MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01D7CB2E.B7366B10" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01D7CB2E.B7366B10 Content-Location: file:///C:/AA7559EC/1233-Textodoartigo-PTHTML.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="windows-1252"
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS NO ENSINO DA ENFERMAGEM DURANTE A
PANDEMIA POR COVID-19: REVISÃO SISTEMÁTICA
EDUCATIONAL
TECHNOLOGIES IN TEACHING NURSING DURING THE PANDEMIC BY COVID-19: A SYSTEMA=
TIC
REVIEW
Raphaella Castro Jansen[1]
* Vitória Costa Oliveira[2]
* Maria Rayssa do Nascimento Nogueira[3]
* Iorana Candido da Silva[4]
* José Erivelton de Souza Maciel Ferreira[5]
* Tahissa Frota Cavalcante[6]
* Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira[7]
RESUMO
Objetivo: Analisar as tecnologias educacionais utilizada=
s no
ensino de Enfermagem durante a pandemia por COVID-19. Métodos: Revisão sistemática de métodos mistos realizada no Portal PubMed, Port=
al
Regional da Biblioteca Virtual em Saúde, no buscador acadêmico Science Dire=
ct,
no banco de dados da Cochrane e nas bases de dados CINAHL, Scopus e Web of
Science. Utilizaram-se os descritores controlados em saúde: Tecnologia
Educacional, Enfermagem, COVID-19 e seus sinônimos em inglês. Resultados: A busca resultou na c=
aptura
de 40 artigos, dos quais quatro compuseram a amostra final por atenderem aos
critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. Constatou-se que as tecnolo=
gias
educacionais mais utilizadas foram encontros virtuais, podcasts, gamificação=
i>
individual ou em grupo, exames eletrônicos remotos, simulações realísticas e
casos clínicos. Conclusões: As
tecnologias educativas utilizadas no ensino de Enfermagem durante a pandemia
por COVID-19 são alternativas eficazes para a continuidade da formação, por
possibilitarem ampliação da qualidade do ensino, desenvolvimento do raciocí=
nio
diagnóstico , estímulo ao diálogo e criatividade dos discentes e docentes de
enfermagem nesse contexto emergencial. Entretanto, apesar das possibilidades
proporcionadas, a experiência prática nos serviços de saúde é indispensável=
.
Palavras-chave: COVID-19; Educação em Enfermagem; Enfermagem;
Ensino; Pandemia; Tecnologia educacional.
ABSTRACT
Objective: To analyze the educati=
onal
technologies used in teaching Nursing during the pandemic by COVID-19. Method: Systematic review of mixed
methods performed in the Pubmed Portal, Regional Portal of the Virtual Heal=
th
Library, in the academic search Science Direct, in the Cochrane database an=
d in
the CINAHL, Scopus and Web of Science databases. Health-controlled des=
criptors
were used: Educational Technology, Nursing, COVID-19 and its synonyms in
English. Results: The search
resulted in the capture of 40 articles, of which four comprised the final
sample for meeting the inclusion and exclusion criteria established. It
was found that the most used educational technologies were virtual meetings,
podcasts, individual or group gamification, remote electronic tests, realis=
tic
simulations and clinical cases. Co=
nclusions:
The educational technologies used in teaching Nursing during the pandemic by
COVID-19 are effective alternatives for the continuity of training, as they
make possible to increase the quality of teaching, development of diagnostic
reasoning, encouraging the dialogue and creativity of students and nursing
teachers in this emergency context. However, despite the possibilities
provided, practical experience in health services is indispensable.
=
Keywords: COVID-19; Education, Nursing; Educational Technology; Pandemic;
Nursing; Teaching.
=
=
INTRODUÇÃO
Em virtu=
de
das inúmeras consequências sociais, econômicas e políticas que vêm acarreta=
ndo
à sociedade, a pandemia por COVID-19 configura-se como um dos mais importan=
tes
problemas de saúde pública da atualidade. No Brasil, esse cenário impactou =
de
forma drástica o processo educacional dos cursos da saúde, tendo em vista q=
ue
as aulas presenciais foram suspensas exigindo uma reestruturação no método =
de
ensino-aprendizagem(1).
Diante d=
esse
cenário, o Brasil instituiu a portaria n° 345/2020 do Ministério da Educaçã=
o,
permitindo a continuidade do ensino por meio de aulas remotas e com a aplic=
ação
de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)(2). As TIC são
ferramentas e recursos ligados à cibercultura, que possibilitam o
compartilhamento e o armazenamento de informações de meios de comunicação de
massa(3). Dessa forma, sua utilização configura-se como uma
adaptação emergencial, em que o ambiente educacional foi drasticamente
modificado e o ensino remoto foi iniciado.
