INTRODUÇÃO=

O trabalho é entendido como um dos pilares da vida, o qual é relevante para a satisfação pessoal, devido ao fato de gerar reconhecimento social e proporcionar identidade às pessoas. Quando executado pode torna-se um fator desgastante na vida dos trabalhadores ou gerar satisfação⁽¹⁾. A Qualidade de vida (QV) corresponde à = percepção do indivíduo sobre sua situação de vida, meio cultural, valores no qual está inserido, objetivos, expectativas e preocupações. Está vinculado à saúde física, estado psíquico, independência, relações sociais, crenças e influên= cias do ambiente⁽²⁾.

O estresse é a forma física e emocional como o corpo reage à pressão, podendo manifestar sintomas mentais e físicos. Os efeitos do estresse são diferente= s e cada um reage de uma forma diferente. O estresse pode prejudicar o desempen= ho profissional e pessoal e consequentemente a sua atuação frente à equipe de trabalho, afetando a equipe e toda a organização, logo a dinâmica do setor, sendo um fator importante no processo organizacional, bem como na capacidade com que seus trabalhadores lidam com o estresse⁽³⁾.

= Os profissionais de enfermagem são considerados com maior suscetibilidade para contaminação, desgastes físicos e emocionais decorrentes da profissão^(=
4). Pesquisa realizada com enfermeiros de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) demonstrou 64,29% dos entrevistados referirem à alta exaustão emocional, tornando o profissional de enfermagem mais suscetível e vulnerável a dores psicossomáticas, e/ou físicas, como síndrome de Burnout e estresse^{(5)<=
/sup>.
Além disso, o enfermeiro pode desenvolver alteração de humor, depressão, cu=
lpa
e estes sentimentos são considerados estressores e podem influenciar
negativamente no desenvolvimento profissional, o que poderá acarretar o aum=
ento
da ansiedade⁽⁶⁾.}

Neste ínterim, é necessário trabalhar a qualidade de vida, satisfação e a promoçã= o do autocuidado da equipe de enfermagem no setor da UTI com o intuito de promov= er a melhora física e bem-estar psicoemocional dos profissionais. Através da garantia à saúde e ao bem-estar da equipe de enfermagem, a fim de atingir a melhora e reequilíbrio dos usuários. Diante disso, o estudo tem como = objetivo: analisar as evidências científicas relacionadas à percepção da equipe de enfermagem que atua em UTI adulto sobre qualidade de vida.

MÉTODO

Trata-se de uma revisão integrat= iva da literatura. A revisão integrativa é uma ampla abordagem metodológica, o = qual tem como finalidade sintetizar resultados coletados a partir de materiais experimentais e não experimentais para uma melhor compreensão sobre um determinado tema⁽⁷⁾.

O desenho do estudo baseou-se em seis etapas distintas: elaboração da questão de pesquisa; busca por pares e seleção da amostra; definição das informações a serem extraídas dos artigos selecionados; análise das informações; interpretação dos resultados e sínte= se do conhecimento. Para nortear a busca, foi formulada a questão de pesquisa.= A partir do acrônimo PICO (P: population/patients; I: interven= tion; C: control; O: outcome), definindo-se “equipe de enfermagem” como população, “qualidade de vida” como fenômeno de interesse e “Unidade de Terapia Intensiva adulto” como contexto. Desse modo, a questão estruturada foi: quais as evidências relacionadas à percepção da equipe de enfermagem que atua em UTI adulto sobre qualidade de vida?

A coleta de dados foi realizad= a em abril de 2020, por dois revisores de forma independente, mediante consulta = às bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde= (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF) via Biblioteca Virtual em Saúde. Ainda = na Biblioteca Eletrônica Científica Online (SCIELO) e na base de dados SCOPUS. Para operacionalização da busca foram selecionados os descritores controlados (DC) constantes no Medical Subject Headings (MeSH) e Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Recorreu-se ao operador booleano AND para combinação dos seguintes termos: enfermagem and Unidade de Terapia Intensiva and Qualidade de vida conforme.=

Para seleção dos artigos os critérios de inclusão foram: artigos originais, disponíveis na íntegra, nos idiomas inglês, português e espanhol, dos últimos 10 anos. Já os critérios = de exclusão foram estudos que não respondessem à questão de pesquisa. Esta etapa foi realizada, a partir da le= itura do título e resumo, para seleção dos artigos. Após tal seleção, foi realiza= da a leitura destes materiais pré-selecionados na íntegra. Os artigos que foram encontrados repetidos em mais de uma base de dados, foram considerados duplicados, lidos e selecionados apenas uma vez.

