HÁBITOS ALIMENTARES E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE BUCAL E MICROBIOTA ORAL DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
DOI:
https://doi.org/10.31011/reaid-2022-v.96-n.38-art.1362Palavras-chave:
Universidades; Àfrica; Cárie dentária; CandidaResumo
Objetivo: Avaliar a relação entre a ingestão de alimentos cariogênicos por universitários de países africanos, a presença de cárie dentária e Candida spp. e o valor do pH salivar. Métodos: Estudo transversal e analítico, realizado em uma universidade brasileira. A ingestão de alimentos cariogênicos foi avaliada por meio de questionário e foi determinada o Índice de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados (Índice CPOD). Para quantificar o pH, uma tira indicadora foi imersa na saliva coletada. A identificação de Candida spp. foi realizada através da cultura da amostra em CHROMagar Candida ™. Para análise dos dados, foram aplicados os testes de Kruskal-Wallis, Mann-Whitney e Qui-Quadrado, considerando um valor de p <0,05. Resultados: Dos 133 participantes, 57,89% eram guineenses, 20,30% tinham Candida spp. na cavidade oral e a maioria ingeria alimentos cariogênicos e apresentava pH salivar igual a 7. A maior média do Índice CPOD foi observada entre aqueles que ingeriram sobremesa, chocolate e suco industrializado. Quanto à ingestão de alimentos cariogênicos entre escolares com Candida spp. na cavidade oral, 44,44% e 33,33% ingeriam biscoitos açucarados e sobremesa uma vez por semana, respectivamente. A maioria dos participantes que ingeriu sobremesa, chocolate, suco industrializado e leite com chocolate, independente da frequência de ingestão, apresentou pH 7. Conclusão: Em geral, os alunos, apesar de ingerirem alimentos cariogênicos, mesmo com frequência semanal, apresentaram Índice CPOD baixo, pH salivar adequado e Candida sp. não estava presente.