MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01D79914.F55D3140" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01D79914.F55D3140 Content-Location: file:///C:/ACF69E54/1079-Textodoartigo-HTMLPT.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="windows-1252"
CONTATO
PELE-A-PELE MÃE/FILHO NA PRIMEIRA HORA DE VIDA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
SKIN-TO-SKIN CONTACT BETWEEN MOTHER AND
CHILD IN THE FIRST HOUR OF LIFE: AN INTEGRATIVE REVIEW
Poliana Lopes Campos de Sá<=
span
style=3D'font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman",serif;mso-fareast-f=
ont-family:
"Times New Roman";mso-fareast-language:PT-BR'>[1] * Erika Marina Rabelo[2]
RESUMO
Objetivo: identificar nas evidências
disponíveis quais fatores maternos, profissionais e pessoais estão relacion=
ados
à realização do contato pele a pele mãe/filho na primeira hora de vida do
recém-nascido e analisá-los de acordo com o que é recomendado pelo Ministér=
io
da Saúde e Organização Mundial de Saúde. Método: revisão integrativa com 19
artigos publicados entre os anos de 2014 e 2019 nas bases de dados MEDLINE,
LILACS e SciELO, utilizando trabalhos disponíveis na íntegra. Resultados: f=
oram
criadas duas categorias de análise: fatores comportamentais e fatores
fisiológicos. Conclusão: Os fatores associados ao contato pele-a-pele
encontrados a partir dessa revisão foram: vínculo materno infantil, início e
duração da amamentação, preparo da equipe atuante em sala de parto, parto
vaginal, bem-estar materno e infantil no pós-parto imediato, termorregulação
neonatal, redução de estresse e dor do binômio e prevenção de hemorragia no=
pós-parto.
Palavras-chave: Contato Pele-a-Pele. Aleitamento Materno. Relações
Mãe-Filho. Período Pós-Parto.
ABSTRACT
Objective: to identify in the <=
span
class=3DSpellE>available evidence which maternal, professional and personal
factors are related=
to the
skin-to-skin contact between mother
and child in the first hour of life of the newborn and to analyze th=
em according to what is recommended by the Ministry of
Health and World Health Organization. Method: integrative revie=
w with
19 articles published between 2014 and 2019 in =
the
MEDLINE, LILACS and SciELO databases, using Conclusion: The factors
associated with skin-to-skin contact found from this review were:
maternal infant bond, beginning and duration of=
breastfeeding, preparation of the
team working in the delivery room,
vaginal delivery, maternal and child well-being in the postpartum period. immediate deliver=
y,
neonatal thermoregulation, reduction
of binomial stress and pain and prevention
of postpartum hemorrhage=
span>.
Keywords: Skin-to-Skin Contact.=
Breastfeeding. Mother-Child
Relations. Postpartum Peri=
od.
INTRODUÇÃO
MÉTODO
Fluxo=
grama
1 - Proce=
sso
de seleção dos artigos
Registros identificados p=
or
meio de pesquisa em banco de dados (n =3D 65) Lila=
cs (22), PubMed (33), Scielo (10) Registros selecionados ap=
ós
aplicação dos critérios de exclusão (n =3D 50) Registros selecionados após leitura de título e =
resumo
(n =3D 29) Estudos incluídos na revi=
são
integrativa (n =3D 19) Registros excluídos por n=
ão
abordarem nenhum fator associado ao contato pele-a-pele na primeira hor=
a de
vida (n =3D 10) Artigos avaliados para
elegibilidade após leitura na completa (n =3D 19) Registros adicionais
identificados por outras formas (n=3D0)
Fonte:
Elaboração própria
Resultados
Quadro 01
- Apresentação dos artigos segundo autores/ano de publicação em ordem
crescente, título, tipo de estudo/nível de evidência e principais fatores
associados ao CPP.
