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METODOLOGIA DA PROBLEMATIZ=
AÇÃO
NO ENSINO DE PRIMEIROS SOCORROS PARA CRIAN=
ÇAS NA
ESCOLA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
&nbs=
p;
METHODOLOGY OF PROBLEMATIZATION IN TEACHING FIRST AID=
TO
CHILDREN IN SCHOOL: EXPERIENCE REPORT
Thaíne
Leal da Silva[1]
* Juliana Silveira Colomé[2]
* Adriana Dall’Asta Pereira[3]
* Leonardo Londero Orsolin[4]
* Keity Laís Siepmann Soccol[5]
* Carla Lizandra de Lima Ferreira[6]
=
=
RESUMO
=
Objetivo:
Relatar o processo de ensino aprendizagem de primeiros socorros na escola p=
or
meio da utilização do Arco de Maguerez. Método:
Trata-se de um relato de experiência desenvolvido por uma estudante de
enfermagem sobre o processo de ensino aprendizagem de primeiros socorros na
escola, que utilizou para o seu desenvolvimento como base metodológica
problematizadora o Método do Arco de Charlez Maguerez. Resultados:O uso da metodolog=
ia da
problematização para o ensino de primeiros socorros se mostrou importante à
medida que organizou o processo de ensino aprendizagem, e promoveu a consta=
nte
reflexão, o pensamento crítico, a formação e autonomia das crianças envolvi=
das.
Conclusão:O método desencadeou uma transformação da rea=
lidade
social na escola, pois contribuiu para a ampliação significativa no
conhecimento das crianças. E, as etapas propostas pelo método trouxeram como
implicações na prática a transformação social.
=
Palavras-chave:
Enfermagem. Educação em Saúde. Serviços de Sa=
úde Escolar.
Primeiros Socorros. Aprendizagem Base=
ada
em Problemas.
=
ABSTRACT
Aim: =
Report the teaching and learning process of first aid at school using t=
he
Arco de Maguerez. Method: This is an experience report developed by a nursing student about the
teaching-learning process of first aid at school, who used Charlez Maguerez'
Arch Method as a problematizing methodological basis. Results: The use of =
the problematization
methodology for teaching first aid proved to be important as it organized t=
he
teaching-learning process, and promoted constant reflection, critical think=
ing,
training and autonomy for the children involved. Conclusion:
The method triggered a transformation of the social
reality at school, as it contributed to a significant increase in children's
knowledge. And, the steps prop=
osed
by the method brought practical implications for social transformation.
No Brasil, as principais causas de morte considera=
das
acidentais em crianças envolvem o afogamento, acidentes de trânsito, sufoca=
ção,
queimadura, queda e intoxicação. Enquanto que as principais causas de
internação são devido a quedas, queimaduras, acidentes de trânsito,
intoxicação, sufocação e afogamento(1).<=
/p>
No que se refere à acidentes que envolvem as crianças nas escolas, a=
inda
não se tem dados suficientes, no entanto, sabe-se que os mesmos ocorrem(2).
Os estudos existentes até o momento, evidenciam que os educadores já
presenciaram acidentes de diferentes tipos, que vão desde quedas, ferimento=
s,
fraturas, aspiração de corpo estranho, choque elétrico, entre outros(<=
/sup>3). Ent=
retanto,
muitos desses acidentes são possíveis de serem evitados quando se adota med=
idas
de prevenção(4).
Quando os acidentes ocorrem é necessária uma aplicação rápida dos
primeiros socorros às vítimas para que se possa manter a vida. O termo
primeiros socorros é definido como as medidas iniciais e imediatas aplicada=
s à
vítima, onde são realizadas ações por pessoas treinadas, na tentativa de ma=
nter
os sinais vitais e a preservação da vida, e evitar o agravamento de lesões
existentes, até que uma equipe especializada possa transportá-la ao hospita=
l e
oferecer um tratamento definitivo(5).
Qualquer pessoa, seja ela leiga ou não, pode aplicar os primeiros
socorros, desde que possua conhecimento básico, teórico ou prático, para in=
tervir
na situação(6). As situações de urgência e emergência podem ocor=
rer
em qualquer local(7), inclusive no ambiente escolar.<=
/span>
Desde o ano de 2018, o Brasil sancionou a lei número 13.722 em que t=
orna
obrigatória a capacitação em noções de primeiros socorros para professores e
funcionários de instituições de ensino públicas e privadas, que englobem a =
educação
básica e de recreação infantil(8). Inve=
stir
na capacitação sobre primeiros socorros permite um atendimento adequado e de
qualidade para a vítima, até que ocorra a chegada de um serviço de emergênc=
ia
especializado(6).Assim=
, a
capacitação de professores e funcionários deixam esses profissionais aptos a
prestarem os primeiros socorros(2).=
No entanto, a lei torna obrigatória a capacitação aos professores e
funcionários, e não envolve o ensino aos estudantes(8). Nesse
sentido, ensinar as crianças sobre primeiros socorros também torna-se
fundamental, à medida em que os acidentes podem ocorrer tanto no ambiente
escolar, quanto no domicílio.