No âmbit=
o da
educação em enfermagem, o dilema torna-se maior devido à urgente necessidad=
e de
formar novos profissionais em virtude da carência global por enfermeiros
Nesse
contexto, as Instituições de Ensino Superior (IES) e os docentes tiveram que
remodelar a metodologia de ensino por meio do uso de tecnologias educaciona=
is
em ambientes virtuais e meios digitais(6). As tecnologias educacionais são
artefatos presentes dentro das escolas que favorecem o compartilhamento e a
obtenção de conhecimento(7).
Desse mo=
do,
as práticas pedagógicas e táticas de ensino migraram para o ambiente on-line, havendo a necessidade de
adaptação de professores e alunos a essa nova realidade de ensino(8)=
sup>.
Esta modificação acentuou problemas
crônicos na educação brasileira, tais como: desigualdade de acesso a recurs=
os
tecnológicos por parte dos discentes, questões socioeconômicas que interfer=
em
na qualidade do estudo, forma de avaliação e despreparo dos profissionais da
educação para o manuseio das TIC(2,9-10).
Frente ao
novo contexto imposto pela necessidade de distanciamento social, essa
problemática se intensifica no ensino da enfermagem, por ser uma profissão =
que
requer a inserção do estudante nos cenários de prática do sistema único de
saúde desde o início da formação. Além disso, sua formação exige a integraç=
ão
do tripé ensino, serviço e comunidade, uma vez que a relação entre estes ta=
mbém
permite uma inserção precoce do aluno no campo de prática. A vista disso é
indiscutível a necessidade de proporcionar uma forma de ensino que potencia=
lize
a autonomia, a participação e capacidade crítico-reflexiva desses futuros
profissionais, o que aumenta o desafio no ensino à distância(5, 11).
Assim,
considerando a importância de ofertar um ensino de qualidade que supra as
necessidades acadêmicas mesmo diante da crise sanitária, este estudo mostra=
-se
relevante por verificar o que vem sendo produzido e discutido acerca da
temática, podendo mapear a implementação das tecnologias no ensino e, desse
modo, contribuir com a melhor utilização de recursos e o fortalecimento da
formação em enfermagem.
Ante o
exposto, esta revisão tem por objetivo analisar as tecnologias educacionais
utilizadas no ensino de Enfermagem durante a pandemia por COVID-19.
MÉTODOS
Trata-se=
de
uma revisão sistemática de métodos mistos, que permite a seleção, avaliação=
e
síntese de conhecimentos de estudos com diferentes delineamentos. Esse méto=
do
facilita o acesso a informações para a tomada de decisões a partir de uma
prática baseada em evidências seguindo critérios metodológicos bem definido=
s(12-13).
Desse mo=
do,
o presente estudo foi realizado a partir das seguintes etapas: 1) formulaçã=
o da
pergunta norteadora; 2) definir dos critérios de inclusão e exclusão; 3)
aplicar estratégia de busca; 4) selecionar artigos por meio de avaliação de
título e resumo; 5) selecionar artigos com base no texto completo; 6) avali=
ar a
qualidade dos estudos incluídos; 7) Sintetizar amostra selecionada(12)=
.
A formul=
ação
da questão de pesquisa foi inspirada na estratégia PICo (População, Interes=
se,
Contexto)(14), definindo como População – ensino de Enfermagem;
Interesse – tecnologias educacionais; Contexto – pandemia por COVID-19. A
questão norteadora adotada para identificação do problema foi: “Quais
tecnologias educacionais estão sendo utilizadas no ensino de Enfermagem dur=
ante
a pandemia por COVID-19?”.
A busca =
na
literatura foi realizada por dois pesquisadores de forma concomitante no
período de abril de 2021, através do portal U.S. National Library of Medicine (PubMed); Portal Regional da
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); no buscador acadêmico Science Direct; no
banco de dados da Cochrane e das bases de dados Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAH=
L),
Scopus e Web of Science (WOS). O acesso às fontes de pesquisas ocorreu por
acesso remoto via Comunidade Acadêmica Federada (CAFe), através do portal de
periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), do Ministério da Educação (MEC).
Para
estratégia de busca, utilizaram-se descritores controlados concatenados com=
o
operador booleano AND, disposto=
s no Medical Subject Headings (MeSH) e =
no
Descritores das Ciências da Saúde (DeCS), sem determinar um campo específic=
o de
busca, optando por all fields. =
As
combinações utilizadas estão descritas no quadro 1.
Quadro 1-
Estratégias de buscas utilizadas na Science Direct, PubMed, Web of Science,=
Scopus,
CINAHL, Cochrane e Biblioteca Virtual da Saúde. Redenção, CE, Brasil, 2021.=
FONTE<=
span
style=3D'font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman"=
,serif;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black'> |
|
ESTRATÉGIAS DE BU=
SCA |
Science Direct; PubMed; Web of Science; Scopus; CINAHL; Cochrane. |
=
|
Educational
Technology AND Nursing AND COVID-19 |
=
=
Biblioteca Virtua=
l da
Saúde =
|
=
|
Tecnologia
Educacional AND Enfermagem AND COVID-19 |
Fonte: D=
ados
da pesquisa.
