MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01D7B967.C8355F30" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01D7B967.C8355F30 Content-Location: file:///C:/AA7559EC/1219-Textodoartigo-PTHTML.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="us-ascii"
MENSAGENS DE TEXTO DE
CELULAR PARA SUPORTE AO ISOLAMENTO DOMICILIAR DE CASOS SUSPEITOS DE COVID-1=
9
CELL PHONE TEXT MESSAGES TO SUPPORT HOME
ISOLATION OF SUSPECTED CASES OF COVID-19
Andressa Suelly Saturnino de Oliveira[1] * =
Katarina
Milly Pinheiro de Sousa[2] * =
Ana
de Almeida Luis[3]
* Eduarda Maciel de Araujo[4] * Gilvan Ferreira Felipe[5]
* Ruth Carolina Queiroz Silvestre[6]
* Henrique de Souza Freitas[7]
RESUMO
Objetivo: Relatar a experiência de uma intervenç&atild=
e;o
educativa, usando mensagens de texto de telefonia celular, para suporte a
pacientes com síndrome gripal (casos leves, suspeitos de Covid-19), =
que
ensejam isolamento domiciliar. Métodos: Relato de experiência de
ação de extensão de universidade pública, execu=
tada
de outubro de 2020 a julho de 2021, no Ceará. Trata-se de uma
intervenção educativa, realizada com 50 pessoas, usando o Short Message Service de telefonia
móvel. O relato descreve a criação de banco de mensage=
ns
de texto de telefonia celular e o envio das mensagens para suporte ao
isolamento domiciliar. Resultados: Elaborou-se 10 mensagens de texto, com
informações sobre quando e como utilizar máscaras,
higienizar as mãos, cuidados com objetos pessoais, limpeza de
superfícies, comportamento intradomicílio, descarte de lixo e
agravamento dos sintomas. O envio das mensagens ocorreu nas primeiras 48 ho=
ras
depois do comparecimento à unidade de saúde, sendo 5 a cada d=
ia,
com intervalo de 2 horas entre elas. No 7º dia, o paciente recebeu
ligação telefônica, avaliando os cuidados em
relação ao isolamento domiciliar adotados. Orientou-se, em
seguida, sobre as fragilidades identificadas. Considerações
finais: As mensagens de texto foram úteis para oferecer suporte
às pessoas que necessitam permanecer em isolamento domiciliar, por s=
erem
casos suspeitos de Covid-19. Pela necessidade de diminuir a transmiss&atild=
e;o
da doença, oferecer informações corretas aos pacientes,
para autogerenciamento do isolamento, parece ser estratégia que se s=
oma
às orientações dadas nas unidades de saúde, dur=
ante
as consultas e/ou por teleatendimento.
Palavras-chave: Covid-19; Envio de Mensagens de
Texto; Isolamento de Pacientes; Educação em Saúde;
Telemedicina.
ABSTRACT
Objective: To report the experie=
nce
of an educational intervention, using cell phone text messages, to support
patients with flu-like illness (mild cases, suspected of Covid-19), who
experience home isolation. Methods: Experience report of an extension actio=
n of
a public university, carried out from October 2020 to July 2021, in
Ceará. It is an educational intervention, carried out with 50 people,
using the Short Message Service of mobile telephony. The report describes t=
he
creation of a cell phone text message bank and the sending of messages to
support home isolation. Results: 10 text messages were elaborated, with
information about when and how to use masks, hand hygiene, care with person=
al
objects, cleaning surfaces, intra-household behavior, garbage disposal and
worsening of symptoms. Messages were sent within the first 48 hours after a=
ttending
the health unit, 5 each day, with an interval of 2 hours between them. On t=
he
7th day, the patient received a phone call, evaluating the care taken in
relation to home isolation. Then, he was guided on the identified weaknesse=
s.