Autores/ Ano |
Título |
Tipo de es=
tudo/ Nível de
evidência |
Fator asso=
ciado
ao contato pele a pele |
Santos LM. et al., 2014 |
Vivenciando o contato pele a pele com o
recém-nascido no pós-parto como um ato mecânico(16). |
Estudo exploratório, descritivo e qualitativo. 4 |
Atuação da equipe de sala de parto. |
Crenshaw=
JT; 2014 |
Prática saudável do nascimento # 6: mantenha mãe=
e
bebê juntos - é melhor para mãe, bebê e aleitamento materno(17). |
Estudos descritivo
não-experimental<=
span
style=3D'font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman",serif'> 4 |
Termorregu=
lação
neonatal; Início da =
amamentação; Redução do
estresse materno. |
Fucks |
A sala de parto: o contato pele a pele e as ações
para o estímulo ao vínculo entre mãe-bebê(18). |
Estudo qualitativo de caráter descritivo 4 |
Vínculo materno-infantil. |
Vieira MJO; Dos Santos AAP; Silva JMO; Sanches M=
ETO;
2016 |
Assistência de enfermagem obstétrica baseada em =
boas
práticas: do acolhimento ao parto(19). |
Estudo descritivo, retrospectivo e documental, de
abordagem quantitativa 4 |
Vínculo materno-infantil. |
Albuquerque RS. et al., 2016 |
Temperatura dos recém-nascidos submetidos ao cal=
or
radiante e ao dispositivo Top Maternal ao nascimento(20). |
Estudo comparativo observacional do tipo
Caso-Controle 4 |
Termorregu=
lação neonatal. |
Sharma A; 2016 |
Eficácia do contato pele a pele precoce na taxa =
de
aleitamento materno exclusivo em recém-nascidos a termo: um estudo contro=
lado
randomizado(21). |
Estudo controlado randomizado 2 |
Aleitamento
materno exclusivo; Redução de=
dor
materna durante suturas. |
Silva CM; Pereira SCL; Passos IR; Dos Santos LC;
2016 |
Fatores associados ao contato pele a pele entre
mãe/filho e amamentação na sala de parto(22). |
Estudo retrospectivo 4 |
Aleitamento materno; Parto vaginal. |
Guala |
Contato pele a pele no parto cesáreo e duração do
aleitamento materno: um estudo de coorte(23). |
Estudo de coorte 3 |
Cesariana. |
Souza LH; Soler ZASG; Santos MLSG; Sasaki NSGMS; 2017 |
Puérperas se relacionando com seus filhos e
experiências de trabalho(24). |
Estudo transversal 4 |
Vínculo materno-infantil. |
Linares AM. =
et
al., 2017 |
Modelagem da influência do contato precoce pele a
pele no aleitamento materno exclusivo em uma amostra de mulheres imigrant=
es
hispânicas(25). |
Relatório (usando dados de um estudo longitudina=
l) 6 |
Parto vaginal e cesariana. |
Safari K; Sa=
eed
AA; Hasan SS; Banaem LM; 2018 |
O efeito do contato pele a pele precoce entre mã=
e e
recém-nascido no início da amamentação, temperatura do recém-nascido e
duração do terceiro estágio do trabalho de parto(26). |
Estudo quase-experimental 3 |
Início da amamentação; Duração da terceira fase do trabalho de parto; Hipotermia neonatal. |
Cadwell K; Brimdyr K; Phill=
ips R;
2018 |
Mapeamento, medição e análise do processo de con=
tato
pele a pele e aleitamento materno na primeira hora após o nascimento=
(27). |
Estudo descritivo transversal 4 |
Cuidados de rotina em sala de parto. |
Brimdyr K; Cadwell K; Steve=
ns J;
Takahashi Y; 2018 |
Um algoritmo de implementação para melhorar a pr=
ática
pele a pele na primeira hora após o nascimento(28). |
Estudo quase-experimental 3 |
Amamentação. |
Karimi |
O efeito do contato pele a pele mãe-bebê no suce=
sso
e duração da primeira amamentação: uma revisão
sistemática e meta-análise(29). |
Revisão sistemática e meta-análise 1 |
Amamentação; Redução do estresse materno e infantil. |
Alenchery AJ. et al., 2018 |
Barreiras e facilitadores ao contato pele a pele=
ao
nascimento em recém-nascidos saudáveis - um estudo qualitativo(30)=
sup>. |
Estudo qualitativo 4 |
Atuação da equipe de sala de parto. |
Shaw SC; Dev=