Consider=
aram-se
como critérios de inclusão estudos disponíveis eletronicamente na íntegra, =
em
recorte atemporal e em qualquer idioma que fossem relacionados ao objeto de=
pesquisa.
Foram excluídos artigos oriundos de revisões, editoriais, teses e dissertaç=
ões.
Os artigos que se repetiram entre as bases foram considerados apenas uma ve=
z.
Os artig=
os
resultantes da aplicação da estratégia de busca foram exportados das fontes=
de pesquisa
para o Rayyan, software que auxilia no arquivamento, organização e seleção de
referências bibliográficas(15). A seleção primária dos estudos oco=
rreu
por meio da leitura minuciosa de títulos e resumos, sendo incluídos os que
atendiam aos critérios de inclusão estabelecidos. Posteriormente, realizou-=
se a
leitura dos artigos na íntegra para compor a amostra final. Todo o processo=
de
busca e seleção foi realizado por duas pesquisadoras de forma independente.=
Em
caso de dúvida ou discrepância entre elas, um terceiro pesquisador foi
consultado. A seleção dos estudos seguiu as recomendações do checklist do Statement for Reporting Systematic Rev=
iew
and Meta-Analyses of Studies – PRISMA(16).
Para a
avaliação da qualidade metodológica utilizou-se o instrumento Mixed Methods Appraisal Tool (MMAT=
),
versão 2011, que permite a análise simultânea de estudos com diversos tipos=
de
delineamento. O MMAT é composto por 20 critérios de qualidade divididos nos
cinco tipos de estudos: qualitativo, quantitativo clínico aleatorizado
(ensaios), quantitativo não-aleatório, quantitativo descritivo e estudos mi=
stos
(12). A pontuação=
final
foi obtida conforme o delineamento do estudo, considerando 25% para cada um=
dos
quatro critérios avaliados, de acordo com cada tipo metodológico.
Com rela=
ção
à coleta e análise dos dados, utilizou-se de um formulário elaborado pelos
próprios autores, organizado por meio de um quadro sinóptico com as seguint=
es
variáveis: título do artigo, autores, ano e país de publicação, delineament=
o do
estudo, nível de Evidência, avaliação da qualidade metodológica e principais
resultados.
A avalia=
ção
do nível de Evidência dos estudos foi realizada de acordo com à categorizaç=
ão
proposta por Melnyk e Fineout-Overholt (2005)(17), que classific=
a os
estudos em seis níveis, a saber: I – metanálise de estudos controlados e
randomizados; nível II – estudo experimental; nível III – estudo quase
experimental; nível IV – estudo descritivo/não experimental ou com abordagem
qualitativa; nível V – relato de caso ou experiência; nível VI – consenso e
opinião de especialistas.
RESULTADOS
O proces=
so
de amostragem para a identificação dos estudos da pesquisa está representad=
o na
Figura 1, por meio de um fluxograma, que expõe a identificação e seleção dos
artigos em cada base de dados. A estratégia de busca aplicada possibilitou a
captura de 40 artigos, dos quais quatro compuseram a amostra final por
atenderem aos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos.
Figura 1- Fluxograma de identificação e seleção das publicações de acordo
com o PRISMA 2020. Redenção, CE, Brasil, 2021.
Fonte:
Modelo adaptado do fluxograma PRISMA, 2020.
Desses
quatro estudos, três (75%) apresentavam-se na língua inglesa e apenas um (2=
5%)
em língua portuguesa. Referente à procedência, cada estudo foi publicado em=
um
país, sendo um no Brasil (25%), um no Reino Unido (25%), um na Jordânia (25=
%) e
um (25%) nos Estados Unidos. Quanto à fonte de pesquisa, dois estudos (50%)
foram publicados em periódicos indexados na CINAHL, um (25%) na Science Dir=
ect
e um (25%) na BVS. No que tange ao nível de evidência, três (75%) apresenta=
ram
nível V relacionado a evidências derivadas de relato de experiência e um (2=
5%)
nível IV caracterizado por ser um estudo descritivo/não experimental. A tab=
ela
1 apresenta a síntese dos artigos selecionados para o estudo.
Tabela 1-
Distribuição dos artigos incluídos com relação a autores, ano, título, dese=
nho
do estudo, nível de evidência e qualidade metodológica. Redenção, CE, Brasi=
l,
2021.
