MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01D7A4D4.0D974B40" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01D7A4D4.0D974B40 Content-Location: file:///C:/ACF69E54/1198-Textodoartigo-HTMLPT.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="us-ascii"
CONHECIMENTO, ATITUDES E
PRÁTICAS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ATENÇÃ=
;O
PRIMÁRIA SOBRE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA
KNOWLEDGE, ATTITUDES AND PRACTICES OF PRIMARY CARE
HEALTH PROFESSIONALS ABOUT BREAST CANCER PREVENTION
Rafaela Cristina Araújo Gomes[1] * Adriana
Gomes Nogueira Ferreira[2]
Glaucya Santos
Madeira[3]
* Aldo Lopes da Costa Júnior[4]#
* Patrícia Neyva da Costa Pinheiro=
[5]
* Vivian Saraiva Veras[6]
RESUMO
Objetivo:
Palavras-chave:
Neoplasias da mama; Conhecimentos,
Atitudes e Prática em Saúde; Atenção
Primária à Saúde; Pessoal de Saúde.
ABSTRACT=
Objectiv=
es:
To identify the knowledge, attitudes and practices of primary care health
professionals about breast cancer prevention. Methods: This is an integrati=
ve
literature review carried out in December 2020. The databases selected to
perform the searches were: Virtual Health Library (BVS - BIREME), Scopus
(Elsevier), Web of Science, Cumulative Index to Nursing and Allied Health
Literature (CINAHL - EBSCO) and Pubmed (NLM - NCBI). Results: 11 articles w=
ere
included and analyzed. Knowledge was analyzed by seven studies, proving to =
be
adequate in five, according to the responses of most health professionals.
However, of the eight studies that analyzed attitudes, in only two did the
majority of professionals present them correctly, and of the six articles t=
hat
verified the practices, only in one did the professionals perform them
correctly. Conclusion: The knowledge analyzed in most studies was considered
adequate, but this was not reflected in attitudes and practices. Therefore,=
it
is important to reinforce the relationship of attitudes and practices with
acquired knowledge, which become a tripod for the effectiveness of the appr=
oach
with women for the prevention of breast cancer.
Keywords=
: Breast Neoplasms; Health Knowled=
ge,
Attitudes, Practice; Primary Health Care; Health Personnel.
INTRODUÇÃO
As ações de prevenção e
promoção da saúde na atenção
primária, envolvem uma equipe multiprofissional de médicos,
enfermeiros, dentistas, técnicos e demais profissionais de saú=
;de,
sendo que o Conhecimento (dimensão cognitiva, recordaçã=
;o
de fatos e habilidade para aplicar o conhecimento na resolução
dos problemas), a Atitude (percepção de adoção =
de
medidas preventivas adequadas em saúde e sua importância) e a =
Prática
(comportamento pessoal do indivíduo e aquisição de
habilidades) (CAP) dos mesmos, relacionadas à detecção
precoce do câncer de mama (CM), se tornam essenciais para a integrali=
dade
dos serviços prestados à mulher, apresentando um impacto posi=
tivo
para redução da morbimortalidade (1-3).
O câncer de mama é a neoplasia maligna mais
comum em mulheres, no qual a sobrevida dessas pacientes diagnosticadas em
países desenvolvidos é de 85%, já em países em
desenvolvimento esse número chega a 60% (4). Caracterizad=
a de
origem multifatorial, o desenvolvimento da doença pode envolver fato=
res
biológicos e endócrinos relacionados à vida reprodutiv=
a,
ao comportamento e ao estilo de vida. Vale ressaltar que graças ao
processo de transição sociodemográfica de doenç=
as crônico-degenerativas,
o câncer está intensificando-se na sociedade devido às
mudanças no estilo de vida, hábitos alimentares, envelhecimen=
to,
exposição a agentes cancerígenos, obesidade, stress, entre outros (5-7).
Para proporcionar maior sobrevida às mulheres,
reduzir o surgimento de complicações, e até mesmo redu=
zir
os fatores de risco para a doença, é fundamental que o
profissional de saúde desempenhe o papel de alertar e orientar a
população feminina sobre a importância da
prevenção de tumores mamários (8-9). O fato=
de
os profissionais apresentarem insuficiência no conhecimento sobre as
formas e meios de prevenção da doença, é uma ta=
refa
que aparece como um do serviço público de saúde e pode
ocasionar adversos problemas, principalmente a não
detecção da doença de forma precoce.
Na atenção primária a saúde =
é
onde ocorrem as principais ações de promoção da
saúde, predominantemente as preventivas. Apesar disso, ainda é
necessário buscar fortalecimento das estratégias que ocorrem =
para
o conhecimento, atitude e pratica, principalmente as relacionadas a
capacitação das equipes de saúde da família,
contribuindo para que os profissionais envolvidos possam reconhecer e reali=
zarem
seus papeis como educadores em saúde (10).
