MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01D792BA.816C4DD0" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01D792BA.816C4DD0 Content-Location: file:///C:/ACF69E54/1039-TextodoartigoHTMLPT.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="us-ascii"
SISTEMAT=
IZAÇÃO
DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM:
UMA PROP=
OSTA
DE ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIM&Aacu=
te;RIA
À SAÚDE
SYSTEMATIZATION OF NURSING CARE:
A PROPOSAL FOR THE ORGANIZATION OF THE NURSING PROCESS IN
PRIMARY HEALTH CARE
Érika de Almei=
da
Leite da Silva Teixeira de Souza[1] * =
Edna Ferreira Santos[2]
* Luiz Leonardo Louzada Nóbrega[3]
RESUMO
Este
estudo é um relato de experiência que tem como objetivo descre=
ver
a proposta de adaptação da Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE) para a Atenção
Primária à Saúde (APS). Foram realizados grupos de
discussão com enfermeiros no período de dezembro de 2018 a
março de 2019, utilizando a metodologia da SAE, tendo como
referência a Resolução Cofen
358/2009, articulada com a Construção Social da APS. A discussão foi estruturada
considerando-se como eixos: a articulação da SAE com a
construção social da APS; a definição dos
métodos, os processos de pessoal e os instrumentos da SAE na APS.
Palavras-chave:
Enfermagem de Atenção Primária; Processo de Enfermagem;
Cuidado de Enfermagem.
ABSTRACT
This study is an experience report t=
hat aims to describe the proposed adaptation of the Nursing Care S=
ystematization
(SAE) for Primary Health Care (PHC). Discussion
groups were held with nurses from December 2018=
to
March 2019, using the SAE methodology, having as reference Cofen Resolution 358/2009=
, articulated with the Social Cons=
truction
of PHC. The discussion was structured
considering as axes=
: the articulation of the SAE with the social construction
of the PHC; the definition of SAE methods, pers=
onnel
processes and instruments in the APS. The SAE <=
span
class=3DSpellE>project in PHC was built,=
based
on theories, to implement<=
/span>
changes in the daily life<=
/span>
of actions, articulating=
span>
the macro and micro processes of PHC with care guided<=
/span>
by the Nursing Process (NP), described
in Data Collection, Diagno=
sis,
Planning, Implementation and Assessment. The dimension=
ing,
the organization of the scale, the training in carrying out the activities,
procedures and the preparation and structuring =
of documents, technical-administrat=
ive
and care records have potentialized nursing at =
the
local level. Among the challenges, the need to =
build materials that can be
Keywords:
Primary Care Nursing; Nursing Process; Nursing =
Care.
INTRODUÇÃO
Na Atenção
Primária à Saúde (APS) a implementação da
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) parece
ser ainda bem incipiente. Um dos fatores que podem estar relacionados com e=
sse
fato é a limitação na formação, pois
enfermeiros da APS referem fragilidade no conhecimento sobre a SAE neste
contexto.
Ribeiro (1) em sua
revisão bibliográfica, identificou a escassez de artigos sobr=
e a
temática SAE e Processo de Enfermagem (PE) na APS, as experiên=
cias
relatadas foram predominantemente em ambiente hospitalar.
=
N=
esse
contexto, Salvador (2) descreve em seu artigo um dos elementos m=
ais
preocupantes sobre a incipiência de estudos que abordam a interface processo de
enfermagem e APS, verificando que de uma população de 120 dis=
sertações
e teses que abarcavam reflexões acerca da SAE e do PE, apenas 5,0%
são concernentes à APS.
A Política Nacional de
Atenção Básica (PNAB) (3) traz as
atribuições dos profissionais de enfermagem e entendemos que =
para
além dos procedimentos realizados pela enfermagem existe uma
dimensão que é invisível no cotidiano das
ações desenvolvidas por essa categoria que integra a equipe da
APS.
Neste artigo daremos visibilidad=
e a
esta dimensão através da Sistematização da
Assistência de Enfermagem que é regulamentada pela
Resolução Cofen 358/2009 (4)=
,
tornando possível a operacionalização do Processo de
Enfermagem que deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático,=
em
todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado
profissional de Enfermagem.
Este processo deve estar baseado num
suporte teórico que oriente as cinco etapas inter-relacionadas,
interdependentes e recorrentes:
Coleta de dados de Enfermagem, Diagnóstico de Enfermagem,
Planejamento de Enfermagem, Implementação e
Avaliação de Enfermagem.
A enfermagem instrumentaliza a
sistematização da assistência a partir da prátic=
a do
enfermeiro para proporcionar um cuidado que contribua para a seguranç=
;a
do usuário e dos profissionais no sistema de saúde.
E esse cuidado se dá na
dimensão profissional onde há o momento de encontro entre
profissionais e usuários/família, na dimensão
organizacional dos serviços de saúde e uma dimensão
sistêmica na dinâmica da rede compondo as linhas de cuidados
Para contribuir com a
expansão e visibilidade desses processos, este artigo tem como objet=
ivo
descrever a experiência=
da
construção de uma proposta de adaptação da
Sistematização de Assistência Enfermagem para a
Atenção Primária à Saúde.
