PREVALÊNCIA DA COLONIZAÇÃO POR ESTREPTOCOCO DO GRUPO B EM GESTANTES ATENDIDAS EM UM HOSPITAL PÚBLICO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31011/reaid-2023-v.97-n.1-art.1646

Palavras-chave:

Infecções Estreptocócicas, Streptococcus agalactiae, Sepse Neonatal, Recém-Nascido Prematuro, Prevalência

Resumo

Objetivo: Analisar a prevalência da bactéria estreptococo grupo B (EGB) em gestantes e verificar o padrão de resistência aos antimicrobianos. Métodos: Estudo transversal realizado com 149 gestantes acompanhadas pela Estratégia Saúde da Família (ESF), atendidas de outubro de 2019 a março de 2020, no município de Parnaíba-PI. Foram coletadas duas amostras de cultura, uma da região vaginal e outra da região anal, em seguida, inoculadas em meio seletivo de Todd-Hewitt, suplementado   com   gentamicina (8µg/mL) e   ácido   nalidíxico (15µg/mL).  As amostras foram analisadas nos laboratórios de microbiologia e de biotecnologia da Universidade Federal do Piauí, Campus de Parnaíba-PI. Exploraram-se também os dados demográficos, socioeconômicos, reprodutivos e clínico-obstétricos. Resultados: A taxa de colonização pelo EGB foi de 17, 45%, considerada elevada pois se aproxima da taxa de prevalência global de gestantes (17,9%). Todas as amostras positivas foram sensíveis à penicilina e a maior parte foram sensíveis a clindamicina (92,3%) e a eritromicina (73,1%). Conclusão: A prevalência do EGB dentre as gestantes analisadas foi relativamente alta, portanto, sugere-se a inclusão da cultura com antibiograma para EGB em todas as gestantes com idade gestacional de 35 a 37 semanas e administração da profilaxia intraparto para aquelas com resultado positivo, com ações promoção e proteção à saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Natália Pereira Marinelli, Universidade Federal do Piauí

Professora efetiva da Universidade Federal do Piauí (EBTT) Colégio Técnico de Teresina. Doutora em Tecnologia e Sociedade pela UTFPR. Enfermeira graduada pela Universidade Estadual do Maranhão em 2006, especialista em Saúde da Família e Saúde Materno-infantil pela Universidade Federal do Maranhão. Atuou como enfermeira assistencialista da Estratégia Saúde da Família no município de Timon ? MA (2006-2008) e em Caxias- MA (2008-2011).

Referências

López Y, Parra E, Cepas V, Sanfeliú I, Juncosa T, Andreu A et al. Serotype, virulence profile, antimicrobial resistance and macrolide-resistance determinants in Streptococcus agalactiae isolates in pregnant women and neonates in Catalonia, SpainSerotipo, perfil de virulencia, resistencia antimicrobiana y determinantes de la resistencia a macrólidos aislados de Streptococcus agalactiae en mujeres embarazadas y neonatos de Cataluña, España. Enfermedades infecciosas y microbiologia clinica (English ed.) [Internet]. 2018 [acesso 2023 Mar 01];36(8):472-7. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.eimce.2017.08.019

Rocha KNS, Oliveira MA, Nakamura KL, Furtado LRC, Lovatti LRD, Marcos CRSA et al. O manejo da infecção estreptocócica do grupo B em gestantes. Braz J Health Review, Curitiba [Internet]. 2022 [acesso 2023 Out 23];5(1):3113-22. Doi: 10.34119/bjhrv5n1-272

Strickland DM, Yeomans ER, Hankins GD. Cost-effectiveness of intrapartum screening and treatment for maternal group B streptococci colonization. Am J Obstet Gynecol [Internet]. 1990 [acesso 2023 Out 23];163(1 Pt 1):4-8. doi: 10.1016/s0002-9378(11)90654-1

Mohle-Boetani JC, Schuchat A, Plikaytis BD, Smith JD, Broome CV. Comparison of prevention strategies for neonatal group B streptococcal infection. A population-based economic analysis. JAMA [Internet]. 1993 [acesso 2022 Out 22];270(12):1442-8. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/8371444/

Steer PJ, Russell AB, Kochhar S, Cox P, Plumb J, Rao GG. Group B streptococcal disease in the mother and newborn-A review. Eur J Obst Gynecol Reproductive Biologyv [Internet]. 2020 [acesso 2023 Mar];252:526-33. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ejogrb.2020.06.024

Jacomini DLJ, Murayama HB. A importância do diagnóstico precoce no período neonatal para Estreptococo do grupo B. Rev Med [Internet]. 2023 [acesso 2023 Mar];102(1ed.esp.):e-204159. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v102i1(ed. esp.)e-2041597.