gan
A; Anila S; Anushree MN; Debnath
H; 2018 |
Uso de ciclos Planejar-Fazer-Estudar-Agir (PDSA)
para diminuir a incidência de hipotermia neonatal na sala de parto(3=
1). |
Estudo quase-experimental 3 |
|
Abdala LG; Da Cunha MLC; 2018 |
Contato pele a pele entre mãe e recém-nascido e =
amamentação
na primeira hora de vida(32). |
Estudo transversal 4 |
Parto vaginal e cesariana. |
Thuler ACMC; Wall ML; De Souza MAR; 2018 |
Caracterização das mulheres no ciclo
gravídico-puerperal e o incentivo à amamentação precoce(33). |
Estudo quantitativo, descritivo, longitudinal 4 |
Parto vaginal e cesariana. |
Bedaso |
Avaliação do contato pele a pele (CSC) durante a=
internação
pós-parto e seus fatores determinantes entre mães de instituições de saúde
pública na Etiópia(34). |
Estudo transversal 4 |
Nível educacional das mulheres e número de consu=
ltas
de pré-natal. |
Fonte: Elaboração própria
A análise dos estudos baseou-se no
objetivo e na pergunta norteadora desta revisão. Identificou-se fatores
fisiológicos que estavam relacionados à mãe e ao bebê durante a ocorrência =
do CPP
e da mesma forma foram notados comportamentos que interferiam nesta prática=
de
forma positiva ou negativa. Assim sendo, para melh=
or
organização e discussão dos achados foram criadas duas categorias. São elas=
: Fatores
comportamentais e Fatores fisiológicos.
DISCUSSÃO
Fatores comportamentais
Essa categoria originou-se a part=
ir
de estudos que apontam quais comportamentos são iniciados ou favorecidos a =
partir
da prática do CPP na primeira hora de vida e por outro lado, quais comporta=
mentos
maternos, infantis ou assistenciais impedem que a prática seja realizada de
acordo com as principais recomendações dos órgãos de saúde.
O ato que colocar o recém-nascido=
no
peito desnudo da mãe assim que ele nasce favorece a primeira mamada e isso
permite que a mulher veja, toque e pegue no seu filho, suprindo assim, toda=
a
expectativa criada durante as semanas da gestação, o que fortalece o vínculo
afetivo entre os dois(18). Observou-se que puérperas que não
vivenciaram o CPP com seus filhos na primeira hora de vida eram
significativamente mais tristes dos que aquelas que tiveram a oportunidade.
Isso mostra que a falta do CPP influencia negativamente no vínculo entre mã=
e e filho(24).
A separação precoce de mãe e bebê pode diminuir a resposta afetiva da mãe ao
seu filho e isso pode gerar efeito negativo no comportamento materno(1=
7).
As práticas profissionais foram
apontadas como fatores dificultadores para a realização do CPP na sala de
parto. Observou-se que boa parte dos binômios mãe-filho realizaram contato
pele-pano ou contato misto durante a primeira hora de vida, sendo que a med=
iana
de duração do CPP foi de 30 minutos apenas. Este mesmo estudo defende que d=
eve
acontecer a interação entre mãe e bebê na primeira hora de vida e que para =
isso
o papel da equipe multiprofissional que atende ao parto e nascimento é bast=
ante
relevante(32).
A influência da equipe de saúde no
CPP também é evidenciada em outros estudos que apontam que a separação do
binômio na primeira hora pós parto ocorre em prol da realização de cuidados=
de
rotina com mães e principalmente com o recém-nascido(16). Isso
ocorre quando os profissionais de saúde não percebem relevância em promover=
CPP
e aleitamento materno na primeira hora pós-parto. Dessa forma permitem o pr=
imeiro
contato entre mãe e bebê de maneira rápida e mecânica para que o fluxo de s=
uas
atividades na sala de parto não seja prejudicado ou atrasado. Autores apontam que prevenir a separação=
da
díade mãe-filho em ocasiões em que ambos se encontram saudáveis é uma respo=
nsabilidade
ética dos profissionais de saúde(17).