METODOLOGIA
Este é um relato de
experiência da elaboração do projeto SAE na APS que foi
desenvolvido na Divisão de Ações e Programas de
Saúde (DAPS) da Coordenadoria de Atenção Primár=
ia
de uma das Área de Planejamento (CAP) do município do Rio de Janeiro.
Através de grupos de
discussão com enfermeiros das unidades do território e unidad=
es
laboratório da Planificação de Atenção
à Saúde (PAS-Conass), enfermeiros=
da
gestão, responsáveis técnicos, enfermeiros do Coren, Conass e a
colaboração de Professores de Universidades parceiras foram
construídas propostas para a estruturação do projeto S=
AE
na APS.
A experiência ocorreu no
período de dezembro de 2018 a março de 2019, utilizando a
metodologia da Sistematização de Assistência de Enferma=
gem
articulada com a Construção Social da Atenção
Primária à Saúde descrita por Mendes (6). Tendo como referência a
Resolução Cofen 358/2009(4)<=
/sup>
que dispõe sobre a Sistematização da Assistência=
de
Enfermagem que organiza o trabalho profissional quanto ao método,
pessoal e instrumentos.
Os trabalhos realizados
semanalmente possibilitaram a=
elaboração do projeto
iniciando a discussão =
com
definição dos eixos, estratégias para
implementação de um piloto em uma das unidades e
validação do processo considerando os seguintes eixos:
Descrição
da Experiência
As discussões em grupo
aconteceram em torno das observações que emergiram do
território: havia uma exigência do Coren<=
/span>
para a implementação da SAE nas unidades da APS; profissionais
referindo sobrecarga de trabalho e alta rotatividade dificultando a
continuidade dos processos implementados; limitação de
instrumentos para alinhamento nos processos de enfermagem na unidade de
saúde e no domicílio contribuindo para o cuidado seguro; falha
nos processos de limpeza, desinfecção e
esterilização de produtos para saúde, equipamentos e
superfícies; necessidade de adensamento tecnológico para
responder às demandas; necessidade de estratégias para facili=
tar
o acesso, aumentar a resolutividade dos problemas sensíveis a APS e
qualificar a classificação de risco dos grupos
prioritários; baixo monitoramento das pessoas com
condições crônicas e alta taxa de mortalidade materna
infantil no território.
Dessa forma o grupo construiu o
projeto SAE com quatro eixos que se propunham a estruturar o processo de
enfermagem potencializando a equipe para responder a essas demandas: Articulação da SAE c=
om a
Construção Social da APS; Definição dos
métodos da SAE na APS; Definição dos processos de pess=
oal
da SAE na APS e Definição dos instrumentos da SAE na APS.
No processo de
construção social da APS é importante a compreens&atil=
de;o
de que interpretações diferentes podem ser feitas sobre a
atenção primária e essa construção do
conhecimento fomenta mudanças na organização do proces=
so
de enfermagem nesse contexto.
Segundo Mendes (6)
“a interpretação mais restrita da APS seletiva a entende
como um programa específico destinado a populações e
regiões pobres, às quais se oferta um conjunto restrito de
tecnologias simples e de baixo custo, sem possibilidades de acesso a
tecnologias de maior densidade. A
interpretação da APS como nível primário do sis=
tema
de saúde concebe-a como o modo de organizar e fazer funcionar a port=
a de
entrada do sistema, enfatizando a função resolutiva desses
serviços sobre os problemas de saúde mais comuns. E a interpretação ma=
is
ampla da APS como estratégia de organização do sistema=
de
atenção à saúde que a compreende como uma forma
singular de apropriar, recombinar, reorganizar e reordenar todos os recursos
desse sistema para satisfazer às necessidades, demandas e
representações da população, o que implica a in=
serção
da APS em Redes de Atenção às Saúde (RAS).̶=
1;
Nessa perspectiva RAS a APS &eac=
ute;
uma estratégia complexa e ampla, “altamente resolutiva, com
capacidade de coordenar as RAS e com responsabilidades claras,
sanitárias e econômicas, por sua população adscrita.” (6)
O Conselho Nacional dos
Secretários de Saúde (Conass) vem
desenvolvendo, junto às Secretaria Estaduais de Saúde a propo=
sta
da Planificação de Atenção à Saúde
(PAS) como uma ferramenta de gestão, que tem evidenciado o
fortalecimento da APS em diferentes regiões do Brasil.
Para Mendes (6) a PAS=
“é
um potente instrumento de gestão, planejamento e
organização tanto da Atenção Primária
à Saúde (APS) quanto da Atenção Ambulatorial
Especializada (AAE) e tem como objetivo apoiar o corpo técnico e
gerencial das secretarias estaduais e municipais de saúde, na
organização dos macroprocessos da APS e da AAE.”