Em alguns países essa prática de ensino e de educação em saúde às
crianças já vem sendo difundida. É essencial que o acesso ao conhecimento de
primeiros socorros seja disseminado para a sociedade para que as pessoas
consigam cuidar da saúde e estarem menos expostas à riscos. Pessoas capacit=
adas
e bem treinadas desde a educação básica para agir rapidamente e com
desenvoltura em situações que comprometem a vida, evitam ou minimizam possí=
veis
desfechos negativos(7).
A educação em saúde nas escolas ganhou visibilidade a partir da Polí=
tica
Nacional de Atenção Básica, que instituiu o Programa Saúde na Escola (PSE).
Esse Programa incentiva a formação dos estudantes por meio de ações de
prevenção, promoção e atenção à saúde. E, reafirmou o compromisso dos
profissionais de saúde, dentre esses, o enfermeiro de atuarem nesses cenári=
os(9).
Portanto, o enfermeiro é um facilitador nesse processo(7).
O enfermeiro, ao estar inserido em
ambientes escolares, por meio do desenvolvimento de ações educativas voltad=
as
para a construção da saúde, fortalece a relação entre a saúde e a educação.
Também, contribui no enfrentamento de situações que possam ameaçar as crian=
ças(6).
Diante da importância do enfermei=
ro
para o fortalecimento de ações de educação em saúde que possam minimizar da=
nos
à saúde das crianças e de evitar desfechos desfavoráveis por meio do ensino=
de
noções de primeiros socorros, esse estudo tem como objetivo relatar
o processo de ensino aprendizagem de primeiros socorros na escola por meio =
da
utilização do Arco de Maguerez.=
=
MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência de uma ação de
educação em saúde sobre o processo de ensino aprendizagem de primeiros soco=
rros
na escola, que utilizou para o seu desenvolvimento como base metodológica
problematizadora o Método do Arco de Charlez Maguerez(10). Esse
método possibilita a participação ativa dos estudantes, por meio de suas
reflexões e discussão em busca das fragilidades e resolução dos problemas v=
ivenciados
em seus cotidianos. Assim, foram implementadas as cinco etapas que compreen=
dem:
a observação da realidade, os pontos-chave, a teorização, hipóteses de solu=
ção
e aplicação à realidade-prática(11).
O relato foi desenvol=
vido
em uma escola municipal de ensino básico, localizada em uma cidade do Rio
Grande do Sul, Brasil. E, a experiência foi desenvolvida por uma estudante =
de
enfermagem do último ano de formação, um docente enfermeiro e um enfermeiro=
auxiliar
da pesquisa no segundo semestre de 2018.=
Participaram do estudo 138 crianças com idades entre 6=
e
12 anos completos. Os critérios de inclusão foram: aceitar participar do es=
tudo
e ter o assentimento e consentimento formalizado pelos pais e/ou responsáve=
is.
Os critérios de exclusão compreenderam as crianças que não quiseram partici=
param
das oficinas educativas.
Os temas ensinados nas oficinas discorreram sobre para=
da
cardiorrespiratória e engasgo. Os estudantes foram divididos em dez grupos,=
que
continham entre 12 e 15 crianças.
O estudo cumpriu com todas as normas regulamentadoras =
que
exigem as pesquisas que envolvem seres humanos conforme a Resolução 466/201=
2. O
projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o pa=
recer
nº 2.722.813 em 19 de junho de 2018.
RESULTADOS<=
/p>
=
O
processo de ensino aprendizagem desenvolvido com as crianças foi descrito de
acordo com as cinco etapas propostas pelo Arco de Maguerez e estão
representados no Quadro 1- Sistematização do processo de ensino aprendizage=
m. Nesse,
constam as etapas, o objetivo de cada etapa e os desfechos de cada ação des=
envolvida.
Quadro 1- S=
istematização
do processo de ensino aprendizagem
=
Etapa
=
Objetivo
=
Desfechos
=
1.Observação
da realidade
=
Oportunizar
às crianças uma aproximação com o tema “primeiros socorros”, permitindo a
formulação do problema.