Estudo |
Autores/ Ano |
Título |
Abordagem metodológica/ Desen=
ho
do estudo/ Nível de Evidência |
Avaliação MMAT |
E1 |
Silveira et al. 202018 |
=
Estratégias
e desafios do ensino remoto na Enfermagem |
Qualitativo Relato de experiência Nível V. |
100% |
E2 |
Leigh=
et al. 2020<=
sup>19 |
=
Redef=
ining
undergraduate nurse teaching during the coronavirus pandemic: use of dig=
ital
Technologies |
Quali=
tativo Relat=
o de
experiência Nível=
V. |
50% |
E3 |
Elsalem et al. 202120 |
=
Remote E-exams during Covid-19 pandemic: A
cross-sectional study of students’ preferences and academic dishonesty in
faculties of medical sciences |
Quantitativo não-aleatório<=
span
style=3D'font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman"=
,serif;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman"'> Estudo transversal. Nível IV. |
100% |
E4 |
Konra=
d;
Fitzgerald; Deckers. 2021<=
sup>21 |
=
Nursi=
ng
fundamentals - supporting clinical competency on-line during the COVID-19
pandemic |
Quali=
tativo Relat=
o de
experiência Nível=
V. |
100%<=
span
style=3D'color:#31849B'> |
Fonte: Dados da pesquisa.
Dos quat=
ro
estudos incluídos, três (75%) são qualitativos e um (25%) é quantitativo
não-aleatório. Os estudos E1(18), E3(20) e E4(21=
)
receberam uma pontuação de 100% sobre a escala de avaliação da qualidade
metodológica MMAT, demonstrando alta qualidade metodológica, uma vez que, t=
odos
os quatro critérios foram cumpridos. O estudo E219 obteve pontua=
ção
de 50%, caracterizada pela perda de pontos quanto a não representatividade =
da
população estudada e por não apresentar uma consideração apropriada na anál=
ise
e interpretação dos resultados.
Diversas
foram as tecnologias utilizadas durante o ensino remoto em enfermagem. No q=
ue
diz respeito a esse aspecto, tem-se que as atividades mais realizadas a par=
tir
das tecnologias digitais foram encontros virtuais, como videoconferências, =
webnars, lives e reuniões(18-=
19),
que puderam ser realizadas por meio das plataformas Zoom®, Microsoft Teams®, e YouTube®(=
19,21);
podcasts através do SoundCloud®, gamificação individual ou coletiva por meio do Kahoot! e Mentimeter®(=
19);
exames eletrônicos remotos(20); além de simulações realísticas
virtuais que objetivavam o aprimoramento do raciocínio clínico a partir da
elaboração de um plano de cuidados por meio da discussão de casos clínicos =
por
vídeo e utilização do MedEdu À Easy Auscultation para tr=
eino
dos sons de Korotkoff (21).
Os estud=
os
E1(18) e E2(19) evidenciaram que as estratégias
utilizadas a partir da utilização de tecnologias educacionais interativas
viabilizaram o ensino, podendo ser utilizadas para cumprir componente teóri=
co
do programa de graduação em enfermagem com qualidade. Além disso, tornaram o
processo prazeroso e acessível, uma vez que mostraram-se como facilitadoras
para o ensino remoto. O estudo E3(20) utilizou a combinação de
exames e questionários e constatou que esse foi o método de avaliação prefe=
rido
pelos alunos durante o ensino remoto. O estudo E4(21) concluiu q=
ue
as habilidades de raciocínio clínico dos discentes foram melhoradas a parti=
r da
experiência da utilização de tecnologias educativas.
DISCUSSÃO
Os
principais resultados dos estudos analisados mostraram que no atual cenário=
de
pandemia COVID-19, no qual as aulas presenciais foram suspensas, desenvolver
estratégias para a continuidade do ensino tornou-se um desafio para o siste=
ma
educacional. Em decorrência da impossibilidade de realização de aulas
presenciais, as instituições de ensino necessitaram adotar o ensino remoto =
de
forma emergencial visando a redução dos impactos que a suspensão das aulas
presenciais causou na rotina dos alunos(5).
Um ensaio
crítico sobre uma nota técnica da Organização da Sociedade Civil Todos Pela
Educação de 2020(22) discutiu as diferenças de conceito entre os
termos ensino remoto e Ensino à Distância (EaD). O estudo aponta que o prim=
eiro
refere-se a uma forma de ensino que foi adotada em virtude da crise atual e=
o
segundo é uma modalidade de ensino estruturada, com organização de currícul=
o,
avaliações e materiais de apoio.