A participação na =
PAS
dos profissionais da DAPS em uma CAP do município do Rio de Janeiro, possibilitou o
desenvolvimento de projetos para qualificar o processo de enfermagem
fortalecendo o cuidado na vida da pessoa usuária no territóri=
o.
No período de dois anos os
profissionais da DAPS realizaram e implementaram as oficinas de tutorias
presenciais e de dispersão da PAS nas Unidades laboratório. C=
om
esse protagonismo foi possível sistematizar e estruturar as linhas de cuidados e ciclos de vid=
a no
território adscrito desta CAP , além de propor a
construção estratégica de ferramentas adaptadas &agrav=
e;
realidade local.
Esse processo foi induzido pela
experimentação da PAS, que busca estabelecer a coerência
entre as estruturas de demanda e de oferta através da
Construção Social da APS e do Modelo de Atenção
às Condições Crônicas (MACC).
A compreensão da visão
sistêmica do cuidado em saúde vivenciada nas unidades
laboratório da PAS permitiu a reflexão sobre a necessidade de
mudanças na organização assistencial fragmentada e no proc=
esso
de enfermagem, produzindo inflexões nos contextos locais, a partir da
construção social da APS, considerando a metáfora da c=
asa (Figura 1).
Figura 1
- A Metáfora da casa na construção social da APS
Fonte: Men=
des et
al (2019) (6).
Na implementação d=
essa
experiência consideramos que o “processo de
construção social da APS faz-se pelo desenvolvimento e
implantação das estruturas e dos processos que permitem dar
respostas satisfatórias às diferentes demandas, o que equival=
e a
implementar soluções estruturais e processuais nos seis perfi=
s de
demanda[...] O processo de
mudanças na APS implica adensar-lá
tecnologicamente para capacitá-la a responder socialmente, de forma
efetiva, aos diferentes perfis de demandas por cuidados
primários.” (6)
Para implementar as mudanç=
;as
no cotidiano das ações de enfermagem foram considerados os
Quadro 1 - Macro e =
Microprocessos
da Atenção Primária à Saúde
Fonte: Adaptado do Capítulo 3 de Mendes et al (2019) (6)=
.
Essa experiência vivenciada
permitiu compreender que a PAS como instrumento de gestão, planejame=
nto
e organização da APS propõe a estruturaçã=
;o
dos macro e microprocessos, ou seja a
organização da demanda por meio de processos que permitam dar
respostas satisfatórias a essas demandas.
Paralelamente a SAE como metodol=
ogia
de organização do trabalho profissional de enfermagem quanto =
ao
método, pessoal e instrumentos se propõe a operacionalizar o
processo de enfermagem. Forma=
ndo
assim uma via de mão dupla onde os macro e micr=
oprocessos
da APS se relacionam com o trabalho profissional de enfermagem operacionali=
zado
através do PE, orientando o cuidado profissional. Em contrapartida o PE reflete a
assistência de enfermagem, sendo esta, a ação do trabal=
ho e
do cuidado profissional em resposta às demandas da pessoa usuá=
;ria
e família, considerando os macro e microprocess=
os
da APS.
Essa articulação &eac=
ute;
representada no Quadro 2, que demonstra como a SAE se materializa na
construção social da APS tornando visível a
operacionalização do processo de enfermagem como instrumento =
que
orienta o cuidado desse profissional na unidade, na equipe , no
domicílio e na comunidade.
Aqui marcando o espectro de alcance do trabalho da enfermagem na
APS. Compreendemos que a arti=
culação
da PAS com a SAE potencializa o cuidado seguro.
Quadro 2
- Quadro da proposta de articulação da Construçã=
;o
Social da APS com a SAE.
=
&nb=
sp;
Fonte: Do autor
As habilidades para adaptar a
SAE ao contexto da APS foram
desenvolvidas durante as discussões sobre as Teorias de Enfermagem, =
por
compreender que elas “servem para fundamentar a prática cotidi=
ana,
de modo a produzir uma prática cientificamente justificada, pois
reúnem proposições de conceitos, estabelecem os limites
das ações e explicitam as relações entre
profissionais, clientes e cuidadores” (7) . No Quadro 3 são apresentada=
s as
teorias propostas para fundamentar as discussões:
Quadro
3- Teorias de Enfermagem na propo=
sta
da SAE na APS
=
Fonte: Do autor
Sendo as Teorias de Enfermagem
estruturadas com base no metaparadigma de enfer=
magem,
consideramos os conceitos de pessoa, saúde, ambiente e enfermagem, e buscamos compreender a
relação desses contextos na realidade da APS.
=
A
realidade da atenção primária deve ser abrangente e
integral; pautada em diretrizes do SUS; com território a adscrito;
equipes multiprofissionais; ordenadora do cuidado; organizada com macro e <=
span
class=3DSpellE>microprocessos; com protocolos clínicos
adequados; indutora de boas
práticas; e com respostas socialmente efetivas às demandas por
cuidados primários.
