MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01D7BD10.E06C7690" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01D7BD10.E06C7690 Content-Location: file:///C:/A0F559EC/1097-Textodoartigo-HTML.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="windows-1252"
A PRÁTICA E O CONHECIMENTO DA MULHER IDOSA PARA O
ENVELHECIMENTO ATIVO
THE PRACTICE A=
ND
KNOWLEDGE OF THE ELDERLY WOMAN FOR ACTIVE AGING
Larissa Silva Santos[1]
* Monica Cavalcante[2] * Tatiane Barbosa =
de
Lira[3]
* Natanael Nunes da Silva[4]
* Armany Rickiel Lima Borge=
s[5]
* Pabline Kaiane
Ferreira Jacobina[6] * Daiane Monique d=
e Sá
Martins[7]
* Francisca Cecília Viana Rocha[8]
RESUMO
Objetivos: Analisar e descrever a p=
rática
e o conhecimento da mulher idosa sobre como manter um envelhecimento ativo e
saudável e as dificuldades encont=
radas. Métodos: Trata-se de uma pesquisa
descritiva, com abordagem qualitativa, realizad=
a em
um Centro de Convivência, de caráter público, na cidade de Teresina, Piauí.=
Os
participantes do estudo foram 12 mulheres idosas que frequentem o Centro de
Convivência. A análise dos dados foi realizada por meio da técnica de análi=
se
de conteúdo, cuja finalidade é analisar a partir das falas dos entrevistado=
s. =
Resultados:
Foi analisado o perfil sociodemográico das idosas e
também abordou as categorias temáticas do estudo, de acordo com a similaridade
semântica, que representam as descrições das falas das idosas entrevistadas=
que
foram as práticas das idosas para um envelhecimento saudável e ativo e
dificuldades das idosas para o envelhecimento ativo. =
Conclusão:
O envelhecimento ativo é enca=
rado
como um processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e
segurança.
Descritores: Idosa. Envelhecimento Ativo. Saúde da
Mulher.
ABSTRACT
Objectives: Analyze and
describe the practice and knowledge of the elderly woman about how to maint=
ain
an active and healthy aging and the difficulties encountered. Methods:=
b>
This is a descriptive research with a qualitative approach, performed at a
Center for Coexistence of public character, in the city of Teresina, Piaui.=
The
study participants were 12 elderly women who attend the Center for Coexiste=
nce.
The data analysis was performed by means of the content analysis technique,
whose purpose is to analyze the effect of the statements of the interviewee=
s. Results:
We analyzed the sociodemográico profile of elderly people and also addressed
the thematic categories of the study, in accordance with the semantic
similarity, which represent the descriptions of the statements of the elder=
ly
interviewees who were the practices of elderly people for a healthy and act=
ive
aging and difficulties of elderly people for active aging. Conclusion:=
b>
The active aging is seen as a process of optimizing opportunities for healt=
h,
participation and security.
Keywords: Elderly. Active Aging. Wo=
men's
Health.
INTRODUÇÃO
O
processo do envelhecimento pode ser classificado de dois modos: a senescênc=
ia
ou envelhecimento primário e a senilidade ou envelhecimento secundário. A
senescência consiste nas mudanças causadas pela idade, independentes das
doenças e das influências do ambiente. A senilidade consiste numa aceleração
deste processo como resultado das doenças que surgem ocasionalmente, assim
como, dos fatores ambientais ou doenças crônicas(1).
O
envelhecimento ativo tem como objetivo “aumentar a expectativa de uma vida
saudável e a qualidade de vida para todas as pessoas” que se encontram neste
processo. É importante salientar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) a=
ssocia
o termo “ativo” não somente à capacidade de estar fisicamente ativo(2)=
.
O
envelhecimento saudável é definido por medidas subjetivas, tais como:
satisfação de vida, afetos e disposição de espírito, e por medidas objetiva=
s,
nomeadamente, morbidade, independência e mortalidade. A partir de uma
perspectiva biomédica, a definição mais proeminente descreve-o em termos de
três critérios: baixo risco para doenças e deficiências relacionadas à doen=
ça,
alta atividade mental e física e envolvimento ativo na vida cotidiana. Na
perspectiva psicossocial, o bem-estar emocional é uma das dimensões mais
valorizadas. Relaciona-se com o que vem a ser uma vida satisfatória e feliz=
e
tem sido explicado por dois modelos (3).