Segundo Silva e colaboradores (2021)(5),
o EaD para a Enfermagem é um tema conflituoso, pois embora possua uma estru=
tura
organizacional bem definida(22), essa modalidade de ensino traz
prejuízos à qualidade do ensino. I=
sso
ocorre devido à deficiência de capacitação prática, reduzida interação entr=
e aluno
e professor e por não favorecer a integração do ensino entre os alunos e os
serviços de saúde. Os autores ainda alertam sobre o posicionamento contrári=
o do
Conselho Nacional de Saúde, da Associação Brasileira de Enfermagem e do
Conselho Federal de Enfermagem à autorização do EaD, até antes da pandemia,
frente aos riscos à sociedade decorrentes dos déficits na qualidade do ensi=
no
(5).
O desaco=
rdo
estrutura-se a partir do princípio de que o enfermeiro deve estar capacitado
para prestar uma assistência técnico-científica, sobretudo humanística, dev=
endo
conhecer as necessidades de saúde das pessoas, sendo isso dificultado no en=
sino
puramente digital. A integração de conhecimento teórico-prático com a reali=
dade
da diversidade dos cenários sociais é prejudicada quando a formação não é
presencial. Diante disso, é necessária cautela na adoção da modalidade EaD,
considerando as fragilidades que podem ocorrer principalmente no
estabelecimento de vínculos entre profissional e paciente, uma vez que
inerentemente a Enfermagem associa o conhecimento científico a sensibilidade
com as necessidades humanas (10).
Entretan=
to,
por efeito das medidas de prevenção da COVID-19 e da necessidade de continu=
ação
da formação acadêmica, as IES adotaram a modalidade remota de forma emergen=
cial.
Todas as IES experienciaram essa dificuldade na implantação do ensino remot=
o,
mesmo aquelas com suporte, por exigir do docente e discente a adaptação à n=
ova
modalidade, o que torna o processo exaustivo(23). Os docentes precisaram aperfeiçoar sua
capacidade de inovação, sistematização do conhecimento e avaliação do proce=
sso
de aprendizagem dos alunos a partir da inclusão de ferramentas com potencial
para melhoria da qualidade de ensino(24).
Ainda qu=
e já
utilizadas anteriormente, o uso de tecnologias educacionais on-line vem sendo amplamente discu=
tido(25),
isso porque o rendimento e aproveitamento dos alunos pode ser impactado por
diversos fatores. Latgé, Araújo e Silva Junior (2020)(26) e Silva et
al. (2021)(5) afirm=
am que
além do caráter desafiador do ensino remoto, a qualidade do ensino também e=
stá
relacionada a outros fatores, a saber: nível de conhecimento tecnológico, p=
osse
de recursos materiais tecnológicos, acesso à Internet e esforço dos sujeitos envolvidos, tornando-o inacessí=
vel
para alguns, o que evidencia a fragilidade do ensino também atrelado à
vulnerabilidade social.
De acordo
com Hodges et al. (2020)(2=
3),
a alteração do ensino presencial para o on-line
induz a um pensamento errôneo de que o aprendizado será fragilizado, entret=
anto,
é a súbita transição dada as circunstâncias sanitárias que dificultou o
proveito das possibilidades e utilização dos recursos. Ratificando isso,
estudos indicam que as atividades a distância quando planejadas de forma
adequada estimulam os alunos de forma igual ou até superior quando comparad=
as a
aulas expositivas tradicionais, principalmente quando tecnologias interativ=
as
são aplicadas(5,25).
Os achad=
os
deste estudo apontam que a realização de webinars,
videoconferências, vídeos, lives e podcasts em programas como Zoom®, Microsoft Teams®, YouT=
ube® e SoundCloud® foram proveitosas para cumpr=
ir
com o componente acadêmico e que so=
ftwares
como Kahoot! e Mentimeter® podem=
ser
utilizados para aplicação de jogos e pesquisas, o que possibilita uma melhor
interação entre os participantes de reuniões virtuais. Ademais, essas
ferramentas permitem que atividades individuais ou em grupo sejam realizada=
s,
potencializando a interação mesmo que de forma remota (18-19).
Desse mo=
do,
esses resultados vão ao encontro dos achados de Damascena et al. (2019)(27), no que se refere à viabilidade do
ensino por meio das tecnologias educacionais on-line, que atuam como agente facilitador do ensino remoto. Al=
ém
de torná-lo prazeroso para os envolvidos, as ferramentas didáticas propicia=
ram
a dinamicidade do processo de ensino-aprendizagem do ensino remoto, promove=
ram
interatividade e contextualização da realidade e potencializaram o interess=
e e
a autonomia dos alunos.
O melhor
aproveitamento do ensino remoto relaciona-se com o método adotado. Segundo
Sousa et al. (2018)(28),
métodos de ensino que estimulam a participação ativa resultam em maior
motivação e envolvimento dos discentes. Em concordância com isso, Konrad,
Fitzgerald e Deckers (2021)(21) evidenciaram que a realização de
discussões de casos clínicos por vídeo e demonstração de procedimentos por =
meio
da simulação realísticas virtuais somadas a treino de habilidades de auscul=
ta a
partir da aplicação da tecnologia M=
edEdu
À Easy Auscultation foi uma estratégia que oportunizou o desenvolviment=
o do
raciocínio clínico dos acadêmicos, o que resultou em uma experiência exitos=
a.