=
-Identificar
o conhecimento que as crianças possuem sobre primeiros socorros.
=
-Identificar
na criança as dificuldades em realizar os primeiros socorros;<=
/span>
=
-Realizar
o levantamento das dúvidas das crianças acerca da aplicação dos primeiros
socorros.
=
2.Pontos-chave
=
Promover
a reflexão e discussão coletiva sobre as questões levantadas pelas crianç=
as
na etapa de observação da realidade, estabelecendo os pontos-chave.<=
/o:p>
=
-Reflexão
coletiva dos alunos acerca das questões levantadas.
=
-Elaboração
dos pontos essenciais a serem estudados sobre o tema, para compreendê-lo =
mais
profundamente.
=
3.Teorização
=
Promover
a busca de informações sobre a reanimação cardiorpulmonar e manobra de
desengasgo.
=
-Construção
coletiva do conhecimento.
=
-Compartilhamento
do poder entre os indivíduos envolvidos no processo de ensino-aprendizage=
m.
=
4.Hipóteses
de solução
=
Elaborar
soluções para as questões tratadas, subsidiadas pelas informações
acessadas/levantadas pelas crianças e fornecidas pela enfermeira.
=
-Produção
dos projetos propostos pelas crianças, destacados pela inovação e
criatividade (inovação ensino-aprendizagem com bonecos e prática com cole=
gas).
=
-Motivação
acentuada em aprender (motivada pela possibilidade de salvar o colega e/ou
familiar).
=
-Apresentação
dos bonecos de reanimação.
=
-Apresentação
do folder ilustrativo e em linguagem acessível para a faixa etária.<=
/o:p>
=
-As
crianças apresentaram comportamento de protagonismo no seu aprendizado ac=
erca
dos temas elencados por eles mesmos.
=
-Proposta
de aplicação à realidade, elaboradas coletivamente.
=
5.Aplicação
à realidade
=
Aplicar
à realidade o produto da atividade desenvolvida.
=
-Realização
das oficinas de reanimação e manobra de desengasgo nos bonecos.
=
-Associação
da prática com o folder educativo.
=
-Socialização
do conhecimento produzido.
=
-Satisfação
das crianças expressas em desenvolver as atividades e difundir os resulta=
dos
para os colegas e/ou familiares.
Fonte: Os autores =
A primeira etapa, observação da realidade, foi
realizada por meio de um convite aos estudantes para responderem a um
questionário, que continha questões como: “Você sabe o que é uma parada
cardiorrespiratória? ”, “Você consegue explicar o que é?”, Você sabe onde
devemos sentir o coração de uma pessoa batendo? ”, “Você sabe o que é o
engasgo? ”.
Essa primeira etapa teve como objetivo oportunizar=
às
crianças uma aproximação com o tema “primeiros socorros”, a qual permitiu a=
formulação
do problema. O problema identificado foi a necessidade de ampliar o
conhecimento das crianças sobre a atuação em casos que necessitam de reanim=
ação
cardiopulmonar e de desengasgo, pois identificou-se que elas possuíam um br=
eve
conhecimento teórico sobre os temas, mas que não tinham habilidades para
executar as manobras caso presenciassem essas situações no seu cotidiano. <=
o:p>
A segunda etapa, denominada de pontos-chave, teve =
como
objetivo promover a reflexão e a discussão coletiva sobre as questões levan=
tadas
pelas crianças na etapa de observação da realidade. Assim, realizou-se uma =
roda
de conversa com as crianças a fim de proporcionar uma reflexão coletiva do
conhecimento acerca das questões levantadas e a elaboração dos pontos
essenciais a serem estudados sobre o tema, para compreendê-los profundament=
e.
Essa etapa apontou a necessidade da elaboração de materiais teóricos que
facilitassem a compreensão da temática bem como, a execução na prática das
manobras de reanimação cardiorrespiratória e de desengasgo.
Na teorização, que é a terceira etapa, buscou-se
promover a busca de informações sobre a reanimação cardiorrespiratória e o
desengasgo. Assim, houve o compartilhamento de conhecimento entre os envolv=
idos
no processo de ensino aprendizagem, por meio da apresentação de um folder
educativo, ilustrativo e em linguagem acessível para facilitar a compreensão
das informações de acordo com a faixa etária dos estudantes.
O folder educativo estava constituído por uma hist=
ória
em quadrinhos com imagens de personagens de um desenho animado e, continha =
as
informações do passo-a-passo das manobras na sequência das seguintes questõ=
es: “O
que fazer em situações em que o coração parar de bater?” e “O que fazer em =
caso
de alguém estar engasgado?”. As imagens com personagens de desenho animado =
fizeram
com que o material despertasse a atenção das crianças. E, a linguagem acess=
ível
facilitou a compreensão das informações.