O entendimento dos
determinantes e dos fatores etiológicos do envelhecimento saudável - sejam =
eles
relacionados às condições e desigualdades socioeconômicas, características
individuais (biológicas, psicológicas, genéticas) e comportamentais, ambien=
te
físico, acesso e utilização de serviços de saúde, ademais das diferenças
culturais e de gênero - tornam-se
fundamentais para subsidiar o planejamento de políticas de atenção à saúde =
da
população idosa (4).
O aumento=
da
expectativa de vida traz novos contornos à população mundial. No que diz
respeito ao Brasil, a Organização Mundial da Saúde estima que, até 2025, es=
se
será o sexto país no mundo com maior número de idosos, alcançando 30 milhõe=
s de
pessoas. Quanto à população feminina, a estatística mostra =
que
é mais numerosa que a masculina. No último censo, realizado, pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, foram contabilizadas 8.549.259 pesso=
as
idosas do sexo masculino e 10.732.790 do sexo feminino (5).
Envelhecimento populacional é uma
realidade em todo mundo e, chama a atenção que dessa população idosa
brasileira, que já viveu 100 anos ou mais, quase 90% são mulheres. Essa
situação imprime uma importante característica às populações envelhecidas q=
ue é
a sua feminização (6).
As mudanças sociais estão influenciand=
o os
modos de envelhecer da mulher, pois envelhecer é determinado não só pela
cronologia e por fatores físicos, mas também pela condição social em que
vivemos e pela singularidade individual de cada mulher idosa na sociedade <=
sup>(7).
O prolongamento da existên=
cia
só pode ser considerado uma conquista humana na medida em que agrega qualid=
ade
aos anos adicionais de vida, inclusive para indivíduos que tenham algum gra=
u de
fragilidade ou incapacidade, ou ainda, que necessitem de algum tipo de
cuidado. Conforme destaca o marco político ‘Envelhecimento Ativo’, açõ=
es
voltadas à população idosa devem oportunizar a saúde, a segurança pessoal e=
a
participação contínua do idoso nas questões sociais, econômicas, culturais e
civis de modo geral (4).
Nesse processo de envelhecimento a mul=
her
passa pelo climatério, um período transicional, polêmico e crítico. Fase
biológica da mulher, compreendendo a transição entre o período reprodutivo =
e o
não reprodutivo, com início por volta dos 35 anos e encerrando-se aos 65 an=
os.
Abrange a menopausa, correspondendo ao último ciclo menstrual, reconhecido
depois de passados 12 meses da sua ocorrência, o que, em geral, se dá por v=
olta
dos 48 aos 50 anos de idade (6).
Portanto,
o envelhecimento da população é algo crescente mundialmente e deve se salie=
ntar
que o processo de envelhecimento saudável e ativo é algo resultante de um
conjunto de fatores que promovem uma melhor qualidade de vida para os idoso=
s.
A partir da problemática da pesquisa o objet=
ivo
do presente estudo é analisar e descrever a prática e o
conhecimento da mulher idosa sobre como manter um envelhecimento ativo e
saudável e as dificuldades encont=
radas.
MÉTODOS
=
Trata-se
de uma pesquisa de campo desc=
ritiva,
com abordagem qualitativa. O cenário da pesquis=
a foi em um Centro de
Convivência,
de caráter público, situado na cidade de Teresina, Piauí, Brasil, onde são
desenvolvidas atividades com: artesanato, canto e coral, educação física e
orientação sexual sócio pedagógica. Participaram do estudo 12
mulheres idosas que frequentem o Centro de Convivência. Os critérios de inclusão foram idosas q=
ue
frequentem o Centro de Convivência há pelo menos seis meses, com idade a pa=
rtir
de 60 anos e que concordem em participar da pesquisa por meio da assinatura=
do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Excluiu-se idosas que te=
nham
um resultado do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) inferior a uma pontuação=
de
27 pontos. Esse valor classifica como uma idosa com baixa cognição, estando
assim não apta para responder as perguntas e que apresentem discordância na
assinatura do TCLE.