Final considerations: Text messages were useful to support people who need =
to
remain in isolation at home, as they are suspected cases of Covid-19. Due to
the need to reduce the transmission of the disease, offering correct
information to patients, for self-management of isolation, seems to be a
strategy that adds to the guidelines given in health units, during
consultations and/or through telecare.
Keywords:
Covid-19; Text Messaging; Patient
Isolation; Health Education; Telemedicina.
INTRODUÇÃO
O mundo vive em cenário de onipresença de telefo=
nes
celulares. Estes passaram a ser as principais formas de
comunicação à distância há algum tempo, p=
ela
quantidade de pessoas que os têm e pela facilidade de acesso. Assim,
não é difícil entender o motivo do interesse de uso de=
sses
dispositivos como recurso para a saúde. Mesmo antes da Pandemia de
Covid-19, em 2020, a saúde móvel (mHealth) já era realidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) defi=
ne mHealth como uma prática de
saúde pública suportada por dispositivos móveis. H&aac=
ute;
potencial para facilitar o acesso a diagnósticos clínicos e
aconselhamento sobre tratamento. Detalhando as possibilidades de uso, podem=
ser
citados: apoio ao diagnóstico clínico e/ou tomada de
decisão; melhoria dos resultados clínicos de tratamentos, por
meio de mudança de comportamento e aumento da adesão do pacie=
nte
e cumprimento do tratamento; atuação como terapêutica
digital autônoma; e oferecimento de educação relacionad=
a a
doenças⁽¹⁾.
Ainda, mHealth tem=
o
potencial de reduzir o tempo de espera por consultas e de diminuir a
necessidade de se encontrar com um profissional de saúde pessoalment=
e.
Consequentemente, as intervenções de mHealth têm o potencial de diminuir a carga de trabalho d=
os
profissionais, ser mais econômica para a prática clínic=
a e
encorajar o autocuidado⁽²⁾.
Uma das ferramentas para implementação de mHealth é o Short Message Service (SMS), ou seja, o envio de mensagens de
texto. A comunicação por esse serviço é objetiv=
a e
rápida e não exige que os participantes se comuniquem
simultaneamente. É uma forma de comunicação neutra, po=
is
funciona em qualquer telefone celular, sem necessidade de internet, tornand=
o-a
facilmente acessível para muitos⁽³⁾.
No contexto de Pandemia de Covid-19, pela necessidade de alcan=
ce
de muitas pessoas, essa tecnologia pode ser utilizada para suporte ao cuida=
do
oferecido nos serviços de saúde. Neste capítulo, a
intenção é compartilhar uma experiência de uso de
SMS para suporte ao isolamento domiciliar de casos suspeitos de Covid-19,
identificados na Atenção Básica. Tal experiência
surgiu da necessidade de monitoramento padronizado e regular, para que os
usuários não ficassem “abandonados” depois de
deixarem a unidade de saúde.
Verifica-se, então, a relevância da busca de novas
estratégias de suporte à educação em saú=
de
de pessoas com Covid-19 para melhoria dos índices de adesão ao
isolamento domiciliar, além de divulgar experiências exitosas =
no
uso dessas tecnologias, para estimular sua incorporação &agra=
ve;
oferta de cuidados. Acredita-se que a telefonia móvel pode conferir
complementaridade ao atendimento de saúde realizado nos serviç=
;os
de saúde, podendo ser integrada à oferta tradicional de cuida=
dos
em saúde⁽⁴⁾.
A partir dessas premissas, este estudo foi desenvolvido com o
objetivo de relatar a experiência de uma intervenção
educativa, usando mensagens de texto de telefonia celular, para suporte a
pacientes com síndrome gripal (casos leves, suspeitos de Covid-19), =
que
ensejam isolamento domiciliar.
MÉTODOS
Trata-se de relato de experiência de uma aç&atild=
e;o
de extensão, vinculada a uma pesquisa do Instituto de Ciências=
da
Saúde da Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), realizada de outubro de 2020 a julho de
2021, em município do interior do Ceará.
