de pesquisa descritiva quantitativa de recorte transversal(11), que seguiu as diretrizes The Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE)(12).
A pesquisa foi realizada em centro universitário, localizado na região nordeste da cidade de Curitiba, Paraná. O referido centro universitário foi reconhecido pelo Ministério da Educação em 2014, no entanto sua criação, ainda como faculdade, ocorreu em 2000. O centro universitário conta com aproximadamente 6000 alunos matriculados, distribuídos em 34 cursos, oferecidos nas modalidades: presencial, educação à distância e smart (13).
A coleta de dados ocorreu nos meses de abril e maio de 2023, por meio de questionário eletrônico elaborado pelas autoras no Google Forms®.
Os critérios de inclusão foram: acadêmicos de enfermagem, de idade maior ou igual a 18 anos, regularmente matriculados na disciplina de Estágio Supervisionado em Enfermagem I ou II na instituição de ensino superior em que a pesquisa foi desenvolvida. Entre os critérios de exclusão: não preencher o campo e-mail no formulário eletrônico, abandonarem o preenchimento do formulário, antes da conclusão de 50% das questões e as acadêmicas responsáveis pela pesquisa (que estavam matriculadas na disciplina de Estágio supervisionado I) foram excluídas da pesquisa.
Para construção do formulário eletrônico, organizado em 15 páginas e 64 questões, com questões sobre etiologia, tamanho, tipo de cicatrização e tecidos, tratamento e desbridamento possíveis, bem como aprendizado, vivências e segurança relacionados ao tema avaliação de feridas (material suplementar), utilizou-se referências que incluíram livros, artigos científicos, protocolos e ainda sociedade de estudos da temática.
O acadêmico de enfermagem teve apenas uma tentativa de resposta, que foi considerada por meio do preenchimento do e-mail institucional, utilizado exclusivamente como base para a contagem de questionários respondidos, haja visto que não permitem a identificação do participante, pois é composto por número sequencial de conhecimento somente do acadêmico e da coordenação de curso, permitindo o anonimato do participante.
Na primeira página do formulário eletrônico, foi disponibilizado o Termo Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), após a leitura o estudante precisou assinalar entre duas opções possíveis: “Aceito participar da pesquisa”, que o direcionou para as questões que compõem o formulário ou “Não tenho interesse em participar da pesquisa”, sendo então direcionado para o encerramento e agradecimentos.
No momento da pesquisa a instituição de ensino, tinha 96 acadêmicos de enfermagem que atendiam matriculadas nas disciplinas de Estágio Supervisionado I e II, segundo autorização de pesquisa fornecida pela coordenação, para tanto buscou-se amostragem intencional de 54 participantes(11), considerando erro amostral de 9,9% e nível de confiança de 95%(14).
O recrutamento dos participantes se deu por Bola de Neve(11), o link para o questionário foi disponibilizado para os representantes de turma, por meio da rede social WhatsApp®, os quais repassaram aos seus pares e assim sucessivamente, essa estratégia foi realizada por seis semanas consecutivas, com intervalo de sete dias entre uma e outra abordagem, com início na primeira semana de abril de 2023.
Devido ao baixo número de respostas, menor que 40% da amostra, as pesquisadoras fizeram contato com as professoras supervisoras de estágio e foram até a reunião semanal da disciplina, que ocorre com os acadêmicos na instituição de ensino, foram realizadas três abordagens presenciais, uma em cada turma de acadêmicos matriculados em Estágio Supervisionado I ou II, convidando-os a participarem da pesquisa por meio de formulário eletrônico.
Ainda sem obtenção da amostra que representasse 40% da população, após sete semanas consecutivas, as pesquisadoras, fizeram a última tentativa de abordagem, que se deu por meio de divulgação da pesquisa nas redes sociais, WhatsApp® e Instagram®, realizado por três dias consecutivos e veiculado ao perfil de cada uma das pesquisadoras nos três turnos (manhã, tarde e noite) e compartilhamento com o perfil da graduação de enfermagem da instituição de ensino. O encerramento da coleta de dados, ocorreu após oito semanas de tentativas de obtenção da amostra, ao final do mês de maio de 2023.
Para organização dos dados, utilizou-se planilha do Microsof Excel® 2016, a fim de permitir a análise descritiva dos dados, apresentados por meio de frequência absoluta e relativa, média e desvio padrão.
A pesquisa está de acordo com os preceitos éticos da Resolução Conselho Nacional de Saúde 466/2012(15), foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do referido centro universitário, sendo aprovado pelo Parecer nº 5.817.855.
RESULTADOS
A pesquisa obteve 34 respostas, no entanto dois participantes foram excluídos, pois não assinalaram a opção que afirmava estarem matriculados na disciplina de Estágio Supervisionado I ou II. Os 32 participantes incluídos, representam 33,3% do total de alunos matriculados nas referidas disciplinas.
Identificou-se que 26 (81,3%) participantes eram do sexo feminino e 10 (31,3%) do sexo masculino. A idade dos participantes variou entre 20 e 49 anos, com idade média de 28 anos e desvio padrão de 7,8. Quando organizados por faixa etária, observou-se que 15 (46,9%) participantes tinham entre 20 e 24 anos, seis (18,8%) entre 25 e 29 anos, sete (21,9%) entre 30 e 34 anos, dois (6,3%) entre 40 e 44 anos e dois (6,3%) entre 45 e 49 anos.