Ainda no que se refere aos cuidad=
os
prestados em sala de parto, ressalta-se que o Ministério da Saúde do Brasil
recomenda que seja adiado qualquer cuidado de rotina que separe mãe e filho
desde que o binômio se encontre estável. O objetivo deste adiamento é
justamente propiciar contato ininterrupto na primeira hora após o nasciment=
o(2).
Estudo conduzido em Bangalore, Ín=
dia,
no ano de 2018, elencou barreiras e facilitadores para o CPP no nascimento.
Como fatores que motivaram a promoção do CPP tiveram: conhecimento dos
benefícios da prática, experiências positivas vivenciadas pelos profissiona=
is
anteriormente àquele momento, e por fim, aceitação materna. As principais
barreiras notadas no estudo foram: falta de pessoal na equipe de enfermagem,
restrição de tempo alegada pelos profissionais da sala de parto que acredit=
avam
que a prática do CPP provocaria atraso às outras atividades do setor e dessa
forma consideravam o tempo de 1 hora impraticável, apreensões relacionadas =
ao
procedimento como preocupação com a segurança do RN no colo da mãe, intoler=
ância
com rotinas clínicas e dificuldades em decidir sobre a elegibilidade para C=
PP(30).
Quando
falou sobre cuidados essenciais ao recém-nascido no ano de 2003, Zveiter
defendeu que a primeira hora após o nascimento da criança é uma hora delica=
da
onde a mãe encontra-se ainda impactada pela chegada do seu bebê. Nesse
contexto, a equipe de saúde envolvida no nascimento representa uma figura
facilitadora ou não do processo de aproximação precoce entre a mãe e seu fi=
lho.
Visto isso, as ações desses profissionais de saúde no pós-parto imediato em
relação aos cuidados prestados ao recém-nascido podem interferir negativame=
nte
no vínculo que está se estabelecendo entre os dois seres(35).
Portant=
o,
os profissionais que atuam na recepção do recém-nascido devem entender que,=
na
verdade, são coadjuvantes do processo do nascimento e as práticas chamadas =
de
rotineiras da assistência só devem ser trocadas por técnicas de atendimento=
s imediatos
de urgência, pois, caso contrário, se tornarão intervenções desnecessárias =
e prejudiciais
à primeira hora de vida do recém-nascido(36).
Uma equ=
ipe
qualificada para o atendimento à mulher na sala de parto consegue garantir a
realização do CPP, pois uma equipe treinada e preparada contribui para que a
indicação de intervenções ao parto e as avaliações da condição de nasciment=
o da
criança sejam acertadas(37).
Seis estudos selecionados =
sup>associaram
a prática do CPP com o início e a duração da amamentação. O CPP imediato e
ininterrupto apresenta efeito positivo e significativo na taxa de sucesso e=
na
duração da primeira lactação(26,27,29). Além disso, está associa=
do a
um aumento nas chances de aleitamento materno exclusivo no momento da alta<=
sup>(25).
De encontro a esses achados, um estudo aponta que o CPP melhora
significativamente a taxa de aleitamento materno exclusivo às seis semanas =
de
idade em neonatos saudáveis a termo(21). Interromper ou não real=
izar
o CPP após o nascimento pode inibir o reflexo de rastreamento pelo
recém-nascido, fazendo com o que o início da amamentação seja postergado
A cesariana foi apontada como fat=
or
dificultador para a realização do CPP e associada a realização de contato
pele-pano na primeira hora de vida. A maioria das puérperas submetidas à ce=
sariana
não teve o contato pele-a-pele na sala de parto, sendo inverso nos casos de
parto normal. Isso reflete no aleitamento materno, uma vez que bebês nascid=
os
de cesariana têm uma taxa menor de amamentação na alta hospitalar em compar=
ação
com aqueles nascidos de parto vaginal. O tipo de parto é o fator que mais
influencia na realização do CPP (23, 25, 32,33).