A ação ocorreu numa unidade de saúde onde
são encaminhadas as pessoas que necessitam de testagem, por serem ca=
sos
suspeitos de Covid-19. Enquanto não possuem confirmação
laboratorial, são diagnosticadas com síndrome gripal, caso le=
ve,
suspeito de Covid-19. Embora sejam casos suspeitos, tais pessoas requerem
acompanhamento de profissionais de saúde da atenção
básica, a cada 24 ou 48h, por meio de telemonitoramento, até =
que
seja completado o período recomendado de isolamento domiciliar (caso=
o
teste seja positivo ou até que o teste negativo seja informado).
Essa ação de extensão foi realizada por u=
ma
equipe de dez pessoas, docentes e discentes da Unilab, semanalmente. Foram
convidadas pessoas que compareciam à unidade de saúde, que
tinham: recebido diagnóstico de Síndrome Gripal (suspeita de
Covid-19 / caso leve), com indicação de isolamento domiciliar;
idade igual ou superior a 18 anos; alfabetizados; aparelho celular de uso
pessoal; conseguiam ler mensagem de texto a partir do próprio telefo=
ne
celular.
Optou-se
por dividir este relato em duas partes para facilitar a compreensão =
da
intervenção educativa. Consiste no(a): 1) Criaçã=
;o
de banco de mensagens de texto de telefonia celular e 2) Envio das mensagen=
s de
texto para suporte ao isolamento domiciliar.
RESULTADOS E
DISCUSSÃO
Criação de banco de mensagens =
de
texto de telefonia celular
A elaboração das mensagens de texto ocorreu no
segundo semestre de 2020. Foi realizado levantamento, em documento publicado
pelo Ministério da Saúde, das informações para =
essa
finalidade. O documento é o Protocolo de Manejo Clínico do
Coronavírus (Covid-19) na Atenção Primária &agr=
ave;
Saúde - Versão 9. Na publicação, há uma
lista de 17 medidas de isolamento domiciliar e cuidados domésticos p=
ara
todos pacientes com diagnóstico de síndrome gripal, as quais
são divididas em três finalidades: isolamento do paciente, pre=
cauções
ao cuidador e precauções gerais⁽⁵⁾.
Após esse levantamento, discutiu-se sobre a quantidade =
de
mensagens e os horários de envio, de modo a não sobrecarregar=
o
paciente com informações. Deveria haver tempo suficiente, ent=
re
as mensagens, para que ele pudesse refletir sobre a informação
recebida. Além disso, o envio das mensagens deveria ocorrer em
horário comercial (8-17h) e nos primeiros dias após
comparecimento ao serviço de saúde, para levar o máxim=
o de
informação possível logo no início do per&iacut=
e;odo
de isolamento e possibilitar a aplicação do que foi aprendido
até o final deste. Dessa forma, optou-se por enviar 10 mensagens, nas
primeiras 48h depois do comparecimento à unidade de saúde, se=
ndo
5 a cada dia, com intervalo de 2 horas entre elas.
Passou-se à elaboração das mensagens, a
partir das orientações contidas no Protocolo, o qual se baseo=
u no
WHO Technical Guidance - Patient
Management - Coronavirus Disease 2019⁽⁶⁾. As 17 medid=
as
constantes foram agrupadas em 10 instruções para isolamento, =
as
quais foram transformadas em mensagens de texto, que continham 160 caracter=
es,
contando os espaços. Todas as mensagens foram precedidas de
“Equipe de pesquisa Covid-19”, para que o paciente reconhecesse=
o
remetente das mensagens, mesmo que não tivesse cadastrado o
número de telefone em sua agenda eletrônica.