Quanto a formação, 23(71,9%) não possuíam nenhuma formação na área de enfermagem, nove (28,1%) eram técnico de enfermagem, sendo destes um (11,1%) com formação entre 1 e 4 anos; três (33,3%) têm de 5 a 9 anos; três (33,3%) têm entre 10 e 14 anos e dois (22,2%) possuem de 15 a 19 de formação prévia na enfermagem. Na questão que versava sobre curso de aperfeiçoamento em feridas, 27(84,4%) sinalizaram não possuir nenhum aperfeiçoamento e cinco(15,6%) possuíam aperfeiçoamento em feridas e/ou avaliação de feridas.
No que tangem as respostas para as perguntas relacionadas a oportunidades, habilidade e segurança, dos 32 participantes da pesquisa, 30(93,8%) afirmam que a avaliação de feridas foi abordada em sala de aula; 22(68,8%) afirmam que nas aulas práticas de laboratório vivenciaram situações relacionadas a avaliação e tratamento de feridas; 25(78,1%) vivenciaram situações relacionadas a avaliação e tratamento de feridas em aula prática de campo; 23(71,9%) afirmam estar seguros para realizar a avaliação de feridas sem o apoio de um professor(a); 26(81,3%) sentem-se capazes de decidir o tratamento de uma ferida, sem apoio de um professor; 20(62,5%) afirmam que são capazes de orientar sua equipe de trabalho sem o apoio de um professor(a).
Quanto a cicatrização das feridas, 28(87,5%) estudantes assinalaram a definição correta sobre o processo de cicatrização ser afetado por fatores locais, sistêmicos e/ou tratamento tópico inadequado, assim como 20(62,5%) assinalaram adequadamente as fases da cicatrização de feridas. Dos 32 participantes 8(25%) assinalaram corretamente sobre a definição de fase de maturação e 13(40,6%) assinalaram corretamente quanto a definição de cicatrização por primeira intenção.
Na Tabela 1, visualizam-se as respostas relacionadas a mensuração de feridas, quanto a definição de altura, 23(71,9%) dos participantes assinalaram a definição correta e três (9,4%) não sabiam responder à questão; 25 (78,1%) assinalaram a definição correta para largura da ferida, cabe destacar que dois (6,3%) não sabiam responder à questão; quanto a profundidade, 25(78,1%) assinalaram a definição correta, ao passo que cinco (15,6%) não sabiam a resposta.
Outro dado importante, é sobre como deve ser a régua para mensurar a ferida, as respostas apresentaram valores próximos, ou seja, 11(34,4%) acreditavam ser uma régua para cada ferida, indicação correta, enquanto sete (21,9%) julgavam ser uma régua por paciente, nove (28,1%) uma régua que permita a desinfecção e cinco (15,6%) não sabiam a indicação (Tabela 1).
Tabela 1 – Conhecimentos sobre a mensuração das feridas
ITENS |
n |
% |
Para medir uma ferida, deve-se |
||
Utilizar régua descartável para cada uma das feridas |
11 |
34,4% |
Utilizar régua descartável para cada paciente |
7 |
21,9% |
Utilizar régua que permita a desinfecção |
9 |
28,1% |
Não sei |
5 |
15,6% |
Altura é |
||
Maior distância entre as bordas superior e inferior da lesão |
23 |
71,9% |
Maior distância entre as bordas lateral/medial e/ou direita/esquerda da lesão |
6 |
18,8% |
Não sei |
3 |
9% |
Largura é |
||
Maior distância entre as bordas superior e inferior da lesão |
5 |
15,6% |
Maior distância entre as bordas lateral/medial e/ou direita/esquerda da lesão |
25 |
78,1% |
Não sei |
2 |
6% |
Profundidade é |
||
Medir túneis, cavidades e/ou perda tecidual de estruturas profundas da pele |
25 |
78,1% |
Medir túneis, cavidades e/ou perda tecidual de estruturas adjacentes da pele |
2 |
6,3% |
Não sei |
5 |
16% |
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
Na Tabela 2, visualizam-se as respostas quanto aos itens a serem avaliados em uma ferida, 32 (100%) participantes assinalaram bordas, localização e tamanho. Quanto aos itens que os participantes julgaram não haver necessidade de avaliação, 31(96,6%) acadêmicos assinalaram Glasgow, 27(84,4%) temperatura axilar e 20(62,5%) pulsos. Os acadêmicos não sabiam se deveriam avaliar: edema com cinco (15,6%) respostas, dor com quatro (12,5%) e glicemia com três (9,4%).