A utilização da história em quadrinhos, como uma
tecnologia educativa, para ensinar primeiros socorros é uma estratégia adeq=
uada
e relevante para auxiliar no processo de ensino. A educação em saúde quando
garante a compreensão das informações auxilia na redução do déficit de
conhecimento da população(12). Essa afirmação, corrobora com a
importância do folder elaborado pelas pesquisadoras que foi utilizado para
ensino das crianças.
O compartilhamento de saberes sobre o folder foi
realizado em uma roda de conversa. A roda de conversa permitiu expor as ide=
ias,
tirar dúvidas e identificar estratégias para o fortalecimento do ensino
aprendizagem. Dentre essas estratégias identificou-se a necessidade de ofic=
inas
práticas que ensinassem as manobras de reanimação cardiorrespiratória e de
desengasgo.
Na etapa hipóteses de solução, buscou-se elaborar
soluções para as dúvidas levantadas pelas crianças a partir do folder
educativo. Tendo em vista a importância de manter as crianças motivadas em
aprender apresentou-se os bonecos de reanimação para as oficinas práticas. A
inovação no ensino aprendizagem para as crianças foi marcada pela possibili=
dade
de simular as manobras nos bonecos, o que foi expresso na postura de
protagonismo delas. Assim, os temas elaborados coletivamente puderam ser ap=
licados
à realidade.
As propostas
formativas das áreas da saúde e da educação nas escolas para o ensino de pr=
imeiros
socorros possui alguns desafios, por isso é relevante difundir a teoria e a
prática nesse espaço(6). A escola é um espaço=
que
favorece a troca de saberes e o aprendizado, o que suscita na consolidação =
do
conhecimento e na formação das pessoas para transformar o contexto social o=
nde
estão inseridas(7).
Para a aplicação à realidade, inicialmente fez-se =
um
círculo no pátio da escola onde todas as crianças pudessem observar as mano=
bras
em bonecos e entender a explicação. As manobras foram executadas pelo
enfermeiro auxiliar da pesquisa, pelo docente enfermeiro e pela estudante de
enfermagem do último ano de formação, Após, dividiu-se a turma em pequenos
grupos para a realização das simulações práticas.
As crianças executaram as manobras de reanimação
cardiorrespiratória em bonecos de treinamento. Inicialmente elas avaliavam a
cena, chamavam a pessoa, checavam o pulso carotídeo, avaliavam a respiração,
pediam que alguém ligasse para o serviço de emergência e iniciavam as compr=
essões
torácicas no local indicado para as compressões. O ensino da manobra seguiu=
as
diretrizes da American Heart Association(13-14).
Quanto ao ensino da manobra de desengasgo, a enfer=
meira
pesquisadora era a vítima engasgada e o auxiliar de pesquisa demonstrava os
passos para o desengasgo. A pesquisadora colocava as mãos no pescoço,
demonstrando sinal de asfixia. O auxiliar de pesquisa ensinava a sequência =
da
conduta correta para o desenvolvimento da manobra. Assim, primeiro avisava a
pessoa que iria ajudá-la, posicionava-se nas costas da pessoa engasgada e
realizava a manobra de Heimlich. Após assistirem as demonstrações, as crian=
ças
formavam duplas para simular a situação entre elas.
As simulações foram importantes para avaliar o pro=
cesso
de ensino aprendizagem, momento que também foram sanadas as dúvidas que sur=
giam.
As dúvidas mais comuns estavam relacionadas ao posicionamento das mãos e a
quantidade de compressões que poderiam fazer durante a manobra de reanimação
cardiopulmonar.Após todas as crianças
realizarem as manobras, houve a socialização do conhecimento construído e a
associação da prática com a teoria que constava no folder educativo.
Nas situações de PCR, a avaliação e o atendimento
precoce devem ser eficazes, para que contribuam positivamente na sobrevida =
da
vítima. A sobrevivência a este evento com o mínimo possível de sequelas,
depende de uma série de ações essenciais, que correspondem à “cadeia de
sobrevivência” indicada pela AHA. Portanto, possuir conhecimentos e habilid=
ades
para prestar auxílio de forma adequada e sistemática a um cidadão, pode
representar a diferença entre a vida e a morte(5,13).
