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IMPLANTAÇÃO DE TECNOLOGIAS EDUCATIVAS SOBRE EMERGÊNCIAS E CALAMIDADES PÚBLICAS PARA DISCENTES EM TERRITÓRIO DE RISCO
IMPLANTATION
OF EDUCATIONAL TECHNOLOGIES ABOUT PUBLIC EMERGENCIES AND DISASTERS FOR STUD=
ENTS
IN RISK TERRITORY
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* Daniele Lima dos Anjos Reis[6]
[7]
* Carmem Lúcia de Araújo Paes[8]
Resumo
Objetivo: Relatar o uso de tecnologias educativ=
as
direcionadas à educação em saúde
sobre a problemática de Emergências<=
span
style=3D'letter-spacing:-.55pt'> e Calamidades Públicas
em uma região de perigo.
Metodologia: A pesquisa trata-se de um relato de experiência de cunho descr=
itivo
sobre a construção e implementação de tecnologias educativas, em 05 etapas =
com
04 turmas do ensino fundamental, médio e superior da região do lago da Usina
Hidrelétrica de Tucuruí. Resultados: Foram capacitados cerca de 122 alunos =
com
faixa etária de 11 a 23 anos de idade, através da utilização de maquetes ur=
banísticas
e simulações realísticas. Averiguou-se que a adoção das tecnologias lúdicas=
é
uma das estratégias facilitadora que coloca o discente no centro do process=
o de
ensino-aprendizagem, assistindo à relação professor-aluno e o ato de educar.
Conclusão: Portanto, faz-se necessária a construção de estratégias para
divulgação desse tema de modo fácil, ágil e abrangente as comunidades que vivem em territóri=
o de
risco, sendo recomendada uma educação em saúde que contribua na efetividade=
de
tal proposta em prol da qualidade de vida.
Palavras-Chave: Tec=
nologia
Educacional; Educação em Saúde; Atendimento de Emergência; Desastres Natura=
is.
Abstract
Objective: To report th= e use of educational technologies = aimed at health education= on the issue of Emergencies and = Public Disasters in a region of = danger. Methodology: The = research is a descriptive= experience report on the = construction and implementation<= /span> of educational technologies,= in 05 stages with 04 classes of elementary, middle and hi= gher education in the lakeregion of the Tucuruí Hydroelect= ric Plant. Results: About 122 students aged 11 to 23yearsold were trained, through the use of urba= n models and realistic simulations. It= was found that the adoption of playful technologies is one of the facil= itating strategies that places th= e student at the center of the tea= ching-learning process, watching theteacher-student relationship and the act of educating. Conclusion: Therefore, it= is necessary to build strategies to disseminate this topic in= an easy, agile and comprehensive way to communities= living in risky areas, and health education is recommended that contributes to the effectiveness of suchproposal in favor of life.
Keywords: Educational Technology; Health Education; Emergency Care; Natural Disasters.
INTRODUÇÃO <=
span
style=3D'font-family:"Times New Roman",serif'>
A Defesa Civil (DC) define emergência e calamida=
de
pública como o reconhecimento legal, pelo município atingido, de uma situaç=
ão
anormal provocada por desastres, os quais acarretem em danos suportáveis pe=
la
comunidade e corroboram para o encetamento de perigo a vida dos habitantes. Em vista disso,
é importante ressaltar a atuação efetiva
de órgãos da DC, Secret=
arias
da Saúde, de segurança pública, de planejamento e de obras e, também, da
Nessa perspectiva, intempéries naturais como,
deslizamentos, tsunamis e outras ameaças, têm se tornado frequentes nas últ=
imas
décadas. Desse modo, torna-se indispensável, a construção de planos de cond=
utas
para desastres definidos e esclarecidos, que possam abranger o controle e a
manutenção de setores vitais da comunidade, como hospitais e de serviços de preparação e de resposta, pois a vulnerabilidade social, econômica
e ambiental amplia o risco de impacto
à saúde humana. (2)
A partir disso, o cenário atual de transformações
dos ambientes pelo ser humano, o obriga a gerar estratégias que venham tran=
spor
tais situações de modo fácil,
ágil e abrangente. Portanto, torna-se necessário o desenvolvimento=
de
conhecimentos que promovam o bem-estar e possibilite que as comunidades p=
ossam
entender sobre fatores
de risco que culminem e/ou ocasionem variados níveis de de=
sastres.