A falta de conhecimento desses profissionais pode afetar=
as
práticas e atitudes relacionadas a prevenção do
câncer de mama. Atualmente, há uma escassez de
informações sobre os níveis de CAP dos profissionais, o
que é essencial para o desenvolvimento de estratégias abrange=
nte
de prevenção e controle de câncer mamário (=
11).
Os mesmos são agentes de mudança, oferecem aconselhamento
útil para promoção da saúde, e quando os mesmos
possuem o conhecimento, passam a ter cerca de três vezes mais
probabilidade de realizar as orientações recomendadas (1=
2).
Em relação a atitu=
de, esta
é conhecida como habilidades não técnicas, essên=
cias
para o fornecimento de informações, como se sentir preparado =
e capaz
de estabelecer um vínculo e explorar os problemas e eventuais risco =
para
o paciente (13). Nessa vertente, os três elementos CAP dos
profissionais de saúde devem estar alinhados, a fim de proporcionar
condições para a promoção da autonomia, indepen=
dência
das pacientes e um processo de cuidar baseado na propagação d=
a prevenção
do CM.
Os profissionais de saúde devem estar em constante
atualização sobre os temas relacionados à doenç=
a e
sua prevenção, buscando melhorar seu conhecimento, suas atitu=
des
e práticas, assim, fornecendo as orientações
necessárias e identificando o melhor meio de promover o cuidado base=
ado
na necessidade de cada paciente (14). Baseado nessa abordagem, o
presente artigo tem como objetivo, por meio de uma revisão integrati=
va
da literatura, identificar o conhecimento, atitude e
práticas de profissionais de saúde da atenção
primária sobre prevenção do câncer de mama.
=
T=
rata-se
de uma revisão integrativa da literatura que tem por objetivo aprese=
ntar
uma ampla visão sobre o assunto pesquisado (15). Assim, f=
oram
seguidos os seis passos para elaboração desta revisão,
quais sejam: formulação da questão norteadora,
seleção dos descritores para busca, seleção das
bases de dados, extração dos estudos selecionados das bases,
análise e síntese dos achados e por fim, a
apresentação deles.
Para auxiliar a formulação da questã=
;o
norteadora da presente pesquisa, utilizou-se a estratégia
mnemônica PICo, metodologia voltada para a pesquisa
não-clínica, no qual o acrônimo P representa problema,
paciente ou população, sendo neste caso utilizado os
profissionais de saúde; o I relacionado ao interesse da pesquisa,
indicado como o conhecimento, atitudes e práticas sobre
prevenção do câncer de mama; e o Co informando o contex=
to,
que é a atenção primária à saúde =
(16)
. Dessa forma, a questão norteadora elaborada para este estudo foi: =
Qual
o conhecimento, atitudes e práticas dos profissionais de saúd=
e da
atenção primária sobre prevenção do
câncer de mama?
=
A
seleção dos descritores para realizar as buscas foi definida
através dos descritores em ciências da saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH), o=
nde
cada acrônimo do PICo auxiliou na identificação de term=
os
que se adequavam na pesquisa, organizados da forma apresentada no quadro a
seguir:
Quadro
1 - Descritores utilizados para
realizar as buscas da presente pesquisa.
PICo |
DeCS (português) |
MeSH (inglês) |
P-
Profissionais de saúde |
pessoal de saúde psicologia odontólogos nutricionistas assistentes sociais terapia ocupacional médicos enfermeiras e enfermeiros técnicos de enfermagem<= o:p> agentes comunitários de
saúde educação
física e treinamento |
health personnel psychology dentists nutritionists social workers occupational therapy physicians nurses licensed practical nurses community health workers physical education and trainin=
g |
I-
Conhecimento sobre prevenção do câncer de mama |
conhecimentos, atitudes e
prática em saúde atitude do pessoal de sa&uacut=
e;de prevenção
primária prevenção e cont=
role prevenção
secundária neoplasias da mama |
health knowledge, attitudes,
practice attitude of health personnel primary prevention prevention and control secondary prevention breast neoplasms |
Co-
Atenção primária à saúde |
atenção
primária à saúde |
primary
health care |
Fonte:
Elaborado pelos autores.
Além disso, foi realizada uma chave de busca
única utilizando os descritores selecionados e os operadores boolean=
os
AND e OR à medida que foi necessário. Cabe ressaltar que se o=
ptou
por utilizar os termos em inglês devido a maioria das bases serem
internacionais e este idioma ser obrigatório nos títulos e
resumos em publicações. Sendo assim, a chave de busca formada e utilizada em todas as bas=
es foi a
seguinte: ((health
personnel OR psychology OR dentists OR nutritionists OR social workers OR
occupational therapy OR physicians OR nurses OR licensed practical nurses OR
community health workers OR physical education and training) AND (health
knowledge, attitudes, practice OR attitude of health personnel) AND (primary
prevention OR prevention and control OR secondary prevention) AND (breast
neoplasms) AND (primary health care)).