Para a n=
ova
modalidade de ensino também foi necessário que técnicas de avaliação do
desempenho acadêmico fossem adaptadas. O estudo de Elsalem et al. (2021)(20) identificou que os acadêmicos preferem a
combinação de questionários e exames como método de avaliação. Quando
questionados sobre o assunto, docentes que participaram de um estudo que
envolveu professores brasileiros de diferentes níveis do sistema educativo
afirmam que os métodos de avaliação mais utilizados são trabalhos de casa,
avaliações com múltipla escolha com e sem consulta, avaliação dissertativa =
com
consulta, avaliação formativa e observação do desempenho através de jogos ou
simuladores on-line. Entretanto=
, os
docentes declararam que não estão avaliando adequadamente seus alunos(=
29).
Reforça-se, assim, a importância da
avaliação formativa e não apenas as avaliações diagnósticas e somativa.
Em suma,
este estudo reuniu e explorou os resultados obtidos por pesquisadores por m=
eio
da implementação de tecnologias educacionais no ensino remoto durante a
pandemia de COVID-19, alcançando, assim, o seu objetivo proposto.
Identificou-se que, mesmo com a necessidade de aperfeiçoamento dessa modali=
dade
de ensino emergencial e temporária, a utilização de tecnologias educacionais
digitais durante a pandemia possibilitou que os discentes continuassem sua
formação acadêmica de forma remota. Ainda, permitiu a interação com os doce=
ntes
e potencializou o processo de ensino-aprendizagem, respeitando as orientaçõ=
es
de distanciamento social para evitar a aglomeração de pessoas que facilita a
propagação do Sars-CoV-2.
CONCLUSÕES
Conclui-=
se
que as tecnologias educacionais mais utilizadas foram encontros virtuais, podcasts, gamificação individuais =
ou em
grupo, exames eletrônicos remotos, simulações realísticas virtuais e casos
clínicos. Estas tecnologias quando utilizadas adequadamente tornam-se uma
alternativa eficaz para a continuidade da formação acadêmica do enfermeiro =
durante
a pandemia de COVID-19.
Ressalta-se que, quando empreg=
adas
no ensino da Enfermagem, as tecnologias precisam promover a discussão entre=
os
envolvidos. Este métod=
o propicia
o aprimoramento do raciocínio clínico, o compartilhamento de experiências e=
prioriza o protagonismo do
discente. Entretanto, apesar das possibilidades proporcionadas pelas
tecnologias digitais, a experiência prática nos serviços de saúde é
indispensável para os discentes em formação.
Como
principal limitação encontrada nesta revisão, aponta-se a escassez de estud=
os
que respondessem à questão norteadora da pesquisa, levantando a hipótese de=
que
algumas tecnologias utilizadas podem não terem sido publicadas. Esse proble=
ma
pode ser compreendido em razão dos esforços dos pesquisadores estarem
direcionados à resolução da atual crise sanitária. Entretanto, faz-se
necessário que estudos sejam desenvolvidos com foco na qualidade do ensino,
principalmente dos cursos de saúde. Além de melhorar a compreensão das
experiências e conhecer a realidade de outros países.
No perío=
do
de pandemia, o processo de ensino-aprendizagem na área da Enfermagem precis=
ou
ser ressignificado e reinventado. Assim, o presente estudo apresentou as
potencialidades das tecnologias educacionais utilizadas durante o ensino
remoto, contribuindo com a disseminação e discussão do conhecimento dessas
tecnologias como uma possibilidade de ampliação da qualidade do ensino, do
desenvolvimento do raciocínio diagnóstico e do estímulo ao diálogo e a
criatividade dos discentes e docentes de enfermagem nesse contexto emergenc=
ial.
REFERÊNCIAS
1. Oliveira SS, Postal EA,
Afonso DH. As Escolas Médicas e os desafios da formação médica diante da
epidemia brasileira da COVID-19: das (in)certezas acadêmicas ao compromisso
social. APS Revista. [Internet]. 2020 [cited
10 maio 2021]; 2(1):56-60. doi:https://doi.org/10.14295/aps.v2i1.69.
2.
Ministério da Educação (Brasil). Portaria nº 345, de 19 de
Março de 2020. Autoriza, em caráter excepcional, a substituição das
disciplinas presenciais, em andamento, por aulas que utilizem meios e
tecnologias de informação e comunicação, por instituição de educação superi=
or
integrante do sistema federal de ensino. Diário oficial da União 19 mar. 20=
20.
