MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01D7BFAB.17FEB400" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01D7BFAB.17FEB400 Content-Location: file:///C:/A0F559EC/1232-Textodoartigo-HTML.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="windows-1252"
O PRELÚDIO DOS CURSOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM DA UNIVERSID=
ADE
FEDERAL DO PIAUÍ
THE PRELUDE TO TECHNICAL NURSING COURSES AT THE
FEDERAL UNIVERSITY OF PIAUÍ
Natália Pereira Marineli=
span>[1] * Layana Pachêco de Araújo Albuquerque[2]
* José de Ribamar Ross[3]
* Khelyane Mesquita de Carvalho[4]
* Lívia Maria Nunes de Almeida[5]
* Mário Lopes Amorim[6]
RESUMO
Objetivo: Discutir a trajet=
ória
histórica da criação dos cursos técnicos de enfermagem nas três escolas
vinculadas à Universidade Federal do Piauí. Método: O estudo insere-=
se
em uma abordagem sócio-histórica de caráter qualitativo. Utilizaram-se font=
es
primárias e secundárias, bem como a legislação que autoriza a criação do cu=
rso.
A coleta de dados compreendeu as etapas: pesquisa em fontes documentais,
entrevistas com colaboradores, sendo estes, docentes dos três colégios
vinculados, totalizando oito colaboradores. Resultados: As falas revelam que os principais motivos que impu=
lsionaram
a origem dos cursos nas três escolas foram a demanda local, escassez de
profissionais da área e interesses institucionais. Considerações finais: Pretende-se que este trabalho possa
representar uma contribuição para a história e identidade da Enfermagem
profissionalizante no Piauí, em especial, dos cursos Técnicos em Enfermagem=
.
Palavras-chave: Enfermagem; História da Enfermagem;=
Pesquisa
Qualitativa; Técnicos de Enfermagem; Universidades.
ABSTRACT
Objective: To discuss the
historical trajectory of the creation of nursing technical courses in the t=
hree
schools linked to the federal university of piauí. Method: The study is part of a qualitative
socio-historical approach. Primary and secondary sources were used, as well=
as
the legislation that authorizes the creation of the course. The data collec=
tion
comprised the stages: research in documentary sources, interviews with
collaborators, being these, teachers of the three linked colleges, totaling
eight collaborators. Results:
The speeches reveal that the main reasons that drove the origin of the cour=
ses
in the three schools were local demand, shortage of professionals in the ar=
ea
and institutional interests. Final considerations: It is intended that this work may repres=
ent
a contribution to the history and identity of professionalizing nursing in =
piauí, especially the technical nursing courses.
Keywords:
INTRODUÇÃO
A
história é a possibilidade de compreender fatos/acontecimentos por
verossimilhança sobre o passado para a construção do conhecimento advindo da
práxis profissional. A relação entre o passado e o presente é feita na busca
por conhecimento, de modo a se indagar o passado em uma série de questões q=
ue
são o “hoje”. Esse “hoje” indubitavelmente influenciará o futuro. Além diss=
o,
as pesquisas históricas são imprescindíveis para a elaboração de boas práti=
cas
voltadas para as mais diversas áreas de atuação da enfermagem, como também
tentar entender as lacunas do conhecimento quanto à trajetória da própria
profissão(1-3).
Em
março de 1981, implementaram o primeiro curso técnico de enfermagem da Univ=
ersidade
Federal do Piauí (UFPI), no Colégio Técnico de Floriano (CTF), em regime de
externato, que funcionava de modo integral e tinha duração de três anos(4-5).
E, apenas 25 anos depois, em 2006, o curso técnico em enfermagem do Colégio
Técnico de Teresina (CTT) foi criado, em seguida, em 2010, o curso foi
implantado no Colégio Técnico de Bom Jesus (CTBJ). Existem pouquíssimos est=
udos
científicos que abordem a trajetória histórica da criação dos cursos técnic=
os
em enfermagem da UFPI, mais precisamente uma tese e um artigo, retratando as
dificuldades, conquistas e fatos que impulsionaram ou retardaram esse proce=
sso.
Ressalta-se
que, para analisar, questionar e interpretar o percurso histórico é necessá=
rio
que se reflita sobre a produção de conhecimento relacionado à história e
memória, nas suas mais diversas dimensões. A procura pela preservação da
memória e história do ensino da enfermagem no estado do Piauí é de fundamen=
tal
importância para os questionamentos, análises e descobertas sobre o
desdobramento e desenvolvimento deste ensino(6). Pesquisas
realizadas em instituições ligadas à enfermagem afirmam que, conhecer a his=
tória,
contribui para a consolidação da sua identidade, sendo indispensável o
aprofundamento teórico no estudo histórico para auxiliar a análise da profi=
ssão
de enfermagem(7-9).
Portanto,
o objetivo deste estudo é discutir a trajetória histórica da criação dos cu=
rsos
técnicos de enfermagem nas três escolas vinculadas à UFPI.
MÉTODOS
O presente
estudo insere-se em uma abordagem sócio-histórica de caráter qualitativo. E=
sse
tipo de pesquisa qualitativa compreende os estudos dos grupos humanos no seu
espaço temporal e se preocupa em discutir os variados aspectos do cotidiano=
das
diferentes classes e grupos sociais(11). Também foi realizada a
análise documental como técnica inicial de coleta de dados. Para a execução=
do
estudo proposto foram utilizados recursos fornecidos pela História oral tem=
ática.