&=
nbsp; As bases de dados selecionadas p=
ara
realizar as buscas foram a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS - BIREME=
), Scopus (Elsevier), Web of Science =
(Coleção
Principal - Cl=
arivate
Analytics), Cumulative Index to
Nursing and Allied Health Literature (CINAHL - EBSCO) e Pubmed (NLM - NCBI).=
Cabe ressaltar que nas bases BVS, CINAHL e Pubmed
a pesquisa foi realizada na opção de busca básica, onde
ainda na BVS foi utilizado como item de busca a opção t&iacut=
e;tulo,
resumo e assunto, já nas bases Scopus
e Web of Science, foi como busca
avançada, e houve uma exceção na chave de busca para Web of Science pois foi
necessário acrescentar antes o termo “TS=3D”, que se ref=
ere a
tópico (título, resumo e palavras-chave).
Foram incluídos artigos disponíveis na
íntegra, com acesso livre, nos idiomas português, inglês=
e
espanhol, que tivessem como público-alvo os profissionais de
saúde e que abordassem os conhecimentos, atitudes e/ou prática
dos profissionais sobre o câncer de mama e sua prevençã=
o.
Assim, foram excluídos artigos duplicados e estudos sobre outras
doenças.
&=
nbsp; Dessa forma, a busca foi realiza=
da
em dezembro de 2020 por dois pesquisadores paralelamente nas etapas de
identificação, seleção e extração=
dos
dados de forma independente, de modo que houvesse uma segunda opinião
sobre a inclusão ou exclusão dos estudos encontrados. Para
padronizar a coleta, a busca pelas bases foi realizada no portal de peri&oa=
cute;dicos
da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (CAPES), por meio da Comunidade Acadêmica Feder=
ada
(CAFe), selecionando a instituiçã=
o de
ensino superior Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
RESULTADOS
Foram encontrados 230 estudos no total nas cinco bases
selecionadas, os estágios de inclusão dos estudos até a
seleção final estão descritos no fluxograma abaixo,
adaptado do PRISMA (17).
Figura 1 - Fluxograma com estraté=
gia
de busca para seleção dos artigos.
Fonte:
Adaptado do PRISMA (17).
&=
nbsp; =
Foram excluídos dois artigos por serem duplicados e assim foi
realizada a leitura dos títulos e resumos dos 228 artigos selecionad=
os,
sendo excluídos 205 destes, por serem de acesso fechado e estarem
indisponíveis na íntegra, com público-alvo que n&atild=
e;o
fossem profissionais e por não responderem à questão de
pesquisa. Dessa forma, 23 artigos foram eleitos e acessados para leitura na
íntegra, assim, foram extraídos das bases de dados por meio d=
e download em Portable Document Format (PDF) e foram analisados por dois pesquisadore=
s.
Posteriormente a leitura e
análise dos artigos, os pesquisadores iniciaram uma discussão
sobre a seleção final dos estudos, entrando em um consenso so=
bre
a inclusão de 11 artigos para síntese qualitativa, que consis=
tiu
em reunir os principais dados dos estudos e a resposta contida neles &agrav=
e;
questão norteadora desta revisão. Neste sentido, a
apresentação da síntese e dos achados foi organizada em
dois quadros, o primeiro contendo uma caracterização dos arti=
gos
com autores, ano de publicação, periódico publicado, l=
ocal
de realização do estudo e idioma, e o segundo contendo as
especificidades com título, objetivo, método, resultados e
conclusões.
Quadro 2 - Caracterização =
das
publicações incluídas na revisão integrativa.
ID |
Autores |
Ano |
Periódico |
Local de estudo |
A1 (18) |
Taylor et al. |
1994 |
Public Health Reports |
Washington (EUA) |
Escher e Sappino |
2000 |
Kluwer Academic P=
ublishers |
Genebra (Suíça) |
|
A3 (20) |
Benard et al. |
2011 |
Journal of Women’s Health<= o:p> |
EUA |
Collins et al. |
2014 |
The Breast |
Melbourne (Austrália) |
|
Haas et al. |
2015 |
Journal of General Internal Medicine=
|
Boston, Líbano, Filadélfia e Vermont (EUA) |
|
Erdem e Toktas |
2016 |
BioMed Research International |
Diyarbakır (Turquia) |
|
Nazzal et al. |
2016 |
Asian Pacific Journal of Cancer
Prevention |
Cisjordânia |
|
A8 (25) |
Haas et al. |
2017 |
Journal of General Internal Medicine=
|
Boston, Líbano, Filadélfia e Vermont (EUA) |
Smith et al. |
2017 |
British Journal of General Practice<= o:p> |
Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales (Reino
Unido) |
|
A10 (27) |
Hallowell et al. |
2018 |
Preventive Medicine |
Brasil |
Schoenborn et al. |
2020 |
The American Geriatrics Society<= o:p> |
Maryland (EUA) |
Fonte:
Elaborado pelos autores.