Para identificar a cognição
das idosas foi realizado o MEEM que é constituído de duas partes, uma que
abrange orientação, memória e atenção, com pontuação máxima de 21 pontos e,
outra que aborda habilidades específicas como nomear e compreender, com
pontuação máxima de 9 pontos, totalizando um escore de 30 pontos (8)=
sup>. As idosas foram nomeadas c=
om
nome “idosa” seguida de numeração arábica de ordem crescente, como forma de
preservar a identidade das mesmas, em cumprimento as exigências da Resolução
466/12 do CNS (9). A
coleta de dados foi realizada após aprovação pelo Comitê e Pesquisa das
instituições coparticipantes. Após o esclarecimento sobre os objetivos e
metodologia da pesquisa, com consequente assinatura do TCLE, os dados da
pesquisa foram coletados em salas reservadas, garantindo a intimidade e
dignidade do entrevistado, e evitando também interferências por parte de
terceiros. Estas foram gravadas, após o consentimento dos participantes e
transcritas na íntegra, preservando a fala dos mesmos.
O instrumento para produçã=
o de
dados foi um roteiro de entrevista semiestruturado detalhado e organizado, =
com
perguntas abertas e fechadas, em que os entrevistados têm a possibilidade de
discorrer sobre o tema proposto. Ressalta-se que a data da entrevista foi
previamente agendada, respeitando a disponibilidade de tempo dos participan=
tes
e visando não inferir nas suas atividades. O tempo de duração da participaç=
ão
dos participantes nesta pesquisa teve duração em torno de trinta minutos.
A análise dos dados se deu por meio da técnica de análise de
conteúdo, cuja finalidade é analisar a partir das falas dos entrevistados,
organizá-las em categorias analíticas que atendam aos objetivos da pesquisa,
síntese e interpretação dos resultados (10). Primeiramente, as f=
alas
foram transcritas na íntegra, em seguida realizadas leituras e releituras
flutuantes, com a finalidade de tomar contato exaustivo com as informações
colhidas. Posteriormente, se processou a organização dos dados transcritos =
de
cada entrevista, destacando os aspectos relevantes e comparando-os com a
literatura. Estabeleceu-se classes analíticas a partir dos objetivos e do
roteiro de entrevista.
A análise foi executada ap=
ós a
reprodução das gravações das falas das entrevistadas na íntegra, e em segui=
da,
rigorosamente lidas e comparadas ao roteiro, para garantir qualidade do con=
teúdo.
Após esta etapa realizou-se a análise de conteúdo de Minayo (10)=
.
Inicialmente buscou-se faz=
er
uma leitura do conjunto do material selecionado, de forma completa. A partir
dessa leitura analisou-se a busca de uma visão de conjunto. Foi compreendid=
a as
particularidades do conjunto do material analisado e elaborados pressupostos
iniciais que serviram de baliza para a análise e a interpretação do materia=
l,
logo após serão escolheu-se formas de classificação inicial, como também
determinou-se os conceitos teóricos que orientaram a análise (10).
Na segunda etapa, efetuou-=
se
exploração do material mostrando a análise propriamente dita. A distribuiçã=
o de
trechos, depois foi feita leitura dialogando com as partes dos textos da
análise ordenando cada assunto, para análise dos diferentes núcleos de sent=
ido
presentes na várias classes do esquema de classificação, afim de obter
temáticas mais amplas ou eixos em torno dos quais pode-se discutir as
diferentes partes dos textos analisados, em seguida reagrupou-se as partes dos textos por t=
emas
encontrados, para redação por tema, de modo que der conta dos sentidos dos
textos e de sua articulação com conceitos teóricos que orientam a análise. =
No
final foi implementada uma síntese interpretativa por meio de uma redação q=
ue
possa falar de temas com objetivos, questões e pressupostos da pesquisa
RESULTADOS E
A seguir, as categorias
temáticas que surgiram do estudo, de acordo com a similaridade semântica, q=
ue
representam as descrições das falas das idosas entrevistadas.