O CPP se faz muito importante na =
cesariana
para proporcionar, também nesta via de parto, um momento íntimo, de troca
afetiva, estímulos e calor. O CPP deve ser estimulado na cesariana para o
conforto e desenvolvimento saudável do recém-nascido. É muito valioso que a
equipe assistente apoie este momento em que a mulher passa a ser mãe e nutr=
iz.
São esses profissionais que proporcionam o início do contato e auxiliam o
binômio neste primeiro momento juntos agora fora do ventre(38-40).
Fatores fisiológicos
Esta categoria emergiu-se em estu=
dos
da amostra que mencionam reações/efeitos/respostas dos organismos materno e
infantil que são decorrentes da realização do CPP.
Manter mãe e bebê juntos após o p=
arto
contribui para a manutenção da temperatura corporal do recém-nascido(2=
0).
E ainda sobre temperatura corporal do recém-nascido, outros três estudos de=
sta
revisão comprovam que a realização do CPP diminui as taxas de incidência de
hipotermia neonatal. Além de ser uma alternativa adequada e de alta qualida=
de,
o CPP é também facilmente implementado em qualquer estabelecimento de saúde,
independente do porte (17, 26, 31).
Outros benefícios foram observado=
s e
comprovados com a prática do CPP entre mãe e filho após o nascimento. Um
exemplo são mães que vivenciaram o CPP imediatamente após o parto e apresen=
taram
escore de dor durante reparo de lacerações consideravelmente menor do que
aquelas que não viveram o contato (21). Outro benefício demonstr=
ado
nessa categoria foi o prazer que os hormônios liberados no parto proporcion=
am à
mãe que recebe o seu filho no colo imediatamente (17).
É comprovado que o CPP acalma o
binômio mãe-filho que entram em sintonia naquele primeiro momento de vida e=
xtrauterina
da criança. Além disso, regula a respiração e a frequência cardíaca de ambo=
s,
coloniza o bebê com a flora bacteriana materna e reduz o choro, reduzindo a=
ssim
o estresse do bebê. As bactérias advindas do corpo da mãe protegem os bebês=
de
infecções e ajudam a construir seu sistema imunológico. É, portanto, import=
ante
que o CPP seja iniciado imediatamente após o nascimento e seja contínuo, pr=
olongado
e estabelecido entre toda a mãe-filho saudáveis(9).
CONCLUSÃO
Os fatores associados ao CPP enco=
ntrados
a partir dessa revisão foram: fatores comportamentais (atuação da equipe de=
sala
de parto, vínculo materno infantil, início e duração da amamentação, tipo de
parto) e fisiológicos (bem-estar materno e infantil no pós-parto imediato,
termorregulação neonatal, redução de estresse e dor do binômio e prevenção =
de
hemorragia no pós-parto).
Através deste estudo foi possível
observar a diversidade de benefícios que a prática do CPP promove para o
binômio mãe-bebê. Observou-se também quais são os fatores que dificultam ou
impedem a realização desse contato.
O CPP vem ganhando espaço nas sal=
as
de parto ao redor do mundo, mas ainda existem falhas no modo de fazê-lo e há
resistência por parte de alguns profissionais que indagam sobre a sua eficá=
cia
e sobre a real necessidade uma vez que acreditam que a prática pode atrasar=
a
dinâmica do setor.
É inquestionável a importância de
todos os profissionais que atuam 24h por dia no cenário de parto e nascimen=
to. Todos
são peças importantes e facilitadoras do CPP na primeira hora de vida e,
portanto, é essencial que façam parte de uma equipe treinada, capacitada e
conhecedora da aplicabilidade do primeiro contato entre mãe e filho
imediatamente após o nascimento.
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O desenvolvimento deste artigo contou com a colaboração de algumas
pessoas, dentre as quais agradecemos: =
As acadêmicas de Enfermagem Caroline Souza Amaral e Thalita Botelho =
Cutrim
Submissão: 2021-04-12
Aprovado: 2021-05-02
[1]=
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Minas Gerais. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-=
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E-mail: polianasa.enf@gmail.com
[2]=
Fundação Hospitalar do Estado=
de
Minas Gerais. Orcid: http://orcid.org/0000-0002-86=
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E-mail: erikamarinarabelo@yahoo.com.br
ARTIGO DE REVISÃO