<=
span
style=3D'font-size:12.0pt;line-height:107%;font-family:"Times New Roman",se=
rif;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman"'>Quadro 3 - Distribuição das
publicações incluídas na revisão integrativa
segundo objetivo, métodos, e conhecimentos, atitudes e prátic=
as.
ID |
Objetivo |
Método |
Conhecimento, Atitudes e Práti=
cas |
A1 (18) |
Descrever a
análise, mobilizaç&a=
tilde;o
e envolvimento de comunidades médicas em dois
municípios direcionados à intervenção na
comunidade de Hutchinson, centro de Washingto=
n, no
Projeto de Rastreio do Câncer de mama. |
Tipo
de estudo: Estudo
demográfico e estudo descritivo qualitativo; Local
de estudo: Washington (EUA);<=
u> Participantes: 158 médicos (98 do Norte e 60 do S=
ul)
entre eles: Médicos da família, Médicos internistas
gerais, Ginecologistas, Oncologistas, Oncologista de radiaçã=
;o,
Radiologistas, Cirurgiões. |
Conhecimento: A maioria dos médicos acreditavam =
que
a triagem reduz a mortalidade, detecta câncer em estágio ini=
cial
e que não se detecta câncer só com o exame fís=
ico
das mamas. Além disso apontaram o alto custo da mamografia e o seg=
uro
inadequado como fatores negativos para a adesão das pacientes. Atitude: Em relação as percepç=
;ões,
a maioria dos médicos da comunidade norte e uma minoria do sul
disseram existir um consenso sobre o intervalo da mamografia. Foi discuti=
do
ser essencial que a equipe de funcionários das clínicas ten=
ha
um mínimo de conhecimento sobre o câncer de mama e os
procedimentos de triagem, visto que são quem tem o primeiro contato
com os pacientes e podendo promover uma diminuição das
barreiras para triagem. Práticas: Foi verificado que a maioria dos médicos de ambas as comunidades realizavam mamografia anualmente.<= o:p> |
Avaliar o
conhecimento, atitude e percepção dos médicos sobre =
seu
papel nos testes genéticos para
predisposição ao câncer de mama ovariano. |
Tipo
de estudo: Transversal,
descritivo, quali-quanti; Local
de estudo: Genebra
(Suíça); Participantes: 243 médicos, entre eles 83
Médicos gerais, 105 Médicos internistas, 5 Oncologistas, 50
Obstetras-ginecologistas. |
Conhecimento: Os médicos (99%) afirmaram ter
conhecimento de que é seu papel participar das etapas
pré-teste, divulgação dos resultados, e cuidados e a=
poio
a longo prazo sobre o teste genético apesar de apenas 32% terem
respondido o questionário de forma correta. Atitud=
es: 87% dos participantes apo=
iaram
o teste genético. |
|
A3 (20) |
Descrever as
características demográficas e práticas dos mé=
;dicos
participantes e não participantes do programa de rastreamento, bem
como suas crenças, adoção de novas tecnologias de
triagem e recomendações para rastreio do câncer de ma=
ma e
colo do útero. |
Tipo
de estudo: Transversal,
descritivo quantitativo; Local
de estudo: EUA; Participantes: 1.111 médicos, entre eles,
Médicos da família, Médicos gerais, Médicos
internistas, Obstetras-ginecologistas. |
Conhecimento: A maioria dos médicos do programa
acreditava que o exame clínico das mamas e o autoexame das mamas e=
ram
efetivamente eficazes e que a mamografia (ou mamografia digital) para
mulheres com mais de 50 anos era muito eficaz. Atitudes: Os médicos que participam do progr=
ama
eram mais propensos em trabalhar com equipe multiesp=
ecialidades. Práticas: Especificamente para o câncer de ma=
ma,
o estudo mostrou que 61% dos médicos do programa e 72% dos
médicos que não participam do programa recomendam mamografia
anual para mulheres entre 40 a 49 anos. |
A4 (21) |
Examinar a
prática e as necessidades futuras dos médicos sobre a
avaliação do risco de câncer de mama. |
Tipo
de estudo: Transversal,
descritivo qualitativo; Local
de estudo: Melbourne
(Austrália). Participantes: 29 participantes, entre eles, 12
cirurgiões de mama, 12 médicos da atenção
primária, 5 enfermeiros. |
Atitudes: Os profissionais preferem não
apresentar a avaliação de risco de câncer pois os
possíveis danos são maiores que os benefícios e ainda
não há uma recomendação oficial para tal pres=
crição
em primeira instância. |
A5 (22) |
Caracterizar as at=
itudes
dos profissionais de saúde da atenção primári=
a as
mulheres em relação à triagem e mudanças na prática =
em
resposta a recentes revisões nas diretrizes para triagem de
câncer de mama e cervical. |
Tipo
de estudo: Transversal,
descritivo qualitativo; Local
de estudo: Boston,
Líbano, Filadélfia e Vermont (EUA); Participantes: 385 participantes, entre eles, 78