Para a anál=
ise
dos dados qualitativos, além da História oral temática, fundamentou-se aind=
a no
método de história oral híbrida que se destaca por ir além do uso exclusivo=
das
entrevistas, além das gravações, e por promover a mescla de análises deriva=
das
das entrevistas cruzadas com outros documentos. Assim, unem-se às entrevist=
as
outros documentos como os cartoriais, reportagens, escritos, dados
estatísticos, literatura, entre outros(11).
O estudo foi realizado nos três Colégios Técnic=
os
vinculados à Universidade Federal do Piauí. Os Colégios Técnicos situam-se =
em
Teresina (Colégio Técnico de Teresina– CTT), em Floriano (Colégio Técnico de
Floriano– CTF) e em Bom Jesus (Colégio Técnico de Bom Jesus– CTBJ). O recor=
te histórico
tem como marco inicial a criação do primeiro curso técnico de enfermagem da
UFPI, que ocorreu no Colégio Técnico de Floriano, em 1981, seguindo até a
criação do curso técnico em enfermagem em Bom Jesus, no ano de 2010.
As imagens =
dos
três colégios técnicos encontram-se representadas nas figuras 1 a 3.
Figura
1 - Colégio Técnico de Teresina (CTT).=
Teresina, PI, Brasil,
2019.
Font=
e: Elaborado pelos auto=
res
Figura
2 - Colégio Técnico de Floriano (CTF).=
Teresina, PI, Brasil,
2019.
Fon=
te: Elaborado pelos auto=
res
Figura
3 - Colégio Técnico de Bom Jesus (CTBJ=
). Teresina, PI, Brasil,
2019.
=
Fonte: Elaborado pelos auto=
res
A coleta de dados compreendeu as seguintes etap=
as:
pesquisa em fontes documentais e, em seguida, entrevistas com colaboradores.
Inicialmente, foram realizadas as buscas de fontes documentais escritas que
disponibilizaram informações pertinentes ao estudo existentes na Universida=
de
Federal do Piauí e nos três colégios técnicos. A análise documental foi
realizada estabelecendo-se ordem cronológica nas fontes documentais.
Utilizaram-se fontes primárias (documentos ofic=
iais
da instituição, história oral dos precursores do curso) e secundárias (arti=
gos
e livros produzidos sobre os Colégios Técnicos, bem como a legislação que
autoriza a criação do curso de enfermagem em nível técnico). Os colaborados
foram intencionalmente selecionados, por terem feito parte do processo de
criação nos referidos cursos supracitados, totalizando oito professores.=
As entrevistas foram realizadas utilizando-se um
roteiro semiestruturado, permitindo que os colaboradores relatassem de forma
livre as suas memórias, cujo foco seria a trajetória histórica da criação d=
os
cursos técnicos em enfermagem da Universidade Federal do Piauí, obedecendo-=
se a
dois procedimentos: a gravação e a transcrição. Os depoimentos foram gravad=
os
em aparelho celular iPhone mode=
lo
XS. As entrevistas ocorreram nos m=
eses
de maio de 2018 a agosto de 2019, como duração em média de 45 min. Foram
realizadas pessoalmente, na cidade de Floriano e Teresina, exceto uma que f=
oi
realizada via telefone, em acordo com o colaborador.
Após a entrevista houve a transcrição e a trans=
crição
dos áudios. A análise dos dados qualitativos foi realizada após o mapeamento
das entrevistas e das fontes documentais. A princípio, foram extraídas as
evidências e falas de acordo com o tema proposto, agrupando-as em dois lado=
s e
comparando-as em uma sequência cronológica de acontecimentos, para a análise
temática sobre a criação do curso técnico em enfermagem da UFPI. A interface
entre o produto das entrevistas e os registros documentais promove o
entendimento de como esse contexto histórico foi determinante para a
consolidação do curso técnico em enfermagem da UFPI.
Respeitando os preceitos éticos estabelecidos p=
ela
Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) do Ministério da Saúde,
que dispões sobre pesquisa com seres humanos(12), o projeto foi
submetido à apreciação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federa=
l do
Piauí-UFPI, sendo aprovado com o parecer 2.445.793. Em relação aos
colaboradores, após serem esclarecidos sobre os objetivos da pesquisa e os
procedimentos utilizados, os mesmos assinaram o Termo de Consentimento Livr=
e Esclarecido
(TCLE). Os trechos dos depoimentos estão identificados =
no texto
pelos sobrenomes dos colaboradores, pois as entrevistas foram validadas pel=
os
mesmos para a publicação, através da assinatura do Termo de Cessão de
Entrevista (TCE).
RESULTADOS
Fizeram parte do estudo os primeiros coordenadores dos cursos técnico=
s de
enfermagem, membros das comissões designadas para a criação dos cursos e
elaboração do Projeto para sua criação, os primeiros docentes, os diretores=
das
escolas da ocasião e alguns docentes dos cursos da época de criação. Todos =
eles
docentes dos três colégios vinculados, na ativa ou já aposentados, totaliza=
ndo
oito colaboradores.
O início do Curso Técnico de Enfermagem no CTF<= o:p>
Floriano é =
uma
cidade considerada como o principal centro educacional do sul do estado do
Piauí, sendo referência para municípios piauienses e maranhenses. Situa-se à
margem direita do rio Parnaíba e localiza-se a 253 km da capital Teresina.
Possui 57.690 habitantes, de acordo com o último censo realizado pelo IBGE,
tendo o setor saúde um papel prevalecente no mercado de trabalho do municíp=
io,
bem como nos municípios pertencentes à sua microrregião(13-14). =
Quando
implantado no Colégio Agrícola de Floriano, hoj=
e CTF,
o Curso Técnico de Enfermagem visou =
span>atender
uma carência de profissionais de enfermagem legalmente habilitados de vários
municípios(14). Como não existia curso técnico de enfermagem na
cidade de Floriano na época, havia uma necessidade de profissionais capacit=
ados
na área da enfermagem, para atender principalmente a demanda dos pacientes =
do Hospital
Estadual Tibério Nunes.