As
oficinas de simulações práticas mostraram-se como uma estratégia positiva no
ensino aprendizagem, pois foi possível observar a motivação das crianças em=
aprender
e a executar as manobras. Também, por expressarem satisfação diante da
possibilidade de disseminar o conhecimento para os familiares. É indispensável que o acesso ao conhecimento=
de
primeiros socorros seja difundido para toda a sociedade. Isso, contribui
diretamente na redução do número de vítimas que vão a óbitos por
desconhecimento e despreparo(7)<=
/span>.
Há a necessidade de implementação de disciplinas em
escolas públicas que abordem diversos conteúdos de primeiros socorros nos
currículos para que os estudantes possam aperfeiçoar o conhecimento nessa á=
rea. Desse modo, é imprescindível que os modelos
curriculares das escolas brasileiras sejam revisados(7). Alguns estudos apontam para a necessidade e=
a
efetividade de ações educativas que sejam desenvolvidas de modo contínuo nas
escolas(15).
No que
tange ao uso da metodologia ativa de aprendizagem, essa estimula o
protagonismo, a criatividade e a
autonomia das pessoas, pois engloba habilidades de comunicação, cognição e
interação social. Diante disso, apresenta um potencial para a formação de
sujeitos que sejam autônomos, participativos e envolvidos com mudanças soci=
ais(16).
O Arco de Maguerez, enquanto metodologia ativa, permite atuar sobre os
problemas sociais da realidade(17).
Diante do exposto, o uso da metodologia da problematização
por meio do Arco de Maguerez se mostrou importante à medida que organizou o
processo de ensino aprendizagem e permitiu a constante reflexão,
compartilhamento de ideias e a formação dos sujeitos envolvidos. Sendo assi=
m,
sugere-se o uso dessa metodologia para subsidiar no ensino de escolares bem
como, a inserção dos enfermeiros nos espaços formativos.
CONCLUSÃO=
p>
O método do Arco de
Maguerez mostrou-se essencial para a operacionalização do processo de ensino
aprendizado, pois facilitou o desenvolvimento de habilidades pelas crianças=
e
proporcionou o compartilhamento de saberes entre os envolvidos. Diante da
possibilidade que esse método oferece de partir da observação da realidade e
somente após várias etapas acontecer a aplicação da ação, desencadeou com u=
ma
transformação da realidade social nas escolas.
Com a avaliação, ao f=
inal
do processo, foi possível identificar que houve uma ampliação significativa=
no
conhecimento das crianças. Após as oficinas de simulações práticas de manej=
o em
situações de PCR e engasgo, as crianças obtiveram resultados positivos no q=
ue
tange ao aprendizado, desse modo há um impacto na prática já que ocorre a
transformação social. Assim, conclui-se que a implementação de oficinas para
crianças na escola contribui positivamente para a troca de experiências, co=
nscientização,
construção de novos conhecimentos, diálogo e formação de seres críticos e comprometidos co=
m a
sociedade, desde a infância.
O enfermeiro, ao real=
izar
ações de educação em saúde, desperta nas crianças uma postura ativa e
desenvolve a autonomia à medida em que essas demonstram interesse e desenvo=
lvem
habilidades no manejo das situações que exigem primeiros socorros.
O presente estudo
apresenta como limitação o fato de as pesquisadoras conseguirem abordar som=
ente
os temas de PCR e desengasgo devido ao tempo necessário e a complexidade do
ensino nas simulações práticas. Portanto, aponta para a necessidade do
engajamento dos enfermeiros nesses espaços para a ampliação dessas ações.
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In
Derme. 2021;95(34):e-021052. doi: https://doi.org/10.31011/reaid-2021-v.95-n=
.34-art.1051.
Submissão: 2021-06-30
Aprovado: 2021-07-12
[1]Enfermeira gr=
aduada
pela Universidade Franciscana (UFN). Mestranda em enfermagem pela Universid=
ade
do Minho.
[2] Doutora em e=
nfermagem.
Docente dos cursos de graduação em enfermagem e Mestrado em Ciências da Saú=
de e
da Vida da Universidade Franciscana (UFN). Membro do GEPESES. ORCID:=
https://orcid.org/0000-0002-8059-1482
[3] Enfermeira.
Doutora em Ciências pela UNIFESP. Docente do curso de enfermagem da
Universidade Franciscana (UFN).
ORCID:
https://orcid.org/0000-0003-2698-2711
[4] Enfermeiro. =
Mestre
em Ciências da Saúde e da Vida pela Universidade Franciscana (UFN).
[6] Enfermeira.
Doutora em Ciências. Coordenadora e docente do curso de graduação em enferm=
agem
da Universidade Franciscana (UFN). ORCID:https://orcid.org/0000-0003-0759-7113