Práticas das idosas para um envelhecimen=
to
saudável e ativo
“[...] Eu gosto muito de ler, fazer pala=
vras
cruzadas, atividade física, participo das atividades, não fico só em casa, =
eu
saio para o shopping por exemplo.” (1)
“[...] Eu me cuido, tomo os
remédios direito, faço exercícios, vou ao médico de 3 em 3 meses.” (3)
“[...] Faço academia, me
movimento e faço as coisas em casa, no final de semana gosto de beber com as
minhas amigas.” (4)
“[...] Prático ginástica, =
não
sou de ficar doente e sempre vou ao médico.” (7)
“[...] Eu faço tudo, eu me
cuido, lavo e passo roupa, passeio, sou ativa no que eu posso.” (6)
“[...] Atualmente faço trabalhos manuais=
, faço
flores, tapetes, costuro.” (12)
As opiniões de idosos
sobre as atividades que poderiam contribuir para melhorar a sua qualidade de
vida, evidenciou que as atividades propostas pelos idosos são as atividades=
de
lazer como ir ao cinema, praticar esportes, jogos e brincadeiras, 98,5%.
Pescaria e Boliche com 98% das respostas e aulas de canto/música, 97,5%. Os
passeios e as aulas de dança também são importantes e foram citados em 96,5=
% e
94% das respostas respectivamente. Entre as menos quistas estão as atividad=
es
manuais com 87% das opiniões em favor de sua realização (11).
A
atividade física regular melhora a força, a massa muscular e a flexibilidade
articular. Também atua como método de prevenção de doenças neurológicas, co=
mo
esclerose múltipla e doença de Alzheimer (12).
A
população idosa deve ser considerada como sujeito ativo na promoção de sua
saúde e na manutenção de sua autonomia, em que sejam realizadas orientações
sobre os cuidados e o apoio pela família e pelos serviços de saúde na execu=
ção
das atividades físicas que não necessitem de auxílio ou supervisão, mas que
permitam desenvolver as atividades físicas sem risco (13).
Além
da atividade física ser um fator importante na qualidade de vida das pessoa=
s,
há evidências de que a população que mais se beneficia com esta prática é a
população de idosos. Neste sentido, a atividade física na velhice mostra-se
promissora em despertar no idoso a manutenção a saúde e interação com o mei=
o (12).
“[...] Envelhecer ativamente é envelhece=
r com
saúde, através de caminhada, passeios, diversão com a família.” (5)
“[...] Faço tudo, não espe=
ro
por ninguém, eu brinco com os meus netos, gosto de sair para beber de vez e=
nquanto.”
(8)
“[...] Eu nunca me importe=
i em
envelhecer, eu sabia que um dia iria ficar mais velha, mais para mim envelh=
ecer
com saúde, é viver feliz, passear com a família.” (9)
“[...] Ando muito nas casas
das minhas irmãs para conversar, me distrair.” (11)
Em
uma pesquisa realizada com 246 idosos constatou-se que quanto à prática do
etilismo foi referida por apenas 8,9% dos participantes, contudo 11,0% já
fizeram uso do álcool em algum momento de sua vida. Portanto, apesar de a
maioria dos idosos não usar álcool, é necessária atenção a este fator de ri=
sco,
visto que se sabe que o alcoolismo é um significativo problema de saúde púb=
lica
no país, levando a inúmeras patologias (14).
A “união” familiar surgiu como uma
categoria neste estudo quando os idosos passaram a associar o desempenho
adequado na função de cuidado, tanto a avós como a netos, à manutenção de l=
aços
entre os membros da família. Grande parte dos avós pode desfrutar mais da
companhia dos netos, por ter um tempo livre maior, o que contribuiria para =
fortalecer
os vínculos dentro da família (15).
