INTRODUÇÃO
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)
proporcionam acesso rápido às informações importantes. Nos últimos anos, o
número de usuários fazendo uso dessas tecnologias aumentou, permitindo o uso
pelos profissionais de saúde, estudantes e pacientes nos processos de
comunicação e educação em saúde, principalmente no cenário atual de pandemi=
a,
onde a disponibilização de materiais por meio digital tornou viável o ensin=
o e
a comunicação entre profissionais de saúde, alunos em formação e a populaçã=
o em
geral(1).
A obtenção de informações pela população, neste cenário =
de
pandemia, tem sido a forma de mostrar a gravidade diante do acometimento pe=
lo
vírus SARS-CoV-2, por causar quadros clínicos que podem variar desde infecç=
ões
assintomáticas a problemas respiratórios graves(2).
A alta transmissibilidade do vírus somada à falta de
informações sobre a doença e a inexistência de um tratamento eficaz ou vaci=
na
contribuíram para que este surto tomasse grandes proporções, afetando a saú=
de
de milhões de pessoas ao redor do mundo(3). Diante do aumento do
número de pessoas infectadas, ocorrência de óbitos e uma variedade de países
que estão sofrendo com isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou
estado de pandemia no dia 11 de março de 2020(4).
Desta forma, por se tratar de uma doença infecciosa e de
rápida propagação, ressalta-se a importância em informar a população acerca=
das
estratégias de prevenção e controle. A OMS lançou medidas de precaução que =
se
aplicam para toda comunidade com o intuito de evitar a contaminação pelo ví=
rus,
bem como sua propagação. Dentre elas, estão as medidas de etiqueta
respiratória, o distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização d=
as
mãos(2).
A elaboração de tecnologias educativas, a partir das
orientações dos órgãos mundiais de saúde, bem como a disponibilização segur=
a em
redes sociais, podem ser ferramentas importantes para orientar, em especial=
o
público adolescente, por este ter mais facilidade de compartilhamento e
capacidade de alcance(5). Ainda, nesse momento de distanciamento
social, pôde-se perceber um aumento no tempo de utilização de redes sociais=
e
no fluxo de criação e compartilhamento de informações sobre a doença, torna=
ndo
a internet um instrumento que permitiu a continuidade da aprendizagem, a
manutenção de contato com amigos e uma forma de cuidar da saúde mental=
(6).
Desta forma, o =
estudo
se justifica pelo elevado número de pessoas que foram infectadas diariamente
pela COVID-19; assim como pela taxa de mortalidade em decorrência da infecç=
ão
ou complicações advindas da infecção; além da escassez de material informat=
ivo
com enfoque educativo voltado para os adolescentes. A nova realidade exige
ainda um método de educação acessível a todos, com uma linguagem simples e
informações confiáveis sobre as formas adequadas de prevenção, sendo as red=
es
sociais uma boa opção para promover a educação e a construção de um
conhecimento seguro, objetivando influenciar os hábitos das pessoas e torná=
-las
críticas, diante das mudanças que a COVID-19 têm exigido(1).
A elaboração de tecnologias educativas, no contexto da
pandemia pela COVID-19, é relevante, pois visa alertar à população sobre no=
vas
medidas para deter a infecção e assegurar que a prevenção é uma ferramenta
importante; além de chamar a atenção, em especial dos adolescentes, podendo
disseminar as informações a esses grupos e contribuir para a união de todos=
no
combate à pandemia; e deixar a sociedade mais informada e crítica sobre
notícias, informações e orientações que a ciência determina.
Diante do exposto, tem-se como objetivo: relatar a
experiência de elaborar e disponibilizar tecnologias educativas para
adolescentes, acerca da COVID-19.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de
experiência. As tecnologias educativas foram produzidas tendo como público =
alvo
os estudantes adolescentes de uma escola, localizada na cidade de
Fortaleza-Ceará.
O percurso metodológico para construção do material
educativo seguiu quatro etapas: 1) Aprofundamento teórico a respeito da COV=
ID-19;
2) Divisão dos temas a serem abordados na elaboração das tecnologias; 3)
Construção do material educativo; 4) Disponibilização das tecnologias.=
Com a necessidade de pautar informações técnicas sobre a
COVID-19 os temas foram definidos de acordo com as publicações dos Decretos=
do
Governo do Ceará com ações contra a COVID-19.