E é fundamental estabelec=
er o
diálogo com os profissionais de enfermagem nos diversos pontos da RAS
para o entendimento dos metaparadigmas de enfer=
magem
na APS:
=
○ =
Pessoa: Pessoa usuária, famí=
lia,
cuidador, rede de apoio e população.
=
○ =
Ambiente: Pontos de Rede de Atenç&ati=
lde;o
à Saúde e nos espaços em que a vida acontece.
=
○ =
Saúde: Considerando os determinantes
intermediários da saúde (a habitação, o meio
ambiente, o transporte, a educação e o emprego), os determina=
ntes
proximais da saúde (os determinantes proximais ligados aos
comportamentos e aos estilos de vida influem na mortalidade e na morbidade)=
e
os determinantes biopsicológicos individ=
uais.
=
○ =
Enfermagem: Propõe um cuidado na
dimensão gerencial e assistencial individual e coletiva e integrado =
com
uma equipe multiprofissional.
Realiza um cuidado que ultrapassa as dimensões das
práticas técnicas compondo espaços estimuladores do
diálogo, que valorizem a história de vida, a crença e a
cultura de cada indivíduo e família.
O Processo de Enfermagem deve ser
registrado e ter o envolvimento dos profissionais nas etapas de Coleta de
Dados, Diagnóstico, Planejamento, Implementação e
Avaliação.
No território onde foram
realizadas as discussão, o registro era realizado no Prontuár=
io
Eletrônico do Cidadão e-SUS APS (PEC e-SUS APS) que é
estruturado no campos denominados SOAP (Subjetivo, Objetivo,
Avaliação e Plano), acrônimo utilizado em um Prontuário Orientado por Probl=
emas
e Evidências, sendo utilizado o Sistema de Classificação
Internacional de Atenção Primária (CIAP) nos campos
Subjetivo, Avaliação e Plano.
=
● =
Subjetivo
(S): Informações
colhidas na entrevista sobre o motivo da consulta, problema que levou o
usuário a procurar a unidade (CIAP:=
Motivo).
=
● =
Objetivo
(O): Dados do exame fí=
sico e
complementares.
=
● =
Avaliação
(A): Avaliação e
definição do problema, queixa e necessidade (CIAP: Problema detectado).
=
● =
Plano
(P): Plano de condutas e/ou
cuidados (CIAP:
Intervenção realizada).
O
Grupo reconheceu que havia necessidade de discussões e reflexõ=
;es
sobre a estruturação do registro do PE no PEC e-SUS APS. Entende-se que é poss&iacut=
e;vel
o registro do PE, porém com algumas adaptações, pois no
formato atual os dados ficam registrados em campos abertos, não
permitindo buscas direcionadas ou uma visualização mais focada
desses campos. Nossa proposta=
foi
organizar considerando os seguintes pontos:
=
● =
Coleta de Dados de Enfermagem: registro nos campos Subjetivo (S) e
Objetivo (O) do PEC e-SUS APS;
=
● =
Diagnóstico de
Enfermagem: registro da
Classificação de Práticas de Enfermagem para codificar=
o
diagnóstico de enfermagem no campo livre da Avaliação =
(A);
=
● =
Planejamento de Enfermagem: registro no campo livre do Plano (=
P);
=
● =
Implementação: registro nas orientaç&otild=
e;es
(O);
=
● =
Avaliação de
Enfermagem: registrado no cam=
po
avaliação (A).
A falta da padronizaç&ati=
lde;o
de uma taxonomia para codificar os diagnósticos de enfermagem amplia=
a
possibilidade de falhas no processo de registro, pois cada profissional tem=
uma
visão sobre os Sistemas de Classificação existentes. Desta forma identificou-se como fe=
rramentas
de comunicação de enfermagem aplicáveis à reali=
dade
do território da APS, a Classificação Internacional pa=
ra a
Prática de Enfermagem (CIPE®) e a Classificação
Internacional de Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva
(CIPESC®). Iniciamos com o
CIPESC® para um teste na unidade piloto propondo uma posterior
avaliação.
Foi necessário realizar o
dimensionamento dos profissionais através do instrumento de
Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem na Atenção
Primária à Saúde descrito na Resolução C=
OFEN
543/2017 (8,9). Nas
discussões também foram levadas em consideração=
a
realidade local, os relatos de pressão assistencial e da gestã=
;o,
além dos parâmetros da PNAB.
O método apresentado pelo=
Cofen é uma adaptação do Workload Indicators of Staffing Need (WISN), pro=
posto
pela Organização Mundial de Saúde em 2010, aplicando-se
parâmetros encontrados na realidade brasileira da APS. Neste processo o primeiro passo &e=
acute;
a delimitação das categorias profissionais de enfermagem para=
o
qual se pretende dimensionar o quadro (enfermeiro, técnico de enferm=
agem
e/ou auxiliar de enfermagem) e o cálculo do tempo de trabalho
disponível (TTD) no ano, por profissional de cada categoria, em
horas/ano. O segundo passo &e=
acute;
o cálculo da necessidade de trabalhadores de cada categoria profissi=
onal
de enfermagem, alocados nos serviços da APS (8). Nesse processo é importante
considerar que o profissional de enfermagem inserido no contexto da
atenção primária possui atribuições
definidas pela PNAB(3).
O Enfermeiro Responsável
Técnico (ERT) (7,8) tem a responsabilidade de implementar=
a
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), conf=
orme
Resolução COFEN 509/2016 (4) sendo o interlocutor entre a
instituição e o Conselho Regional de Enfermagem (Coren).
Portanto, para desenvolver essas ações é
necessário que os profissionais tenham a qualificação =
e a
habilitação profissional adequada, sendo importante que o ERT
mantenha atualizada a relação nominal e interaja com sua equi=
pe a
fim de contribuir com adequações necessárias que respo=
ndam
às demandas da população adscrita=
.
Durante
o processo de Sistematização da Assistência de Enfermag=
em
na APS a equipe precisa ter espaço protegido para
realização de Educação Permanente com objetivos
claros e adaptado a cada unidade,
pois os contextos mudam nos diferentes territórios. Essas mudanças provocadas p=
elo
modo de viver nos grandes centros urbanos, exigem do profissional ERT
habilidades para que sua equipe seja capaz de realizar um cuidado seguro, m=
esmo
diante de situações complexas.
=
A=
ssim
o grupo identificou a importância da educação permanente
para fortalecer o PE, levando os profissionais a refletirem sobre os seguin=
tes
pontos:
=
● =
Entender o que está
acontecendo no território;
=
● =
Fazer questionamentos sobre a
situação problema;
=
● =
Buscar informações
necessárias para solucionar o problema;
=
● =
Trocar conhecimentos e
experiências;
=
● =
Manter o foco na equipe
multiprofissional e usuários.
Tendo
os seguintes objetivos:
=
● =
Solucionar problemas do
serviço;
=
● =
Melhorar a atendimento prestado =
aos
usuários;
=
● =
Transformar práticas
profissionais;
=
● =
Organizar o trabalho.
Desse modo o cuidado de enfermag=
em
tem o desafio de responder de forma efetiva às demandas por cuidados
primários, sendo fundamental desenvolver habilidades no uso de ferramentas e instrumentos gerenci=
ais
que possibilitem a
organização dos processos assistenciais articulados com os
atributos essenciais e derivados da APS (7).
É
fundamental que os profissionais sejam capacitados para definir os instrume=
ntos
gerenciais (Regimentos, Normas, Rotinas e Procedimentos), protocolos
assistenciais instituídos, anotações e registros de
enfermagem (livro de registros, livro de ordens e ocorrências,
relatórios, prontuários e prescrições) e escala=
s.
Estes documentos devem estar organizados de modo físico ou virtual e=
ao
alcance da equipe para consulta, quando necessário, contribuindo com=
a
melhor performance do profissional de enfermagem no cuidado prestado &agrav=
e;
pessoa usuária.
As
atividades desenvolvidas pelos profissionais devem ter por base os
direcionamentos e documentos oficiais, que embora estejam, em sua maioria,
disponíveis de forma online, é importante que sejam
disponibilizados no formato impresso, em locais adequados ou offline na
área de trabalho dos computadores das unidades, acessíveis aos
profissionais e com atualizações periódicas.
Dentre
os instrumentos gerenciais que devem ser construídos e atualizados
estão o Regimento Interno e o Regimento de Enfermagem.
O
Regimento Interno da unidade descreve as regras, o funcionamento e os
direcionamentos das situações do cotidiano que organizam o
trabalho dos profissionais da unidade. Devendo trazer transpar&ecir=
c;ncia
aos profissionais e a pessoa usuária sobre o que a unidade entende c=
omo
necessário para melhor desenvolver as funções dos seus
profissionais e levar respostas efetivas à população <=
span
class=3DSpellE>adscrita.
Quanto
ao Regimento de Enfermagem é um documento que direciona os profissio=
nais
desta categoria na instituição, definindo suas
atribuições e seu regime de trabalho; sendo um ato normativo =
de
caráter flexível que contém diretrizes básicas =
para
o funcionamento do serviço de enfermagem (10). Na prática percebemos=
que
os enfermeiros encontram dificuldades na redação deste docume=
nto
e por vezes decidem utilizar como base documentos de outras
instituições.
É importante ressaltar que cada unidade tem sua realidade loc=
al,
portanto tem suas especificidades, assim deve utilizar seus parâmetros
locais na construção deste documento para organizar o trabalh=
o e o
cuidado do profissional de enfermagem na unidade.
Foi
proposto o seguinte modelo para a construção do Regimento de
Enfermagem:
●
Apresentação
●
Capítulo
I - Da finalidade e objetivos;
●
Capítulo
2 - Da estrutura organizacional;
●
Capítulo
3 - Da Composição;
●
Capítulo
4 - Do Pessoal e suas Atribuições;
●
Capítulo
5 - Dos requisitos para a admissão, avaliação e
desligamento;
●
Capítulo
6 - Do horário de trabalho;
●
Capítulo
7 - Das normas e disposições gerais;
●
Capítulo
8 - Considerações Finais;
●
Referências
Bibliográficas.
As
normas também são instrumentos gerenciais importantes,
consideradas como um conjunto de regras ou instruções para fi=
xar,
procedimentos, métodos e organizações utilizados no
desenvolvimento das atividades (10). Elas devem ser estabelecidas de fo=
rma
claras, concisas e adequadas aos propósitos, baseadas em teorias e
práticas atualizadas, flexíveis e sujeitas a revisões e
atualizações.
No
que diz respeito às rotinas, são um conjunto de elementos que
especifica a maneira exata pela qual as atividades devem ser realizadas
Para
a descrição de linhas de cuidados específicas integran=
do
na sua estrutura as normas, rotinas e procedimentos relativos ao
problema/condição de saúde determinada são
utilizados os protocolos assistenciais e notas técnicas(11).
Eles
devem reunir os dados que permitem direcionar o trabalho e registrar
oficialmente os cuidados executados na resolução de problemas
específicos, pois eliminam as decisões baseadas apenas no
conhecimento adquirido na prática cotidiana individual.
Em
relação ao Procedimento Operacional Padrão (POP) trata=
-se
da descrição detalhada e sequencial de como uma atividade deve
ser realizada(10). Sendo uma das atribuições do
enfermeiro elaborar o POP junto à sua equipe, implementar e controla=
r as
ações assistenciais de enfermagem(12). Ele é a base para a garanti=
a da
padronização dos procedimentos, qualificando a assistên=
cia
de enfermagem em todos os pontos de atenção e assim garantindo
práticas seguras e evitando possíveis erros que possam levar
à imperícia ou imprudência por parte do profissional.
Corroborando
com Botelho, os principais benefícios dos POP proporcionam a
realização correta dos procedimentos, redução d=
os
erros, promove maior segurança para os usuários e profissiona=
is,
possibilita a padronização e atualização das
técnicas auxiliando os profissionais na resolução de
dificuldades, controle de gastos, redução das
infecções relacionadas à assistência de sa&uacut=
e;de
(IRAS), otimizando o tempo profissional e consequentemente fortalecendo as =
boas
práticas na assistência de enfermagem(13).
Para
realizar os registros administrativos de enfermagem utilizaram-se livros de
registro, livro ata, e ordens e ocorrências. Quanto ao livro de registro &eacut=
e;
fundamental que a equipe defina os livros que irão utilizar, os loca=
is
onde devem ficar e quais as anotações adequadas em cada um
deles. Os locais
prioritários definidos pelo grupo de discussão foram a Sala de
procedimentos, Sala de Curativos, Sala de Vacinas, Observações
Clínicas, Central de Material e Esterilização (CME) e<=
span
style=3D'mso-spacerun:yes'> Sala de coleta de exames. Também deve-se organizar um=
modo
de registro para todas as ações de Educação
Permanente realizadas com a equipe.
As questões
técnico-administrativas do turno, evasão de usuários,
intercorrências e orientações realizadas à equip=
e,
falta de materiais e medicamentos, equipamentos ausentes ou em
manutenção, ausência/déficit de colaboradores,
locais bloqueados e/ou interditados, vazamentos, dentre outras, são
algumas das ocorrências que devem ser devidamente registradas no livr=
o de
Ordens e Ocorrências.
Os
registros assistenciais(14-17) devem ser realizados no
prontuário e impressos específicos contendo as
anotações de enfermagem que podem ser realizadas por toda equ=
ipe
de enfermagem e se refere ao PE e cuidados prestados.
Ter um instrumento organizado para
registrar todo Processo de Enfermagem em local adequado é
fundamental. Conforme descrit=
o no
eixo 2 sobre a Definição dos métodos da SAE na APS, o
instrumento utilizado para o registro do PE foi o PEC e-SUS APS, que é uma estratégia do
Departamento de Atenção Básica para reestruturar as
informações da Atenção Básica em
nível nacional(3). Como esta é uma aç&atild=
e;o
alinhada com a proposta mais geral de reestruturação dos Sist=
emas
de Informação em Saúde (SIS) do Ministério da
Saúde, ela qualifica a gestão da informação e
é fundamental para ampliar a qualidade no atendimento à pessoa
usuária(18).
Em
relação a
prescrição de Enfermagem essas orientaçõ=
es
devem ser devidamente registradas em prontuário e também
comunicadas de forma verbal e escritas/impressa à pessoa
usuária. Compreendendo=
que
podem ser realizadas descrevendo as ações de cuidados de
enfermagem e também a partir de protocolos assistenciais
estabelecidos. Na APS a abord=
agem
interdisciplinar possibilita ao enfermeiro participar da
construção de projeto terapêutico singular (PTS) com seu
campo de conhecimento. Essa tecnologia utilizada contribui para a integrali=
dade
do cuidado e pode ser construída com uma abordagem interdisciplinar
contendo a singularidade da pessoa usuária.
Impressos
específicos também devem estar disponíveis para evitar
preenchimentos em fichas erradas ou o não preenchimento de fichas
essenciais. As fichas sugerid=
as
nesse processo foram: Ficha C=
DS,
SINAN, Requisição de exames, Ficha prescrição <=
span
class=3DSpellE>anti-rábica, Receituário, Referên=
cia e Contra-referência. Porém entendemos que elas d=
evem
ser adequadas a cada contexto, revisadas e atualizadas de acordo com as rot=
inas
e fluxos locais.
Finalizando
a organização dos instrumentos da SAE para a
estruturação do PE o grupo identificou a necessidade de ter u=
ma
escala de trabalho padronizada, organizada e de fácil visualiza&cced=
il;ão
para todos. A
elaboração da escala mensal e diária de Enfermagem
é competência do enfermeiro responsável que articula e
integra o processo de dimensionamento e alocação de pessoal de
enfermagem(19), conforme descrito no eixo 3 de
Definição dos processos de pessoal da SAE na APS.
A
compreensão dos fatores intervenientes na elaboração d=
as
escalas de trabalho faz-se necessária, dos quais deve-se destacar: o
número dos funcionários, cargas horárias, licenç=
;as
médicas, turnos, limitações e produtividade dos
profissionais envolvidos, relação entre os profissionais
escalados e a complexidade do cuidado, a fim de garantir uma
elaboração de uma escala que promova assistência de
qualidade a todos os usuários do território adscrito. O grupo sugeriu que a escala dos
profissionais da enfermagem deveria ter a adequação
técnica e legal, contendo nome, inscrição Coren-RJ, categoria, atribuições ou
sítios funcionais e assinatura da chefia de enfermagem/ERT.
A
elaboração e estruturação desses documentos, a
capacitação da equipe na realização das ativida=
des,
procedimentos e o apoio de profissionais qualificados no acompanhamento de
fragilidades de membros da equipe, potencializam o trabalho e o cuidado da
enfermagem local. Essa expert=
ise
contribui para o adensamento tecnológico dos macro e micro processos=
da
construção social da APS possibilitando a resolutividade das
demandas da pessoa usuária, por parte dos profissionais de enfermagem
que somam com a equipe multidisciplinar da APS.
DISCUSSÕES E RESULTADOS
=
P=
roporcionar
ambientes de discussão sobre a articulação da SAE com a
Construção Social da APS levou a reflexões sobre o
processo de cuidado diante da complexa demanda na APS, ao alinhamento de
conceitos e inflexões na prática desse cuidado. Assim, os mac=
ro e
microprocessos da APS que se relacionam com o
trabalho profissional de enfermagem foram operacionalizados através =
do
PE, orientando esse cuidado.
Portanto, o processo de enfermagem,=
por
sua vez, reflete a
assistência de enfermagem, sendo esta, a ação do trabal=
ho e
desse cuidado, em respostas às demandas das pessoas usuárias e
família, considerando a estruturação dos macro e microprocessos da APS.
=
D=
essa
forma é possível perceber a correlação entre a
necessidade de implementar processos de gestão, planejamento e
organização (PAS), considerando também a
implementação de metodologias específicas, como a SAE =
para
organizar o trabalho da enfermagem.
Compreender
a organização das equipes e das unidades de APS levando em co=
nta
as demandas do território e sua complexidade aponta para a necessida=
de
de estruturação desses macro e microproc=
essos
que fazem parte do dia a dia de todos que compartilham desses espaço=
s de
cuidado. A equipe de enfermag=
em
integra este espaço e assume papéis assistenciais e de
gestão, utilizando seus conhecimentos e habilidades específic=
as
contribuindo no processo de cuidado da pessoa usuária. Realizar esse cuidado com pensamen=
to
crítico, de forma segura e assertiva em meio ao complexo ambiente da=
APS
requer a compreensão e aplicação do processo de enferm=
agem
de forma sistemática.
Utilizar
os princípios, tendo por base as teorias de enfermagem, para
indução de boas práticas de cuidados possibilita a
formação de uma alicerce para a construção de
instrumentos que norteiam o cuidado.
A construção de documentos, em si, não leva à mudan&cce=
dil;a
das ações na prática, mas a mudança na forma de
pensar, a partir das discussões tendo por base o desenvolvimento de
pensamento crítico com base teórica, leva a
construção de novos caminhos para resolução de
problemas complexos.
Nesse
contexto é possível lidar com profissionais com conhecimentos=
e
entendimentos diversos sobre um mesmo tema, daí a necessidade de ali=
nhar
os conceitos sobre os quais estão sendo considerados no momento do
cuidado.
A
falta de padronização da taxonomia utilizada na
Classificação de Práticas de Enfermagem para codificar=
o
diagnóstico de enfermagem, exige ainda novas discussões, pois
não houve consenso no grupo, sendo mantido em aberto a possibilidade=
de
testar mais de uma taxonomia.
Outro
ponto importante que deve ser considerado é a
estruturação, organização dos processos de trab=
alho
e dimensionamento adequado de pessoal de enfermagem. Quando estes estão bem defi=
nidos
e organizados contribuem para a qualificação e seguranç=
;a
no cuidado à pessoa usuária.
Sobre
o dimensionamento de pessoal foram levantadas questões prátic=
as
do dia a dia, como ter que lidar com a pressão assistencial na equip=
e,
ao mesmo tempo dar conta dos procedimentos existentes em salas diversas
(vacina, curativos, administração de medicamentos,
nebulização, dentre outros) e
das questões gerenciais.<=
span
style=3D'mso-spacerun:yes'> Essa discussão trouxe &agra=
ve;
tona incômodos e angústias dos profissionais de enfermagem,
havendo portanto uma necessidade de propor outros momentos para o aprofunda=
mento
no tema. Considerar o
dimensionamento adequado da equipe e envolvê-la em seu processo de
capacitação, tendo por base as necessidades locais pode
potencializar a interação entre os profissionais e fortalecer=
o
processo de cuidados.
Definir
instrumentos e ferramentas também contribuem para a
sistematização da assistência de enfermagem, dessa form=
a a
construção de documentos como o Regimento Interno da Unidade =
e o
Regimento de Enfermagem institucionalizam práticas do cotidiano da
equipe. Assim como a
definição de Protocolos, Rotinas e POPs<=
/span>
quando definidos, discutidos e implementados orientam sobre as boas
práticas das ações em saúde, bem como a
implementação adequada dos impressos, livros e prontuá=
rios
contribuem para o registro correto e adequado das ações do PE=
.
O
PE (Coleta de dados, Diagnóstico, Planejamento,
Implementação e Avaliação) realizado no momento=
de
encontro do profissional e usuário/família reflete um contexto
sistêmico considerando desde o conhecimento, habilidade e atitude do
profissional diretamente envolvido até a organização a=
mpla
da unidade com a definição clara dos instrumentos
necessários, a provisão de pessoal, a estruturaç&atild=
e;o
dos métodos utilizado e de toda estruturação dos macro=
e microprocessos da unidade para o atendimento da deman=
da.
O resultado do processo realizado
permitiu a construção de materiais para serem utilizados como
base nas discussões realizadas nas unidades e a
organização da proposta representada na Figura 2. Sendo esta uma
proposta ainda aberta para futuras discussões e adaptaç&otild=
e;es.
Figura
2 - Proposta de Processo de
Implementação da SAE na APS
=
&nb=
sp;
Fonte: Do autor
CONCLUSÃO
Esse relato de experiência
possibilitou descrever o processo de elaboração da proposta de
implementação da SAE na APS contribuindo para a
qualificação dos profissionais da APS em relaçã=
o a
articulação da SAE e a construção social da APS,
com teorias que fundamentam esse fazer integral com visão sistê=
;mica,
organizada e qualificada. Des=
sa
forma é possível compreender que no contexto da APS, precisam=
os
adquirir habilidades para sistematizar a organização do traba=
lho
da enfermagem por meio da gestão de processos.
Os
momentos de discussões possibilitaram identificar os ganhos e os pon=
tos
de ajuste, onde foram destacadas como potencialidades do processo a
discussão sobre a SAE na APS com os profissionais que estão no
dia a dia da assistência ampliando a organização do
macroprocessos e microprocessos básicos
relacionados à Assistência de Enfermagem, o direcionamento sob=
re a
estruturação do PE e dos processos de educação
permanente, o apoio na organização do dimensionamento de pess=
oal,
na construção dos regimentos, definições dos PO=
P,
organização dos livros de registros, Impressos e modelo de
escala. Isso trouxe mais clar=
eza
para os profissionais sobre a Sistematização da Assistê=
ncia
de Enfermagem na APS.
Os
desafio que destacamos estão relacionados a necessidade de
construção e otimização dos materiais do projeto
SAE para se tornarem replicáveis pelos RT de Enfermagem para os dema=
is
profissionais da unidade, o questionamento dos profissionais relacionado ao
local específico de registro do Sistema de Classificaçã=
;o
de Enfermagem no prontuário eletrônico utilizado e o
questionamento sobre a falta de padronização de um Sistema de
Classificação de Enfermagem para ser utilizado no
território.
A apreensã=
;o
desses conceitos pela equipe provocou inquietações capazes de gerar novos conheciment=
os
para induzir adequações da SAE na APS.
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E-mail: erikasouza.enf@gmail.co=
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Médica /FM/UFRJ Rio de Janeiro, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-=
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E-mail: assuntap11@gmail.com
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Marques (2019). ORCID: ht=
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E-mail: nobrega20@gmail.com
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