As mensagens elaboradas foram submetidas à
apreciação de três enfermeiros, com título de
doutorado, docentes de cursos de graduação em saúde de=
uma
universidade pública, os quais realizam pesquisas na atenç&at=
ilde;o
básica. Na avaliação, verificaram se o conteúdo=
das
mensagens contemplava as orientações básicas suficient=
es
para manter o isolamento corretamente e se a linguagem era acessível=
a
qualquer pessoa. Solicitaram substituição de algumas palavras=
por
sinônimos, que fossem de mais fácil compreensão.
Também recomendaram numerar as mensagens, para que o destinatá=
;rio
pudesse compreender a ordem de recebimento, em caso de atraso de envio pela
operadora de telefonia celular. Todos os ajustes solicitados foram efetuado=
s. O
esquema de envio e as mensagens foram apresentados no Quadro 1.
=
&nb=
sp; =
&nb=
sp; =
&nb=
sp; =
Quadro 1 - Banco de mensagens de texto da pesquisa. Acarape, Cear&aacu=
te;,
Brasil, 2021.
(Continua)
=
&nb=
sp; =
&nb=
sp; =
&nb=
sp; Fonte: Os autores.
=
&nb=
sp; =
&nb=
sp; =
&nb=
sp;
Quadro
1
- Banco de mensagens de texto da pesquisa. Acarape, Ceará, Brasil, 2=
021.
(Conclusão)
DIA |
HOR&Aa=
cute;RIO |
MENSAGEM |
2 |
8h |
[EQUIPE DE PESQUISA COVID-19] 6. Lave as m&atild=
e;os
com frequência com água e sabão durante 20 segundos ou
use álcool em gel. |
10h |
[EQUIPE DE PESQUISA COVID-19] 7. Evite tocar nos
olhos, nariz e boca com as mãos sujas. Todos que moram com voc&eci=
rc;
devem reforçar a higiene das mãos. |
|
12h |
[EQUIPE DE PESQUISA COVID-19] 8. Use másc=
ara
sempre que entrar em contato com outras pessoas. Ao tossir ou espirrar, c=
ubra
a boca com o braço ou um lenço de papel e, após isso,
jogue no lixo. |
|
14h |
[EQUIPE DE PESQUISA COVID-19] 9. Coloque todo o
lixo, incluindo lenços de papel e máscaras, em um saco e
feche-o quando estiver cheio, colocando, em seguida, dentro de outro saco=
bem
amarrado. |
|
16h |
[EQUIPE DE PESQUISA COVID-19] 10. Vigie os sinto=
mas.
Em caso de agravamento, vá para uma unidade de saúde usando
máscara a todo momento. Mantenha todos os cuidados por 14 dias ou
até a confirmação de exame negativo. |
=
&nb=
sp; =
&nb=
sp; =
&nb=
sp; Fonte: Os autores.
O formato das mensagens de texto obedeceu à polí=
tica
de SMS para membros da força de trabalho da área de saú=
;de.
Essa política define a estratégia como envio de mensagens de
texto de 160 caracteres, por meio de telefone celular ou de interface basea=
da
na web, para um ou mais
destinatários de telefone celular. Como precaução
administrativa, o envio precisa ser consentido, documentado e não co=
nter
nome/sobrenome do destinatário no corpo do texto. A política
define como boa prática o texto curto e conciso, para que os 160
caracteres sejam mantidos, evitando transição para duas
mensagens⁽³⁾.
Elaborou-se, também, uma mensagem-teste, para ser envia=
da
no momento de abordagem ao paciente, para averiguar se ele sabia utilizar o=
SMS
do próprio celular e para oportunizá-lo a salvar o núm=
ero
de telefone da equipe de pesquisa, se desejasse, a qual enviaria as 10
mensagens a partir do dia seguinte. A mensagem era "[EQUIPE DE PESQUISA
COVID-19] Mensagem de teste para participação na pesquisa.&qu=
ot;
Elaboradas a partir do Protocolo⁽⁵⁾, as 10
mensagens têm conteúdo que pretende estimular o desenvolviment=
o de
habilidades para autogerenciamento do isolamento domiciliar de forma simple=
s e
eficaz. As mensagens abordam informações sobre quando e como
utilizar máscaras, higienizar as mãos, cuidados com objetos
pessoais, limpeza de superfícies, comportamento intradomicíli=
o,
descarte de lixo e agravamento dos sintomas.