Considera-se como uma estratégia possível, se
manejada e analisada com a devida importância, a inclusão deste ensino no
currículo da Rede Municipal, visto que o Suporte Básico de Vida, a partir da
Lei nº 13. 722, de 04 de outubro de 2018, a qual torna obrigatória a
capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e
funcionários de estabelecimentos de ensino público e privados de educação
básica e de estabelecimentos de recreação infantil. (3)
Dessa forma, a aplicação de educação em saúde (E=
S), com
a utilização de Tecnologias em Saúde (TS), a qual, segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), refere-se à aplicação
de conhecimentos em formas de dispositivos e sistemas que contribuam para a
efetividade dos procedimentos em prol da qualidade de vida e bem estar dos
indivíduos. Entende-se, portanto, que essas ferramentas são essenciais para=
a
promoção dos avanços científicos e tecnológicos, uma vez que esses ferramen=
tas
são imprescindíveis na prestação de serviços, além de facilitar o processo =
de
comunicação e consequentemente inovar o âmbito educacional, por meio da ado=
ção
de tecnologias educativas associadas a educação em saúde.(4) Nes=
se
sentido, a utilização das TS no âmbito educacional torna-se fator importante
para a promoção de conhecimento, uma vez que se constituem em instrumentos
complementares ao método de estudo, os quais facilitam o entendimento sobre=
os
mais diversos assuntos que venham a ser abordados. Por esse motivo, os prof=
issionais
de saúde, tendo em vista a dinâmica de transformação do cenário global com =
inovações,
utilizam a ES como um aparato de ressignificação para formular e aprimorar
alternativas metodológicas capazes de suprir e informar os mais diversos
públicos sociais, de acordo com suas necessidades e particularidades. (5)
Nesse viés, a ES busca um pro=
cesso
de ensino-aprendizagem facilitador, logo, a aplicação de tecnologias educac=
ionais
que englobam produtos e materiais simples, constituem-se em instrumentos
importantes para a construção de relações interpessoais, além de fornecer b=
ase
e ambiente para discussão de variáveis conceituais, que contemplem ideias e
posicionamentos das pluralidades de cada público em questão. Por conseguint=
e,
esse fator, além de despertar questionamentos, aguça o senso crítico do
indivíduo, propiciando a sensibilização sobre o tema e interesse em buscar
informações que instiguem uma visão mais crítica sobre as demais problemáti=
cas
e indagações. (3)
Assim, atrav=
és
dos referenciais mencionadas, a justificativa do estudo em questão consiste=
na
necessidade de capacitar e instigar o senso crítico-reflexivo do público em
geral e, principalmente, dos profissionais de saúde, além de possibilitar o
entendimento sobre os métodos educativos que tenham a finalidade de dinamiz=
ar e
facilitar a questão do ensino-aprendizagem de acordo com as particularidade=
s e
individualidades, bem como o papel de cada membro e serviços disponíveis na
comunidade. Ademais, faz-se necessária a disseminação de informações acerca=
do
conteúdo abordado, tendo em vista a situação territorial da cidade de
Tucuruí-PA em que o artigo foi realizado, por se tratar de uma zona de risco
potencial em que abriga a maior usina hidrelétrica brasileira: a Usina
Hidrelétrica de Tucuruí. Logo, uma das razões para este estudo, foi a limit=
ação
do conhecimento sobre o tema, uma vez que a população local possui uma
estratificação social notória, em que a maior a parte dos habitantes é de
classe baixa.
