MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01D79299.D59062A0" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01D79299.D59062A0 Content-Location: file:///C:/ACF69E54/1116-Textodoartigo-HTMLPT.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="windows-1252"
PERCEPÇÕES DE GESTANTES SOBRE O ENVOLVIMEN=
TO
PATERNO DURANTE O PARTO E NASCIMENTO
PERCEPTI=
ONS
OF PREGNANT WOMEN ABOUT PARENTAL INVOLVEMENT DURING CHILDBIRTH AND BIRTH
Guilherme
Frederico Abdul Nour[1]
* Ana Jessyca Campos Sousa[2]
* Conceição de Maria Farias Sousa=
[3] Regina Claudia Correia Benício<=
![if !supportFootnotes]>[4] * Cibelly Aliny Siqueira Lima Freitas[5]
* Andréa Carvalho Araújo Moreira[6]
* Ana Kelve de Castro Damasceno[7]
* Maria Adelane Monteiro da Silva[8]
RESUMO
Objetivo: Co=
nhecer
a percepção das gestantes sobre o acompanhamento do parceiro durante o proc=
esso
parturitivo. Métodos: Estudo descritivo e exploratório com abordagem
qualitativa, realizada entre os meses de fevereiro a maio de 2018, com 14
mulheres que frequentavam grupos de gestantes em um Centro de Saúde da Famí=
lia
no nordeste do Brasil. Os
dados foram coletados mediante a técnica de grupos focais, transcritos na
íntegra e analisados através de análise temática. Resultados: As percepções das mulheres expressaram-se =
nas
seguintes categorias temáticas: Percepção da gestante sobre o envolvimento paterno e Expectativ=
as
do apoio paterno no parto e nascimento.
Considerações finais: Todas as mulheres consideraram positivo
esse envolvimento por acreditar que essa presença confere mais apoio, confo=
rto,
segurança, cumplicidade e parceria para ambos. Faz-se necessário, por parte=
dos
profissionais de saúde, repensar sobre a preparação e o envolvimento do
companheiro da gestante durante todo o processo de gestação, parto e
nascimento.
Palavras-cha=
ve:
Paternidade; Gestantes; Trabalho de arto;
Parto; Enfermagem Obstétrica.
ABSTRACT
Objective:
To know the perception of
pregnant women about monitoring their partner during the birth process=
.
Methods: Descriptive and exploratory study with=
a qualitative approach, carried out between February and May 2018, with 14 women who attended groups of pregnant women in a Family Health =
Center
in northeastern Brazil. Data were collected
using the technique=
of focus groups, transcribed=
in full
and analyzed through thema=
tic
analysis. Results: The women's perceptions
were expressed in the following thematic
categories: Pregnant woman=
's
perception about paternal =
involvement
and Expectations of paternal support in labor a=
nd
birth. Final considerations: All women considered this involvement positive=
, believing that this presence provides more su=
pport, comfort, security, complicity and partnership for
both. It is necessary, on the part of health
professionals, to rethink the preparation and <=
span
class=3DSpellE>involvement of the pregnant woma=
n's
partner throughout =
the process of pregnancy, del=
ivery
and birth
Keywords: Paterni=
ty;
Pregnant Women; Labor, Obstetric; Parturition;
Obstetric Nursing.
INTRODUÇÃO
Na atualidade, estudos têm demonstrado os benefícios =
do
envolvimento paterno em eventos que compreendem o ciclo gravídico e puerper=
al.
Historicamente a figura masculina pouco ou quase nunca se tem envolvido no
cenário parturitivo, efeito fruto do modelo assistencial tradicional e de u=
ma
cultura estritamente machista, em que a mulher é considerada como a única
responsável pela gestação, parturição e criação dos filhos(1-3).=
Na última década, diversas políticas foram implantadas
com o intuito de qualificar a assistência ao parto e nascimento, para que as
mulheres possam vivenciar esse momento de forma mais digna, respeitosa e
humanizada(4-6) Uma das estratégias consideradas positivas é a
promoção da presença do pai durante esses eventos. A Organização Mundial de
Saúde (OMS) considera urgente o resgate e a inclusão da figura masculina
durante a gestação, o nascimento e desenvolvimento de seus filhos(7-8)=
.
Apesar de se tratar de um evento próprio do corpo da
mulher, o homem como pai, também precisa participar em conjunto com as deci=
sões
tomadas e assumir suas responsabilidades paternas. Estudos revelam que a
presença do pai como acompanhante pode contribuir positivamente no processo=
do
parto e nascimento. O genitor é um ator importante, haja vista que a ligação
emocional entre ele e o filho é determinante na sua transição para a
paternidade(1,3,9). Essa interação deve ocorrer de forma natural=
e
estimulada pelos profissionais de saúde.
Dessa forma, o envolvimento paterno no processo inere=
nte
ao ciclo gravídico e puerperal pode ser encorajado e incentivado pelos
profissionais nas mais diversas instituições de saúde, pois tende a promover
envolvimento afetivo com o bebê, proporciona maior bem-estar físico e emoci=
onal
para a mulher, a sensação de ser acolhida, amparada e mais segura durante o
processo parturitivo. Estudos revelam também benefícios na evolução do trab=
alho
de parto e parto, pois quando os pais transmitem segurança para mulher, pod=
e-se
reduzir as complicações na gestação, no parto e no puerpério(1,9-10)=
sup>.
Vale destacar que a presença d=
o pai
na hora do parto só deve ocorrer após uma decisão refletida e discutida pelo
casal, para que a presença do mesmo não se torne uma ação forçada para ambo=
s.
Assim, diante desse cenário, o presente estudo teve c=
omo
objetivo conhecer a percepção das
gestantes sobre o acompanhamento do parceiro durante o processo parturitivo=
.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo explora= tório com abordagem qualitativa, recorte de uma dissertação de mestrado da Universidade Federal do Ceará, Brasil.
O estudo exploratório tem como princip=
al
finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias,
proporcionando uma nova visão do problema, recolocando-o sobre outro prisma.
Serve também como forma de determinar um objeto de estudo, com a seleção e
observação de variáveis capazes de influenciá-los(11).
A pesquisa
ocorreu na cidade de Sobral - CE, que é a principal cidade do noroeste do
estado do Ceará e a segunda mais importante do estado em termos econômicos e
culturais, sendo a terceira maior região metropolitana. É referência para 55
municípios, possui uma população de 208.935 habitantes. O município mantém =
36
Centros de Saúde da Família e 63 equipes de Saúde da Família.
O estudo foi realizad=
o em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), entre os meses=
de fevereiro
a maio de 2018. A UBS em questão é composta por
quatro equipes, sendo quatro enfermeiros, três médicos e 24 Agentes
Comunitários de Saúde (ACS). Essa unidade foi selecionada intencionalmente, pois
constitui-se campo de atuação da extensão do grupo de pesquisa a qual os
autores fazem parte e por ter um grupo de gestantes com encontros fixos.
A pesquisa foi realizada com 14 mulher=
es
que frequentavam o grupo de gestantes quinzenalmente na referida UBS.
Estabeleceu-se como critério =
de
inclusão, mulheres grávidas que participavam do grupo de gestantes no Centr=
o de
Saúde da Família, maiores de 18 anos e estarem em acompanhamento no referido
serviço de saúde, não havendo um número exato pré-definido de participantes=
.
Para
preservar o anonimato das participantes, estas estão identificadas na pesqu=
isa
pelo termo “participante”, seguido do numeral arábico, na sequência de sua
inserção na pesquisa.
Utilizou-se como método de coleta de dad=
os o
grupo focal, com a realização de duas sessões.
Grupos focais é uma técnica de pesquisa
qualitativa, derivada das entrevistas grupais, que coleta informações por m=
eio
das interações grupais. O grupo focal é uma forma de entrevistas com grupos,
baseada na comunicação e na interação. Seu principal objetivo é reunir
informações detalhadas sobre um tópico específico (sugerido por um pesquisa=
dor
ou moderador do grupo) a partir de um grupo de participantes selecionados(12).
Busca colher informações que possam proporcionar a compreensão de percepçõe=
s,
crenças, atitudes sobre um tema, produto ou serviços.
Foram duas sessões de grupos focais. Cada mulher
gestante participou de uma das sessões com duração média de 02 horas. Para
fazer parte da pesquisa, as participantes receberam previamente uma carta
convite.
O número de participante recomendado p=
ara
o grupo focal, segundo a literatura deve variar entre seis a doze sujeitos =
por
sessões, ter duração máxima de duas horas, com um período de aquecimento an=
tes
de iniciar as discussões e reflexões e a preservação de um tempo para
encerramento do encontro(12). Assim, optou-se por seguir essas
recomendações.
A coleta de dados ocorreu no próprio
serviço de saúde, no dia pactuado para ocorrer o encontro com as gestantes.=
Utilizou-se
o guia norteador para subsidiar o momento, com a seguinte questão central: =
Qual
a sua percepção em relação ao envolvimento do seu companheiro no momento do
trabalho de parto, parto e nascimento.
Junto ao moderador, duas apoiadoras da pesquisa
participaram dos encontros, as quais ficaram responsáveis pelos convites,
organização, registros das falas e o acompanhamento do momento.
A coleta foi realizada pelo pesquisador
com o auxílio de um moderador. As falas foram gravadas com auxílio de dois
gravadores mediante a autorização das participantes, transcritas na íntegra
para posterior análise qualitativa dos dados.
Os dados foram explorados por meio da
análise de conteúdo de Bardin. Consiste no conjunto de técnicas de
análise de comunicações que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos =
de
descrição do conteúdo das mensagens, com a intenção da inferência lógica de
conhecimentos, recorrendo a indicadores quantitativos ou não. O método de <=
i>Bardin
trabalha com três polos cronológicos: 1) pré-análise; 2) exploração do
material; 3) tratamento dos resultados, inferência e interpretação. Neste
último polo, a categorização surge como uma operação de qualificação de
elementos constitutivos do conjunto. A categorização tem como primeiro obje=
tivo
fornecer, por condensação, uma representação simplificada dos dados brutos<=
sup>
(13).
A pesquisa assegurou a ética e a dignidade em toda=
a
sua elaboração, com respeito a Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de
Saúde, que estabelece normativas para pesquisas com seres humanos. Todas
formalizaram seu aceite, após apresentação dos objetivos da pesquisa e
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
O estudo foi submetido à Comissão Científica do
município e posteriormente ao Comitê de Ética em Pesquisa(14), no
qual foi aprovado sob o parecer Nº 2.454.504 e CAAE: 79137417.8.0000.5053.<=
span
style=3D'color:black'>
RESULTADOS
Participaram dos grupos focais 14 gestantes, em sua
maioria primigestas, que já frequentavam os encontros quinzenalmente. A
princípio as mulheres demonstraram-se tímidas e retraídas, com dificuldades=
de
expressar suas concepções. Optou-se então em iniciar as sessões com dinâmic=
as e
oficinas no intuito de promover o envolvimento das gestantes entre si e com=
o
moderador.
Através das atividades desenvolvidas, =
aos
poucos as mulheres começaram a expressar suas opiniões e perspectivas acerca
dos questionamentos propostos. Algumas participaram mais ativamente das dis=
cussões
e outras de forma mais discreta, porém todas conseguiram se envolver durant=
e os
momentos.
O primeiro grupo focal contou com oito
participantes, cinco moravam com companheiro e três eram solteiras. A idade
variou entre 18 a 34 anos, com uma média de 22 anos. Quanto à ocupação, tod=
as
estavam desempregadas. Com relação à escolaridade, cinco tinham ensino
fundamental incompleto e três haviam cursado o ensino médio. Das oito
gestantes, quatro estavam no 3º trimestre da gravidez, três no 2º trimestre=
e
uma no 1º. Cinco relataram ser a primeira gestação e três já tinham outros
filhos. Todas nutriam expectativas de ter um parto normal na gestação atual=
.
Na segunda sessão grupal, participaram
seis gestantes, três moravam com o companheiro e três eram solteiras. A ida=
de
variou entre 18 a 29 anos, a média foi 20 anos. Todas estavam desempregadas.
Quatro tinham ensino fundamental e duas o ensino médio. Das seis gestantes,
duas estavam no 3º trimestre da gravidez e quatro no 2º trimestre. Três
gestantes estavam grávidas pela primeira vez e as outras três já tinham fil=
hos.
Todas também nutriam expectativas de ter um parto normal nessa gestação. Ou
seja, das 14 participantes dos dois grupos focais, todas relataram ter
expectativas de um parto normal.
De acordo com as observações, os encon=
tros
realizados nos grupos focais foram satisfatórios e atenderam às recomendaçõ=
es
para a sua realização como escolha de um ambiente adequado e organizado,
duração em tempo conveniente e não exaustivo, uso de roteiros para discussã=
o entre
os participantes, atuação do moderador e discussão agradável e participativa
entre os sujeitos.
A partir da análise qualitativa dos relatos das
sessões grupais, foram definidas duas categorias temáticas, conforme orient=
a Bardin,
para expressar suas percepções com relação ao envolvimento paterno no proce=
sso
parturitivo, as quais foram: Percepção da gestante sobre o envolvimento pat=
erno
e Expectativas do apoio paterno no parto e nascimento.
Percepção da gestante sobre o envolvimento paterno
O envolvimento paterno no processo parturitivo foi relado por todas gestantes como algo positivo e desejável, como pode-se evidenciar nas falas abaixo: <= o:p>
Eu acho que ter a particip=
ação
do companheiro é muito bom (Participante 7).
Acho importante ele ficar
também, para ajudar (Participante 9).
=
Eu gostaria que meu esposo
pudesse ficar comigo no meu parto, vou pedir pra ele ficar, a gente é muito
unido em tudo (Participante 8).
Era bom ele acompanhar, pra
ver como é ter um filho, ver como a gente se sente =
(Participante
11).
Ele deveria acompanhar, a
gente fica mais segura com uma pessoa da confiança da gente perto =
i>=
(Participante
10).
Seria muito ótimo o pai acompanhar também (Participante 14).
Acho importante para dar m=
ais
apoio (Participante 13).
Quero meu marido comigo qu=
ando
for ter nosso filho (Participante 5).
Todas as mulheres consideraram a
possibilidade de serem acompanhadas por seus parceiros bastante positiva, porém esse direito muitas vezes não é garantido, =
como
demonstra os relatos a seguir:
Eles não deixaram meu mari=
do
assistir meu parto, fiquei chateada, queria que ele estivesse comigo, nem no
outro dia ele pôde ficar comigo, só uma visita bem rápida e pronto <=
/i>=
(Participante
7).
Quando tive meu primeiro
filho, queria que meu marido ficasse comigo, mas não deixaram ele entrar =
span>=
(Participante
9).
O meu também queria
participar, mas não deixaram (Participante 1).
O envolvimento do companheiro no processo parturit=
ivo
promove pais mais seguros e envolvidos ao evento, a parturiente tem uma
evolução mais favorável, sentem-se mais confiantes, reduzindo os índices de
intervenções obstétrica, porém como podemos observar nos relatos, o direito=
da
livre escolha de seu acompanhante pela gestante, ainda não é garantido em
algumas instituições, fato esse considerado por autores como uma violência
obstétrica(15).
Expectativas do apoio paterno no
parto e nascimento
Quanto ao tipo de parto e a presença
paterna nesse momento, foi evidenciado que todas as gestantes participantes,
desejavam o parto normal com a presença de seu companheiro, fato este que
chamou atenção dos pesquisadores. Os relatos selecionados a seguir demonstr=
am
essa pretensão:
Eu quero parto normal, já =
tive
um e achei bom, a gente vai logo para casa, meu esposo poderia ajudar =
(Participante
2).
Prefiro que seja normal me=
smo,
ele pode me ajudar né? (Participante 4).
Minha expectativa é ter um
parto normal rápido. Me sinto preparada, sonho com meu filho nos braços =
(Participante
9).
Sobre o parto, seja o que =
Deus
quiser, mas eu prefiro ter normal, ficaria mais segura com o pai dela lá =
span>=
(Participante
3).
Ele queria me ajudar na ho=
ra
da dor (Participante 6).
Normal é melhor porque a
recuperação é mais rápida (Participante 12).
O bom de ter parto normal é
que depois que a criança nasce pronto, quero o meu normal mesmo (=
Participante
8).
Seria muito bom ajudar nos=
so
filho nascer (Participante 11).
Não é tão ruim como as pes=
soas
dizem não, dá pra suportar e se meu esposo ficar é melhor ainda =
=
(Participante
13).
Com relação à percepção das gestantes
sobre o parto, o vocábulo “dor” apareceu em diversas falas, sendo considera=
do o
principal desafio a ser superado durante o período parturitivo, que desperta
sentimento de medo entre as gestantes, principalmente naquelas que estão em=
sua
primeira experiência gestacional, conforme expressa as narrativas:
Eu tenho medo da dor que a
gente sente para ter um filho, é muito sofrimento =
(Participante
1).
Eu tenho um pouco de medo =
da
dor, sei que não precisa ter medo, a gente tem que tirar isso da cabeça =
(Participante
13).
Quando a gente está grávida, tem pessoas que ficam colocando na
cabeça da gente que não vamos conseguir ter um filho normal, porque dói mui=
to =
(Participante
11).
O medo da dor também apareceu em elocu=
ções
relacionadas à cesárea, como pode-se identificar no relato da participante =
6.
Em relação à cesárea eu não
tenho medo na hora, tenho medo é depois, com toda aquela recuperação, també=
m se
tiver complicações, a gente vê tanto caso (Participante 6).
Percebeu-se que o vocábulo “dor”, teve
diferentes configurações entre os dois tipos de partos descritos. No parto
normal, o medo foi associado com a dor e ou sofrimento, já na cesariana o m=
edo
se estabeleceu mais explicitamente no processo de recuperação e na
possibilidade de complicações durante o procedimento.
DISCUSSÃO
A figura masculina vem passando por
diversas mudanças sociais e culturais, deixando de ser apenas um mero
mantenedor familiar, para estar junto da mulher durante a gestação e na
parturição(1-2,16-17).
A OMS recomenda que a parturiente seja
acompanhada por pessoas que confie e se sinta confortável(8). To=
das
as mulheres consideraram a possibilidade de serem acompanhadas por seus
parceiros bastante positiva, porém esse direito muitas vezes não é garantid=
o.
Um estudo realizado em Goiás mostrou mais de 70% das parturientes também
queriam ser acompanhadas por seu parceiro(18).
Contudo, o apoio e o estímulo à
permanência do pai no período parturitivo advindos dos profissionais de saú=
de
não é uma realidade vivenciada pela maioria dos casais brasileiros. Visando
maior participação dos companheiros no cenário do nascimento do filho, faz-=
se
necessário que os profissionais atuantes na assistência obstétrica, estejam
atentos e dispostos a estimular a participação ativa dos homens no contexto=
da
parturição.
A presença do parceiro pode cooperar p=
ara
o fortalecimento da mulher, oferecendo apoio, segurança, confiança e confor=
to à
parturiente, contribuindo de maneira expressiva no trabalho de parto e no
momento do parto. O companheiro deve ser o primeiro a apoiar à mulher, pois
embora em posições diferentes, ambos vivenciam o mesmo fenômeno.
Ressalta-se que neste cenário, o
enfermeiro, sobretudo aquele que atua junto à mulher no processo de parturi=
ção,
apresenta-se como um profissional importante na luta contra rotinas
institucionais e na banalização do cuidado. E, ao abrir mão de preconceitos=
e
rotinas inadequadas,
contribui para uma experiência positiva em termos do parto e nascimento. Es=
te
profissional tem papel decisivo na luta pela integração do parceiro da mulh=
er
no processo parturitivo como parte do cuidado de enfermagem e,
consequentemente, como forma de promover a humanização da assistência(=
17,19-20).
Assim, é possível afirmar que a Enfermagem vem
contribuindo e participando de forma efetiva para a adesão dos princípios
atuais nacionais e internacionais preconizados para atenção humanizada ao p=
arto
e nascimento(21).
No presente estudo, todas as mulheres participantes
nutriam expectativas de um parto normal. Essa preferência também foi perceb=
ida
em estudo realizado com 85 gestantes no Sul do Brasil, em que 74,1% das
mulheres manifestaram desejo por essa via de parto, por se tratar de um
processo prático e livre de intervenções cirúrgica(22). E=
ste
resultado coincide com outra pesquisa, na qual a maioria das mulheres
pesquisadas 72,8% preferiu a via natural, sobretudo para evitar a dor
ocasionada pela cirurgia cesariana(24).
Também está de acordo com outra pesquisa, na qual a
maioria das gestantes 90,0% manifestou preferência pela via de parto natura=
l,
justificada pela praticidade do procedimento e por medo de sofrimento e dor
após o parto cesariano(24). Infelizmente a nítida preferência pe=
lo
parto normal das gestantes se contrasta com os altos índices de cesáreas
observadas atualmente no Brasil.
Um estudo explorou a preferência dos
médicos obstetras em relação à via de parto, evidenciando que 63,6% preferi=
am
realizar cesáreas que acompanhar um parto normal(22). Se =
por
um lado temos a maioria das gestantes e seus parceiros optando pela via de
parto normal, por outro, ainda há muitos profissionais que priorizam a
intervenção cirúrgica com justificativa de ser um procedimento confortável,
seguro tanto para a mãe como para o feto, ter possibilidade de um agendamen=
to
prévio ou dar “menos trabalho” para o profissional que acompanha.
O parto natural tem inúmeras vantagens,
tanto para a mãe quanto para o bebê, incluindo recuperação mais rápida,
ausência de dor no período pós-parto, alta precoce, menor risco de infecção=
e
de hemorragia, conforme mencionaram as Participantes 2, 3, 9 e 12. Por essas
razões, de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde, as
cesarianas devem ser restritas, correspondendo no máximo a 15% do total de
partos e somente ser indicadas nos casos de risco para a mãe ou bebê,
constituindo assim, uma alternativa para quando ocorressem complicações dur=
ante
a gravidez ou parto natural, e não de forma indiscriminada e desnecessária =
como
se vê atualmente(8).
Uma estratégia para reduzir esses índi=
ces
é a preparação prévia dessas mulheres desde o pré-natal, tornando-as
protagonistas do evento, para que possam participar das tomadas de decisões
junto com seu parceiro e o profissional que os acompanha. A horizontalidade=
da
assistência com a inclusão de outros profissionais como os enfermeiros
obstetras no acompanhamento parturitivo também tem se mostrado benéfico e
contribuído para minimizar os índices de intervenções e de procedimentos
invasivos desnecessários, por respeitar a fisiologia da mulher na parturiçã=
o(18,25-26).
Um dos principais desafios em relação a
via de parto natural relatado pelas mulheres é a “dor”. Essa dor, a que as
gestantes se referiram, está relacionada ao trabalho de parto fisiológico,
proveniente da dilatação cervical e das contrações uterinas.
No entanto, a sensação de dor é muito
subjetiva, sofre influências culturais, psíquicas, emocionais e sociais. Qu=
ando
uma parturiente se empodera de fato do processo de parturição, essa sensaçã=
o de
dor não se codifica em sofrimento, produz um novo significado, por ser um
momento provedor de emoções e alegria pelo encontro real com seu bebê. Vale
ressaltar que métodos alternativos efetivos podem contribuir de forma
significativa para o alívio dos desconfortos vivenciados durante esse perío=
do,
sendo farmacológicos ou não, pois ao minimizar a experiência da dor, permit=
em
que a mulher se torne mais participativa e assuma o controle no processo do
parto(27-30).
A insegurança da mulher, ocasionada mu=
itas
vezes pela sua desinformação, em relação a dor no parto normal, pode contri=
buir
na escolha por uma cesárea desnecessária. Além do mais, muitas delas demons=
tram
insatisfação com a falta de oportunidade para expressar suas expectativas,
preocupações e tirar suas dúvidas com relação ao parto. Nesse sentido, a
orientação deve fazer parte da assistência pré-natal(31-32).
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
O estudo com as gesta=
ntes
possibilitou conhecer suas percepções acerca do acompanhamento paterno no
trabalho de parto, parto e nascimento. Todas as mulheres consideraram posit=
ivo
esse envolvimento por acreditar que essa presença confere mais apoio, confo=
rto,
segurança, cumplicidade e parceria para ambos. Defendem também que seus
companheiros precisam assumir suas responsabilidades paternas inclusive dur=
ante
o nascimento do bebê.
Faz-se necessário, por
parte dos profissionais de saúde, repensar sobre a preparação e o envolvime=
nto
do companheiro da gestante durante todo o processo de gestação, parto e
nascimento, pois estudos demonstram vários aspectos positivos relacionados a
sua participação, contribuindo de forma favorável no período gravídico,
consequentemente no processo parturitivo e na relação com o bebê.
Entender a percepção das gestantes acerca da particip=
ação
paterna no parto e nascimento dos filhos permite conhecer as lacunas da prá=
tica
na promoção de casais mais seguros e integrados aos eventos que compreendem=
o
ciclo gravídico e puerperal, incluindo o processo parturitivo. A atuação da
enfermagem deve focar nas necessidades de cada mulher gestante de forma
individualizada, elaborando estratégias que as tornem junto com seu companh=
eiro
protagonistas desse momento. Dessa forma, promoverá no homem, o reconhecime=
nto
de seus direitos de pai.
Neste sentido, os
profissionais de saúde, em especial os enfermeiros, devem buscar estratégias
com vista à inserção do pai no cenário do nascimento, de modo a atuarem
ativamente neste processo e, com isso, possibilitar os benefícios inerentes=
à
parceira, ao filho e a si próprio. A carência da figura paterna no cenário =
dos
serviços de saúde precisa ser discutida. Faz-se necessária a implementação =
de
ações que resultem nessa mudança cultural.
Como
limitação pode-se destacar o tamanho da amostra devido à baixa adesão aos
grupos de gestantes, fato este que exigiu algumas adaptações no percurso
metodológico desse estudo.
REFERÊNCIAS
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Carvalho IS, Brito RS, Vitor AF, Lira ALBC. O companheiro como acompanhante no processo de parturição. Rev Ren=
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ielo.php?script=3Dsci_arttext&pid=3DS071795532016000100011&lng=3Des=
4 - Ministério da Saú=
de (BR).
Portaria/GM nº1459, de 24 de junho de 2011. Que institui no âmbito do sistema único de saúde – SUS, a Rede Cegonh=
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Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011. Disponible en: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1459_24_06_2011.=
html
5 - Ministério da Saú=
de
(BR). Lei nº 11.108, de 07 de abril de 2005. Altera a Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990, para garantir as parturientes o direito à presença de
acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âm=
bito
do Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. Disponible =
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civil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm
6 - Ministério da Saú=
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w.ans.gov.br/index2.php?option=3Dcom_legislacao&view=3Dlegislacao&t=
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Autor correspondente
Guilh=
erme
Frederico Abdul Nour. Rua Prof. Costa Mendes Nº=
1711,
bairro Rodolfo Teófilo, Fortaleza - CE, CEP: 60430-140. Contatos: (88)
9.9258-3452, e-mail: guilhermefrede@yahoo.com.br
Submissão: 2021-05-17
Aprovado: 2021-07-27
=
[1]=
Enfermeiro Obstétrico. Mestre em Saúde da Família pela
Universidade Federal do Ceará - UFC. Maternidade Escola Assis Chateaubriand.
Fortaleza (CE) – Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-5000-6203
[2]=
Enfermeira. Mestranda em Saúde da Família pela Univer=
sidade
Federal do Ceará - UFC. Fortaleza (CE) – Brasil. Orcid=
:
https://orcid.org/0000-0001-6892-147X
[3]=
Enfermeira. Mestranda em Saúde da Família pela Univer=
sidade
Federal do Ceará - UFC. Fortaleza (CE) – Brasil. Orcid=
:
https://orcid.org/0000-0002-6244-=
8041
=
[4]=
Enfermeira Obstétrica. Mestre pela Universidade de
Fortaleza - UNIFOR. Maternidade Escola Assis Chateaubriand. Fortaleza (CE) –
Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0706-9177
=
[5]=
Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade F=
ederal
do Ceará - UFC. Docente da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. Sobr=
al
(CE) – Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0585-5345
=
[6]=
Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade F=
ederal
do Ceará - UFC. Docente da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. Sobr=
al
(CE) – Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-9855-1449
=
[7]=
Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade F=
ederal
do Ceará. Docente da Universidade Federal do Ceará – UFC. Fortaleza (CE) –
Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4690-9327
[8] Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade F=
ederal
do Ceará - UFC. Docente da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. Sobr=
al
(CE) – Brasil. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7579-2645