Médicos da família, 171 Médicos internistas gerais, =
77
Ginecologista, 46 Assistentes médicos, enfermeiros e parteiras. |
Conhecimento: Foi verificado que a maioria dos
profissionais acreditava que a mamografia era eficaz na reduç&atil=
de;o
da mortalidade por câncer de mama em mulheres de 40 a 74 anos. Atitudes: 1/3 dos participantes relatou que suas
práticas de triagem mamográfica=
para
mulheres entre 50 a 74 anos não mudaram com as
alterações nas diretrizes. Destes, 74% pela
preocupação do paciente com as diretrizes, 50% por nã=
;o
concordar com a diretriz, 40% pois acreditam que as diretrizes usam
critérios conflitantes, 33% por negligenciar o risco e 17% por acr=
editar
que o tempo era inadequado para discutir riscos e danos. Práticas: 75,7% dos médicos realizavam
práticas de triagem superior as recomendadas pela Força Tar=
efa
de Serviços Preventivos dos EUA (mamografia – bienal de 50 a=
74
anos). |
Determinar o
nível de conhecimento das trabalhadoras de saúde
primária sobre câncer de mama e revelar suas atitudes e
comportamentos sobre o autoexame e mamografia das mamas. |
Tipo
de estudo: Transversal, descr=
itivo
quantitativo; Local
de estudo: DiyarbakJr (Turquia); Participantes: 369 participantes, entre eles, 57
Médicas, 112 Enfermeiras, 181 Parteiras, 19 Técnicas
médicas de emergência e nutricionistas. |
Conhec=
imento: O nível de conheci=
mento
em relação ao autoexame foi alto, porém sobre o
câncer de mama e mamografia foram baixos. Atitudes: Das profissionais que realizavam o autoex=
ame,
apenas 30,1% realizavam regularmente. Práticas: 92,6% das profissionais realizavam o
autoexame das mamas. |
|
Avaliar a triagem =
mamográfica entre as trabalhadoras de sa&uac=
ute;de
nos centros de atenção primária e identificar os
principais motivadores e barreiras que afetam os resultados de
captação das mulheres. |
Tipo
de estudo: Transversal,
descritivo quantitativo; Local
de estudo: Cisjordânia;=
Participantes: 271 participantes, entre eles, 15
Médicos, 229 Enfermeiros, 8 Farmacêuticos, 13 Técnico=
s de
laboratório, 6 não identificados. |
Conhecimento: 63,4% apresentaram conhecimento sobre a
doença e a mamografia excelente, 31,7% conhecimento moderado e 4,8%
conhecimento pobre. Atitudes
(em relação a si mesmo): A motivação para realização da
mamografia se baseou no conhecimento sobre a importância para a sua
gestão e que a mamografia pode detectar câncer de mama antes=
que
seus sintomas apareçam. Além disso foi verificado se as
profissionais já tinham feito mamografia, onde 50% já tinha=
m, e
destes, 10% fizeram de forma regular e 40% de forma irregular. As outras =
50%
não fizeram por estarem ocupadas e/ou não acharem que tem
câncer de mama. |
|
Examinar se a
crença dos profissionais de saúde da atenção
primária sobre a eficácia e a frequência de mamografia de tria=
gem
está associada à utilização desses
serviços por seus pacientes. |
Tipo
de estudo: Transversal,
descritivo quantitativo; Local
de estudo: Boston,
Líbano, Filadélfia e Vermont (EUA); Participantes: 209 profissionais, entre eles, 39
Médicos da família, 138 Médicos internistas gerais, =
17
Ginecologistas, 11 Assistentes médicos, enfermeiros e parteiras, 4
outros (não identificado). |
Conhecimento: 50,2% dos profissionais acreditavam que a=
mamografia
para mulheres entre 49 a 74 anos era muito eficaz, 45,9% acreditavam que =
para
a faixa etária de 40 a 48 anos era pouco eficaz e 30,6% para a ida=
de
maior de 75 anos não eficaz. Atitudes: As profissionais de saúde do sexo
feminino eram as que mais acreditavam na eficácia da mamografia. Prática: 55% dos profissionais discutiram a
periodicidade da mamográfica com mulhe=
res
entre 40 a 48 anos, 14% recomendaram mamografia anual para a faixa
etária de 49 a 74 anos e para maiores de 75 anos, a maioria dos
profissionais discutiu com a paciente sobre a periodicidade. |
|
Investigar as atit=
udes
dos médicos em relação a prescriç&at=
ilde;o
de tamoxifeno. |
Tipo
de estudo: Prospectivo; Local
de estudo: Inglaterra, Irlan=
da
do Norte e País de Gales (Reino Unido); Participantes: 938 médicos, entre eles, Especiali=
stas
em câncer, Especialistas em medicina preventiva, Especialistas em
histórico familiar, Especialistas em genética. |
Conhec=
imento: 51,7% dos médicos sabiam que o uso do tamoxife=
no
reduzia o risco de câncer de mama e que 24,1% conheciam a diretriz =
do
NICE CG164. Atitud=