Tabela 2 – Conhecimento sobre os itens que compõem a avaliação de feridas
ITENS |
VERDADEIRO |
FALSO |
NÃO SEI |
TOTAL |
|||
n |
% |
n |
% |
n |
% |
||
Bordas |
32 |
100% |
0 |
0 |
0 |
0 |
32 |
Dextro (glicemia capilar) |
10 |
31,3% |
19 |
59,4 |
3 |
9,4 |
32 |
Dor |
25 |
78,1% |
3 |
9,4 |
4 |
12,5 |
32 |
Edema |
26 |
81,3% |
1 |
3,1 |
5 |
15,6 |
32 |
Etiologia |
23 |
71,9% |
7 |
21,9 |
2 |
6,3 |
32 |
Exsudato |
31 |
96,9% |
0 |
0 |
1 |
3,1 |
32 |
Glasgow |
0 |
0% |
31 |
96,9 |
1 |
3,1 |
32 |
Localização |
32 |
100% |
0 |
0 |
0 |
0 |
32 |
Odor |
31 |
96,9% |
1 |
3,1 |
0 |
0 |
32 |
Pele adjacente |
30 |
93,8% |
1 |
3,1 |
1 |
3,1 |
32 |
Pulsos |
11 |
34,4% |
20 |
62,5 |
1 |
3,1 |
32 |
Rubor |
31 |
96,9% |
0 |
0 |
1 |
3,1 |
32 |
Sensibilidade |
31 |
96,9% |
0 |
0 |
1 |
3,1 |
32 |
Tamanho |
32 |
100% |
0 |
0 |
0 |
0 |
32 |
Temperatura axilar |
3 |
9,4% |
27 |
84,4 |
2 |
6,3 |
32 |
Temperatura da pele |
25 |
78,1% |
5 |
15,6 |
2 |
6,3 |
32 |
Tecido no leito da ferida |
29 |
90,6% |
1 |
3,1 |
2 |
6,3 |
32 |
Umidade |
32 |
100% |
0 |
0 |
0 |
0 |
32 |
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
Quanto ao conhecimento dos acadêmicos sobre a etiologia das feridas, observa-se que 32(100%) reconhecem a lesão por pressão como possível causa de feridas; 30(93,8%) apontam a laceração e pé diabético; 28(87,5%) identificam a lesão oncológica e cirúrgica; 21(65,6%) e 20(62,5%), afirmaram que úlcera venosa e úlcera arterial, respectivamente, eram etiologias para feridas. Ao passo que 17(53,1%) sinalizaram fratura fechada e 14(43,8%) tala gessada como falso no que tange etiologia de feridas. Destaca-se que 21(65,6%) acadêmicos não sabiam se Skin Tears pode ser considerado etiologia de feridas, assim como sete(21,9%) não sabiam se deiscência é uma possível causa de lesões na pele.
Quanto ao leito da ferida, 23(41,8%) acadêmicos identificaram corretamente a definição de tecido viável e 19(34,5%) a descrição correta para tecido não viável, cabe destacar que oito (14,5%) não sabiam a resposta e cinco (15,6%) assinalaram a definição incorreta.
No que tange a classificação das bordas da ferida, a Tabela 3 aponta que 30(93,8%) participantes assinalaram a opção regular, 27(84,4%) irregular e 22(68,8%) macerada, somente três (9,4%) marcaram a opção não sei.
Quanto as características da pele adjacente, 25(14,0%) acadêmicos marcaram que devem ser observados sinais de inflamação, 24(75,0%) a coloração, 23(71,9%) as condições de hidratação, destaca-se que 18(10,1%) acadêmicos marcaram que devem ser observadas presença de pus na pele adjacente (Tabela 3).
Tabela 3 – Conhecimento sobre características das bordas, leito e pele adjacente da ferida
CLASSIFICAÇÃO |
n |
% |
Quanto as bordas* |
||
Aderida |
18 |
56,3 |
Contraída |
8 |
25,0 |
Discreta |
5 |
15,6 |
Elevada |
15 |
46,9 |
Firme |
9 |
28,1 |
Frouxa |
6 |
18,8 |
Invertida |
7 |
21,9 |
Intensa |
3 |
9,4 |
Irregular |
27 |
84,4 |
Macerada |
22 |
68,8 |
Regular |
30 |
93,8 |
Não sei |
3 |
9,4 |
Quanto a pele adjacente* |
|
|
Coloração (normal/hiperemia/palidez/hiperpigmentação) |
24 |
75,0 |
Condições de hidratação (hidratada/ressecada) |
23 |
71,9 |
Integridade da pele |
22 |
68,8 |
Maceração (excesso de umidade) |
17 |
9,6 |
Presença de eczema (bolhas/crostas) |
15 |
8,4 |
Presença de hiperqueratose |
7 |
3,9 |
Presença de pus |
18 |
10,1 |
Sensação de regeneração |
7 |
3,9 |
Sinais de inflamação (calor, rubor, dor e edema) |
25 |
14,0 |
Tipo de curativo |
15 |
8,4 |
Não sei |
5 |
2,8 |
Quanto ao aspecto do exsudato ǂ |
|
|
Piúrico, serosanguinolento, sanguinolento, seropurulento |
1 |
|
Sanguíneo, purulento, transparente |
2 |
|
Seroso, serosanguinolento, sanguíneo, seropurulento |
1 |
|
Seroso, serosanguinolento, sanguinolento, seropurulento, purulento |
22 |
68,8 |
Não sei |
6 |
18,8 |
Quanto a quantidade do exsudato ǂ |
|
|
Ausente, inferior, superior, média |
0 |
|
Ausente, pequena, moderada, intensa |
22 |
68,8 |
Inferior, superior e média |
2 |
|
Pequena, média, grande. |
2 |
|
Não sei |
6 |
18,8 |
Avaliação dos pulsos ǂ |
|
|
Verificação da presença, intensidade, ritmicidade e tipo de pulso após a lesão |
9 |
28,1% |
Verificação da presença, intensidade, ritmicidade e tipo de pulso antes e após a lesão |
9 |
28,1% |
Verificação da presença, intensidade, ritmicidade e tipo de pulso antes da lesão |
3 |
9,4% |
Não sei |
11 |
34,4% |
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
Nota: *Perguntas aceitavam mais de uma resposta; ǂPerguntas aceitavam apenas uma resposta.