Foram identificadas, inicialment= e, 901 publicações. Na base de dados da LILACS, encontrou-se a partir da pesquisa = com os descritores selecionados, 73 artigos, com critérios de inclusão temporal, foram selecionados 44 artigos, sendo destes após a leitura de título e resu= mo foram pré-selecionados 13 artigos dos quais foi selecionado dois artigos ap= ós a leitura na íntegra.

Na base de dados BDENF, consistiram 57 artigos, com critérios de inclusão temporal, foram selecionados 38 artigos, com a leitura do título e resumo, após foram pré-selecionados 11 artigos e após a leitura na íntegra foram utilizados dois artigos. Na = biblioteca virtual SCIELO, equivaleram-se em seleção inicial 32 artigos, foi realizada a leitura do título e resumo e pré-selecionados 10 artigos, e após a leitura na íntegra foram utilizados p= ara esta pesquisa três artigos.

Na SCOPUS, com os descritores supracitados foram encontrados 739 artigos, após aplicar os três filtros: acesso livre, tipo de documento artigo, língua inglês, português e espanhol reduziu-se para 84 artigos disponíveis, os quais foram selecionados a parti= r da leitura do título e resumo selecionando 10 artigos e após ler na íntegra, f= oram eleitos dois artigos para a utilização nesta pesquisa. A Figura 1 apresenta= o processo de busca, seleção e inclusão dos estudos.

Análise e tratamento dos dados

Para a avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos, foram utilizadas as recomendações que considera: nível 1: meta-análise de múltiplos estudos clínicos controlados e randomizados; nível 2: estudos individuais com delineamento experimental; n= ível 3: estudos quase-experimentais; nível 4: estudos descritivos (não-experimentais) ou com abordagem qualitativa; nível 5: relatos de caso = ou de experiência; e, nível 6: evidências pautadas na opinião de especialistas= ⁽⁸⁾. Para a etapa de análise e interpretação, foi construído um instrumento de coleta e síntese dos dados coletados pela própria autora com as

seguintes colunas de sintetização: título, autor, base de dados, periódicos/revista, = ano de publicação, idioma, local de estudo, país de publicação, metodologia e principais resultados. Os resultados foram analisados na forma descritiva, reunidos em um quadro sinóptico.

Após a síntese desenvolvida neste instrumento, as informações coletadas a partir desta pesquisa, foram dividi= das em categorias para melhor compreensão e discussão das divergências e confluências do tema e pergunta norteadora. Os dados foram analisados atrav= és de estudos científicos de diferentes autores que abordam a temática em estu= do.

RESULTADOS =

Para esse estudo de revisão foram selecionados nove artigos. Os quais foram publicados em oito periódicos diferentes, entre eles: Revista Brasileira de Enfermagem, Revista Mineira de Enfermagem, Revista de Enfermagem da UFSM, = Actualidades Paul em Enfermagem, Neurology Psychiatry abd Brain Research, International Journal of Ocupational and Entrenmented Medicine, Investimento Educação Enfermagem, e dando destaque para a Revista de Pesquisa: Cuidado É Fundamen= tal Online, com dois artigos. Quanto ao ano de publicação, a maioria dos estudos selecionados concentrou-se no ano de 2013, totalizando dois artigos. Nos an= os de 2007, 2011, 2012, 2014, 2017, 2018 e 2020 foi encontrado um artigo para = cada respectivo ano, para o tema proposto nesta pesquisa.

Quanto aos Níveis de Evidências = (NE), seis são nível IV, dois estudos são níveis II e um nível I, dando destaque = a pesquisa de caráter qualitativo. A identificação dos artigos selecionadas está apres= entada no Quadro 2.

DISCUSSÃO

Após leitura e releitura do material advindo da revisão bibliográfica foi possív= el agregar o conteúdo, por convergência de ideias, em quatro temas em que o primeiro versa sobre: a percepção da equipe de enfermagem sobre a QV relacionada a si; o segundo trata sobre a QV relacionada à equipe de enfermagem; e o terceiro diserta ac= erca da qualidade de vida relacionada ao cuidado com os pacientes.

A percepção da equipe de enfermagem sobre a qualidade de vida relacio= nada a si

Segundo os profissionais da UTI adulto a QV está vinculada a ter uma boa remuneração salarial, pois alguns estudos trazem que este fator causa desânimo e o profissional precisa ter mais de um emprego.<= /span> Entre os estudos selecionados a remuneração é o maior gerador de insatisfação no trabalho, devido ao fato de não ser correspondente a reponsabilidade exigida dos profissionais de saúde, nem tampouco, a valorização salarial aos profission= ais que a equipe tanto almeja^{(9,=
10,11,12,14)}.