O hospital que eu trabalhava estava sendo multa=
do.
Eu tinha que selecionar uma pessoa, alguém que dissesse: “eu quero trabalhar
com enfermagem!”. Então eu a treinava e via se tinha condições para trabalh=
ar.
Porque na época não tinha ninguém com formação adequada (SANTOS, depoimento
oral, 2019).
Tinha o hospital de Tibério Nunes, que havia si=
do
inaugurado. Acredito que o curso técnico de enfermagem foi para Floriano pe=
la
própria necessidade, tinha um hospital do estado, uma demanda boa de pacien=
tes.
(REIS, depoimento oral, 2019).
Os relatos
levam a crer que, impulsionados pela necessidade da população e instituiçõe=
s de
saúde local, aliada à vontade política, fomentaram a criação do curso técni=
co
de enfermagem na cidade de Floriano. Além disso, um hospital da cidade corr=
ia o
risco de ser multado pelo Ministério do Trabalho na época, pois lá existiam
poucos profissionais de enfermagem oficialmente habilitados para atender es=
sa
demanda de pacientes que necessitavam de assistência à saúde:
Certa vez um representante do Ministério do
Trabalho veio até o hospital e quis multar, pois nós não tínhamos ninguém
devidamente preparado. Nós tínhamos poucas auxiliares de enfermagem lá em
Floriano (SANTOS, depoimento oral, 2019).
Sobre esse
assunto, ressalta-se que a profissionalização dos trabalhadores de enfermag=
em
tem como um de seus objetivos a capacitação destes profissionais e o
fortalecimento das escolas técnicas de saúde, buscando melhoria da qualidad=
e do
atendimento à população, além de propiciar o aumento de oportunidade para os
grupos de trabalhadores de nível médio, para que possam exercer a profissão=
com
consciência e responsabilidade, nos mais diferentes níveis de atuação, sejam
eles promoção, recuperação ou reabilitação da saúde(15). Estudar=
a
história de uma instituição estabelece um esforço importante para o
conhecimento da História da Enfermagem no Brasil.
Em junho de
1980, o então reitor da UFPI, Camilo da Silveira convocou uma reunião com
algumas enfermeiras da cidade de Floriano no CTF, para tratar dos assuntos
relacionados à criação do curso técnico de enfermagem. Na ocasião, a enferm=
eira
Lígia Beatriz da Costa e Silva Ribeiro Santos trabalhava na diretoria da
regional de saúde de Floriano, que incluía a supervisão de mais de 20
municípios:
Como eu trabalhava na diretoria regional de saú=
de,
e conhecia todos os municípios, o reitor da Universidade, professor Camilo =
da
Silveira, chegou em Floriano e convocou as enfermeiras da cidade, dizendo q=
ue
ele pretendia fundar o curso técnico lá. Eu, como sempre, gosto de chegar b=
em
cedo aos locais de reunião, e cheguei meia hora antes... e nós começamos a
conversar (SANTOS, depoimento oral, 2019).
O doutor Amílcar tinha a intenção de levar o cu=
rso
para Floriano, para ele, parece que era uma satisfação pessoal e de crescim=
ento
para a cidade... ele demonstrava muito esse interesse para nós nas primeiras
reuniões que tivemos... começamos a ter nossas primeiras conversas em junho=
se
não me engano (CARVALHO, depoimento oral, 2019).
A partir de uma conversa informal entre o reito=
r e
a enfermeira Lígia, iniciada antes da reunião propriamente dita, surgiu o
convite para a coordenação do curso técnico em enfermagem, que seria implan=
tado
posteriormente. Em seguida, o professor Camilo solicitou que a mesma começa=
sse
a elaborar o projeto do curso e tomar as medidas legais para assumir o cargo
proposto:
Quando todo mundo chegou para a reunião, eu já =
era
coordenadora do curso. Como ele viu que eu entendia do processo todo da
regional ele disse: “Você topa ser coordenadora do curso de enfermagem?” Eu
disse: “Topo”. E mandou que eu começasse a fazer o projeto, que eu pedisse
demissão da secretaria de saúde, onde eu trabalhava como coordenadora, pra =
eu
ir trabalhar lá. E eu assim o fiz. (SANTOS, depoimento oral, 2019).
A reunião já foi para tratar do início do curso=
, já
tinha por exemplo a Lígia, tinha contato maior, e depois fomos convidadas, =
eu,
Anatália e Isabel (CARVALHO, depoimento oral, 2019).
Entre
os anos de 1960 a 1980, a Escola de Enfermagem Irmã Maria Antoinette Blanchot foi a instituição de ensino de enfermagem ma=
is
importante no estado do Piauí. A referida escola foi desativada no início da
década de 1980, de acordo com relatos de pessoas que vivenciaram a conjuntu=
ra
na época, em consequência da ausência de doações, de verbas, e da ajuda do
governo Estadual para as despesas de manutenção da escola e para o pagamento
dos salários dos professores(16-17); <=
/span>Na
ocasião, a futura coordenadora, professora Lígia, viajou para Teresina para
conhecer as dependências da escola Antoinette Blanchot=
,
prestes a fechar suas portas, fato ainda desconhecido pela professora naque=
le
momento. O objetivo da visita era observar o funcionamento do curso para
idealizar o projeto para a implantação do curso técnico em enfermagem em Fl=
oriano:
Para implantar o curso ainda tive que viajar pa=
ra
conhecer a escola Antoinette Blanchot, que tinh=
a o
curso técnico de enfermagem. Para eu ir conhecer, ver como funcionava, com o
objetivo de ter uma base implantar, fazer o projeto e idealizar o curso em
Floriano (SANTOS, depoimento oral, 2019).