Santos JDS, Montenegro AKA. Estreptococos B Como Causa De Infecção Em Mulheres Grávidas: Uma Revisão Bibliográfica. Rev Multid Saúde [Internet]. 2021 [acesso 2023 Mar];2(2):02. Disponível em: https://doi.org/10.51161/rems/1158

Zhu Y, Lin XZ. Updates in prevention policies of early-onset group B streptococcal infection in newborns. Ped Neonat [Internet]. 2021 [acesso 2023 Mar];62(5):465-475. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.pedneo.2021.05.007

Ministério da Saúde (BR). Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 466/12 sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília-DF: Ministério da Saúde; 2012.

Silva MM, Silva EA, Oliveira CNT, Santos MLC, Souza CL, Melo FF et al. Distribution and Prevalence of Serotypes of Group B Streptococcus Isolated from Pregnant Women in 30 Countries: A Systematic Review. Maternal-Fetal Medicine [Internet]. 2023 [acesso 2023 Out 23]. Disponível em: 10.1097/FM9.0000000000000174

Assefa S, Desta K, Lema T. Group B streptococci vaginal colonization and drug susceptibility pattern among pregnant women attending in selected public antenatal care centers in Addis Ababa, Ethiopia. BMC Pregnancy Childbirth [Internet]. 2018 [acesso 2023 Out 23];135(18). doi: https://doi.org/10.1186/s12884-018-1791-4

Szylit NA, Malburg FL, Piccinato CA, Ferreira LA, Podgaec S, Zlotnik E. Prevalência de colonização retovaginal por estreptococo do grupo B em gestantes de programa de atendimento pré-natal de instituição de saúde. Einstein (São Paulo) [Internet]. 2020 [acesso 2023 Out 23];18:eAO4920. Doi: http://dx.doi.org/10.31744/einstein_journal/2020AO4920

Center for Disease Control and Prevention (CDC). Early onset group B strep: New guidance includes changes in dosing, assessment. Am Acad Ped [Internet]. 2019 [acesso 2023 Mar 10];134, 782:19-40. Disponível em: https://publications.aap.org/aapnews/news/8917?autologincheck=redirected

Zanatta V, Bierhals ND, Oliveira CF, Brixner B, Pollo-Renner JD. Prevalência De Streptococcus Agalactiae Em Gestantes Usuárias De Um Centro Materno Infantil Em Santa Cruz Do Sul, RS. Brasília Med [Internet]. 2021 [acesso 2023 Mar 10];58:1-5. Doi: 10.5935/2236-5117.2021v58a04

Oliveira TVL, Santana FAF, Souza CL, Oliveira MV. Prevalência e fatores associados a colonização por estreptococo do grupo B em gestantes. Rev. Bras. Saude Mater. Infant [Internet]. 2020 [acesso 2023 Mar 10];20(4). Disponível em: https://doi.org/10.1590/1806-93042020000400013

Walker K F, Plumb J, Gray J, Thornton J G, Avery A J, Daniels J P et al. Should all pregnant women be offered testing for group B streptococcus? BMJ [Internet]. 2021 [acesso 2023 Mar 10]; 373(882). Disponível em: doi:10.1136/bmj.n882

Freire CHE. Ocorrência do estreptococo do grupo B em gestantes de baixo e alto risco obstétrico em Manaus/AM. 2016. 66 f. Dissertação (Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia) [Internet]. Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2016 [acesso 2023 Mar 10]. Disponível em: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5495

Manzanares S, Zamorano M, Naveiro-Fuentes M, Pineda A, Rodríguez-Granger J, Puertas A. Maternal obesity and the risk of group B streptococcal colonisation in pregnant women, J Obst Gynaec, 2019;39:5: 628-32. Doi:10.1080/01443615.2018.1552670

Mendes SMC. Colonização por estreptococo grupo b, em gestantes de um hospital do município de Parnaíba-PI, Brasil. 2020. 76 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente). Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro; 2020.

Gao K, Gao C, Huang L, Guan X, Ji W, Chang C-Y et al. Predominance of III/ST19 and Ib/ST10 Lineages With High Multidrug Resistance in Fluoroquinolone-Resistant Group B Streptococci Isolates in Which a New Integrative and Conjugative Element Was Identified. Front. Microbiol [Internet]. 2021 [acesso 2023 Mar 10];11:609526. doi: 10.3389/fmicb.2020.609526

Fomento e Agradecimento: O presente estudo contou com financiamento misto, em que parte dos recursos foram disponibilizados pela autora e parte pela FIOCRUZ. Os equipamentos foram cedidos pela Universidade Federal do Piauí (UFPI).

Publicado

24-03-2023

Como Citar

1.
Moita Costa Mendes S, Marinelli NP, Rodrigues de Araújo A, Sotero-Martins A, Pacheco Rodrigues MT, Pais Ramos J. PREVALÊNCIA DA COLONIZAÇÃO POR ESTREPTOCOCO DO GRUPO B EM GESTANTES ATENDIDAS EM UM HOSPITAL PÚBLICO. Rev. Enferm. Atual In Derme [Internet]. 24º de março de 2023 [citado 14º de novembro de 2024];97(1):e023046. Disponível em: http://revistaenfermagematual.com.br/index.php/revista/article/view/1646

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL