MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01D7DC74.C03D2A30" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01D7DC74.C03D2A30 Content-Location: file:///C:/AA7559EC/1164-Textodoartigo-PTHTML.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="windows-1252"
O=
RIENTAÇÕES
SOBRE TRABALHO DE PARTO E PARTO DURANTE O PRÉ-NATAL: REVISÃO INTEGRATIVA
<= o:p>
G=
UIDELINES
ON PART AND PART WORK DURING PRENATAL: INTEGRATIVE REVIEW
Raissa
Emanuelle Medeiros Souto[1]
Camila Chaves da Costa[2]
Alana Santos Monte[3]
Monaliza Ribeiro Mariano Grimaldi[4]
Bruna Karen Cavalcante Fernandes[5]
Luana Silva de Sousa[6]
RESUMO
Objetivo: identificar=
as
orientações sobre trabalho de parto e parto realizadas durante o pré-natal =
para
as gestantes. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literat=
ura
realizada através das bases de dados: LILACS, BDENF, PubMed, SCOPUS e Web o=
f Science
de agosto a novembro de 2019. Foram encontrados nas bases de dados 2.694
artigos, dos quais foram excluídos: 2622 após a aplicação dos filtros de bu=
sca,
15 artigos por duplicidade, 30 artigos após a leitura dos resumos e 14 após=
a
leitura na íntegra por fugirem da questão norteadora e 6 artigos pelos
critérios do Joanna Briggs=
Institute. Sendo a amostra final foi composta por 7 artigos. Resultado=
s: A
maioria dos artigos foi publicada em português (86%), no ano de 2015 (42%),=
com
pesquisas qualitativas (72%) e sendo a população formada, em mais da metade=
dos
estudos, por mulheres no puerpério (58%). Conclusão: Pôde-se observar
que as orientações sobre trabalho de parto e parto para as gestantes, muitas
vezes, se limitam a repasses pontuais de informações, sem a preocupação de =
verificar
a compreensão da mulher. Mesmo se tratando de uma forte recomendação, demonstradamente eficaz, a educação em saúde no pré-n=
atal
ainda apresenta falhas e barreiras.
Palavras-chave:
Cuidado Pré-natal; Educação em Saúde; Enfermagem; Parto Obstétrico; Trabalh=
o de
Parto.
ABSTRACT
Objective: to identify the guidelines on labor and delivery carried out during
prenatal care for pregnant women. Method: This is an integrative
literature review conducted through the following databases: LILACS, BDENF,
PubMed, SCOPUS and Web of Science from August to November 2019. 2,694 artic=
les
were found in the databases, from which the following were excluded: 2622 a=
fter
applying the search filters, 15 articles for duplication, 30 articles after
reading the abstracts and 14 after reading the full text because they escap=
ed
the guiding question, and 6 articles according to the criteria of the Joanna
Briggs Institute. The final sample consisted of 7 articles. Results:
Most articles were published in Portuguese (86%) in 2015 (42%), with
qualitative research (72%) and the population being formed, in more than ha=
lf
of the studies, by women in the puerperium (58 %). Conclusion: It was
observed that the guidelines on labor and delivery for pregnant women are o=
ften
limited to punctual transfers of information, without the concern to verify=
the
woman's understanding. Even though it is a strong recommendation, demonstra=
bly
effective, prenatal health education still has flaws and barriers.
Keywords: Prenatal Care; Health Education; Nursing; Obstetric Delivery; Labor.<= o:p>
INTRODUÇÃO
A gestação pode ser
considerada como uma experiência única e marcante na vida de uma mulher. O
cuidado prestado à mulher durante o pré-natal é um componente primordial que
tem como finalidade garantir melhores desfechos tanto maternos quanto
neonatais. Esse cuidado prestado é a oportunidade em que o profissional de
saúde tem de acompanhar a evolução da gravidez, podendo diagnosticar e trat=
ar
possíveis comorbidades por meio de ações de promoção e prevenção em saúde(1).
Uma das principais
tecnologias em saúde utilizadas durante a assistência pré-natal é a educaçã=
o em
saúde, podendo ser desenvolvida em forma de palestras, grupos, salas de esp=
era
e ações tanto individuais quanto coletivas. Essa estratégia permite a orien=
tação
e preparo da gestante, assim como do acompanhante na perspectiva de
desconstrução de um modelo de medicalização. Orientações acerca do trabalho=
de
parto e parto objetivam minimizar o tempo de internação das parturientes,
reduzir a ocorrência de intervenções desnecessárias, diminuir os riscos de =
erros
na identificação de distócias e indicação errôn=
ea de
partos operatórios(2).
Durante a realização =
do
pré-natal é importante que a gestante seja orientada quanto aos sinais e
sintomas do trabalho de parto, entendendo, assim, o momento ideal de dirigi=
r-se
à maternidade, cabendo ao profissional de saúde a reponsabilidade de ofertar
essas informações. A gestante necessita diferenciar o trabalho de parto
verdadeiro do trabalho de parto falso, identificando o momento correto de
procurar a maternidade, evitando-se a peregrinação. Os sinais e sintomas do
trabalho de parto verdadeiro consistem na presença de contrações uterinas
regulares e rítmicas, apresentando-se em intervalos de três a cinco minutos
entre cada uma, com duração de vinte a sessenta segundos, com aumento gradu=
al
de frequência e intensidade, promovendo dilatação da cérvice uterina(3=
).
Já o falso trabalho de
parto, também denominado de contrações de Braxton-Hicks, é definido pela
ocorrência de contrações irregulares e de menor intensidade, não alterando a
dilatação da cérvice uterina. Sendo comum sua ocorrência por volta da trigé=
sima
semana de gestação, o que pode causar dúvidas na gestante(3).
A assistência pré-nat=
al
deve ofertar oportunidade às gestantes para compreensão dos aspectos
fisiológicos sobre a necessidade de cuidados no parto, além do conhecimento
sobre práticas que não devem ser realizadas rotineiramente sem permissão
prévia, demandados pela situação clínica específica da parturiente. Segundo o Ministério da Saúde, existem práticas danos=
as à
saúde da mulher durante o trabalho de parto e parto que podem acarretar com=
plicações
físicas e emocionais, podendo repercutir de forma negativa(4).
Ademais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disponibiliza um documento que traz uma série de ações recomendadas=
e não
recomendadas durante os cuidados intraparto(5)=
.
Diante do
exposto, esse estudo foi norteado pelo seguinte questionamento: Quais são
as orientações sobre trabalho de parto e parto realizadas durante o pré-nat=
al
para as gestantes? Diante do exposto, buscou-=
se identificar na literatura científica as orientações so=
bre
trabalho de parto e parto realizadas durante o pré-natal para as gestantes.=
MÉTODOS
Trata-se de uma revis=
ão
integrativa da literatura que requer um padrão de excelência quanto ao rigor
metodológico com o objetivo de se obter um produto que traga contribuições
significativas para a ciência e a prática clínica. Deve-se definir de forma
clara a hipótese do estudo; os critérios para seleção dos estudos; a análise
dos estudos selecionados e a apresentação detalhada dos resultados(6)<=
/sup>.
Para a construção desta revisão, foram realizadas as seguintes
etapas: identificação da hipótese ou questão norteadora; seleção da amostra=
gem;
categorização dos estudos; avaliação dos estudos; discussão e interpretação=
dos
resultados; apresentação da revisão integrativa e síntese do conhecimento(7).
O
levantamento de dados buscou responder a seguinte pergunta norteadora: Quai=
s são
as orientações sobre trabalho de parto e parto realizadas durante o pré-nat=
al para
as gestantes? Essa pergunta foi desenvolvida at=
ravés
da estratégia PICO, a qual representa
um acrônimo para Paciente/problema (P), Intervenção
(I), Comparação (C) e Desfecho (O)(8), explicitado no Quadro 1.
Quadro 1 - Estratégia PICO para
construção da questão de pesquisa.
Acrônimo |
Definição |
Descrição |
P |
Paciente ou problema |
Gestante |
I |
Intervenção |
Orientações sobre trabalho de parto=
e
parto no pré-natal |
C |
Controle ou comparação |
Nenhuma orientação ou orientações
errôneas |
O |
Desfecho |
Conhecimento das gestantes sobre o
trabalho de parto e parto |
Fonte: Os autores
Para compor a amostra do estudo, foi realizado um levantamento=
de
artigos nas bases de dados LILACS, BDENF e PubMed, as quais foram seleciona=
das
no sítio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Além dessas, foram utilizada=
s as
bases de dados SCOPUS e Web of Science. Essas bases foram escolhidas por se=
rem
bastante conhecidas e agruparem os estudos desenvolvidos por pesquisadores =
em
diversos países.
A busca ocorreu de agosto a novembro de 2019, utilizando-se os
seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) para bases de dados em lí=
ngua
portuguesa e espanhola e os Medical
Subject Headings (MeSH) correspondentes para a busca em bases eletrônic=
as
inglesas: cuidado pré-natal (Prenatal care), trabalho de parto (Labor, Obstetric), parto obstétrico (delivery obstetric) e educação em saúde (health education). Utilizou-se o operador booleano “AND” para f=
azer
os pareamentos entre os descritores, conforme estratégias apresentadas a
seguir: - Estratégia 1 (E1): “prenatal care” AND
“labor, obstetric” AND “Delivery obstetric”; - Estratégia 2
(E2): “prenata=
l care” AND “labor, obstetric” AND “=
health
education”.
Foram estabelecidos como critérios de inclusão: artigos origin=
ais,
disponíveis na íntegra e publicados no recorte temporal dos últimos cinco anos (2014 a 2019), visto que autores publicar=
am
uma revisão acerca de orientações recebidas no pré-natal com análise de art=
igos
publicados até o ano de 2014(9); redigidos em português, inglês =
ou
espanhol e que abordem temas relacionados ao cuidado pré-natal, trabal=
ho
de parto e parto. Foram excluídos os artigos duplicados e =
os
que não respondiam à questão norteadora.
Cada manuscrito selecionado para compor a amostra da revisão f=
oi
analisado individualmente por meio de uma leitura crítica e por meio dos da=
dos
extraídos orientados pelo instrumento de coleta de dados. O instrumento foi
composto pelos seguintes dados: autor, ano de publicação, título,
método/amostra e resultado.
Superada a etapa de descrição dos estudos, foi realizada uma a=
valiação
utilizando as listas de verificação de avaliação crítica do Joanna Briggs Institute (JBI), instituição que fornece orien=
tação
formal para revisões. As revisões do JBI visam fornecer uma síntese abrange=
nte
e imparcial de estudos relevantes dentro dos limites de um único documento
usando métodos rigorosos e transparentes, sendo assim, há uma lista de
verificação para cada delineamento de pesquisa. Isso produz a tomada de dec=
isão
que considera a viabilidade, adequação, pertinência e eficácia da prática de
saúde(10).
Com o objetivo de aumentar a confiabilidade do estudo, constru=
iu-se
a Figura 1, segundo recomendações PRISMA 2009 Flow Diagram(11), que elucida o
processo de inclusão dos artigos encontrados. Cabe ressaltar que foram excluídos os itens exclusivos das revisões sistemáticas.
Figura 1 - Fluxograma do processo de identificação, seleção, exclusão e
inclusão dos estudos elaborados a partir da recomendação PRISMA
Fonte: Elaborada pelos aut=
ores
Foram encontrados nas bases de dados 2.694 artigos, dos qu=
ais
foram excluídos: 2622 após a aplicação dos filtros de busca, 15 artigos por
duplicidade, 30 artigos após a leitura dos resumos e 14 após a leitura na
íntegra por fugirem da questão norteadora e 6 artigos pelos critérios do JB=
I.
Sendo a amostra final foi composta por 7 artigos.
A discussão dos resultados foi realizada em dois eixos
principais: 1) fatores intervenientes da educação em saúde acerca do =
span>trabalho
de parto e parto no pré-natal e 2) barreiras à educação em saúde acerca do
trabalho de parto e parto no pré-natal. Apresentou-se as principais
contribuições das publicações em relação ao tema estudado.
RESULTADOS
Caracterização
do estudo
Após a aplic=
ação
dos critérios, a amostra foi composta por 7 artigos, conforme ilustrado no
Quadro 2.
Quadro
2 – Caracterização dos estudos, Fortaleza-CE,
Brasil, 2020.
|
Autor/ Ano |
Título |
Método/Amostra |
Resultados |
1 |
Brito et al., 2=
015(12) |
Percepções de
puérperas sobre a preparação para o parto no pré-natal |
Pesquisa qualit=
ativa
com 30 puérperas. |
Apesar de aco=
ntecer
e ser importante, a preparação para o parto se limita ao repasse pontual =
de
informação de sinais e sintomas que indicam o trabalho de parto. |
2 |
Oliveira et al., 2015(=
13) |
Assistência pré=
-natal
realizada por enfermeiros: o olhar da puérpera |
Pesquisa qualit=
ativa
com nove puérperas |
Houve orienta=
ções
acerca da importância do parto natural versus cesáreo e sinais de trabalh=
o de
parto em sala de espera e atividades em grupo, porém, foram repassadas de
forma pontual e reduzidas a mero repasse de informações. |
3 |
Firouzbakht et al., 2015(14) |
A eficácia da intervenção pré-natal na dor e ansiedade durante o
processo de parto no norte do Irã: estudo de ensaio clínico. |
Ensaio clínico realizado com 195 gestantes. |
As orientações foram sobre os prós e contras do parto
vaginal e cesariano, estágios do parto, além de treinamento das posições =
no
trabalho de parto e parto e respiração adequada. |
4 |
Ribeiro et al., 2016(<=
span
style=3D'color:black'>15) |
Contribuição do
pré-natal para o parto normal na concepção do enfermeiro da estratégia sa=
úde
da família |
Pesquisa qualit=
ativa
com 11 profiss=
ionais
enfermeiros. |
Orientações
relacionadas aos sinais de trabalho de parto, sobre o parto propriamente =
dito
e sobre a importância do parto normal. O enfermeiro reconhece a relevância
destas informações para que a mulher se sinta mais segura e preparada par=
a o
trabalho de parto.=
|
5 |
Quadros et al., 2016(<=
span
style=3D'color:black'>16) |
Enfermagem obst=
étrica
e educação em saúde: contribuições para vivência do processo de parturiçã=
o |
Pesquisa qualit=
ativa
com dez puérperas. |
As gestantes =
que
realizaram acompanhamento pré-natal com enfermeiros receberam maiores
informações, especialmente sobre os métodos não farmacológicos de alívio =
da
dor durante o trabalho de parto e parto. |
6 |
Gonçalves et al., 2017=
(17) |
Pré-natal: preparo para o p=
arto
na atenção primária à saúde no sul do Brasil |
Estudo transversal com 358
puérperas |
52% das mulhe= res não recebeu orientação para o parto. Das que foram orientadas, 18,7% foram incentivadas para o parto normal e 17% recebeu orientações sobre os sinai= s de início do trabalho de parto. Houve orientações inadequadas como procurar outro serviço, benefícios da cesárea, ir para a maternidade no início da = fase latente do trabalho de parto e não fazer escândalo para ser bem tratada.<= o:p> |
7 |
Guedes et al., =
2017(18) |
Percepções de
gestantes sobre a promoção do parto normal no pré-natal |
Pesquisa qualitativa com 17
gestantes. |
Observou-se a
existência de poucas atividades educativas de promoção ao parto normal no
pré-natal e a necessidade de melhor comunicação por parte dos profissiona=
is.
As orientações foram sobre os sinais de trabalho de parto. |
Fonte: Os autores
Dos
sete artigos, um estava disponível no idioma inglês e o restante foi public=
ado
em português. As publicações ocorreram nos anos de 2015 (43%), 2016 (28,5%)=
e
2017 (28%). Quanto ao delineamento metodológico, a pesquisa qualitativa foi=
a
mais prevalente, totalizando cinco publicações (72%), seguida de um estudo
transversal (14%) e um ensaio clínico (14%). Tal fato demonstra a necessida=
de
de maiores pesquisas para descrever que tipo de orientações são repassadas e
qual o efeito delas para as mulheres.
O
público-alvo foi composto por quatro estudos com mulheres no puerpério (58%=
),
seguida de dois estudos com gestantes (28%) e um com profissionais da
enfermagem (14%). Desta forma, o viés de memória pode ter influenciado a
percepção dessas mulheres ou mesmo a própria satisfação com o parto.
DISCUSSÃO
1)&n=
bsp;  =
;
Fatores
intervenientes da educação em saúde acerca do trabalho
de parto e parto no pré-natal
Dentre os estudos que relataram a ocorrência e a importância d=
as
orientações durante trabalho de parto e parto, destaca-se um ensaio clínico
randomizado(14) que dividiu as gestantes em dois grupos, interve=
nção
e controle; realizou para o grupo intervenção oito sessões educativas, além de espaço para tirar
dúvidas e constatou que a educação pré-natal reduziu o nível de ansiedade e=
a
intensidade da dor, além da necessidade de episiotomia e cesariana de
emergência.
As estratégias educativas=
no
pré-natal são, além de recomendações do Ministério da Saúde, especialmente
importantes e eficazes pelo fato de a gestação ser um período em que a gest=
ante
e sua família apresentam disposição maior para o aprendizado
Uma revisão sistemática
publicada em 2016 mostrou que o desenvolvimento de estratégias educacionais=
ao
longo do pré-natal tem impacto positivo ao proporcionar melhores resultados
obstétricos, menores prevalências de baixo peso ao nascer e prematurid=
ade,
além do início mais rápido e maior duração da prática do aleitamento materno
exclusivo(19). <=
/span>
Com relação à realização das orientações sobre trabalho de parto e
parto, um estudo(15) demonstrou que, na perspectiva dos
profissionais, são realizadas informações sobre os sinais de trabalho de pa=
rto
e como ocorre o parto, além do estímulo ao parto normal e o esclarecimento =
de
dúvidas com relação a essa temática durante o pré-natal. Os depoimentos mostraram, ainda, que o profissional reconhece a
relevância dessas informações para que a mulher se sinta mais segura e
preparada para enfrentar o trabalho de parto.
Em contrapartida, os estud=
os
realizados a partir da perspectiva das gestantes(12,13,16,18)
demonstraram que a educação em saúde e a preparação para o parto acontecem,
muitas vezes, de forma pontual e reduzida a mero repasse de informações, al=
ém
de ressaltar a falha na comunicação e a falta de comprometimento por parte =
dos
profissionais.
Embora o tema comunicação em saúde desperte interesse em
estabelecer relações horizontais e democráticas, a humanização da assistênc=
ia,
o protagonismo do indivíduo assistido e o controle social encontram algumas
barreiras que dificultam a sua concretude da forma ideal(20).
Assim, deve-se levar em
consideração o impacto que as informações e orientações acerca do trabalho =
de
parto e parto, ou a ausência delas, geram nas mulheres, nos profissionais e
demais atores sociais envolvidos no ciclo gravídico-puerperal. Deve-se
estimular estratégias educativas em saúde que favoreçam o vínculo e a corresponsabilização pelo cuidado nesse cenário a fim=
de
garantir qualidade e segurança da assistência, além de satisfação.
2)&n=
bsp;  =
;
Barreiras
à educação em saúde acerca do trabalho de parto e parto no pré-natal=
Estudos assinalam que, atualmente, ainda são observadas técnic=
as
de comunicação não terapêutica, como induzir respostas, falsa tranquilizaçã=
o,
comunicar-se unidirecionalmente, mudar de assun=
to
subitamente e julgar o comportamento dos usuários, bem como comportamentos =
que
constituem barreiras para o ato comunicativo, como não saber ouvir, uso de
linguagem inacessível, imposições de ordens e lições de moral, ameaças e su=
gestões
que não podem ser cumpridas, negação da percepção do outro e expressão de f=
also
apoio(21-23). Tais fatos, tendem a desestimular o interesse e ap=
rendizagem
da gestante, podendo interferir diretamente em seu comportamento e enfretam=
ento
do trabalho de parto e parto.
Um dado preocupante
encontrado nesta revisão é que, em um estudo transversal analítico, 52% das
mulheres da amostra afirmaram não ter recebido orientação sobre o parto dur=
ante
o pré-natal, sendo que destas, 38,2% estavam gestando o primeiro filho. E, =
além
de infrequentes, as mulheres afirmaram que as orientações não tiveram
continuidade, uma vez que apenas 5,6% das mulheres relataram tê-las recebido
durante todo o acompanhamento pré-natal. Um outro resultado que merece
importante destaque é que 4,7% das mulheres afirmaram ter recebido orientaç=
ões
inadequadas sobre o tema(17).
Corroborando com este achado, outros autores
evidenciaram a não realização de orientações sobre os sinais de alerta e de
trabalho de parto durante a assistência pré-natal(24). Nesse sentido, ao abordar gestantes
sobre as consultas de pré-natal, um estudo demonstrou que essas se restring=
iam
à realização do exame físico e pedido de exames laboratoriais, não dando
destaque para os aspectos educativos(<=
/sup>25).
Uma pesquisa realizada em Goiás revelou que algu=
mas
gestantes chegaram à maternidade sem ter recebido informações sobre trabalh=
o de
parto, especialmente as multíparas. Os autores consideraram que alguns
profissionais de saúde presumem que multíparas já teriam recebido informaçõ=
es
em gestações anteriores, ignorando a necessidade de rever o conhecimento e
complementá-lo(26).
Quanto à continuidade das orientações, uma revis=
ão
sistemática demonstrou que as estratégias mais eficazes se estenderam do
pré-natal até o momento pós-parto ressaltando a necessidade e importância da continuidade do cuidado pelas equipes de =
saúde(19).
Dessa forma, ressalta-se que o acompanhamento pré-natal
não deve se restringir ao modelo clínico-tradicional com enfoque apenas na
avaliação física da gestante. Têm-se a necessidade de a assistê=
ncia
pré-natal ser a porta de entrada para a educação em saúde das gestantes,
proporcionando, assim, oportunidades de compreensão aos aspectos fisiológic=
os e
sobre os cuidados demandados no trabalho de parto e parto pela situação clí=
nica
específica da parturiente(27)<=
/sup>.
Para tanto, reforçam-se a necessi=
dade
de investimento em capacitação profissional para incorporação de novas prát=
icas
de saúde baseadas em evidências e a valorização de cada membro da equipe
multidisciplinar(28).
Os relatos sobre as
inadequações que envolvem o processo gravídico-puerperal em instituições de
saúde não são recentes, e vem ocasionando reivindicações dos movimentos soc=
iais
pelos direitos humanos nos últimos anos, e ganhando visibilidade dado as
evidências científicas sobre o impacto da baixa qualidade do cuidado no per=
íodo
gravídico-puerperal(29)<=
span
style=3D'mso-no-proof:yes'>.
O que se observa é qu= e, apesar de todos os esforços em torno da humanização do cuidado à mulher den= tro das instituições de saúde, ainda persiste, infelizmente, o poder e o domínio dos profissionais sob a mulher, o que acaba extrapolando e recaindo na desumanização(30). <= o:p>
Evidenciou-se
a necessidade de outras investigações do ponto de vista das puérperas e dos
profissionais, especialmente no sentido de identificar as barreiras para o
exercício de tais orientações. Ademais, cabe destacar que o estudo realizado
com profissionais teve enfoque nos enfermeiros obstetras, que possuem
experiência e/ou formação voltadas exclusivamente para a saúde da mulher, e=
ntretanto,
na atenção primária à saúde, nem todos os que atendem pré-natal tem essa
formação, fato que pode contribuir para a fragilidade das orientações sobre
trabalho de parto e parto.
CONCLUSÕES
Observou-se que as orientações sobre
trabalho de parto e parto para as gestantes muitas vezes se limitam a repas=
ses
pontuais de informações sobre os sinais de trabalho de parto sem a preocupa=
ção
de verificar a compreensão da gestante sobre o que lhe foi repassado. Mesmo=
se
tratando de uma forte recomendação, demonstradamente=
span>
eficaz, a educação em saúde no pré-natal ainda apresenta falhas e barreiras=
.
Foi visto que, em alguns casos, as
gestantes chegam à maternidade sem ter recebido quaisquer informações sobre
trabalho de parto e parto no pré-natal, ou são orientadas de forma inadequa=
da.
Recomenda-se, portanto, uma maior
sensibilização para a realização dessas orientações, aperfeiçoamento
das tecnologias já existentes e educação permanente dos profissionai=
s envolvidos,
que geralmente são generalistas, não tendo formação em obstetrícia. Ademais=
, há
necessidade de outras investigações do ponto de vista das puérperas e dos
profissionais, especialmente no sentido de identificar as barreiras para a
implementação da educação em saúde nesse ínterim.
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Autor
correspondente
Bruna Karen Cavalcante Fernandes
Endereço: Rua
Michele, 30, Passar=
é. CEP:
60861-444. Fortaleza, CE, Brasil.=
Telefone: (085) 999439075 - Email: brunacavalcanteff@gmail.com
Submissão: 2021-06-29
Aprovado: 2021-11-09
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Professora A=
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Afro-Brasileira. Brasil. ORCID: http://orcid.org/0000-0002-8718-4783
[5]Professora Ad=
junta de
Enfermagem. Universidade Federal do Piauí. Brasil. ORCID:
http://orcid.org/0000-0003-2808-7526
[6] Mestranda em
Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde. Universidade Estadual do Ceará. Br=
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ORCID: http://orcid.org/0000-0002-6203-0024
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