es: apenas ¾ dos médicos estariam dispostos=
a
prescrever tamoxifeno para o caso hipotético de alto risco de
câncer de mama, os médicos que foram convidados a continuar =
uma
prescrição de um médico de cuidados secundári=
os,
eram mais propensos em prescrever o medicamento do que os médicos =
de
clínica geral, apresentando níveis de conforto na
prescrição muito baixos. |
|
A10 (27) |
Descrever as
percepções e práticas relacionadas à triagem =
do
câncer de mama entre médicos, enfermeiros e coordenadores de
unidades de saúde que atuam na rede de unidades de
atenção básica (UBS) do Brasil. |
Tipo
de estudo: Transversal,
descritivo quantitativo; Local
de estudo: Brasil. Participantes: 1780 participantes - 182 Médicos, =
347
Enfermeiros, 1251 Coordenadores de UBS. |
Conhecimento: 45% dos coordenadores não conhecia=
m as
diretrizes. Atitudes: Na opinião dos médicos e
enfermeiros, iniciar a triagem em mulheres de menos de 40 anos era mais e=
ficaz
pois diminuiria mais os casos de mortalidade. Práticas: 98% dos coordenadores que conheciam as
diretrizes do INCA, as seguiam em sua UBS. O estudo mostrou que a maioria
(médicos 75% e enfermeiros 50,9%) dos profissionais realizava
mamografia anualmente e o início do exame clínico das mamas=
em
mulheres entre 40 a 49 anos (25,1%). |
A11 (28) |
Verificar as
perspectivas dos médicos em relação a
realização de exames de rotina para câncer (mama,
colorretal e próstata) em idosos com expectativa de vida inferior =
a 10
anos. |
Tipo
de estudo: Transversal,
qualitativo, descritivo; Local
de estudo: Marylan,
EUA; Participantes: 30 médicos - 17 médicos
internistas, 6 médicos da família, 2 médicos pediatr=
as,
5 médicos geriatras. |
Atitud=
es: Alguns médicos (60%) perceberam o excesso de
realização de exames de rotina em idosos com expectativa de
vida inferior a 10 anos, como um problema. Houve polemica quanto a
recomendação das diretrizes de não fazer os exames p=
ara
esta população, pois os médicos acreditam que se pode
sim diminuir a mortalidade por câncer nessa faixa etária,
além disso não leva em conta a vontade do paciente e ainda =
que
as previsões de expectativa de vida são imprecisas. Acredit=
am
também que utilizar a expectativa de vida como referência pa=
ra
não realizar os exames de rastreamento de rotina, pode causar
viés e danos não intencionais. |
Fonte: Elaborado pelos autores.
DISCUSS&=
Atilde;O
As ações de controle do câncer de ma=
ma
vêm sendo progressivamente incorporadas às políticas
públicas desde o final dos anos 1980, como uma das diretrizes da
atenção integral à saúde da mulher (29).
Nesse cenário, de acordo com os autores (30), a
Atenção Primária à Saúde (APS) se destaca
pelo seu importante papel de promoção do cuidado centrado no
desenvolvimento do vínculo, longitudinalidade=
span>,
coordenação e integralidade da atenção, sendo
fundamental na assistência.
Nesse contexto, uma das
ferramentas mais utilizadas nesse nível de atenção
são, conforme os autores (31), as ações de
educação em saúde, que tem como papel primordial
transmitir o conhecimento para a população, neste caso em
específico sobre o câncer de mama, com o intuito de incentivar
comportamentos preventivos, sendo substanciais para as mudanças dos =
hábitos
de vida. Entretanto, as dificuldades em efetivar essas ações,
como a falha na atitude e prática profissional, contribuem
significativamente para o aumento da incidência e da mortalidade pela
neoplasia, o que demonstra ainda a fragilidade desse nível de
atenção à saúde (32).
Apesar dos avanços relacionados à
prevenção primária do câncer de mama, alguns est=
udos
(20,21,26), pontuam que muitos profissionais de saúde
não se sentem capacitados para colocar em prática as
ações de educação em saúde para a
população, sendo a segurança da atitude essencial nesse
processo, pois relataram dificuldades em a partir desse perspectiva avaliar=
as
variáveis relacionadas ao risco do desenvolvimento da neoplasia em
questão, bem como orientar àquelas com grau de susceptibilida=
de
elevado para o surgimento da doença. Neste sentido, de acordo o auto=
r (33),
é imprescindível a realização da
capacitação dos profissionais para que estes possam lidar com=
a
neoplasia mamária no atendimento, desenvolvendo as atitudes adequada=
s,
pois investimentos em ações de prevenção, bem c=
omo
detecção precoce e implementação de programas e=
fetivos
no controle da doença são condutas fundamentais.