“[...] Faço ginástica,
educação física, jogo da memória e tenho uma boa alimentação.” (1)
“[...] Me alimento bem, só
como mais comidas saudáveis, frutas e verduras que eu acho essencial para um
bom envelhecimento.” (10)
Em um estudo feito com 1705 idosos sobr=
e as
variáveis estudadas observou-se que a maioria manteve-se com companheiro
(53,4%), permaneceu morando acompanhado (76,0%), manteve-se sem trabalhar
(78,0%), com percepção positiva de saúde (45,0%), sem fumar (57,5%), sem
consumir bebida alcoólica (53,3%), inativo/insuficientemente ativo (56,3%),=
com
consumo <5 porções diárias de frutas e hortaliças (57,3%), com excesso de
peso (47,0%), sem dependência (60,8%), com rastreamento negativo para =
deficit cognitivo (69,4%), sem sintomas
depressivos (72,0%) e sem quedas no último ano (60,6%) (4).
A
ginástica aeróbica como primeira opção de modalidade de atividade física na
velhice, seguida da hidroginástica, da caminhada e por último a musculação =
que
auxiliam na qualidade de vida dos idosos (16, 17).
Dificuldades das idos=
as
para o envelhecimento ativo
“[...] Eu estou nessa idad=
e e
só tomo remédio para hipertensão, mas, todos os anos faço exames.” (1)
“[...] Tenho diabetes, mais
sempre tento manter o controle.” (12)
Em estudo feito com
1.593 indivíduos com 60 anos ou mais, o percentual de indivíduos que referi=
ram
ter hipertensão, problema cardíaco e diabetes foram, respectivamente, de 55=
,3;
29,6 e 15,1%. A prevalência de depressão na população idosa da área urbana =
de
Bagé foi de 18,0%, sendo 20,5% nas áreas cobertas pela ESF e 15,1% nas área=
s da
atenção básica tradicional (18).
Em
outro estudo realizado com 100 idosos apontou que entre as doenças referidas
pelos idosos, prevalecem a hipertensão arterial sistêmica em 60% e as
cardiopatias, em 22%. Em relação à funcionalidade familiar, os resultados
apontam que 80% dos idosos possuem elevada disfuncionalidade (18).
Quanto
à caracterização clínica de 52 idosos, as comorbidades mais frequentes fora=
m:
hipertensão arterial, 25 (48,1%); osteoporose, 18 (34,2%); diabetes, 10
(19,2%); gastrite, 08 (15,4%) e incontinência urinária, 08 (15,3%) (19=
).
“[...] Às vezes quando aco=
rdo
sinto dores no corpo, principalmente no joelho.” (2)
“[...] No momento a
dificuldade que eu sinto é em fazer as tarefas de casa, pois sinto muitas d=
ores
na coluna e no joelho.” (5)
“[...] Depois que operei d=
a minha
perna, eu ando bem devagar e isso me atrapalha no meu dia a dia, não consigo
subir em nada mais.” (6)
“[...] Não pego muito peso,
pois sinto muitas dores na coluna.” (8)
“[...] Sinto dores no corp=
o,
mais quando faço atividade física melhora.” (10)
No mesmo estudo
realizado em Bagé com 1.593 indivíduos com 60 anos ou mais constatou-se que=
a
prevalência de incapacidade para atividades básicas da vida diária foi de 1=
0,6%
e a prevalência para incapacidade para as atividades instrumentais da vida
diária foi de 34,2% (18).
Em
estudo feito com 52 idosos, as principais demandas relacionadas à necessida=
de
de mover-se e manter uma postura adequada identificadas nos idosos foram:
dificuldades para mover-se, 22 (42,3%); rigidez articular, 31 (59,6%); dor =
ao
mover-se, 30 (57,7%); não praticar atividade física, 37 (71,1%); risco para
quedas, 35 (67,3%). Apesar desses problemas, apenas 03 (5,8%) faziam uso de
auxílio locomoção – bengala, e 09 (17,3%) idosos reconheciam a necessidade =
de
ajuda para mover-se e manter uma postura adequada (19).