Para o paciente com suspeita de Covid-19, por ser caso leve de
síndrome gripal, é importante estimular o autogerenciamento do
isolamento, pois não haverá presença física do =
profissional
de saúde até o término do isolamento domiciliar (exceto
pelas ligações telefônicas de monitoramento a cada 24/4=
8h).
Assim, é necessário utilizar estratégia de cuidado que
seja centrada na pessoa, para que ela possa entender sua
participação no cuidado, a fim de evitar transmissão da
doença intradomicílio ou para outras pessoas fora dele. As
mensagens oferecem conhecimento de forma não-invasiva, que se integr=
a ao
que o paciente já sabe e permite a tomada de decisão de modo
consciente. A literatura científica reconhece que estimular essas
habilidades leva à melhoria da autoeficácia⁽⁷S=
18;.
Envio das mensagens de texto para suporte ao
isolamento domiciliar
Ao concluírem o fluxo de atendimento na unidade de
saúde para pessoas com suspeita de Covid-19, os pacientes foram
abordados por membros da equipe, que os convidaram a participar. Com a
anuência (registrada e documentada) em local reservado, o participante
respondeu a um formulário de cadastramento com dados básicos
(nome, número de telefone celular para contato, bairro de
residência). A mensagem-teste foi enviada e o participante foi solici=
tado
a procurá-la no telefone celular e ler.
Ainda na unidade de saúde, o membro da equipe da
ação conversava com o participante sobre os cuidados em
relação ao isolamento domiciliar adotados desde que os sintom=
as
iniciaram. As respostas foram registradas em instrumento de
avaliação pré-intervenção. Até ju=
nho
de 2021, 50 pessoas responderam a esse instrumento.
A mesma pessoa que abordou o participante na unidade de
saúde fez o envio das mensagens de texto, programando para que fossem
recebidas nos horários planejados. A fim de avaliar como os cuidados
estavam sendo implementados e se havia necessidade de reforçar alguma
informação sobre os cuidados com o isolamento domiciliar, no
7º dia após o comparecimento à unidade de saúde,
pessoa diferente da que abordou o paciente na unidade fazia uma
ligação telefônica para ele, perguntando como ele estav=
a se
sentindo, como foram os dias após comparecimento à unidade de
saúde e avaliando, novamente, os cuidados em relação ao
isolamento domiciliar adotados, entretanto, referindo-se ao período
posterior à ida ao serviço de saúde. Após regis=
tro
das respostas em formulário, o membro da equipe explicava os pontos =
que
verificou não terem sido adotados pelo participante.
É importante ressaltar que a intervenção
também teve a intenção de favorecer a
disseminação de informações. A
ligação do 7º dia, mesmo ocorrendo em período de
finalização do isolamento para algumas pessoas, serviu para t=
irar
dúvidas e reforçar comportamentos corretos, que poderiam ser
compartilhados por eles com outras pessoas. Isso, indiretamente, contribui =
para
diminuir a disseminação da doença, pois são
informações corretas, que podem ser compartilhadas com famili=
ares,
amigos, vizinhança e no ambiente de trabalho.
É preciso lembrar que o envio de mensagens de texto
é estratégia de suporte, não substitutiva do cuidado
ofertado na UBS, presencialmente ou por teleatendimento, por demanda
espontânea, após aparecimento dos primeiros sintomas. A consul=
ta
do profissional de saúde continua sendo necessária, para
avaliação, diagnóstico (de síndrome gripal ou
confirmação de Covid-19) e para acompanhamento por liga&ccedi=
l;ões
telefônicas, até o término do período de isolame=
nto
domiciliar recomendado.