As
primeiras professoras do curso foram as enfermeiras Ligia
Beatriz Lígia Beatriz da Costa e Silva Ribeiro Santos=
span>, Isa=
bel
Pereira Neves, Iracema de Almeida Carvalho, Anatália de Almeida Reis e Maria
Neuma Dias Castor de Melo. O
recrutamento das primeiras professoras se deu através de convite, sendo fei=
ta a
seleção por afinidade com as disciplinas inicialmente ofertadas. A professo=
ra
Lígia, que ficou responsável por elaborar a matriz curricular do curso na
época, o fez baseado nas premissas exigidas pelo MEC; para tanto, além da
Escola de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem Maria Antoinette Blanchot, visitou também outras escolas como em São L=
uís
(MA) e em Pernambuco. Inicialmente o curso foi proposto como pós-médio, e em
seguida, concomitante.
A professora Ligia enviou um convite às enferme=
iras
da cidade para participar da seleção, levando os seus respectivos currículo=
s.
Fomos eu, Neuma, Iracema, Isabel e outras. Então nós começamos, e a partir =
daí
as outras que entraram já foram através de concurso. Como eram poucas
enfermeiras na cidade, não houve um concurso, houve uma seleção de currícul=
os
(REIS, depoimento oral, 2019).
O curso foi sendo implantado com muita dificuld=
ade
porque não existia concurso para professor na época (SINIMBÚ NETO, depoimen=
to
oral, 2019).
O início do Curso Técnico de Enfermagem no CTT<= o:p>
Em 1998,
dezessete anos após a criação do curso técnico de enfermagem em Floriano, h=
ouve
a elaboração de um projeto com aprovação do MEC para a criação de outro cur=
so
técnico de enfermagem em outra escola técnica vinculada à UFPI, só que dessa
vez na capital, Teresina, por iniciativa da professora Rita Magalhães Mendo=
nça.
A comunidade solicitava o curso técnico de enfermagem no CTT, havia bastante
procura; existia um espaço físico suficiente, suporte e estrutura, como sal=
a de
aulas, laboratório e campo de estágio. Além disso, havia uma demanda na cid=
ade
de Teresina, após uma pesquisa feita nos hospitais da cidade, demanda esta =
que
solicitava uma qualificação de integrantes da equipe de enfermagem, tendo em
vista que o MEC orientava os auxiliares de enfermagem a complementarem a sua
formação para técnicos de enfermagem, como demonstram as falas a seguir:
Na época um curso técnico de enfermagem era mui=
to
procurado, as pessoas precisavam, e o CTT estava lá à disposição com muitas
salas e espaço, a gente tinha o suporte e toda a estrutura. E por que não?
(MENDONÇA, depoimento oral, 2019).
Fizemos uma pesquisa e, em Teresina, nós
descobrimos que tinha 615 auxiliares de enfermagem nos hospitais que eram
conveniados com o município. E aí a gente resolveu abrir, para uma melhor
qualificação para eles como técnicos (SINIMBÚ NETO, depoimento oral, 2019).=
=
Naquela época, em 1998, a
direção da escola criou uma comissão no CTT, com a professora Rita Magalhães
Mendonça, o professor Francisco de Assis Sinimbú Neto, professor do curso
técnico de agropecuária, e o professor José da Fonseca Castelo Branco, que
também era professor do curso técnico de agropecuária, tendo como president=
e a
primeira, com o intuito elaborar a projeto para a criação do curso técnico =
de
enfermagem em Teresina.
Na
oportunidade, a comissão buscou auxílio em outras escolas técnicas do país,
mais especificamente a escola técnica da cidade de Natal, denominada atualm=
ente
de Escola de Enfermagem de Natal (EEN), com a finalidade de buscar orientaç=
ões
sobre a matriz curricular, funcionamento do curso propriamente dito,
organização e material necessário. Apesar de tentativas de parceria com as
professoras da graduação do curso de enfermagem da própria UFPI na época, as
mesmas não demonstraram interesse em contribuir, e tão pouco em prestar aux=
ílio
para que o curso de fato acontecesse, expressados nas seguintes falas:
Na época nós fizemos uma viagem pra Natal - RN,
para visitar a escola técnica de enfermagem de lá. E nós a ficamos observan=
do e
recebendo orientações de várias escolas técnicas sobre como poderia funcion=
ar o
curso, a matriz curricular, para que pudéssemos organizar tudo (MENDONÇA,
depoimento oral, 2019).
Inicialmente houve uma negativa de pessoas que =
nós
convidamos do curso superior, não encabeçaram a proposta do curso técnico. =
Não
tiveram o menor interesse (SINIMBÚ NETO, depoimento oral, 2019).
A divisão
social do trabalho da enfermagem é historicamente definida por Florence
<= /span>A proposta então foi levada para o Ministério da Educação, em Brasília e logrou-se êxito. Apesar da aprovação publicada no diário oficial em 10 de j= unho de 1998, na seção 1, nº 109, página 22, porém, apenas oito anos depois o cu= rso de fato foi iniciado no CTT. Os discursos revel= am que divergências políticas entre a diretoria da escola e a Reitoria, culminaram= no arquivamento do processo, e impedimento de sua continuação até o ano de 200= 6. Porém, a falta de apoio por parte da reitoria ocorria de forma sutil e era captada nas entrelinhas das conversas, de acordo com as falas declaradas: <= o:p>
O curso foi aprovado, inclusive no
Diário Oficial da União (DOU), só que o reitor da época não autorizou a
liberação do nosso curso para funcionar, o projeto ficou engavetado durante
muitos anos, durante todo mandato dele na universidade, acho que uns 6 anos=
ou
8 anos, não recordo exatamente (MENDONÇA,
depoimento oral, 2019).