Ainda na Tabela 3, observam-se, as respostas relacionas ao conhecimento acerca do exsudato. Especificamente sobre a quantidade, 23(71,9%) dos participantes marcaram a opção “ausente, pequena, moderada, intensa”, somente cinco (15,6%) alunos não sabiam como quantificar o exsudato. Referente ao aspecto, 22(68,8%) participantes marcaram a opção “seroso, serosanguinolento, sanguinolento, seropurulento”, enquanto seis (18,8%) não tinham conhecimento sobre a classificação do aspecto do exsudato na avaliação de feridas.
Quando questionados sobre verificação de pulsos, a Tabela 3 aponta que nove (28,1%) responderam que “consiste em verificação de presença, intensidade, ritmicidade e tipo de pulso após a lesão”, outros nove (28,1%) acadêmicos assinalaram que “consiste na verificação da presença, intensidade, ritmicidade e tipo de pulso antes e após a lesão, ao passo que 11(34,4%) não sabiam responder à pergunta.
O Gráfico 1, aponta que 22 (23,7%) acadêmicos reconhecem o desbridamento cirúrgico/instrumental, 18 (19,4%) o químico/enzimático, 16 (17,2%) o autolítico, outros 16 (17,2%) o mecânico e 10 (10,8%) não souberam responder.
Gráfico 1 – Conhecimento sobre os tipos de desbridamento de feridas
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
Quando questionados sobre os tipos de coberturas disponíveis para o tratamento de feridas, os acadêmicos assinalaram quantas opções julgaram verdadeiras, destacam-se: Alginato de cálcio e Hidrogel com 21(65,6%) respostas cada; Colagenase, Hidrocoloide e Placa de carvão ativado com 19(59,4%) cada; Alginato de cálcio, Creme de barreira e Espuma de Prata com 17(53,1%) respostas cada, sete (21,9%) dos acadêmicos não souberam responder (Gráfico 2).
Gráfico 2 – Conhecimento sobre os tipos de coberturas disponíveis para tratamento de feridas
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
Nota: Essa questão permitia que os participantes assinalassem mais de uma alternativa.
DISCUSSÃO
No que tange o sexo dos participantes da pesquisa, estudos realizados com estudantes da graduação em enfermagem, em faculdades nas cidades de Curitiba /PR(16), Londrina / PR(17), Salvador / BA(18), Maceió / AL(19), e Sobral / CE(20), corroboram ao que tange o número de participantes do sexo feminino, apontando respectivamente para 87,2%, 91,5%, 82,2%, 85,2% e 78,6%.
A faixa etária dos participantes, foi semelhante ao encontrado em Salvador (BA)(18), onde 43,1% dos participantes tinham entre 20 e 30 anos, assim como em estudo realizado na cidade de Aracaju / SE(21), onde 72,6% dos acadêmicos tinham entre 20 e 30 anos.
Em outros estudos, o percentual de alunos que já possuem formação e/ou atuam na área da saúde, foi de 18,8% em Salvador/BA(18), 33,3% em faculdade de Curitiba/PR(14).
Estudo realizado em Curitiba/PR(16) apontou que 7,7% dos acadêmicos de enfermagem possuem formação extracurricular para avaliação de feridas, com percentual semelhante em estudo realizado com acadêmicos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte(22), onde 88,0% dos participantes assinalaram não ter participado de treinamentos e/ou cursos sobre a temática. Adicionalmente, estudo realizado em Ontário/Canadá(23), apontou que a capacitação para avaliação em feridas é uma condição para tomada de decisão no tratamento de feridas entre profissionais de saúde, corroborando com estudo realizado no Sul do Brasil(24), onde enfermeiros afirmam sentir necessidade de aprimoramento e treinamentos específicos para avaliar feridas.
Dos alunos participantes, em sua maioria, sentiram-se capazes e seguros de prosseguir e orientar uma equipe de enfermagem, para a realização de avaliação, cuidado e tratamento de feridas sem auxílio e suporte de um professor/orientador, isso demonstra a importância da realização de matérias especificas abordadas em sala de aula. Relevante destacar que o aprimoramento do conhecimento científico e prático sobre avaliação, estadiamento e prevenção de lesões de pele demanda interesse e dedicação(9). Estudo realizado em universidade pública da região Nordeste(22), 53,0% dos acadêmicos relataram não ter tido oportunidade de cuidar ou observar o cuidado à pessoa com lesão, dados diferentes do encontrado nesta pesquisa.
Sobre o conhecimento à respeito das fases da cicatrização de feridas, de forma geral reconhecem que o processo de cicatrização pode ser afetado por fatores locais, sistêmicos e/ou tratamento tópico inadequado. Identificou-se que mais da metade dos participantes apresentaram dúvidas quanto a fase de maturação, que é caracterizada pela redução e fortalecimento da cicatriz(25). Estudo publicado em 2019(21), apontou que a falta ou inadequada avaliação das feridas pode afetar os resultados do tratamento e comprometer a tomada de decisão dos profissionais, desta forma, é extremamente necessário que a acadêmicos de enfermagem sejam preparados adequadamente para avaliação de feridas, haja visto o impacto na atuação profissional.