Este trabalho tem como objeti= vo principal, relatar a experiência referente ao uso de tecnologias educativas direcionadas à educação em saúde, abordando a problemática de Emergências e Calamidades Públicas, evidenciando assim o tema aos trabalhadores desta áre= a e ao público geral, demonstrando de que forma poderiam ocorrer, quais as consequências, como agir e quais meios para prevenir tais acontecimentos, b= em como a distribuição dos recursos disponíveis e níveis de assistência para demandas advindas de variadas situações possíveis, considerando que a análi= se dessa ferramenta busca sensibilizar e modificar a adesão da comunidade fren= te aos riscos, sendo estes comumente associados a presença da Usina Hidrelétri= ca, podendo vir a ter algum abalo provocado por fatores sociais ou ambientais e acarretar em deslizamentos, enchentes ou outras consequências.
metodologia =
Trata-se de um relato de experiência de cunho descritivo, acerca da utilização de uma maquete urbanística, manequins e equipamentos de resgate em Primeiros Socorros (PS), como tecnologias educacionais sobre as medidas e condutas para suporte básico de vida, duran= te uma demonstração de situações possíveis de emergência e calamidade pública, voltada à capacitação e orientação do público infanto-juvenil. Diante disso= , a pesquisa em questão ocorreu com 4 turmas da rede pública de ensino, sendo 2= de nível fundamental, 1 de nível médio e 1 à nível superior, no município de Tucuruí-Pa.
Desse modo, o critério adotado para a escolha da amostragem foi o de conveniência, considerando-se o público já regulamente matriculado em ambas as instituições, estimando cerca de 122 alunos, entre = 75 do ensino fundamental, 35 do ensino médio e 12 do ensino superior, na faixa etária de 11 a 23 anos. Assim, conseguiu-se abranger uma população bastante diversificada de crianças, jovens e adultos, tendo em vista a ação consider= ou o desempenho e interação escolar de cada um dos públicos de interesse. No que concerne a aplicação da tecnologia, esta foi feita no intervalo das aulas, = pelo período da manhã, no horário de 09h45min às 10h15min, durante o mês de nove= mbro de 2019.
A partir disso, é importante ressaltar que a pesquisa ocorreu em 5 etapas, considerado que na primeira foi realizada uma pesquisa bibliográfica, através, das plataformas de busca Scielo, Google Acadêmico, PubMed, Lilacs, onde indexou-se os descritores “tecnologia educa= cional”, “educação em saúde”, “atendimento de emergência” e “desastres naturais”, co= m o intuito de embasar as aulas da capacitação e despertar ideias de tecnologias educacionais.
Logo, na elaboração de uma ferramenta facilitado= ra da aprendizagem, se constitui o corpus da metodologia ativa, com uma aborda= gem didática, a qual, segundo Oliveira (1999) (6), permite que o pesquisador descreva o tipo de problema, riscos e benefícios,= bem como, as hipóteses de solução, a fim de associar variáveis determinantes, a= presentar propostas de mudanças ou formação de opiniões dos grupos sociais. No caso d= este estudo refere-se aos discentes de diferentes níveis escolares.
Dessa maneira, efetivou-se a segunda etapa, com a elaboração das propostas pedagógicas, de acordo com cada série, visando estimular o indivíduo, com relação à temática e atividades desenvolvidas, as quais foram colocadas pela equipe de acadêmicos e escolhida por votação abe= rta. Na terceira fase houve o recolhimento dos materiais necessários para confec= ção da maquete, como placa de isopor retangular (tamanho 10mm, largura 100x50mm= e espessura 1,5 cm), massa de modelar, tinta acrílico, pincel chato, palito de madeira, caneta porosa, cola branca, folha de papelão e brinquedos ilustrativos, com isso, deu-se a confecção das tecnologias, propriamente di= ta, em 5 dias de produção.