Nós levamos o projeto do curso ao MEC em Brasíl=
ia e
houve um sinal verde. Conversamos com o reitor da época e tivemos a aprovaç=
ão
no Diário Oficial da União. Foi aprovado e tudo, publicado no DOU, mas fico=
u em
stand-by (SINIMBÚ NETO, depoimento oral, 2019).
Um acordo realizado em 2004 com o
candidato à reitoria, professor Luís de Sousa Santos Júnior, viabilizou a
continuidade do processo e implementação do curso. Em reunião com o candida=
to
referido, o mesmo assumiu o compromisso de dar seguimento com o projeto de
criação do curso na escola, em troca do apoio à sua candidatura à reitoria.
Sendo assim, o professor Júnior, como é conhecido, venceu às eleições à
reitoria, e em 2006 tinha início a primeira turma do curso técnico em
enfermagem do CTT.
Durante uma reunião de campanha do professor Luís dos Santos
Junior, nós fizemos esse pedido: que ele desengavetasse nosso projeto e
colocasse nosso curso para funcionar porque existia uma necessidade muito
grande. E foi uma promessa dele, e, quando ele assumiu a reitoria, realmente
colocou o curso para funcionar e o curso começou a partir de 2006 (MENDONÇA, depoimento =
oral,
2019).
Nós
chamamos um candidato a reitoria durante a campanha eleitoral aqui na escol=
a, e
ele nos pediu apoio. E nós dissemos para ele que daríamos todo o apoio, des=
de
que ele também desse apoio para a abertura do curso que já estava aprovado =
pelo
MEC. E assim o candidato a reitor disse: na hora que eu assumir, eu encabeço
isso com vocês. E assim fez (SINIMBÚ NETO, depoimento oral, 2019).
Tão logo o reitor Luís Júnior
assumiu, foram dados os prosseguimentos para a contratação de professores.
Diferentemente de Floriano, os primeiros professores realizaram o processo
seletivo através de concurso público, exceto a professora Rita que já havia
sido efetivada em Bom Jesus, como explicitado acima.
Somente no ano de 2006 é que o curso técnico de
enfermagem foi criado em Teresina, ambos vinculados à UFPI. O processo sele=
tivo
para o preenchimento dos códigos de vaga aconteceu na própria cidade, no an=
o de
2005, por meio do edital nº 2/2005, no qual havia duas vagas. O aviso de ed=
ital
foi publicado nos principais meios de comunicação veiculados na cidade naqu=
ela
época, como o jornal Diário do Povo e o Jornal O Dia, ambos na capital do
Piauí.
Foi então que abrimos o primeiro concurso para a
Enfermagem daqui. A gente sabia que para o curso funcionar bem, deveria ter=
de
seis a sete professores, mas começamos com quatro. (SINIMBÚ NETO, depoimento
oral, 2019).
Concomitantemente da aprovação do projeto, a ge=
nte
já foi também se preocupando em começar a comprar materiais para montar o n=
osso
laboratório. Nós fomos comprando aos poucos, tanto que, quando o curso abri=
u,
mesmo com os professores já contratados, a gente já tinha alguns equipament=
os
para nosso laboratório funcionar (MENDONÇA, depoimento oral, 2019).
As primeiras
colocadas no concurso foram as professoras Rosana dos Santos Costa (1º luga=
r),
Rosilane de Lima Brito Magalhães (2º lugar), Adélia Dalva da Silva Oliveira=
(3º
lugar), Sheila Coelho Ramalho Vasconcelos (4º lugar), Malvina Thaís Pacheco
Rodrigues (5º lugar), Conceição de Maria Franco Sá Nascimento (6º lugar), <=
span
class=3DSpellE>Juscélia Maria de Moura Feitosa Veras (7º lugar), Luc=
íola
Galvão Gondim Corrêa Feitosa (8º lugar), Noélia=
Mota
de Sousa (9º lugar), e Ana Gabriela
Barroso Leal (10º lugar), de acord=
o com
o Ato da Reitoria nº 1298/05, de 09 de setembro de 2005. A primeira
coordenadora do curso técnico de enfermagem do CTT foi a professora Rita de
Cássia, nomeada em 02 de janeiro de 2006, de acordo com a portaria nº 002/2=
006,
sob a gestão do diretor professor Sinimbú.
O início do Curso Técnico de Enfermagem no CTBJ=
Quatro
anos depois da criação do curso técnico de enfermagem do CTT em Teresina, no
ano de 2010, iniciavam-se as aulas do curso técnico de enfermagem de Bom Je=
sus,
localizado ao sul do Piauí, no CTBJ. No ano de 2006, teve início um projeto de expansão do=
CTBJ,
financiado pelo PROEP (Programa de Expansão da Educação Profissional) onde
constava a melhoria e expansão da estrutura física do CTBJ, bem como a ofer=
ta
de novos cursos técnicos(19).
Em 2008, o diretor do CTBJ, o professor Raimundo Falcão Neto (conhec=
ido
como Tetuca), motivado pela demanda local e per=
missão
da administração superior da UFPI, convidou uma comissão de professores par=
a a
elaboração de um projeto para levar um novo curso técnico para a instituição
referida.
Aí foi feita uma equipe de professores para
trabalhar em cima desse projeto que nós iríamos elaborar para o CTBJ (CRUZ,
depoimento oral, 2019).