“[...] Me sinto sozinha,
porque moro só com o meu marido e os meus filhos pouco me visitam.” (3)
“[...] Problemas familiares
que me preocupam e que influenciam na minha saúde física e mental.” (4)
As
percepções pessoais dos membros de uma família acerca de certas variáveis, =
como
qualidade de vida e estilo de vida, podem influir na dinâmica familiar,
fazendo-a mais ou menos adaptativa, mais ou menos funcional, em face da
situação que se apresenta como fato novo a enfrentar: um membro idoso que
adoece e se torna cada dia mais frágil e dependente, exigindo cuidados e
criando impactos sobre as relações intrafamiliares (20).
“[...] Eu me esqueço muito das coisas e =
isso
está me incomodando.” (7)
“[...]
Eu ainda trabalho muito.” (9)
Em uma oficina de id=
osos
feita em uma unidade básica de saúde, os motivos apresentados pelos idosos =
para
participar das atividades foram estabelecidos em três categorias: medo de
perder a memória, achar que já estava apresentando falhas na memória, vonta=
de
de participar de atividades de promoção da saúde. Sendo o primeiro e o terc=
eiro
os mais apontados (21).
Para
alguns dos idosos em estudo, a velhice está associada à decadência, à
dependência e à incapacidade para as atividades simples da vida diária, com=
o,
por exemplo, andar, vestir-se, cuidar da casa e dos netos e também além dos aspectos
biológicos relacionados ao envelhecimento, os aspectos psíquicos que envolv=
em a
capacidade de raciocínio, independentemente de outros fatores, foram relata=
dos
como determinantes do envelhecimento (22).
Conhecer a percepção dos idosos sobre o processo de
envelhecimento é útil para que se direcionem propostas de atividades sociai=
s a
essa clientela, já que há influências culturais em relação à forma como a s=
aúde
e o processo de degeneração senil são percebidos, pois é a partir de uma
análise comparativa com demais indivíduos que se delineia a condição de saú=
de e
de velhice (22).
CONCLUSÃO
Conclui-se que o envelhecimento ativo é encarado como um
"processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e
segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as
pessoas ficam mais velhas garantindo assim uma melhor qualidade de vida.
Nesta pesquisa observou-se as boas
práticas para um envelhecimento saudável e ativo, como também as dificuldad=
es
encontradas, no qual foi constatado que as idosas tinham principalmente uma=
boa
alimentação, realizavam atividade física, atividades de lazer que contribuam
para um bom envelhecimento. E como principais dificuldades para manter um
envelhecimento ativo, nota-se o aparecimento de doenças crônicas, como
hipertensão e diabetes mellitus, dores na coluna, sentimento de solidão.
É notório dizer que o lazer e a qualid=
ade
de vida estão intimamente ligados aos aspectos das condições humanas, podem=
os
definir que a trajetória de vida de um indivíduo, quando bem desenvolvida
dentro de parâmetros saudáveis a serem seguidos, leva a uma longevidade atu=
ante
na sociedade.
Portanto, conhecer as diferentes dimen=
sões
que envolvem a concepção de velhice pode incentivar o profissional de saúde=
a
adotar evidências que guardam relação com o cuidado no processo saúde/doenç=
a,
resultando na melhoria e na qualificação da assistência ao idoso.
REFERÊNCIAS
1. Costa FODB, Leitão FJP, =
Massart
A. Avaliação da Aptidão Física de um Grupo de Idosos entre os 75 e 95 Anos =
da
Zona de Sertã [Monografia]. Universidade de Coimbra; 2008 [acesso
em 4 mai=
2018]. Disponível em: h=
ttps://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/10629
2. Organização Mundial De Saúde (OMS).
Envelhecimento Ativo: Uma política de Saúde: [em linha]. [Internet]. 2005 [=
acesso
em 4 mai 2018]. Disponível em: http://bvsms.sau=
de.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf
3. Mantovani EP, Lucca SR, Neri, AL.
Associações entre significados de velhice e bem-estar subjetivo indicado por
satisfação em idosos. Rev. b=
ras.
geriatr. gerontol. [Internet]. 2016 [acesso em 8 mai
2018];19(2). Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=3DS1809-98232016000200203&script=3D=
sci_abstract&tlng=3Dpt
4. Confortin SC, Sch=
neider
IJC, Antes DL, Cembranel F, Ono LM, Marques LP =
et al
. Condições de vida e saúde de idosos: resultados do estudo de coorte EpiFloripa Idoso. Epidemiol.
