Acesso aos Serviços de Saúde: o que dizem as mulheres privadas de liberdade?
DOI:
https://doi.org/10.31011/reaid-2018-v.86-n.24-art.94Resumo
Objetiva-se analisar como as mulheres encarceradas percebem o acesso aos serviços de saúde. Estudo descritivo,
exploratório e qualitativo realizado com quarenta mulheres em um presídio feminino do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
Foi utilizada na coleta de dados, a entrevista semiestruturada, e posterior transcrição na integra. As entrevistas foram
submetidas à análise de conteúdo na modalidade temática. Antes e durante o encarceramento, as mulheres referiram
dificuldades para acessar os serviços de saúde. Entretanto, surgem falas de modo contraditório, inferindo a possibilidade
de, após a entrada no sistema penal, essas mulheres conseguem acessar alguns serviços de saúde jamais visitados antes
do período de confinamento. Conclui-se que para garantir a aplicabilidade da política vigente, existe a necessidade de
estratégias de atenção integral à saúde dessas mulheres, que assegurem o acesso aos serviços de saúde numa perspectiva
ampliada de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, antes, durante e depois da prisão.
Palavras-chave: Acesso aos Serviços de Saúde; Assistência Integral à Saúde; Mulheres; Prisões.
Abstract
The aim is to analyze how incarcerated women perceive access to health services. This descriptive, exploratory and
qualitative study was carried out with 40 women in a female prison in the state of Rio de Janeiro, Brazil. It was used in
data collection, semi-structured interview, and subsequent transcription in the integrated. The interviews were
submitted to content analysis in the thematic modality. Before and during incarceration, women reported difficulties in
accessing health services. However, they appear contradictory, inferring the possibility of, after entering the penal system,
these women were able to access some health services never visited before the confinement period. It concludes that to
ensure the applicability of the current policy, there is a need for comprehensive health care strategies for these women,
which ensure access to health services in a broader perspective of promotion, prevention, treatment and rehabilitation,
before, during and after imprisonment.
Keywords: Access to Health Services; Integral Health Assistance; Women; Prisons.