Na época, o professor Tetu=
ca
me chamou para fazer parte de uma comissão para a elaboração do projeto e l=
evar
o curso técnico de enfermagem para Bom Jesus. O reitor já tinha aprovado e =
eu
tinha experiência em elaboração de projetos. Então começamos (SILVA, depoim=
ento
oral, 2019).
De
acordo com os relatos, a comissão e o sobredito diretor decidiram implantar=
o
curso técnico de enfermagem em Bom Jesus por diversos motivos, dentre eles:=
era
um curso que atenderia a necessidade local tendo em vista que nem em Bom Je=
sus,
nem nos municípios próximos existiam esse curso; era uma demanda das
instituições de saúde da região, pois existiam muitos auxiliares de enferma=
gem
que pretendiam complementar a formação; alguns membros da comissão sobredita
vinham de uma série de experiências anteriores como docente em cursos técni=
cos
de enfermagem de outras instituições no estado do Piauí; e , além disso, já
exista o curso nas duas escolas técnicas vinculadas à UFPI, faltando apenas=
o
CTBJ ofertar o curso.
Era uma demanda da região, e conversando com a
comunidade eles sentiram a necessidade de um curso na área da saúde. Entran=
do
em contato com o reitor, ele disse que fizéssemos o projeto e que ele daria
sequência e contrataria os professores que fossem necessários, melhoraria a
infraestrutura da escola para que fosse implantado esse curso, e assim fize=
mos
(FALCÃO NETO, depoimento oral, 2019).
A gente tinha lá só o curso técnico em agropecuária, por isso o nome Colégio Agrícola de Bom Jesus. Aí foi surgind= o a necessidade de outros cursos, e um dos cursos mais procurados pela populaçã= o de Bom Jesus era um curso de enfermagem. As pessoas sempre perguntavam. Então surgiu a ideia de a gente montar esse curso (CRUZ, depoimento oral, 2019).<= o:p>
Para
afirmar esse déficit de cursos da saúde em escolas técnicas públicas no paí=
s22
foi realizada uma pesquisa com tod=
os os
profissionais que tinham registro no COREN no Brasil, chamando atenção para=
o
fato dos resultados da pesquisa intitulada “Perfil da Enfermagem no
Brasil”: maior participação do set=
or
privado na formação técnica em saúde; e cresceu, ainda mais, ao longo da dé=
cada
posterior, em 2009. Apenas 24,7% dos matriculados em cursos técnicos na áre=
a da
saúde estavam vinculados a escolas técnicas públicas. Os autores afirmam a
necessidade de ações de intervenções para mudanças deste cenário(20)=
sup>.
A criação de cursos da área da saúde nas escolas vinculadas às universidades
brasileiras seria uma alternativa para isso.
Em anuência=
com
a escolha do curso, a comissão formada por três professoras do CTBJ: Maria
Majací Moura da Silva Oldênia e Maria Angélica =
Piauilino da Cruz, ambas professoras do Ensino Médio =
do
CTBJ, iniciaram a elaboração do projeto. Em seguida, a professora Majací, p=
or
morar em Teresina e ter acesso facilitado às escolas técnicas da cidade, ob=
teve
alguns projetos de cursos técnicos de enfermagem de algumas instituições,
inclusive do CTT e CTF. A partir destes projetos, a comissão elaborou um
projeto de acordo com a realidade da escola, para que atendesse a demanda de
Bom Jesus e dos municípios circunvizinhos.
A professora Majací muito empolgada com essa
questão, como sempre foi, se disponibilizou e foi a primeira a querer
participar. Foi formada a comissão que elaborou esse projeto, pegando inclu=
sive
o projeto aqui do CTT, além de projetos de outras escolas para analisar e
avaliar, e daí elaborar o nosso (FALCÃO NETO, depoimento oral, 2019).
Naquele
contexto, não existiam ainda professores efetivos na área da enfermagem no
CTBJ, sendo nomeada então, a professora Maria Angélica como a primeira
coordenadora do curso técnico de enfermagem do CTBJ. A primeira seleção de
professores veio através de concurso, apenas no ano de 2010 tendo como
aprovados os professore Maria Augusta e Cristiane Teixeira, iniciando as au=
las
da primeira turma do curso técnico de enfermagem do CTBJ.
A primeira coordenadora do curso técnico de
enfermagem de Bom Jesus foi Maria Angélica, porque não tinha nenhum profess=
or
efetivo da área naquela época (FALCÃO NETO, depoimento oral, 2019).
Não tinha nenhum professor da área da enfermage=
m,
como ainda não existia um curso, não tinha professor da área. Então eram uns
professores definitivos da escola, só que de outras áreas. No primeiro mome=
nto
me chamaram para ser coordenadora, e eu aceitei coordenar (CRUZ, depoimento
oral, 2019).
Um estudo
realizado sobre a história do curso profissionalizante de enfermagem do Cen=
tro
Estadual de Educação profissional Pedro Barretto Neto – CEEP situado na cid=
ade
de Cascavel-PR, mostrou que a iniciativa do referido curso também foi
determinada pelos movimentos políticos e econômicos do contexto em que se
encontrava, tendo como justificativa a formação profissional capacitada,
garantindo a assistência de enfermagem para suprir a necessidade existente =
na
área da saúde(21).
A implement=
ação
do primeiro curso técnico de enfermagem no Rio de Janeiro, que aconteceu na
Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e=
m 11
de abril de 1966, foi realizada por enfermeiras possuidoras de
representatividade política. É necessário conhecer os meandros dos interess=
es
sociais, políticos e econômicos que possam estar envolvidos na criação e na
trajetória dos cursos técnicos de enfermagem, bem como na figura dos
profissionais, para a compreensão das questões relacionadas aos motivos de =
seu
início(22).