Serv. Saúde [Internet]. 2017 [<=
span
style=3D'font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman",serif;color:black'>=
acesso
em 20 =
mai 2018]; 26(2): 305-317. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=3Dsci_arttext&pid=3DS2237-=
96222017000200305&lng=3Den.
5. Caldeira S, Merighi
MAB, Muñoz LA, Jesus MCP, Domingos SRF, Oliveir=
a DM.
O enfermeiro e o cuidado à mulher idosa: abordagem da fenomenologia social.
Rev. Latino-Am. Enfermagem [Internet]. 2012 [=
acesso
em 20 mai 2018]; 20(5):
888-895. Disponível em: ht=
tp://www.scielo.br/scielo.php?script=3Dsci_arttext&pid=3DS0104-11692012=
000500010&lng=3Den.
6. Silva GF, Moura MAV, Almeida MV de S, Sá SPC,
Queiroz ABA. Influências do climatério para o envelhecimento na percepção de
mulheres idosas: subsídios para a enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet].2=
016
[acesso em 01 jun de 2018]; 17(3). Disponível em: https:/=
/revistas.ufg.br/fen/article/view/29072.
7. Lima LCVD, Bueno CMLB. Envelhecimento e gêner=
o: a
vulnerabilidade de idosas no brasil. Revista Saúde e Pesquisa. [Internet]. =
2009
[acesso em 01 jun de 2018]; 2 (2). Disponível em: https://peri=
odicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/1173.
8. Folstein MF, Folstein SE, Mchugh PR. Mini-menta
state". A practical method for grading the cognitive state of patients=
for
the clinician. J Psychiatr Res. [Internet]. 1975 [acesso em 03 jun de 2018]; 12 (3). Disponível em:=
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/002239567590026=
6?via%3Dihub.
9. Ministério da Saúde (BR). Diretrizes e normas
regulamentadoras da pesquisa envolvendo seres humanos. Brasil [Internet]. 2=
012
[acesso em 05 jul de 2018]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012=
.html.
10. Minayo MCS. O desafio do
conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Saúde. 12ª ed. São Paulo: Huci=
tec-Abrasco, 2010.
=
11. Almeida
MAG, Wagner V, Oliveira LP. Lazer nos centros de convivência dos municípios=
da
região norte do Paraná. R. bras. Ci.e Mov 2018 [a=
cesso em
05 jul de 2018]; 26(3):156-164. Disponível em: https://pesq=
uisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-967129.
=
12. Rocha
ECA. Prática de Atividades Física=
s X Saúde
do Idoso. Conteúdo Jurí=
dico,
Brasília-DF, 2012.
=
13. Machado
FN. Capacidade e desempenho para as atividades básicas de vida diária: um
estudo com idosos dependentes. [dissertação] Universidade Federal de Minas
Gerais; 2010. [acesso em 10 set 2018]. Disponível em: =
http://=
www.enf.ufmg.br/pos/defesas/485M.PDF.
=
14.
Ferreira JDF, Moreira RP, Maurício TF, Lima PA, Cavalcante TF, Costa EC.
Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares em Idosos. Rev enferm UFPE on
line [internet] 2017 [acesso em 0=
5 jul
de 2018]; 11 (12): 4895-905. Disponível
em: https://doi.=
org/10.5205/1981-8963-v11i12a15182p4895-4905-2017.
=
15. Wegner E, Brittes-Benitez=
L. O
idoso no contexto familiar: a função de cuidado. Revista Jovens
Pesquisadores [Internet] 2013; [acesso em 07 jul de 2018] 3(2). Dispon=
ível
em: https://onli=
ne.unisc.br/seer/index.php/jovenspesquisadores/article/view/4089=
.