Os programas de controle do câncer de mama
estão centrados principalmente em dois componentes, e de extrema
importância os profissionais conhecerem: o diagnóstico precoce=
e o
rastreamento. O diagnóstico precoce relaciona-se às
ações que identificam indivíduos sintomáticos em
estágios iniciais, já o rastreamento diz respeito às
atitudes voltadas aos indivíduos assintomáticos, objetivando
detectar a doença e/ou lesões precursoras em fase inicial
De acordo com as Diretrizes de Detecção
Precoce do Câncer de Mama no Brasil (34), o rastreamento <=
span
class=3DSpellE>mamográfico na clínica é um exame
utilizado para avaliar se há indícios de lesões
mamárias em mulheres na faixa etária entre 50 a 69 anos, a ca=
da
dois anos, pois fora dessa periodicidade e da faixa etária estabelec=
ida,
os riscos são maiores e os benefícios são incertos. Em
contrapartida, a Sociedade Brasileira de Mastologia (37), recome=
nda
que a mamografia pode ser realizada em mulheres assintomáticas de 40
até 75 anos de idade, com periodicidade anual ou bienal, variando em
diferentes países. Um outro método que é preconizado p=
elo
Ministério da Saúde no atendimento à mulher é o
exame clínico das mamas, que consiste na inspeção e a
palpação pelo profissional, visando detectar anormalidades
evidentes principalmente em fases iniciais (38).
Diante dessas diferentes recomendações pel=
os
órgãos respaldados, pode ser apontada como uma barreira para o
rastreamento e encaminhamento para realização da mamografia, o
conhecimento dos profissionais á cerca d=
e uma
recomendação única e unanime, assim como verificado no
estudo (18), pois para mamografia segundo o Instituto Nacional do
Câncer deve ser anualmente para mulheres com 50 anos ou mais e a
Força Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA, preconizava que
nesta faixa etária em mulheres com baixo risco, o intervalo poderia =
ser
bienal, nessa mesma época. Percebe-se que essa dificuldade que anseia
sobre os profissionais relacionada à recomendações
diferentes, já perpassa ao longo das décadas.
Já no estudo (25), afirmou-se que, a
maioria dos profissionais passaram a discutiram com a paciente sobre a
periodicidade da realização da mamografia, mesmo com a
existência dessa barreira. Portanto, esses profissionais precisam
conhecer as recomendações, para assim subsidiar apoio para as
pacientes, na qual possam ter o domínio sobre os procedimentos de
triagem e prevenção, podendo promover uma
diminuição das barreiras existente relacionada ao rastreament=
o e
atendimento á mulheres.
De modo geral, sete estudos apresentaram dados sobre o
conhecimento dos profissionais de saúde em relação as
ações de rastreamento e detecção precoce do
câncer de mama, onde cinco apresentaram conhecimento adequado pela
maioria dos participantes (18,20,24-25,27), e apenas dois
conhecimento inadequado (22-23). Quanto as atitudes, foram
apresentadas em oito estudos, sendo em dois considerado corretas (18,2=
6)
e em seis incorretas (22-25,27-28). =
Em
relação as práticas dos profissionais de saúde,
seis estudos trouxeram dados, demonstrando que em apenas um apresent=
ou
prática correta pela maioria dos profissionais (23) e em cinco estudos incorretas (18,20,22,25,27).
O que demonstra que apesar de os profissionais terem apresentado conhecimen=
to
adequado na maioria dos estudos, isso não é refletido em suas
atitudes e práticas, visto que a maioria apresentou essas
variáveis incorretas.
Esses conhecimentos, atitudes e práticas,
estão relacionados, em sua maioria dentro dos estudos, com a
doença, e as recomendações de exames, onde principalme=
nte
a idade e periodicidade da mamografia foram bastante discutidas, sendo que a
realização adequada de acordo com o INCA, é bienal em
mulheres de 50 a 69 anos, pois dessa forma não sobrecarrega o sistem=
a de
triagem, aumenta a cobertura do programa de triagem para as mulheres, e ass=
im,
diminui o percentual de mortalidade da doença (34).
Apenas os estudos dos autores (26,19,21) apre=
sentaram
contextos diferentes, sobre prescrição de tamoxifeno, testes
genéticos e avaliação de risco de câncer,
respectivamente. Sendo que no estudo (21), a maioria dos part=
icipantes
disseram preferir não apresentar a avaliação de risco =
das
pacientes, o que é considerado uma atitude incorreta, pois os
indivíduos tem direto de ser informados sobre tudo, e a partir disso,
tomarem uma decisão informada sobre suas práticas de triagem =
(34,36).