Referente aos conhecimentos sobre a mensuração de feridas, foi perceptível que os alunos responderam de forma assertiva em relação a utilização da régua e sobre a mensuração da altura, largura e profundidade de feridas, assinalando a resposta de acordo com manuais (25-26), protocolos(27) e literatura nacional(28-31) utilizada no ensino sobre avaliação de feridas.
Compreendeu-se que os acadêmicos apresentaram conhecimento sobre os itens necessários na avaliação de feridas, conforme literatura(25, 27-28) a avaliação deve ser registrada de forma detalhada sobre a ferida, descrevendo a localização, etiologia, tamanho, tipo, a coloração de tecido no leito da lesão, quantidade, característica do exsudato, odor e aspecto da pele ao redor. A adequada avaliação possibilita a adoção de condutas a fim de interferir nas situações que possam ser prejudiciais e deste modo, permitir o alcance da completa cicatrização. Por esse motivo, destaca-se a importância da utilização de instrumentos que abordem todos os elementos do processo de cicatrização, além da avaliação integral do indivíduo(32).
A equipe multidisciplinar pode optar por utilizar métodos como o acrômio RYB e TIMERS para avaliar as lesões, uma vez que estas alternativas são dinâmicas para o direcionamento das ações práticas da avaliação e condução do tratamento. O sistema de cores RYB é muito usado no tratamento de úlceras por pressão e ajuda a identificar facilmente os tipos de tecido da pele e qual seu respectivo tratamento(25,27-28,31), já o acrônimo TIMERS trata de seis componentes orientando as decisões de profissionais de saúde, visando a boa cicatrização em seus pacientes(33).
Relacionada as alterações na integridade da pele ressaltou-se que os acadêmicos apresentaram conhecimento referente a etiologia na avaliação de feridas que através de estudos(34) podem ser do tipo traumáticas, cirúrgicas, necrotizantes ou infecciosas, por pressão, em pacientes diabéticos, vasculares, inflamatórias por vasculite, por irradiação, podem ser oncológicas e também congênitas como na hipodermólise bolhosa, todavia, houve um resultado relevante sobre a abordagem de Skin Tears, uma vez que os participantes não possuem o conhecimento sobre o conceito. O termo Skin Tears é conhecido internacionalmente como ferida traumática resultante de fricção e/ou cisalhamento, enquanto que no Brasil o termo é definido como laceração, a falta de especificidade de nomenclatura própria torna-se barreira para implementação de intervenções e técnicas adequadas para o tratamento(35).
Quanto ao conhecimento sobre as características das bordas e leito da ferida, a pesquisa demonstrou que os acadêmicos participantes possuem preparo para realizar as devidas avaliações. No que diz respeito a pele adjacente, o entorno da lesão apenas quatro itens estão acima do esperado, chama atenção que apenas 3,9% avaliaram a presença de hiperqueratose, a qual pode evoluir para fissuras ou outras lesões. Em relação a presença de pus, não é avaliado na pele adjacente, é considerado um conteúdo bacteriano e presente apenas no leito da ferida infectada(25,27-28,31).
A avaliação adequada de uma ferida permite uma tomada de decisão mais apropriada sobre o melhor tratamento. Partindo do pressuposto do papel fundamental dos futuros enfermeiros, pesquisa realizada em universidade do Paraná(36), indicou que os acadêmicos de enfermagem apresentam limitações de conhecimento importantes sobre o tema. Os dados evidenciam que os acadêmicos possuem os conhecimentos básicos sobre bordas e leito da ferida, mas se faz necessário a busca por aprimoramento dos mesmos a partir da temática abordada.
De acordo com o manual de orientações quanto à competência técnico-cientifica ética e legal dos profissionais de enfermagem, os acadêmicos apresentam resultados positivos sobre o entendimento dos termos utilizado na avaliação da quantidade e características do exsudato na ferida(37).
A avaliação e o controle da umidade são fundamentais para a cicatrização, que pode ser prejudicada pelo ressecamento e pelo excesso de exsudato. A escolha de coberturas ideais para o tratamento de feridas está atrelada aos objetivos que se quer atingir, assim como a fase do processo de cicatrização, além de promover um gerenciamento adequado do exsudato(37).
A respeito da avaliação dos pulsos, identificou-se divergência entre os acadêmicos, assim como elevado percentual que não souberam responder. Analisado principalmente nas úlceras venosas e arteriais, é de suma importância a sua verificação antes e após a lesão, uma vez que a corrente sanguínea é responsável pela adequada nutrição e oxigenação dos tecidos. Logo, a ausência de pulsos, indica alterações na circulação, que podem resultar em morte celular e, consequentemente, retardo na cicatrização das lesões(28,38).
Sobre o desbridamento de tecido desvitalizado, com os recursos necessários destacou-se que os futuros enfermeiros, estão cientes dos tipos existentes de desbridamento de feridas, vale ressaltar que a intervenção só deve ser realizada quando houver uma perfusão adequada da ferida(25). Importante ressaltar que de acordo a Resolução n.502 de 2015)(39), faz parte das competências do enfermeiro executar o desbridamento autolítico, instrumental, químico e mecânico. Estudo realizado no Amapá(40), indica que o desbridamento utilizado com maior predominância é o mecânico e enzimático, porém, não foi observada a citação acerca do desbridamento instrumental e o autolítico. Sobre o presente estudo é notável que os acadêmicos apontaram corretamente os itens, todavia os dois mais assinalados na questão, não são os mais recorrentes nos dias de hoje.
Sobre a escolha da cobertura adequada para o tratamento de ferida, acredita-se que os participantes possuem conhecimento necessário para obtenção de um resultado significativo, a fim de reduzir o tempo de reparação tecidual, minimizar complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente(37). O profissional enfermeiro realiza a função de definir estratégias para a prevenção, avaliação e tratamento sendo respaldado dentro da regulamentação do Cofen nº 567/2018(3).
A escolha correta dos medicamentos e coberturas deve visar tanto a cicatrização quanto a prevenção de infecções, para isso ressalta-se a importância do conhecimento dos profissionais das diversas coberturas disponíveis, uma vez que esse conhecimento, implica menor número de manipulações do curativo e, consequentemente, menos dor e menor risco de contaminação(41).
Acima de 50% dos participantes, sinalizaram o uso de hidrogel, alginato de prata, hidrocoloide, placa de carvão ativado e colagenase como tratamentos utilizados em feridas. Uma pesquisa realizada a partir de base de dados(42), fez o levantamento das coberturas mais utilizadas, os achados apontam para ácidos graxos essenciais, placas de hidrocolóide, hidrogel, filme transparente, sulfadiazina de prata e a colagenase. O conhecimento dos participantes sobre a temática demonstra carência no que coincide o aprofundamento a partir dos tipos de coberturas disponíveis, os acadêmicos têm uma experiência básica, porém precisam de aperfeiçoamento contínuo, devido às atualizações dos produtos no mercado, o que lhes permite ter melhor eficiência no tratamento de feridas.
CONCLUSÃO
A pesquisa permitiu identificar o conhecimento sobre avaliação de feridas em acadêmicos de enfermagem matriculados na disciplina de Estágio Supervisionado em Enfermagem I, II, no entanto ficou evidente que embora possuam segurança e tenham vivenciado a avaliação de feridas em aulas teóricas, práticas de laboratório e de campo, ainda possuem limitações sobre o tema, essencialmente em alguns itens da avaliação como etiologia, pulsos e pele adjacente, assim como na escolha do desbridamento.
Entre as facilidades do estudo, menciona-se especialmente o formato de divulgação da pesquisa, que utilizou as redes sociais, WhatsApp e Instagram, que permitiu atingir os acadêmicos de maneira fácil e rápida.
Aponta-se como limitações do estudo, a baixa adesão dos acadêmicos na pesquisa, que pode ter ocorrido por falta de interesse e/ ou disponibilidade para realização do questionário, comprometendo a generalização dos resultados, haja visto que somente 33,3% dos acadêmicos matriculados participaram da pesquisa. Em tempo, outra limitação girou em torno da divulgação da pesquisa pelos representantes de turma e falta de contato presencial com os participantes da pesquisa, que pode ter dificultado a adesão dos estudantes.
Considera-se que esta pesquisa tenha contribuído de forma positiva para a prática profissional dos futuros enfermeiros, apesar das limitações apresentadas. Sugere-se que as instituições de ensino superior busquem formas de adequar seus currículos para proporcionar formação que permita ao futuro enfermeiro avaliar, acompanhar e tratar feridas adequadamente, assim como que novas pesquisas busquem identificar o conhecimento de estudantes e/ou enfermeiros sobre avaliação de feridas, tendo em vista o papel deste profissional em lesões de pele.
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Critérios de autoria (contribuições dos autores)
Lopes BSC, Cabral LS - 1. contribuíram substancialmente na concepção e/ou no planejamento do estudo; 2. na obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados; 3. assim como na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.
Amaro MLM, Paes RG - contribuíram substancialmente na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada.
Brandão ML – 1. contribuiu substancialmente na concepção e/ou no planejamento do estudo; 2. na obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados; 3. assim como na redação e/ou revisão crítica e aprovação final da versão publicada. Coordenadora do estudo.
Fomento e financiamento
Nada a declarar.
Declaração de conflito de interesses
Editor Científico: Francisco Mayron Morais Soares. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7316-2519
Rev Enferm Atual In Derme 2025;99(1): e025023
Anexo 1 - Questionário para levantamento de dados
PÁGINA |
ITEM |
Termo de Consentimento e Critérios de Inclusão |
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Página 1 |
(1.1) Preenchimento do e-mail institucional Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta |
(1.2) Idade (X) Tenho 18 anos ou mais (X) Tenho menos de 18 anos Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta |
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(1.3) Você está matriculado na Disciplina Estágio Supervisionado em Enfermagem I ou II? (X) Sim (X) Não Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta |
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(1.4) Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (X) Aceito participar da pesquisa (X) Não tenho interesse em participar da pesquisa Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta |
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Caracterização do participante |
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Página 2 |
(2.1) Qual o seu sexo? (X) Feminino (X) Masculino Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta |
(2.2) Qual a sua idade? Preenchimento obrigatório Aceita apenas números |
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(2.3) Você possui formação anterior a graduação na área de enfermagem? (X) Sim (X) Não Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta |
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(2.4) Qual a sua formação? (X) Auxiliar de enfermagem (X) Técnico de enfermagem Preenchimento obrigatório Pergunta condicionada a resposta SIM na questão 2.1 Aceita mais de uma resposta |
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(2.5) Quanto tempo você tem de formado(a)? (X) 1 a 4 anos (X) 5 a 9 anos (X) 10 a 14 anos (X) 15 a 19 anos (X) 20 a 24 anos (X) 25 a 29 anos (X) Mais de 30 anos Preenchimento obrigatório Pergunta condicionada a resposta SIM na questão 2.1 Aceita apenas uma resposta |
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(2.6) Quanto tempo você tem de experiência em serviços de saúde como profissional? (X) Não tenho experiência (X) 1 a 4 anos (X) 5 a 9 anos (X) 10 a 14 anos (X) 15 a 19 anos (X) 20 a 24 anos (X) 25 a 29 anos (X) Mais de 30 anos Preenchimento obrigatório Pergunta condicionada a resposta SIM na questão 2.1 Aceita apenas uma resposta |
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(2.7) Você já fez algum curso de aperfeiçoamento sobre avaliação de feridas? (X) Sim (X) Não Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta |
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PÁGINA |
ITEM |
Caracterização quanto as oportunidades, habilidades e segurança para avaliar feridas |
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Página 3 |
(3.1) A avaliação e tratamento de feridas foi abordada em alguma disciplina cursada até o momento? (X) Sim (X) Não Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta |
(3.2) Você pode vivenciar situações em que foi necessário realizar avaliação e tratamento de feridas nas aulas práticas de laboratório? (X) Sim (X) Não Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta |
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(3.3) Você pode vivenciar situações em que foi necessário realizar avaliação e tratamento de feridas nas aulas práticas de campo (hospitais e/ou unidades de saúde)? (X) Sim (X) Não Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta |
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(3.4) Você se sente seguro para realizar avaliação de feridas sem apoio de um professor(a)? (X) Sim (X) Não Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta |
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(3.5) Você se sente seguro para decidir o tratamento de uma ferida sem apoio de um professor(a)? (X) Sim (X) Não Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta |
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(3.6) Você conseguiria orientar sua equipe de trabalho e/ou paciente sobre cuidados com feridas sem apoio de um professor(a)? (X) Sim (X) Não Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta |
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As feridas podem ser classificadas entre agudas e crônicas, marque verdadeiro para as sentenças corretas ou falso para as incorretas. Caso você não saiba, assinale a opção não sei. |
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(4.1) Ferida aguda é relacionada devido a traumas intencionais ou não intencionais (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (4.2) Em feridas agudas ocorrem cicatrização por segunda intenção (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (4.3) Ferida crônica é de fácil cicatrização sem resposta ao cuidado habitual (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (4.4) As feridas crônicas, são aquelas com cicatrização com tempo maior do que três meses com influência de fatores sistêmicos e locais (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta para cada item |
PÁGINA |
ITEM |
Quanto as fases de cicatrização das lesões de pele, marque verdadeiro para as sentenças corretas ou falso para as incorretas. Caso você não saiba, assinale a opção não sei. |
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(5.1) As fases da cicatrização das feridas, são: vascular e/ou inflamatória, proliferativa e maturação e/ou modelagem. (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.2) A fase de maturação é a fase final de cicatrização de uma ferida, caracterizada pela deposição de fibrina e eritroblastos. (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.3) O processo de cicatrização pode ser afetado por fatores locais, sistêmicos e/ou tratamento tópico inadequado. (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.4) A cicatrização por primeira intenção, é aquela que em que há perda tecidual acentuada, onde é impossível realizar a aproximação das bordas da ferida. (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta para cada item |
Quanto aos itens a serem avaliados em uma ferida, marque verdadeiro para as sentenças corretas ou falso para as incorretas. Caso você não saiba, assinale a opção não sei. |
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Página 5(23; 25-26) |
(5.5) Etiologia (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.6) Tamanho (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.7) Dextro (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.8) Pulsos (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.9) Odor (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.10) Dor (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.11) Glasglow (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.12) Edema (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.13) Rubor (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.14) Tecido no leito da ferida (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.15) Localização (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.16) Umidade (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.17) Sensibilidade (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.18) Bordas (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.19) Pele adjacente (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.20) Temperatura axilar (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.21) Exsudato (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (5.22) Temperatura da pele (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta para cada item |