3. Bertoldo HL, Mill D, Salto&nb=
sp;
F. Dicionário crítico de educação e tecnologias e de educação a distância. =
Campinas:
Papirus, 2018.
4. World
Health Organization (WHO). [Internet]. Geneva: WHO: c2020 [cited 19 jun 202=
1].
Nursing and midwifery. January. Available from: https://w=
ww.who.int/news-room/fact-sheets/detail/nursing-and-midwifery
5. Silva CM, Toriyama ATM, Claro=
HG,
Borghi CA, Castro TR, Salvador PICA. Pandemia da COVID-19, ensino emergenci=
al à
distância e Nursing Now: desafios à formação em enfermagem. Rev Gaúcha Enfe=
rm.
[Internet]. 2021 [cited 10 maio 2021]; 42(esp):e20200248. doi:
https://doi.org/10.1590/1983-1447.2021.20200248
6. Corrêia DM, Morari DC, Borges=
JR.
Do presencial ao não presencial. In:CASTRO, L. P. S. Cartilha do docente pa=
ra
atividades pedagógicas não presenciais. Disponível
em:https://sead.paginas.ufsc.br/files/2020/04/Cartilha-doDocente-APNP-UFSC.=
pdf.
Acesso em: 10 maio 2021.
7. Brito G. da. S; PURIFICAÇÃO, =
I.
Educação e novas tecnologias: um repensar. 2. ed. Curitiba: Intersaberes, 2=
015
8. Moreira JAM, Henriques =
S,
Barros D. Transitando de um ensino remoto emergencial para uma educação dig=
ital
em rede, em tempos de pandemia. Dialogia [Internet]. 2020 [cited 10 maio 20=
21];
(34):351-364. doi: https://doi.org/10.5585/Dialogia.N34.17123.
9. Oliveira ES, Freitas TC, Sousa
MR, Mendes NCSGM, Almeida TR, et al. A educação a distância (EaD) e os novos
caminhos da educação após a pandemia ocasionada pela Covid-19. Braz. J.=
of
Develop [Internet]. 2020 [cited 10 maio 2021]; 6 (7):52860-52867. doi:
https://doi.org/10.34117/bjdv6n7-799
10. Lira ALBC, Adamy EK, Teixeir=
a E,
Silva FV. Nursing
education: challenges and perspectives in times of the COVID-19 pandemic. <=
/span>Rev Bras Enferm. [Internet]. 2020 [cited 10 maio 2021];
73:e20200683. doi:https://doi.org/10.1590/0034-7167-2020-0683
11. Ministério da Saúde (BR).
Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 573, de 31 de janeiro de 2018
[Internet]. 2018 [ci=
ted
08 Jun 2021]. Available from:
http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2018/Reso573.pdf
12. Pluy=
e P,
Hong QN. Combining the power of stories and the power of numbers: mixed met=
hods
research and mixed studies reviews. Annu Rev Public Health [Internet]. 2014
[cited 10 maio 2021] 35(1):29-45.
doi.org/10.1146/annurevpublhealth-032013-182440
13. Card=
oso
V, Trevisan I, Cicolella DA, Waterkemper R. SYSTEMATIC REVIEW OF MIXED
METHODS: METHOD OF RESEARCH FOR THE INCORPORATION OF EVIDENCE IN NURSING. <=
/span>Texto contexto-enferm. [Intenert]. 2019 [cited&nbs=
p;17
Jun 2021]; 28, e20170279. doi: https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2017-0279
14. Joan=
na
Briggs Institute. Reviewers’ Manual-Methodology for JBI Mixed Methods
Systematic Reviews. [Internet]. Adelaide: JBI [cited 02 Abr 2021]. Available
from:
http://joannabriggs.org/assets/docs/sumari/ReviewersManual_Mixed-Methods-Re=
view-Methods-2014-ch1.pdf
15. John=
son
N, Phillips M. Rayyan for systematic reviews. Journal of
Electronic Resources Librarianship. [Internet]. 2018 [cited 02 Abr
2021] 30:1, 46-48. doi: 10.1080 / 1941126X.2018.144=
4339
16. Page=
M
J, McKenzie J E, Bossuyt P M, Boutron I, Hoffmann T C, Mulrow C D, et al. T=
he
PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic review=
s.
The BMJ. [Internet]. 2021; 372 (71). doi:10.1136/bmj.n71
17. Meln=
yk
BM, Fineout-Overholt E. Environme=
ntal
health in public health community practice: An integrative review of the
literature. Melnyk BM, Fineout-Overholt E, editors.
Philadelphia: Lippincott Williams and Wilkins; 2005.
18. Silveira A, Santos NO, Wilhe=
lm
LA, Soccol KLS, Tisott ZL, Prates LA. Estratégias e desafios do ensino remo=
to
na Enfermagem. Enfermagem em Foco. [Internet]. 2021; 11 (5). doi:https://doi.org/10.21675/23=
57-707X.2020.v11.n5.4302.