O aprofundamento teórico se deu mediante bancos de dados
eletrônicos da área da saúde, voltados para a COVID-19, bem como informações
disponibilizadas pelo Ministério da Saúde (MS), OMS e Organização Pan-Ameri=
cana
da Saúde (OPAS).
Para a construção do material educativo, utilizou-se uma
plataforma de design gráfico de=
nominada
“Canva”. Buscou-se trazer uma linguagem acessív=
el aos
adolescentes e com imagens que pudessem ilustrar e exemplificar o conteúdo
teórico. Tal plataforma oferece um serviço online cujo objetivo principal é=
à
criação de materiais de design e
edição de imagens. O acesso é gratuito, mas, para alguns templates
e imagens do banco de dados é necessário pagar pela sua utilização. Utilizo=
u-se
a versão gratuita.
Após a construção do material educativo,
realizou-se o envio do material para o diretor da Escola Ensino Fundamental=
e
Médio Félix Azevedo (EEFM), que disponibilizou a tecnologia educativa nos
grupos de what=
sapp
dos alunos.
O estudo não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquis=
a por
se tratar de um relato de experiência. Contudo, ressalta-se que em respeito=
aos
aspectos éticos e legais das pesquisas com seres humanos, em nenhum momento=
da
descrição do estudo foi necessário identificação dos adolescentes envolvido=
s.
RESULTADOS
Para construção das tecnologias foram seguidas as seguin=
tes
etapas:
1)
Aprofundamento teórico a respeito da COVID-19
Os estudos sobre o novo coronavírus foram feitos por mei=
o de
cursos onlines, destacando-se: “COVID-19: Manej=
o do
paciente com distúrbios respiratórios”; “COVID-19: Por que precisamos de
isolamento físico?” e “Prevenção e controle de infecções (PCI) causadas pelo
novo coronavírus”, ofertados pela Universidade Federal do Rio Grande do Nor=
te,
no site Ambiente Virtual de Aprendizagem do Sistema Único de Saúde
(AVASUS). Além disso, foi realizada
leitura de documentos sobre o assunto em sites do MS e OPAS, os quais
atualizam, diariamente, as descobertas sobre o novo vírus.
2)
Divisão dos temas abordados nas tecnologias
Os temas contemplaram os seguintes aspectos da COVID-19:=
orientações aos cuidadores de pessoas=
e
pacientes com suspeita ou confirmação da COVID-19; fatores de risco e de
proteção da COVID-19 (obesidade, alimentos ultraproces=
sados);
controle da ansiedade durante a pandemia da COVID-19; realização de testes
rápidos para COVID-19; e retorno das atividades com segurança na pandemia da
COVID-19 (Quadro 1).
3)
Construção do material educativo
A construção do material educativo foi feita no editor <=
span
class=3DSpellE>Canva, utilizando textos curtos, de linguagem fácil e
objetiva, com exemplos, imagens e cores que chamassem a atenção do público.=
4)
Disponibilização das tecnologias
Após a construção dos materiais, eles foram
disponibilizados pelo Whatsapp
do diretor da escola Félix Azevedo, que enviava aos grupos de alunos que fa=
ziam
parte das atividades de extensão da escola em parceria com a UFC.
DISCUSSÃO
O surgimento de uma doença causada por um no=
vo
tipo vírus, o Sars-Cov-2 cujas informações são incipientes, pode desencadear
uma assimetria de informações, à medida que novas descobertas são feitas. D=
essa
forma, a investigação e a pesquisa exercem forte influência na orientação de
medidas de prevenção da disseminação do vírus. Para tanto, é necessário que
haja um alinhamento ou simetria das informações sobre os mecanismos da doen=
ça,
para que as medidas de prevenção sejam claras e, consequentemente, eficazes,
além de permitir um importante trabalho de educação em saúde e construção de
materiais e tecnologias educativas, com conteúdos atualizados e alinhados c=
om
as medidas de saúde implementadas pelos órgãos de saúde(7)<=
/span>. =
No referido trabalho, os conteúdos para a
elaboração das tecnologias educativas foram realizados a partir de informaç=
ões
oficiais contidas em documentos disponibilizados pelo MS e OPAS e cursos da
plataforma Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde, fontes que emitem
evidências oficiais sobre a doença (UNASUS).