Quanto a etiologia das feridas, marque verdadeiro para as sentenças corretas ou falso para as incorretas. Caso você não saiba, assinale a opção não sei. |
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Página 6(23;25-29) |
(6.1) Úlcera vasculogênica (venosa) (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (6.2) Pé Diabético (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (6.3) Lesão por pressão (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (6.4) Úlcera isquêmica (arterial) (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (6.5) Fratura fechada (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (6.6) Laceração (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (6.7) Não intencional (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (6.8) Escoriação (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (6.9) Deiscência (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (6.10) Tala gessada (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (6.11) Oncológica (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (6.12) Intencional (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (6.13) Skin Tears (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei (6.14) Cirúrgica (X) Verdadeiro (X) Falso (X) Não sei Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta para cada item |
PÁGINA |
ITEM |
Quanto ao tamanho das feridas, assinale a opção correta. Caso você não saiba, assinale a opção não sei. |
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Página 7(23-29) |
(7.1) Altura é: (X) Maior distância entre as bordas superior e inferior da lesão (X) Maior distância entre as bordas lateral/medial e/ou esquerda/direita da lesão (X) Não sei (7.2) Largura é: (X) Maior distância entre as bordas lateral/medial e/ou esquerda/direita da lesão (X) Maior distância entre as bordas superior e inferior da lesão da lesão (X) Não sei (7.3) Profundidade é (X) Utilizado para medir túneis, cavidades e/ou perda tecidual de estruturas profundas da pele (X) Utilizado para medir túneis, cavidades e/ou perda tecidual de estruturas adjacentes a pele (X) Não sei (7.4) Utilizar: (X) Régua descartável para cada uma das feridas (X) Régua descartável para cada paciente (X) Régua que permita desinfecção para cada paciente (X) Não sei Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta para cada item |
Quanto ao item pulsos, assinale a opção correta. Caso você não saiba, assinale a opção não sei. |
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Página 8(23;26;29) |
(X) Consiste na verificação da presença, intensidade, ritmicidade, simetria e tipo de pulso após a lesão (X) Consiste na verificação da presença, intensidade, ritmicidade, simetria e tipo de pulso antes e após a lesão (X) Consiste na verificação da presença, intensidade, ritmicidade, simetria e tipo de pulso antes da lesão (X) Não sei Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta |
Quanto ao leito da ferida, assinale as opções corretas. Caso você não saiba, assinale a opção não sei. |
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Página 9(23;26) |
(X) Tecidos viáveis são aqueles que apresentam características saudáveis, ou seja, coloração vermelha ou rosa, granulação, fibrina, epitelização. (X) Tecidos viáveis são aqueles que apresentam características de morte celular, ou seja, coloração preta, marrom ou esverdeada, necrose líquida (esfacelo) ou necrose seca (placa escurecida) (X) Tecidos inviáveis são aqueles que apresentam características saudáveis, ou seja, coloração vermelha ou rosa, granulação, fibrina, epitelização. (X) Tecidos inviáveis são aqueles que apresentam características de morte celular, ou seja, coloração preta ou marrom, necrose líquida (esfacelo) ou necrose seca (placa escurecida) (X) Não sei Preenchimento obrigatório Aceita mais de uma resposta |
Quadro 1 - Questionário para levantamento de dados
PÁGINA |
ITEM |
Quanto a borda da ferida, assinale as opções corretas. Caso você não saiba, assinale a opção não sei. |
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Página 10(26;29) |
Podem ser: (X) Regular (X) Intensa (X) Irregular (X) Aderida (X) Discreta (X) Contraída (X) Firme (X) Contraída (X) Invertida (X) Frouxa (X) Elevada (X) Macerada (X) Não sei Preenchimento obrigatório Aceita mais de uma resposta |
Quanto ao exsudato da ferida, assinale a opção correta. Caso você não saiba, assinale a opção não sei. |
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Página 11 (25-26; 29;35) |
(11.1) Classificação da quantidade de exsudato (X) Inferior, superior, média (X) Pequena, média, gigante (X) Ausente, pequena, moderada, intensa (X) Ausente, inferior, superior, média (X) Não sei
(11.2) Classificação do tipo de exsudato (X) Sanguíneo, purulento, transparente (X) Seroso, serosanguinolento, sanguinolento, seropurulento, purulento (X) Piúrico, serosanguinolento, sanguinolento, seropurulento (X) Seroso, serosanguinolento, sanguíneo, seropurulento (X) Não sei Preenchimento obrigatório Aceita apenas uma resposta para cada item |
Quanto a pele adjacente da ferida, assinale as opções corretas. Caso você não saiba, assinale a opção não sei. |
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(X) Presença de eczema (bolhas/crostas) (X) Condições de hidratação (hidratada/ressecada) (X) Maceração (excesso de umidade) (X) Sensação de regeneração (X) Coloração (normal/hiperemia/palidez/hiperpigmentação) (X) Presença de hiperqueratose (X) Presença de pus (X) Integridade da pele (X) Tipo de curativo (X) Sinais de inflamação (calor, rubor, dor e edema) (X) Não sei Preenchimento obrigatório Aceita mais de uma resposta |
PÁGINA |
ITEM |
Quanto aos tipos de desbridamentos, assinale as opções corretas. Caso não saiba, assinale não sei. |
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Página 13 (23;25-26; 28-29) |
(X) Cirúrgico ou instrumental (X) Tradicional (X) Mecânico (X) Automático (X) Autolítico (X) Autônomo (X) Químico ou enzimático (X) Biológico (X) Bacteriano (X) Não sei Preenchimento obrigatório Aceita mais de uma resposta |
Quanto aos tipos de coberturas disponíveis para tratamento de lesões, assinale as opções corretas. Caso não saiba, assinale não sei. |
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Página 14 (23;25-26; 28-29) |
(X) Alginato de cálcio (X) Alginato de prata (X) Gaze algodonada (X) Placa de carvão ativado (X) Hidrogel (X) Atadura (X) Hidrofibra (X) Espuma de prata (com e sem silicone) (X) Hidrocoloide (X) Gaze simples (X) Sulfadiazina de prata (X) Gaze não aderente (com petrolatum/vaselina) (X) Curativo simples (X) Membrana de biocelulose (X) Algodão (X) Colagenase (X) Polihexanida (PHMB) (X) Creme de barreira (X) Não sei Preenchimento obrigatório Aceita mais de uma resposta |
Encerramento do formulário |
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Fonte: Elaborado pelos autores (2022).