19. Leigh J, Vasilica<=
/span> C, Dron R,Gawthorpe=
D, Burns E, Kennedy=
span> S, Kennedy=
span> R, Warburto=
n T, Croughan<=
/span> C.
Redefining undergraduate nurse teaching during the coronavirus pandemic: us=
e of
digital technologies. British journal of nursing. [Internet]. 2020; 29
(10). doi: https://doi.org/10.12968/bjon.2020.29.10.566. 20. Elsalema =
L,
Al-Azzamb N, Jum'ahc AA, Obeidatd N. Remote E-exams during Covid-=
19
pandemic: A cross-sectional study of students’ preferences and academic
dishonesty in faculties of medical sciences. Annals of Medicine and Surgery.
[Internet] 2021; 62. doi: https://doi.org/10.1016/j.amsu.2021.01.054. 21. Konr=
ad
S, Fitzgerald A, Deckers C. Nursing fundamentals - supporting clinical
competency on-line during the COVID-19 pandemic. Teaching and learning in
nursing: official journal of the National Organization for Assciate Degree
Nursing. [Internet]. 2020;16 (1). doi:
https://doi.org/10.1016/j.teln.2020.07.005. 22. Mello JP, Vitorino AJR. Ensa=
io
Crítico sobre as Possíveis Estratégias Adotadas para o Enfrentamento ao
Fechamento das Escolas Provocado Pela Covid-19: rede municipal de ensino de
Campinas (SP)–Brasil. Currículo sem Fronteiras. [Internet]. 2020; 20 (3)=
. 23. Hodg=
es
C, Moore S, Lockee B, Trust T, Bond A. The difference between emergency rem=
ote
teaching and on-line learning. Educause
review. [Internet]. 2020; (27):1-12. 24. Lima EB, Paiva SC, Goulart J=
C.
Ensino a distância frente à pandemia COVID-19. Revista de Estudos em Educaç=
ão.
[Internet]. 2021;1 (7): 20-31. 25. Silva ACO, Shirliane AS, Men=
ezes
JBF. O ensino remoto na percepção discente: desafios e benefícios. Dialogia.
[Internet] 2020; (36):298-315. doi: https://doi.org/10.5585/dialogia.n36.18=
383 26. Latgé, PK, Araújo, DN,
Silva Júnior, AG. Comunicação, educação e vigilância
popular em saúde em tempos de COVID-19– a
experiência das comunidades de Niterói, RJ. APS=
em
Revista. [Internet]. 2020;2 (2): 122-127, 2020. doi:10.14295/aps.v2i2.110 27. Damascena SCC, dos Santos KC=
B,
Lopes GSG, Gontijo PVC, Paiva MVS, Lima MES, Campos RS. Uso de tecnologias
educacionais digitais como ferramenta didática no processo de
ensino-aprendizagem em enfermagem. Brazilian Journal of Development. [Internet].
2019;5 (12): 29925-29939. doi: https://doi.org/10.34117/bjdv5n12-13 28. Sousa NP, Lima JS, Epaminond=
as
JM, Nunes EDCS. Ensino baseado em simulação: experiência no ensino de prime=
iros
socorros em curso técnico. Revista Eixo. [Internet]. 2018; 7(2): 79-86.&nbs=
p; 29. Herrera VAS, Da Silva S, Dos
Santos CER, Oliveira LP. Desafios docentes no contexto da Pandemia de COVID=
19:
ferramentas e estratégias. Revista de Estudos e Pesquisas sobre Ensino
Tecnológico (EDUCITEC). [Internet] 2020;6: e156420. doi:https://doi.org/10.31417/educitec.v6.1564. Autor correspondente Nome: Raphaella Castro Jansen; Endereço: Rua José Franco de Oliveira, Centro,
62790000 - Redenção, CE – Brasil. Telefone: (85) 98706-8628; E-mail: raphaella.jansen@gmail.com. Submissão: 2021-09-15
Aprovado: 2021-10-14
[1]=
Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção, Brasil. OR=
CID:
=
https://orcid.org/0000-0002-4032-5825
[2]=
Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção, Brasil. OR=
CID: https://orcid.org/0000-0001-7341-8596
[3]=
Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção, Brasil. OR=
CID: https://orcid.org/0000-0003-0355-5901
[4]=
Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção, Brasil. OR=
CID: https://orcid.org/0000-0003-0815-1703
[5]=
Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção, Brasil. OR=
CID:
https://orcid.org/0000-00=
03-2668-7587
[6]=
Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção, Brasil. OR=
CID: https://orcid.org/0000-0002-2594-2323
[7]=
Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-=
7255-960X
= span> =