Os depoimen=
tos
dos colaboradores deste estudo, em relação aos fatores que impulsionaram a
criação dos cursos técnicos de enfermagem da UFPI nos três colégios converg=
em
em um mesmo ponto: a existência da demanda local, relacionada à assistência=
de
enfermagem habilitada formalmente. As falas dos entrevistados também apontam
que entre acordos políticos, iniciativas individuais e necessidades da próp=
ria
região fomentaram iniciativas para a criação dos cursos acima referidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa
discutiu a trajetória histórica de criação dos cursos técnicos de enfermagem
das escolas vinculadas à UFPI. As falas revelam que os principais motivos q=
ue
impulsionaram a origem dos cursos nas três escolas foram a demanda local, a
procura por parte da população e os interesses políticos institucionais. O
primeiro curso foi inaugurado em Floriano, desde o início idealizado para e=
sta
cidade. Teresina passou por um processo de criação mais demorado, pois entr=
e a
autorização do MEC e o início das aulas propriamente dito, passaram-se 8 an=
os.
Por fim, o curso foi ofertado em Bom Jesus. As três escolas, de acordo com =
os
discursos, possuíam estrutura física e recursos adequados para a manutenção=
do
curso.
Os resultad=
os
desta pesquisa trouxeram informações relevantes para o conhecimento da orig=
em
dos cursos técnicos de enfermagem da referida Universidade, mas, além disso,
demonstram uma realidade que reverbera em todo país. A categoria de enferma=
gem
é imprescindível dentro da equipe multidisciplinar, sendo de extrema
necessidade que conheçamos as suas origens, para que os profissionais e fut=
uros
profissionais se reconheçam dentro do labor, bem como valorizem a sua
trajetória histórica. Dessa maneira, como conhecedores da importância do
resgate histórico para a consolidação do curso e da profissão, é que se ref=
orça
a importância desse estudo para a preservação da memória dos profissionais =
da
enfermagem, tornando-se também um componente importante da história dos
discentes e docentes deste curso.
Apesar da
pesquisa ser pioneira em sua concepção, a mesma apresentou limitações em
relação aos aspectos operacionais e logísticos frente à distância de
deslocamento para as cidades de realização das entrevistas. Outra grande
limitação foi que as escolas fundadas nas décadas de 80 apresentou grande p=
arte
do seu corpo docente aposentado, havendo grande dificuldade para localizar
esses colaboradores.
O estudo em
questão apresenta uma importante fonte de pesquisa relacionada à história d=
os
cursos técnicos de enfermagem da UFPI, tendo em vista que não existe na
literatura cientifica pesquisas mais aprofundadas sobre a temática. Pretend=
e-se
que este trabalho possa representar uma contribuição para a história e
identidade da Enfermagem profissionalizante no Piauí, em especial, dos curs=
os
Técnicos em Enfermagem da UFPI.
REFERÊNCIAS
1. Padilha MICS, Borenstein MS. <=
span
lang=3DEN-US style=3D'font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman",serif;
mso-bidi-font-family:Arial;mso-ansi-language:EN-US'>Nursing History: Teachi=
ng,
research and interdisciplinarity.=
Anna Nery Rev Enferm [Internet]. 2006 [ci=
tado
2020 Mar 2];10(3):532-8. DOI: https://doi.org/10.1590=
/S1414-81452006000300024
2. Vieira NA, Petry S, Padilha MI. Best Practices in
Historical Studies of Nursing and Health (1999-2017). Rev Bras Enferm [Internet]. 2019 [citado
2020 Mar 2];72(4):1027-33. DOI:
https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0538
3. Bittencourt RC, Santos TCF, Abreu MAS, Filho AJA, Peres MAAP,
Aperibense PGGSA. Historical
evolution of: configuration of the nursing team in a military hospital. Rev Rene (Online) [Internet]. 2019 [citado 2020 Mar 2];20:e41557. DO=
I:
https://doi.org/10.15253/2175-6783.20192041557
4. Universidade Federal do Piauí (UFPI). Colégio Técnico de Floriano=
. Projeto Pedagógico do Colégio Técnico de Floriano. Floriano-
PI: UFPI, 2013.
5. Rocha JBB, Nogueira =
LT, Zeitoune RCG. Among prescribed and the real: (dis)ord=
er
between the teaching and the practice of the nurse technician. Anna Nery Rev Enferm [Internet]. 2005 [citdo 2020 Mar 2];9(2):237-246. Disponível em:
https://pdfs.semanticscholar.org/c68b/15a34bab1df70477f5c6d5780bf95ab759ce.=
pdf
6. Basílio AC, Ferro MAB. Nurses from Piaui, who contributed to the brazilian
nursing: history and memory of professional experiences. Rev Saud e
7. Santos FBO, Marques RC. Nurses graduated from Escola de Enfermagem Carlos Chagas: Work areas. 1936-1948. Esc Anna Nery [Internet]. 2015 [cita= do 2020 Mar 2];19(2):363-368. DOI: https://doi.org/10.5935/1414-8145.20150050<= o:p>
8. Silva JL, Machado DM.
Brazilian nursing in 90 years of associative history: contributions of the
Brazilian Nursing Association. Hist enferm Rev eletronica
[Internet]. 2018 [citado 2020 Mar 2];9(2):131-40. Disponível em:
http://here.abennacional.org.br/here/v9/n2/a4.pdf
9. Pimenta
AL, Souza ML. The professional identity of nursing of nursing in the papers
published by Reben. Texto
contexto-enferm [Internet]. 2017 [citado 2020 Mar 12]; 26(1):e4370015. DOI:
https://doi.org/10.1590/0104-07072016004370015
10. Lopes RC, Nobrega-Therrien SM, Araújo PAA. The formation of the
Nursing Assistant in Ceará - 1954-1961. =
enferm Rev=
eletronica [Internet]. 2019 [citado 2020 Mar
12];10(1):10-20. Disponível em:
http://here.abennacional.org.br/here/v10/n1/a1.pdf
11. Meihy JCSB, Ribeiro SLS. Guia prátic=
o de
história oral: para empresas,
universidades, comunidades, famílias. São Paulo: Contexto, 2011. 208=
p.