No estudo (26), a maioria dos médicos sabiam que o tamoxi=
feno
reduzia o risco de desenvolver câncer de mama, considerado um
conhecimento adequado e que a maioria estavam dispostos a prescrever o quimiopreventivo, atitude correta, de acordo com a re=
comendação
da SBM (36). Já a pesquisa (19), abordaram sob=
re
testes genéticos para a doença, onde apenas 32% dos participa=
ntes
responderam corretamente aos conhecimentos sobre o assunto e 87% disseram
apoiar esses testes, recomendados pela SBM para casos específicos (36).
Os estudos dos autores (23,24), revelaram que=
as
atitudes e práticas dos profissionais consigo são insuficient=
es,
onde nem todos os profissionais (mulheres) realizam os exames
necessários, e as que realizam, os fazem de forma irregular. Ressalt=
a-se
a importância de o profissional de saúde ser um modelo ao
paciente, realizando o recomendado de forma eficiente e respaldada para seu
autocuidado.
Percebe-se que, embora as diretrizes desenvolvidas por c=
ada
país sejam respaldadas por estudos, normas levantadas e discutidas
através de consensos sobre as recomendações, baseadas =
em
evidências, diversos profissionais ainda as ignoram, em detrimento de
suas opiniões e práticas adquiridas na rotina, por determinar
ainda, que não é necessário a realização=
da
triagem preventivas, devido a idade da paciente, discordando em
percepção e prática das diretrizes (22,26,28).
Isso revela uma postura fragilizada, afetando a atitude dos profissionais
quanto ao seu papel na detecção precoce do câncer de ma=
ma.
O estudo (25) trouxe um levantamento importan=
te,
onde foi verificado que as profissionais de saúde do sexo feminino f=
oram
as que mais acreditavam na eficácia da mamografia. Sendo assim,
conscientizar profissionais homens, através da troca do dialogo
educacional, é um importante elemento para aumentar eficácia =
dos
programas preventivos, para promover boa prática no atendimento &aac=
ute;
mulheres.
Além dos profissionais que atuam diretamente no
atendimento, na realização de consultas, é essencial q=
ue
toda a equipe tenha um mínimo de conhecimento sobre o câncer de
mama e sua prevenção, como os coordenadores, e outros
profissionais, conseguindo esclarecer, encaminhar ou solicitar atendimento<=
sup>
(18,20). Neste sentido, as ferramentas educativas ou de
assistência, podem ajudar a remover barreiras de insegurança n=
as
equipes de saúde, e aumentar a convicção para uma boa
atitude e melhor preparo profissional na atenção em como falar
com as mulheres e as possibilidades de práticas preventivas (21=
).
Posto isso, ressalta-se a importância da
capacitação profissional para que estes saibam identificar com
veracidade as características anatômicas da mama e suas
possíveis alterações quando há indícios
sugestivos de uma neoplasia, se sentirem aptos e seguros para a
realização dos exames de prevenção do cân=
cer
de mama, e basearem suas atitudes e práticas no conhecimento adequado
sobre a doença e as ações de prevenção.
Além disso, é fundamental a proatividade destes profissionais=
no
planejamento e implementação das ações de
educação em saúde para buscar o empoderamento dos
indivíduos e adquirir autonomia profissional para promover o control=
e da
doença.
CONSIDER=
AÇÕES
FINAIS
=
<=
/span> O conhecimento analisado na maioria=
dos
estudos foi considerado adequado, porém isso não foi refletido
nas atitudes e práticas. Sendo que, fatores como discordância =
das
diretrizes, conhecimento fragmentando e sentimento de insegurança pa=
ra o
aconselhamento ou realização dos exames, se apresentaram como
interferentes na tomada de decisões dos profissionais. Diante desse
contexto, é importante reforçar a ligação da
atitude e prática com o conhecimento adquirido, na qual se tornam um
tripé para a eficácia da abordagem junto a mulher para a
prevenção do câncer.
=
C=
abe
ressaltar que o conhecimento, as atitudes e as práticas dos profissi=
onais
de saúde da atenção primária sobre
prevenção do câncer de mama devem estar alinhados e
sobretudo em concordância com as diretrizes e normas estabelecidas
através dos estudos e discursões cientificas levantadas.
Além disso, é necessário que os profissionais estejam =
em
contínua atualização, abertos para diálogos e n=
ovas
percepções.
AGRADECIMENTOS
=
<=
/span>Á Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -Brasil (CAPES) -
Código de Financiamento 001. À Fundação de Ampa=
ro
à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológi=
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Iniciação
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Endereço: Rua Piauí 449 CEP: 65907100, Imperatriz,
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