O baixo salário é um fator estressante para os profissionais de enfermagem, comparado a outras profissionais de saúde. A c= urva de crescimento de contratação do profissional enfermeiro tem uma tendência elevada, trabalhando a mesma jornada semanal que vários profissionais, cont= udo apresenta diferença salarial, o qual para o enfermeiro, na maioria das veze= s, não corresponde a sua respectiva função, responsabilidade e jornada trabalh= ada⁽¹⁸⁾.

De acordo com estudos selecionados os profission= ais trazem que a QV está ligada ao bem estar, vinculadas às atividades de lazer, aliada a momentos de descanso com a família e nos turnos de trabalho= ^(9,14,16), ligados também a um sono adequado, regular e poder ter escolha do local onde trabalhar^{(11,12,14,16)}. A pre= sença de trabalhadores na enfermagem está cada vez mais aumentada no turno noturno pela necessidade financeira, devido a um adicional noturno repassado a estes profissionais, entretanto trabalhar a noite está impactando negativamente o bem-estar e saúde dos trabalhadores, causando distúrbios no ritmo biológico, alterando o padrão do sono, mau relacionamento com a família, pouco contato= com os filhos gerando problemas de saúde ao trabalhador, associado a possíveis erros no local de trabalho⁽¹⁹⁾.

Além disso, os artigos selecionados mostram que é importante estar bem consigo mesmo⁽¹⁰⁾, para conseguir enfrentar= o contato contínuo com os sofrimentos e morte dos usuários^(9,11).<= span style=3D'mso-spacerun:yes'> Pois a busca evidenciou que a falta de = QV está ligada ao aumento do estresse no trabalho na UTI, vinculada a ansiedade, depressão, Burnout e fadiga por compaixão^{(10,13,15,16,17)}. A UTI é considerada um dos setores mais estressantes e com alta exposição e r= isco para o desenvolvimento da síndrome de Burnout, o qual é evidenciado pela interação entre equipe de enfermagem e pacientes críticos e estar próximo da dor e sofrimento humano⁽²⁰⁾.

Além de prejuízos emocionais, os profissionais trazem a falta de qualidade de vida ligada as exaustões físicas^(10,14,=
15), como dores, tremores, ligadas a dependência de medicações, muitas vezes recorrem a esta medida para aliviar estes desconfortos, para a execução do serviço, e melhor qualidade da assistência prestada⁽¹⁴⁾. Estes desconfortos, relatados pelos profissionais da saúde, predominam-se as doen= ças infectocontagiosas e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho= (DORT), os quais acarretam danos físicos e psíquicos muitas vezes desencadeados ao trabalhar em pé, levantamento de peso e posturas inadequadas. Os DORT’s acarretam altos custos, de tratamento, podendo causar disfunção e/ou incapacidade do profissional, e consequentemente redu= zir sua produtividade no trabalho⁽²¹⁾.

Estudos selecionados trazem que os profissionais= de saúde referem fazer poucas atividades físicas em seu dia a dia, os quais tr= azem o sedentarismo como algo prejudicial para si. Logo os profissionais entendem que possuir QV é fazer exercício físico⁽¹²⁾. Estudo realizado com profissionais de sa= úde que atuam em UTI’s de cinco hospitais da região metropolitana do Recife, traz que os profissionais classificados como ativo= s apresentaram maiores escores de QV, nos domínios capacidade funcional, vitalidade e saúde mental quando comparados aos inativos⁽²²⁾.

Na percepção dos profissionais de enfermagem a Q= V está direcionada a aspectos relacionados a si. Assim os profissionais que atuam = na UTI trazem em sua percepção que QV está relacionada a ter um bom salário, salár= io pelo serviço destes profissionais e respaldo para atuação da equipe de enfermagem. Além disso, trazem a qualidade do sono a realização de exercíci= os físicos e conciliação entre a carga trabalhada na UTI, e momentos de lazer = como uma alternativa para cuidar de si e ter uma melhor QV entre a equipe de enfermagem.

A qualidade de vida relacionada à equipe de enfermagem.

A QV para os profissionais da UTI está relaciona= da às relações sociais entre a equipe que atua na UTI. Desse modo os artigos selecionados trazem que ter um bom relacionamento com os colegas que trabal= ham na assistência e também na gestão é um fator fundamental para ter harmonia = no trabalho^(9,10,11,14). O bom relacionamento interpessoal entre os profissionais da enfermagem influencia positivamente, pois ocorre uma “transferência” de bons sentimentos, fazendo com que a equipe trabalhe mais alegre, e de forma mais produtiva no setor⁽²³⁾.

Aliado a isso um estudo traz sobre a importância= da comunicação entre a equipe de enfermagem como um fator positivo para a QV no trabalho⁽⁹⁾ como consequência uma boa relação com o paciente. A comunicação interfere positivamente na interação da equipe de enfermagem, requer entendimento entre os envolvidos, no qual todos os envolvidos devem estar atentos a comunicação verbal e não verbal, o qual pode evitar conflit= os na assistência e na satisfação da equipe⁽²⁴⁾.

Os estudos selecionados apontam que a QV está relacionada ao reconhecimento profissional, pois os profissionais dizem que= não são reconhecidos no ambiente de trabalho, não sendo respeitados pelos seus superiores (Lemos; Rennó; Passos, 2012). A valorização e reconhecimento dos profissionais de enfermagem gera um sentimento de aceitação e aprovação dentro da equipe, o qual interfere positivamente em sua saúde psíquica como indivíduo e profissional, outro fa= tor influente é o respaldo profissional a qual interfere positivamente dando autonomia e segurança a equipe de enfermagem, nas tomadas de decisões e cui= dados prestados aos pacientes⁽²³⁾.

Em relação à QV no trabalho os profissionais tra= zem a importância do Aperfeiçoamento profissional/ aprimoramento das técnicas/ onde desejam aliar mais conhecimento teórico em= sua forma de trabalhar⁽⁹⁾⁼. A qualidade de vida está relacionada ao aprendizado entre a equipe, vincula= do aos desafios constantes no setor, sendo assim a equipe menciona que essa aprendizagem na equipe é fundamental para a resolutividade dos problemas(13).

Visando manter a qualidade da assistência prestada são importantes a educação continuada e a educação permanente, as quais são essenciais para o aperfeiçoamento profissional, uma vez que, tais processos tenham como objet= ivo mudar a realidade do setor positivamente, com conhecimentos novos, sobre os temas relacionados à assistência prestada no setor. Este treinamento realiz= ado de forma conjunta deve suprir as reais necessidades da unidade, para uma me= lhor assistência aos usuários em todos os âmbitos, prevenção, promoção, recupera= ção, tratamento e reabilitação⁽²⁵⁾.

= Os profissionais trazem que a QV relacionada a equipe de enfermagem é ter um b= om relacionamento com os colegas e gestão, uma boa comunicação entre a equipe, reconhecimento profissional, sendo respeitados pelos seus superiores. Trazem ainda a importância do aperfeiçoamento profissional, aprimorando técnicas e= a importância da educação continuada e permanente.

A qualidade de vida relacionada ao cuidado com os pacientes

Estudo traz a falta de materiais para cuidar do paciente, logo os profissionais relatam que para ter QV o profissional necessita de material adequado como pacote de curativos e higi= ene e aparelhos em bom funcionamento para realizar seu trabalho de forma eficaz= oferendo confiança e segurança ao paciente. O uso de material adequado associado ao = fato de haver recursos suficientes, é essencial para garantir proteção à equipe e aos pacientes, e assim garantir o desenvolvimento do trabalho da enfermagem para melhor assistência aos usuários, resultando em um ambiente seguro e saudável tanto para equipe quanto para os pacientes⁽^=
10⁾. A qualidade e a quantidade de materiais na unidade influência para a continuidade de uma assistência de enfermagem qualificada, pois a falta ou má qualidade do mesmo coloca em risco, tanto o= s profissionais de enfermagem como as pessoas que eles assistem⁽²⁶⁾.

Ainda, é mencionado, em estudo selecionado, que o atendimento qualificado e a resolutividade das ações com= os pacientes causam importante fator de motivação e QV ao profissional de enfermagem. Tais fatos influenciam diretamente na satisfação do trabalhador, devido ao fato deste estar acompanhando e atuando na assistência, e assim o= bservar a melhora do paciente a partir de suas ações, condutas e bom atendimento prestado pela equipe de enfermagem a estes usuários⁽^=
9⁾.

A resolutividade do cuidado, e demais demandas requeridas dentro da UTI, influenciam na QV. Isso ocorre, devido ao fato de os profissionais receberem um feedback positivo, por parte dos pacientes, que notam o bom desempenho e atuação destes profissionais, e= com a melhora destes usuários geram prazer maior dentre a enfermagem. O qual, consequentemente ameniza os fatores estressantes e melhorando a QV e incentivando a atuação destes profissionais, e permitindo que os mesmos alcancem os objetivos individuais e profissionais, assim como oportuniza o crescimento do indivíduo, como pessoa e como profissional da equipe de enfermagem⁽²⁷⁾.

Um artigo selecionado, nessa revisão, traz que a alta complexidade no cuidado com o paciente, causa insa= tisfação ao profissional. O fato do profissional de enfermagem, estar prestando um cuidado a pacientes com grande sofrimento, risco de morte e alta complexida= de geram um desgaste e insatisfação a enfermagem o qual influencia na assistência prestada aos usuários da UTI, portanto, é essencial a realização de ações gerenciais para amenizar a insatisfação decorrente desta alta complexidade e sofrimento que o profissional está exposto deste ambiente de trabalho⁽⁼¹¹⁾.

A assistência de enfermagem prestada ocasiona diversos benefícios, contudo, não isenta de risco. A preocupação com a prev= enção de riscos está constantemente presente no cuidado aos pacientes em estado crítico internados na UTI, associado com o uso constante de tecnologia e a complexidade nos cuidados prestados. A UTI, é um dos setores que não permite erros, já que está relacionado diretamente à vida e morte dos pacientes. A insatisfação e prejuízo na QV do trabalhador na UTI são causados por esta pressão no ambiente de trabalho⁽²⁸⁾.

Os profissionais trazem que a QV relacionada ao cuidado com os pacientes está relacionada com a necessidade de material adequado e suficiente para cada paciente, é poder prestar um bom atendimento e solucionar questionamentos trazendo resolutividade o mais precoce possível.

Fomento: Não se aplica

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do estudo foi possível analisar = as evidências científicas relacionadas à percepção da equipe de enfermagem que atua em UTI adulto referentes à qualidade de vida. Os profissionais de enfermagem percebem que a qualidade de vida ao atuarem no setor da UTI está relacionada a vários fatores. Os profissionais percebem que a QV está direcionada a questões que estão relacionados a si, como o fato de possuir = um bom salário, conseguir estar junto a família, ter momentos de descanso, laz= er e cuidados com a saúde mental e física.

Os profissionais da enfermagem percebem que a QV também está aliada as relações com a equipe de trabalho no espaço da UTI, como a comunicação, o reconhecimento enquanto profissional e= o aprendizado junto aos demais colegas. No olhar da equipe a QV está relacion= ada ao processo de cuidar do paciente, seja com os sentimentos que desperta no profissional durante seu turno de trabalho como nos recursos disponíveis pa= ra oferecer a eles, sendo que o atendimento de qualidade e a resolutividade das ações com os pacientes causam importante fator de motivação e QV.

Esse estudo fornece subsídios pa= ra compreender a percepção da QV entre os profissionais da enfermagem. No enta= nto, o estudo possui limitações relacionada a produção de conhecimento envolvendo restrita a metodologias que produzem fraco nível de evidência. Logo se suge= re a ampliação dos estudos realizados nessa área do conhecimento, a fim de proporcionar melhor QV aos profissionais de enfermagem da UTI, logo melhor atendimento aos pacientes e relação entre equipe.

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Submissão: 2021-08-16

Aprovado: 2021-10-26<= /span>

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11. SCHIMIDT et al; 2013<= /o:p>	Qualidade de Vida no trabalho e Burnout em trabalhadores de enfermagem de unidade de terapia intensiva	Revista Brasileira de Enfermag= em	Pesquisa Descritiva Qualititativa	IV
12. MORAES; MARTINO; SONATI, 2= 018	Percepção da Qualidade de vida= de profissionais de enfermagem de terapia intensiva	Revista Mineira de Enfermagem<= o:p>	Pesquisa transversal qualitati= va	IV
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14. PASCHOA; ZANEI; WHITAKER, = 2007	Qualidade de vida dos trabalhadores de enfermagem de unidade terapia intensiva	Actualidades Paul em Enfermagem=	Pesquisa Quantitativa	II
15. ELKONIN; VYVER, 2011<= /o:p>	Positive and negative emotional responses to work-related trauma of intensive care nurses in private heal= th care facilities	Original = Research	Pesquisa Qualitativa explorató= rio e descritivo	IV
16. ÇELIK et al., 2017	Fatigue in Intensive Care Nurs= es and Related Factors	International Journal of Ocupational and Entrenmented Medicine	Pesquisa Qualitativa	IV
17. HUANG et al., 2020	EFFECT of Balint Group Training on burnout and quality of work life among intensive care nurse: a randomized controlled trial	Neurology, Psychiatry abd Brain Research	Estudo Clinico Randomizado	I