Com relação às orientações aos cuidadores de
pessoas e pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19, tem-se que o
isolamento no domicílio por 14 dias a contar do primeiro dia de início dos
sintomas é indicado a todas as pessoas com sintomas respiratórios, independ=
ente
da presença ou não de febre, e às pessoas com diagnóstico médico de Síndrome
Gripal como medida de prevenção da disseminação do Sars-Cov-2(8)<=
/span>.<=
/p>
Portanto, indivíduos com diagnóstico positiv=
o de
COVID-19 e que apresentam sintomas leves, podem, a depender do julgamento da
equipe de saúde, não necessitar de hospitalização ou de cuidados
especializados, a menos que a evolução da doença indique piora do quadro. P=
ara
casos assim, o MS, seguindo as diretrizes técnicas de manejo de pacientes c=
om
diagnóstico de COVID-19, da OMS, orienta alguns cuidados relacionados, tant=
o ao
isolamento do paciente, como às precauções dos cuidadores destes pacientes<=
/span>(9,1=
0). Portanto, optou-se
abordar tais orientações na confecção dos materiais educativos com o intuit=
o de
compartilhar informações importantes de prevenção da disseminação da doença,
por parte do paciente, como também informar as precauções necessárias ao
cuidador para evitar o contágio, já que este é peça fundamental neste proce=
sso
de quebra da cadeia de transmissão.
Dentre as orientações relacionadas ao isolam=
ento
do paciente, ressalta-se a etiqueta respiratória, lavagem das mãos, isolame=
nto
domiciliar, distanciamento social, permanência em quarto isolado com boa
ventilação e uso de máscara. É importante também, que o paciente permaneça =
em
casa, saindo apenas em situações de emergência e sempre utilizando máscara e
prezando pelo distanciamento social(11).<=
/p>
Já em relação às medidas de precaução aos
cuidadores, salientou-se a importância de manter-se saudável, com medidas de
manutenção da imunidade, uso de máscara e luvas descartáveis, ao manusear
objetos e utensílios utilizados pelo paciente, a fim de evitar contato com
secreções e a lavagem das mãos(11,12)<=
span
style=3D'font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman",se=
rif;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black'>. =
Com relação às orientações sobre os fatores =
de
risco para COVID-19 (obesidade, alimentos ultraprocess=
ados),
tem-se que determinados grupos de pessoas, quando infectadas pelo SARS-CoV-=
2,
desenvolvem formas mais graves de COVID-19 requerendo cuidados especializad=
os.
Dentre essas pessoas, estão as que possuem condições crônicas, as que possu=
em
60 anos ou mais, pessoas com doenças pulmonares ou asma, imunossuprimidos,
cardiopatas, insuficiência renal, diabetes mellitus e hipertensão arterial,
tabagistas e obesos graves se encaixam neste grupo de risco para COVID-19(8)<=
/span>. =
A obesidade se justifica, por estar, geralme=
nte,
relacionada ao aumento de doenças crônicas, como hipertensão arterial e
diabetes mellitus, por predispor de infecções pulmonares e causar redução da
saturação de oxigênio no sangue, interferindo no processo de ventilação
pulmonar13. Essa é uma das maiores preocupações para os órgãos de saúde de=
vido
ao aumento do consumo de alimentos ultraprocessados(14,=
15). =
Além disso, alimentos u=
ltraprocessados
são aqueles cujo processo de produção são industriais, a partir de substânc=
ias
extraídas de constituintes alimentares ou sintetizadas em laboratórios como
corantes, aromatizantes entre outros aditivos. Este tipo de alimento possui
elevados níveis de sódio, açúcares e gorduras saturadas, ou seja, são alime=
ntos
com alta densidade energética, energia esta cujo organismo armazenará nos
adipócitos.(14) Visto que uma das orientações do MS para precaução ao COVID-19=
é
manter-se saudável, este tipo de alimento deve ser evitado, dando lugar
preferencialmente a alimentos in na=
tura
(de origem direta de plantas ou animais), ou minimamente processados
(processados sem adição de outros componentes ao alimento original)(16=
).
Além disso, a má alimentação e a consequente
deficiência do estado nutricional podem interferir diretamente no sistema
imunológico do indivíduo, deixando-o suscetível a comorbidades e infecções<=
sup>(17).
Logo, a alimentação saudável é uma medida bastante importante na
prevenção a COVID-19, devido a sua importância na imunidade.
Aliado a uma alimentação saudável e a
hidratação, o exercício físico é capaz de gerar alterações nos parâmetros
imunes que podem induzir o aumento da resposta dos mecanismos de defesa do
organismo, dado a inter-relação entre os sistemas nervoso, endócrino e
imunológico(18). Visto que a exposição influi risco de infecção pelo SARS-CoV-2=
, o
exercício físico deve ser feita de maneira cautelosa, respeitando o
distanciamento social e as medidas sanitárias impostas pelos órgãos de saúd=
e, e
orientada e monitorada por profissionais de educação física, a fim de evitar
prática prejudicial de exercício físico. Apesar destas medidas não impedire=
m a
infecção, recomenda-se a adoção do bom condicionamento físico e a manutençã=
o da
imunidade, pois é provável que tais hábitos minimizem os sintomas em caso de
infecção pelo vírus, melhorando o prognóstico da doença (19=
).
Com relação às orientações sobre o controle =
da
ansiedade durante a pandemia da COVID-19, viu-se que durante este período de
distanciamento social e isolamento domiciliar é comum sentimentos de
incertezas. Tais sentimentos podem estar relacionados ao aumento do nível de
cortisol, hormônio responsável pelas sensações de estresse, que também podem
diminuir a imunidade(19). Portanto, para manter-se saudável, não=
é
suficiente cuidar apenas da saúde física, é necessário também cuidar da saú=
de
mental, controlando o estresse e buscando maneiras de lidar com a ansiedade=
, se
houver.
A ansiedade é definida como um estado de medo
absoluto, paralisante, que, muitas vezes, leva a pessoa a perder o controle
sobre suas emoções, sentimentos e comportamentos, interferindo diretamente =
na
sua produtividade e qualidade de vida. Tensão muscular, preocupação com o
futuro e comportamentos de fuga estão associados à ansiedade(20).
Optou-se, também, trabalhar esta temática, por esta ser importante na
manutenção do sistema imunológico. Portanto, o fornecimento de informações
úteis para o controle da ansiedade podem contribuir com o aumento da qualid=
ade
de vida e saúde mental durante a pandemia de COVID-19.
Com relação às orientações sobre a realizaçã=
o de
testes rápidos para COVID-19 e como o mesmo é feito, segundo a ANVISA,
observou-se que uma das recomendações da OMS para o enfrentamento da COVID-=
19 é
a testagem em massa. Combinada com o isolamento social, a massificação dos
testes para a COVID-19 pode achatar a curva de casos, identificar infectado=
s e,
a partir daí, isolá-los(21).
Segundo a ANVISA, a testagem do tipo molecul=
ar é
indicada às pessoas que estejam apresentando sintomas da doença, pois este =
tipo
de teste detecta a presença do vírus no organismo. Os testes rápidos,
sorológicos, detectam a presença de anticorpos produzidos pelo organismo de=
7 a
11 dias, após a exposição ao vírus, sendo assim indicados para rastreamento=
de
contatos, vigilância sorológica e identificação de quem já teve contato com=
o
vírus(9).
Dessa forma, é importante que a população
conheça os tipos de testes disponíveis para a COVID-19 e o que os seus
resultados significam, para assim buscar serviços de saúde, de acordo com a
necessidade, e incorporar medidas de precaução ou isolamento social, de aco=
rdo
com o resultado dos testes.
Enfim, com o retorno das atividades presenci=
ais,
foi necessário adotar algumas medidas de segurança e saber, também, o que f=
azer
quando suspeitar-se de COVID-19. Dentre algumas orientações do MS, estão: o=
uso
obrigatório de máscara; lavagem das mãos; evitar tocar olhos, nariz e boca;=
não
compartilhar objetos de uso pessoal; caso precise compartilhar objetos,
realizar higienização do mesmo com álcool a 70%; evitar cumprimentos com
apertos de mão, beijos ou abraços; evitar aglomerações; e, em caso de suspe=
ita
ou se entrou em contato com pessoas com suspeita ou confirmação da
contaminação, procurar orientação médica(11). =
O compartilhamento dessas informações se mos=
tra
bastante importante para que as pessoas possam, de maneira responsável e
segura, retornar às atividades presenciais, minimizando os riscos para si e
para a comunidade de acordo com as orientações e recomendações do MS.<=
/o:p>
A construção do material educativo foi feita=
no
editor Canva, utilizando textos curtos, de ling=
uagem
fácil e objetiva, com exemplos, imagens e cores que chamassem a atenção do
público. Esta plataforma dispõe de diversas ferramentas de edição de texto e
imagem, o que permite uma maior liberdade criativa no processo de elaboraçã=
o de
materiais visuais. Por meio dela, também se consegue salvar as produções em
diferentes formatos de imagem ou de texto, o que facilita seu compartilhame=
nto
em redes digitais, podendo assim atingir um maior número de pessoas.
As mídias sociais são sites na internet que
permitem o compartilhamento de informações e a construção de relacionamentos
por meio de bate-papos, sendo muito presente na vida das pessoas, em especi=
al
dos adolescentes, os quais usam essas a maior parte do tempo para fazer
amizades, compartilhar pensamentos, ideias, opiniões e também para estarem
atualizados sobre o que acontece no mundo. Por isso, as mídias sociais foram
usadas para a disponibilização dos materiais educativos, visto que seria de
fácil acesso e, assim, poderia despertar a curiosidade sobre o assunto e
estimular a vontade deles de saberem sobre o novo vírus e compartilhar com
outros adolescentes e com a família. Esta nova forma de realizar educação em
saúde pode ser vista como um aprimoramento ao passar o conhecimento, uma fo=
rma
de adequar o ensino à nova era digital(22).
O uso de novas tecnologias, como as redes
sociais, tem o objetivo de informar diversos públicos, como também de inovar
ações de educação e saúde, tão necessárias na prática de enfermagem, em seu=
s eixos
de atuação: gerência, assistência, ensino, pesquisa e extensão(23).
Estas novas tecnologias e a facilidade de ac=
esso
a internet contribuem de forma
positiva para a realização de ações de educação em saúde, que abrange maior
público e permite a inovação de como se apresentam os conteúdos, os quais
facilitam a comunicação, tornam a linguagem mais clara e prática e o acesso=
se
torna mais simples e rápida(24).
Além deste aperfeiçoamento, o uso de novas t=
ecnologias
também permitiu a enfermagem se adequar à nova realidade de pandemia, visto=
que
o distanciamento social se fez como melhor opção para prevenção da COVID-19=
. A
informação estaria ao alcance de todos, sem precisar se expor ao vírus. Por
isso, as pessoas tiveram informações sobre prevenção, transmissão, sintomas=
e a
evolução dos casos, sem sair do seu domicílio, sem ter contato com outras
pessoas, nem mesmo com a família.
As dificuldades ocorreram mais no início, já que a reali=
dade
era totalmente nova, pois anteriormente as ações de educação em saúde eram
feitas de forma presencial, com o uso de slides, jogos educativos e rodas de
conversa. Portanto, quando se pensou em usar novas tecnologias, surgiu a
preocupação de acesso da população, já que apesar da internet ter um amplo
público, ainda havia pessoas sem esta facilidade.
Além disso, os materiais educativos deveriam ter informa=
ções
verídicas sobre a COVID-19, pois uma realidade enfrentada durante a pandemia
foram as Fake<=
/i> News, às quais estavam sendo ampl=
amente
disseminadas com informações equivocadas. Logo, houve a preocupação de busc=
ar
notícias e descobertas verídicas, tornando as buscas mais lentas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS =
Apesar da nova realidade de distanciamento, através das
tecnologias de informação, percebe-se que as ações de educação em saúde for=
am
disseminadas com uma linguagem clara, baseada em evidências científicas, al=
ém
do aperfeiçoamento nas ações de educação em saúde, as quais se adaptaram e
alcançaram o objetivo de educar e informar.
Também, foi possível perceber que os
adolescentes acessavam as informações comentavam com os pais e professores,=
nos
levando a acreditar que eles agiram como importantes multiplicadores do
conhecimento, pois recebiam, refletiam e compartilhavam a informação de cun=
ho
educativo.
REFERÊNCIAS
1.
Silva MM, Penha JC d=
a,
Barbosa ICFJ, Carneiro CT, Borges JWP, Bezerra MAR. Construção e validação =
de
tecnologia educacional para promoção do aleitamento materno no período
neonatal. Escola Anna Nery [Internet]. 2021 [citado 2020 Dez
15];25(2):e20200235. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2020-0235.
2.
Soares DC, Cecagno D, Quadros LCM, Spagnolo=
LML, Cunha TN, Fritzen FM. Tecnologias da infor=
mação
e comunicação na educação em saúde acerca do Coronavírus: relato de
experiência. J. nurs. Health [Internet]. 2020 [=
citado
2020 Dez 15]; 10(n.esp.):e20104027.
3.
Garcia LP, Duarte E.
Intervenções não farmacológicas para o enfrentamento à epidemia da COVID-19=
no
Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde [Internet]. 2020 [citado 2020 Dez
15]:e2020222. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742020000200=
009.
4.
OPAS 1. Organização
Pan-Americana de Saúde. OMS afirma que COVID-19 é agora caracterizada como
pandemia. 11 de março de 2020. acesso: https://www.paho.org/bra/index.php?o=
ption=3Dcom_content&view=3Darticle&id=3D6120:oms-afirma-que-covid-1=
9-e-agora-caracterizada-como-pandemia&Itemid=3D812
5.
UNICEF. UNICEF alert=
a:
garantir acesso livre à internet para famílias e crianças vulneráveis é
essencial na resposta à Covid-19. 2020
6.
OPAS 2. Organização
Pan-Americana da Saúde - PAHO. Entenda a infodemia e a desinformação na luta
contra a COVID-19. 2020. Disponível em:
https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52054/Factsheet-Infodemic_po=
r.pdf?sequence=3D14&isAllowed=3Dy.
Acesso em: 07 mar. 2021
7.
Lima CRM de, Sánchez=
-Tarragó N, Moraes D, Grings L,
Maia MR. Emergência de saúde pública global por pandemia de COVID-19:
desinformação, assimetria de informações e validação discursiva. Folha de R=
osto [Internet]. 2020 [citado 2020 Dez
15]:3(6):1-28, 20. Disponível em:
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/43910/2/Emerg%C3%AAnciaSa%C3%BA=
deP%C3%BAblica_PREPRINT.pdf.
Acesso em: 07 dez. 2020.
8. Ministério da Saúde
(BR). Atenção a pessoas com doenças crônicas na aps
diante da situação de pandemia de COVID-19 (CORONAVÍRUS). 1 ed. 2020.
Disponível em:
https://atencaobasica.saude.rs.gov.br/upload/arquivos/202005/04091032-nt-at=
encao-as-pessoas-com-doencas-cronicas-na-aps.pdf.
Acesso em: 15 dez. 2020.
9.
Ministério da Saúde
(BR). Coronavírus Brasil. Disponível em: https://covid.saude.gov.br/. Acesso
em: 22 out. 2020
10.
Tonin L et al . Recomenda=
ções
em tempos de COVID-19: um olhar para o cuidado domiciliar. Rev. Bras. Enferm
[Internet]. 2020 [citado 2020 Dez 15]:73(2):
e20200310
11. Ministério da Saúde
(BR). Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Protocolo de manejo clínico do
coronavírus (COVID-19) na atenção primária à saúde: versão 7 [Internet].
Brasília: Ministério da Saúde; 2020 [citado 2020 dez 14]. Disponível em: https://saude.rs.gov=
.br/upload/arquivos/202004/14140606-4-ms-protocolomanejo-aps-ver07abril.pdf=
12.
Universidade Aberta =
do
Sus (UNASUS) - UFMA. Orientações aos cuidadores ou pessoas que compartilham
espaço com pessoas com suspeita ou confirmação de COVID-19. São Luís: Março,
2020
13. Costa TRM et al .Obesit=
y
as a coefficient in the ag=
gravation
of patients affected by COVID-19. Research, Society and Development
[Internet]. 2020 [citado 2021 Mar 10]:9(9): e395997304. Disponível em:
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7304. 10.33448/rsd-v9i9.7=
304.
14.
Martins APB. É preci=
so
tratar a obesidade como um problema de saúde pública. Rev. adm. Empres [Internet]. 2018 [citado 2021 Mar 10]:58(93):3=
37-341
15.
Bortolini GAet al. Guias alimentares: estratégia para redução do
consumo de alimentos ultraprocessados e prevenç=
ão da
obesidade. Revista Panamericana de Salud Pública
[Internet]. 2019 [citado 2020 Dez 15]:43:1-6, 16 dez. 2019. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6913219/.
http://dx.doi.org/10.26633/rpsp.2019.59.
16.
Ministério da Saúde
(BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasile=
ira /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção
Básica. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília : Minis=
tério
da Saúde, 2014.
17.
Lima MR da S, Soares
ACN. Alimentação saudável em tempos de COVID-19: o que eu preciso saber?.
Brazilian Journal Of Health Review [Internet]. 2020 [citado 2020 Dez
15]:3(3):3980-3992. http://dx.doi.org/10.34119/bjhrv3n3-009.
18. Leandro C, Nascimento E do, Manhães-de-Castro
Raul, Duarte JA, De-Castro, Célia MMB. Exercício físico e sistema imunológi=
co:
mecanismos e integrações. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto
[Internet]. 2002 [citado 2020 Mar 07]:2(5):80-90. Disponível em:
https://www.researchgate.net/profile/Raul_Manhaes-de-Castro/publication/255=
622412_Exercicio_fisico_e_sistema_imunologico_mecanismos_e_integracoes/link=
s/00b495385416d92ded000000.pdf?rel=3Doutbound.
19. Morales PA, Oliveira MBC, Calomeni
MR. Relação entre a prática do exercício físico, do fortalecimento do siste=
ma imunológico
e combate à covid-19. Boletim P&D [Internet]. Disponível em https://ojs3.perspectivasonline.com.br/bolet=
im_p_d/article/view/2052.
20. Rolim JA, Oliveira AR, Batista EC. Manejo da
Ansiedade no Enfrentamento da Covid-19. Revista Enfermagem e Saúde Coletiva
[Internet]. Disponível em:=
=
https://www.researchgate.net/publication/343=
678426_Manejo_da_Ansiedade_no_Enfrentamento_da_Covid-19_Managing_Anxiety_in=
_Coping_with_Covid-19.
21. Vasconcelos Y. A importância de testar em la=
rga
escala. 2020. Disponível em:
https://revistapesquisa.fapesp.br/a-importancia-de-testar-em-larga-escala/.=
22. Aragão JMN. Mídia social Facebook como
tecnologia de educação em saúde sexual e reprodutiva de adolescentes escola=
res.
[Internet] 2016. 165 f. Tese (Doutorado) - Curso de Enfermagem, Universidade
Federal do Ceará, Fortaleza
23. Nietsche EA. Tecnologias Inovadoras do Cuida=
do
em enfermagem. Rev Enferm Ufsm [Internet] 2012
[citado 2021 Mar 07]:2(1):182-189. Disponível em:
https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/3591/3144.
24. Interaminense=
INCS, Oliveira SC de, Leal LP, Linhares FMP,
Pontes CM. Tecnologias educativas para promoção da vacinação contra o papilomavírus humano: revisão integrativa da literatu=
ra.
Texto & Contexto – Enfermagem [Internet] 2016 [citado 2021 Mar
07]:25(2)e2300015. http://dx.doi.org/10.1590/0104-07072016002300015.
Autor correspondente
Kirley Kethellen Batista Mesquita. Rua João Luiz Santiago, 519 – CEP:
60.821-430. Telefone: (85) 9.9975-0901. E-mail: kirleybatista@gmail.com
Submissão: 2021-10-16
Aprovado: 2021-10-22
![3D1.png](3D"1256PTHTML_arquivos/image002.png")
![3D2.png](3D"1256PTHTML_arquivos/image004.png")
![3D3.png](3D"1256PTHTML_arquivos/image006.png")
![3D4.png](3D"1256PTHTML_arquivos/image008.png")
![3D5.png](3D"1256PTHTML_arquivos/image010.png")