16. Santana MS. Significado da
atividade física para Práticas de saúde na terceira idade. Estudos
Interdisciplinares sobre o Envelhecimento [internet] 2010 [acesso
em 15 out 2018]; 15(2) Disponível em: http://seer.ufrgs.br/index.php/Ver
Envelhecer/article/view/11995/11479.
=
17. Queiroz
Junior CA et al. Motivos de adesão das mulheres idosas participantes dos
programas Públicos de exercícios físicos em Uberaba-Mg.2012. Coleção Pesqui=
sa
em Educação Física [internet] 2012 [acesso em 15 out 2018]; 11(4). Disponível em: https://font=
ouraeditora.com.br/periodico/upload/artigo/967_1503345505.pdf.
=
18.
Bretanha AF, Facchini LA, Nunes BP, Munhoz TN, Tomasi E, Thumé
E. Sintomas depressivos em idosos residentes em áreas de abrangência das
Unidades Básicas de Saúde da zona urbana de Bagé, RS. Rev. bras. epidemiol. [Internet] 2015 [acesso em 15 out 20=
18]; 18(1):
1-12. Disponível em: http://www.scielo.br/scie=
lo.php?script=3Dsci_arttext&pid=3DS1415-790X2015000100001&lng=3Den.=
=
19. Clares JWB, Freitas MC, Borges CL. Fatores sociais e
clínicos que causam limitação da mobilidade de idosos. Acta paul. enferm.&n=
bsp;
[Internet]. 2014 [acesso em 15 out 2018]; 27(3): 237-242. Disponí=
vel
em: http://www.s=
cielo.br/scielo.php?script=3Dsci_arttext&pid=3DS0103-21002014000300237&=
amp;lng=3Den.
=
20.
Gonçalves LTH, Leite MT, Hildebrandt LM, Bisogno SC, Biasuz S, Falcade BL. Con=
vívio e
cuidado familiar na quarta idade: qualidade de vida de idosos e seus
cuidadores. Rev. bras. geriatr. gerontol. [Internet]. 2013 [acesso em 20 out 2018]; 16(2): 315-325. Disponíve=
l em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=3Dsci_arttext&pid=3DS1809-982320=
13000200011&lng=3Den.
21. Wanderbroocke AC, Folly PP; Maba PC et al. Oficina de memória para idosos em uma unidade básica de
saúde: um relato de experiência. =
Psic.
Rev, 2015.
=
22. Faller JW, Teston EF, Mar=
con SS.
A velhice na percepção de idosos de diferentes nacionalidades. Texto contex=
to -
enferm. [Internet]. 2015 [acesso em 20 out 2018]; 24(1):
128-137. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=3Dsci_arttex=
t&pid=3DS0104-07072015000100128&lng=3Den.
=
Submissão:
2021-04-28=
=
Aprovado:
2021-04-28=
[1]=
Enfermeira.
Pós-graduanda em Urgência e Emergência pela IESM, Timon, Piauí. Brasil.&nbs=
p;
[2] Enfermeira. Especialista em Unidade de Terapia
Intensiva, Uniredentor/AMIB, Teresina, Piauí.
Brasil.
[3] Enfermeira. Res=
idente
em Cuidados Intensivos pelo Hospital Universitário da Universidade Federal =
do
Piauí, Teresina. Piauí. Brasil
[4] Enfermeiro. Graduado em Enfermagem pela Univers=
idade
Estadual do Piauí – UESPI, Teresina, Piauí. Brasil.
[5] Enfermeiro. Pós-graduando em Enfermagem em
Terapia Intensiva pela Associação Piauiense de Combate ao Câncer Alcenor
Almeida - APCCAA - Hospital São Marcos. Teresina, Piauí. Brasil. =
[6]Enfermeira. Gradu=
ada
em Enfermagem pelo Centro Universitário UNINOVAFAPI. Teresina. Piauí.
Brasil.
[7] Enfermeira. Pós-graduanda em Unidade de Terapia
Intensa pelo Hospital São Marcos. Teresina, Piauí. Brasil.
[8]=
Enfermeira. Mestr=
e em
Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem do Centro Universitário U=
NINOVAFAPI.
Teresina. Piauí. Brasil.