Em seguida, com o início da quarta etapa para po= der implementar os instrumentos, primeiro ocorreu uma apresentação tradicional = aos alunos, que teve o interesse de averiguar os conhecimentos socioculturais q= ue eles detinham sobre o assunto supracitado, pois, as tecnologias viriam tanto fornecer esse conhecimento quanto aprimorar as experiências vividas sobre u= ma situação de emergência e calamidade pública.
Após, foi executado um cenário simulativo realis= ta, com a utilização de manequins pediátrico e adultos de reanimação cardiopulmonar, ressuscitador manual, maca de pranchamento, colar cervical, coxim e materiais de OS. Por fim, os participantes foram questionados atrav= és de perguntas orais sobre qual abordagem de ensino mais otimizava seu estudo= e avaliavam o potencial de entendimento que as atividades ativas proporcionav= am, ou seja, a real importância das inovações lúdico-didáticas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O uso das tecnologias lúdicas em metodologia ati= va é uma das estratégias que possibilita que o aluno tenha um entendimento abrangente, colocando-o como centro do processo de ensino-aprendizagem, facilitando as experiências relacionadas ao ato de educar. Assim, a aplicaç= ão desse método corrobora para a adaptação do ensino das técnicas de assistênc= ia, prestação de socorro e segurança para uma emergência ou calamidades pública= s, como os desastres naturais em territórios de risco. Dessa forma, permite com que a prática de ensinar e entender um assunto não seja apenas mais uma obrigação, pois com essas invenções o aprender se torna divertido e prazero= so, sendo dois fatores essenciais na captação de conhecimento mais rápida e efi= caz. (7)
Como principais resultados obtidos, salienta-se o entendimento da amostra dos participantes dos treinamentos, composta de 122 estudantes, tendo como faixa etária 11 a 24 anos, em que os pais/responsáve= is, de menores de idade, consentiram a participação mediante as explicações sob= re a divulgação dos dados supracitados. Nesse sentindo, durante o andamento das aulas os alunos foram categorizados por idade, para adaptação do modo de fa= la e métodos e aprendizagem, a priori foi elaborado um plano de ensino com os tópicos norteadores do tema, assim como, a tecnologia acessível para moment= os chave da capacitação.
Em relação aos recursos utilizados, estes foram diversificados entre multimídias (slides, vídeos e imagens fotográficas); dinâmicas (esquema de perguntas-repostas e jogos dos “erros" presentes= na maquete, os quais representavam cenas de perigo em uma tragédia) e simulaçõ= es (RCP, pranchamento, imobilização de fratura, ventilação mecânica e salvamen= to em zona de risco).
No final da ação notou-se as tecnologias como catalizadoras da compreensão das palestras, visto que a validação destas er= am mensuradas de modo qualitativo, segundo o grau de conhecimento dos alunos no início e fim da explicação, além de que o participante era convidado a classificá-las entre boa, regular e ruim, podendo a qualquer instante retir= ar dúvidas e expressar com suas palavras se a fala dos palestrantes estava de fácil, médio ou difícil entendimento.
No que tange as limitações encontradas pelo estu= do, afirma-se a adaptação em manusear as novas metodologias; a dificuldade em encontrar estudos que apontem a criação de tecnologias inéditas no campo de salvamento em desastres naturais, a busca em direcionar os alunos sobre a verdadeira importância do treino prestado voluntariamente e a readaptação do mesmo conteúdo para os públicos-alvo.
Portanto, considerando que a implementação de no= vos mecanismos de apreender é fundamental para o aperfeiçoamento da equipe de e= ducação em saúde permanente, fazendo com que o aluno desenvolva habilidades neuromotoras que estimulam uma avaliação de uma cena segura e uma rápida resposta em solucionar a situação de perigo.
Em geral, a criação de tecnologias no presente trabalho educativo deve ser avaliada por 3 aspectos principais: 1°) A abord= agem com o público infantil; 2°) A abordagem com o público adolescente e 3°) A abordagem com o público adulto.
As tecnologias necessitam ser avaliadas através = de seus detalhes, tanto positivos como negativos, para que assim a sua eficiên= cia seja comprovada e, desse modo, alcançado o seu objetivo. Com relação às tecnologias educacionais esta análise deve se deter nos personagens do ensi= no, professor e aluno, e em como a informação é repassada entre os dois, nessa conjectura, a tecnologia assume a função catalizadora, ou seja, ela facilit= a e acelera a compreensão dos assuntos abordados. (8)
No que tange ao ensino infantil, esta associação= do processo de ensino-aprendizagem com as tecnologias necessita que seja pormenorizada, haja vista, que as inovações precisam chamar a atenção das crianças, as estimulando a indagar o conteúdo abordado, o que comprova Gard= ner (2015) (9):
A criatividade está em saber utilizar a informação disponível, em tomar decisões, em ir além do que foi aprendido, sobretudo, em saber aprovei=
tar
qualquer estímulo do meio para gerar alternativas na solução de problemas e=
na
busca de qualidade de vida. (9)
Levando isto em consideração e partindo do funda= mento que nenhuma das crianças sabiam como proceder em situações de emergência e calamidade públicas foi iniciada a capacitação, sendo está embasada no “Man= ual para a decretação de situação de emergência ou de estado de calamidade pública”, publicado pelo Ministério da Integração Nacional. (10)=
Desse modo, primeiramente, foi apresentada a maq= uete urbanística com a metodologia tradicional, na qual apresentou-se os princip= ais tipos de ocorrências que geram situações de catástrofes, sendo que neste momento foi dada ênfase em pontos chaves que podem ocorrer na região, como = por exemplo: o rompimento da barragem, infarto agudo do miocárdio, engasgo entre outras situações. (11)
Posteriormente, foi iniciado o segundo momento do ensino com uma abordagem cognitiva, que buscou oferecer recompensas para qu= em acertasse o que deveria se fazer e agir em cada situação de desastres, tal método foi desenvolvido por meio de simulações de caráter realista em sala de aula com= os próprios colegas de turma. (12)
Destarte, percebeu-se que o público não apresenta diferença de aprendizado quando associado com temas do seu cotidiano, contu= do, verificou-se melhor aceitação das crianças quando as tecnologias e a metodologias necessitam de interação, devido estas tecnologias simularem br= incadeiras. Entretanto, ressalta-se que neste tipo de metodologia houve bagunça em sala= de aula, que Bollela e Cezaretti (2017) (13) chamam de “desordem controlada” e afirmam como sendo positiva.
Os
professores devem aceitar uma certa “desordem controlada” na sala de aula,
enquanto os estudantes apren=
dem uns com os outros nas discussões e resolução das tarefas/problemas propostos; ape=
sar de
ter menos visibilidade na sala de aula invertida. (13)
Segundo Pratta e Santos= (2017) (14), a adolescência representa uma fase de exploração das fronteiras individuais, sendo assim ela é caracterizada pelo descobrimento e questionamento sobre a vida, normas, amigos, dentre outros fatores que constituem a identidade da pessoa. Nesse sentindo, a educação tem que encon= trar formas de entreter o aluno, haja a vista, que nesta fase não se deve apenas= o transmissor de informações e sim deve promover abordagens educativas atrati= vas que visem intermediar o acesso do aluno a informações.
Desta forma, foi escolhido como metodologia de ensino a abordagem humanista em forma de sala invertida. Tal estrutura de ensino privilegia os aspectos da personalidade do estudante de forma que a educação passa a ser ativa, gerando espaço para questionamentos. Assim, primeiramente foi iniciado uma roda de conversa mostrando situações de calamidades e emergências, os questionando o que eles fariam nessas situaçõ= es, os motivando a utilizar a imaginação. Posteriormente, a sala foi dividida em grupos e foi realizada estações de treinamento com temas de calamidades e emergências que podem ocorrer no cotidiano, onde eram ensinados procediment= os de primeiros socorros e o que deveria se fazer em cada situação. (15)<= /sup>
Nesse sentido, foi perceptível o afinco do públi=
co
nas atividades propostas, visto que todos participaram ativamente de todo o
processo de aprendizagem, demonstrando a aderência ao conteúdo. Comprovando=
que
é essencial a abordagem de tecnologias e metodologias ativas nas escolas.
Entretanto, é importante ressalta que quando trabalhado com adolescentes,
existe o melhor momento para aplicação da aula prática, pois o aluno
previamente deve ter embasamento teórico sobre o assunto, assim com a práti=
ca
ele irá criar uma linha de raciocínio entre a literatura e a aplicação em
situações reais. Conforme, Gonçalves (2015) (16):
Os
aparatos tecnológicos servem para estabelecer uma ponte entre a teoria e a
prática, respectivamente, não sendo apenas uma forma de entretenimento para
gastar energias das crianças, mas um meio que contribua para o desenvolvime=
nto
intelectual. (16)
Falar de abordagens metodológicas para o ensino = de jovens adultos na educação superior para Esteves (2018) (17) “é falar da arte de ensina e apreender”, pois, nos últimos anos, sucedeu uma s= érie de acontecimentos, como o emprego de metodologias ativas, a organização e a interdisciplinaridade de conteúdos que transformaram este nível de ensino, o tornando único e diferente dos demais.
Assim, tendo em vista que os estudantes universi= tários possuem um maior embasamento teórico utilizou a metodologia cognitiva para investigar os caminhos percorridos para eles chegassem à solução da problemática e assim eles próprios construíssem seus conhecimentos. Para is= to, o processo de ensino foi dividido em dois momentos principais.
O primeiro foi realizado em sala de aula onde foi exposta a maquete urbanística, entretanto, diferente do modo que foi utiliz= ado com o público infantil, foram colocadas situações que eles teriam que resol= ver com profissionais, assim instigando o seu pensamento crítico-reflexivo. Em seguida, foi executa uma simulação real em parceira com Unidade de Pronto Atendimento (UPA) fora da universidade, desse modo, os colocando em uma imitação de emergência e calamidade pública o mais real possível.
Compreende-se que a educação é um procedimento de construção que requer tempo e empenho, nesse viés, durante o decorrer da capacitação, percebeu-se que os estudantes universitários ficaram mais envolvidos nas lições, assim, gradativamente, começou a surgir mais participação nas aulas, o que possibilitou uma troca de experiencias entre = os participantes e os palestrantes, que acarretou na aproximação da simulação = com a realidade. Nesse contexto, foi perceptível o afinco do público durante a realização das práticas impostas, visto que todos participaram ativamente do processo de aprendizagem, demonstrando a aderência ao conteúdo. (18)= sup>
CON=
SIDERAÇÕES
FINAIS
Diante = da necessidade de abordar os aspectos referentes à saúde de forma humanizada, ficou evidenciado por meio da participação e troca de experiências que as t= ecnologias educacionais são de extrema importância para a promoção da comunicação e entendimento entre a comunidade e profissionais de saúde, uma vez que ampli= a os vínculos e conduz o zelo à qualidade de vida e necessidades humanas dos indivíduos. Além disso, ao empregar metodologias didáticas e abrangentes, é notório que a educação em saúde se torna uma ferramenta imprescindível para= uma educação em saúde integral e efetiva, de modo holístico em que a abordagem principal se refere à integração do ensino-serviço, propiciando reformulaçã= o da forma de aprendizagem.
A partir disso, o processo de construção de açõe= s de saúde, colabora para desmistificar uma série de situações e promover o entendimento da saúde como um processo dinâmico e integral, que permeia diversos fatores e condições presentes no meio local, além de promover e capacitar os indivíduos para conscientização das possibilidades, riscos e intervenções necessárias sobre determinado assunto ou problema, como por exemplo, em situações de calamidades, doenças infectocontagiosas e outras enfermidades, aguçando o senso crítico-reflexivo de cada indivíduo.<= /p>
<=
span
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