Toda
estratégia de suporte se soma ao cuidado ofertado na UBS pelas equip=
es
de Saúde da Família. Isso porque a atenção
clínica individual permanece indispensável para orientar os casos suspeitos
quanto ao isolamento e reconhecimento dos sinais de alerta, identificar
pacientes que não podem ser cuidados no domicílio, monitorar =
os
casos suspeitos quanto à evolução clínica, real=
izar
teleatendimento para casos mais complexos e solicitar remoção
para uma unidade hospitalar ao identificar sinais de
agravamento⁽⁸⁾.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No relato de experiência apresentado, verificou-se que o=
SMS
foi ferramenta útil para oferecer suporte às pessoas que
necessitam permanecer em isolamento domiciliar, por serem casos suspeitos de
Covid-19. Pela necessidade de diminuir a transmissão da doenç=
a,
oferecer informações corretas aos pacientes, para que possam
tomar decisões conscientes para autogerenciamento do isolamento, par=
ece
ser estratégia que se soma às orientações dadas=
nas
unidades de saúde, durante as consultas e/ou por teleatendimento.
O banco de mensagens de texto criado reflete o conteúdo=
das
orientações contidas em documento publicado pelo
Ministério da Saúde, mas não tem a finalidade de subst=
ituir
o cuidado ofertado na atenção básica para pacientes com
suspeitas ou confirmação de Covid-19. Serve, exclusivamente, =
para
suporte. Trata-se de 10 mensagens de texto, que versam sobre como utilizar
máscaras, higienizar as mãos, cuidados com objetos pessoais,
limpeza de superfícies, comportamento intradomicílio, descart=
e de
lixo e sintomas.
Embora
tenha como limitação a utilização, nesta
experiência, apenas no contexto da atenção básic=
a,
acredita-se que seu uso pode ocorrer em qualquer cenário de sa&uacut=
e;de
em que precisem ser reforçadas informações para sintom=
áticos
respiratórios, que necessitem de isolamento domiciliar. Outra
limitação corresponde à história natural da
doença, que ainda está em curso. Informações
contidas nas mensagens podem precisar de ajustes futuros para o caso de
mudanças de recomendações de órgãos de
saúde nacionais e internacionais. Entretanto, para a
situação de Pandemia de Covid-19 conhecida até
então, os conteúdos das mensagens de texto contribuem para
prevenção da disseminação da doença e,
portanto, de seu controle.
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Autor correspondente
Andressa Suelly Saturnino de Oliveira
Endereço: Rua Deputado João Pontes, 900, apartamento 204A,
bairro Fátima, Fortaleza, Ceará, Brasil, CEP: 60.040-430
Telefone: (85) 99928-9695
E-mail: andressasuelly@unilab.edu.br=
a>
Submissão: =
2021-08-31
Aprovado: 2021-09-14
[1=
] Un=
iversidade
da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
(Unilab), Redenção, Brasil. ORCID: <=
span
style=3D'mso-ansi-font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:9.0pt;mso-fareast-font=
-family:
Calibri;color:black;mso-color-alt:windowtext'>https://orcid.org/0000-0002-2675-5159<=
/span>
[2=
] Un=
iversidade
da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
(Unilab), Redenção, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-000=
2-3573-5643
[3=
] Un=
iversidade
da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
(Unilab), Redenção, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-000=
3-4406-8827
[4=
] Un=
iversidade
da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Uni=
lab),
Redenção, Brasil. ORCID:
[5=
] Un=
iversidade
da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
(Unilab), Redenção, Brasil. ORCID:
[6=
] Un=
iversidade
da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
(Unilab), Redenção, Brasil. ORCID:
[7=
] Un=
iversidade
da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Uni=
lab),
Redenção, Brasil. ORCID:
&=
nbsp; &nbs=
p; &=
nbsp; &nbs=
p; &=
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