12. Brasil.
Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 466, de 12 de Dezembro de 2012
[Internet]. Brasília: Conselho Nacional de Saúde, 2012 [citado 2020 Mar 12].
Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf
13. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís=
tica
(IBGE). Floriano. 2020 [citado 2020 Sep 20]. Disponível em:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pi/floriano/panorama
14. Universidade Federal do Piauí (UFPI). Colég=
io
Técnico de Floriano. Projeto Político Pedagógico do Colégio Técnico de
Floriano. Floriano- PI: UFPI, 2013.
15. Manzato
CRU, Ribeiro ML, Araújo DS. The trajectory of Professional Education of the
Nursing Assistant. Rev UNIARA [Internet]. 2012 [citado 2020 Mar 12=
];15(2):27-39.
DOI: https://doi.org/10.25061/2527-2675/ReBraM/2012.v15i2.86
16. Sousa ACM, Carvalho CS, Araújo RD. Dossiê U=
ESPI
30 anos: versão comemorativa. Teresina: Fundação Universidade Estadual do
Piauí; 2017.
17. Silva KLM, Batista PAB, Nogueira LMSA, Cruz
KCT, Faustino AM. Maria Aurineide da Silva Nogu=
eira, protagonist of nursing at=
the
University of Brasília. Hist enferm Rev eletronica [Internet]. 2019 [citado 2020 Set
12];10(1):44-50. Disponível em:
http://here.abennacional.org.br/here/v10/n1/a4.pdf
18. Gastaldo DM, Me=
yer
DE. A formação da enfermeira: ênfase na conduta em detrimento do conhecimen=
to.
Rev Bras Enferm [Internet]. 1989 [citado 2020 Set 12];42(1,2,3/4):7-13. DOI:
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71671989000100002
19. Universidade Federal do Piauí (UFPI). Colégio Técnico de Bom Jes=
us.
2018 [citado 2020 Sep 12]. Disponível em: ufpi.br/ctbj=
20. Machado MH, Wemelinger=
M, Vieira M, Oliveira E, Lemos W, Aguiar Filho W et al. Aspectos gerais da
formação da enfermagem: o perfil da formação dos enfermeiros, técnicos e
auxiliares. Enferm Foco [Internet]. 2016 [citado 2020 Set 12];6(2/4):15-34.
DOI: https://doi.org/10.21675/2357-707X.2016.v7.nESP.687
21. Feiber DT, Rodr=
igues
RM, Conterno SFR. História da educação
profissionalizante em enfermagem no oeste do paraná: enfoque no centro esta=
dual
de educação profissional Pedro Boaretto Neto-CE=
EP. Educere et educare Rev Educ [Internet].
2014 [citado 2020 Set 12];9(17):307-15. Disponível em:
http://e-revista.unioeste.br/index.php/educereeteducare/article/view/8142/7=
426
22. Caverni LMR. Cu=
rso
técnico de enfermagem: uma trajetória histórica e legal - 1948 a 1973. 2005.
Dissertação [Mestrado em Enfermagem]- Escola de Enfermagem, Universidade de=
São
Paulo, São Paulo, 2005 [citado 2020 Set 12]. Disponível em:
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7131/tde-31012006-111530/pt-
br.php#:~:text=3DCurso%20t%C3%A9cnico%20de%20en=
fermagem%3A%20uma,e%20legal%20%2D%201948%20a%201973&text=3DAt%C3%A9%20o=
%20presente%20momento%2C%20estudos,s%C3%A3o%20em%20n%C3%BAmero%20muito%20re=
duzido.
Autor correspondente
Natál=
ia
Pereira Marinelli
Universidade Federal do Piauí, Campus Petrônio Portela, Colégio Técn=
ico
de Teresina, Teresina, Piauí. CEP: 64049-550. Telefone: 86 981221975. E-mai=
l: nataliamarinelli@ufpi.edu.br=
a>
Submissão: 2021-09-27<=
/span>
Aprovado: 2021-09-13
[1]=
Universidade
Federal do Piauí, Colégio Técnico de Teresina. Teresina, Piauí, Brasil. ORC=
ID: https://orcid.org/0000-0003-4=
696-3518
[2]=
Universidade
Federal do Piauí, Departamento de Enfermagem. Floriano, Piauí, Brasil. ORCI=
D: https://orcid.org/0000-0002-=
3714-787X
[3]=
Universidade
Estadual do Maranhão, Departamento de Enfermagem. Caxias, Maranhão, Brasil.=
ORCID:
https=
://orcid.org/0000-0002-9362-8651
[4]=
Universidade
Federal do Piauí, Colégio Técnico de Teresina. Teresina, Piauí, Brasil. ORC=
ID: https://orcid.org/0000-0003-4=
270-3890
[5]=
Universidade
Federal do Piauí, Departamento de Enfermagem. Floriano, Piauí, Brasil. ORCI=
D: https://orcid.org/0000-0002-=
5857-4635
[6]=
Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Programa de Pós-graduação em Tecnologia e
Sociedade. Curitiba, Paraná, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0001-9609-6154-4723
= =