Depressão, ansiedade e qualidade de vida em idosos de uma universidade aberta à terceira idade
DOI:
https://doi.org/10.31011/reaid-2021-v.95-n.35-art.1172Palavras-chave:
Enfermagem geriátrica; Envelhecimento; Qualidade de vida; Depressão; Ansiedade.Resumo
Objetivo: O objetivo deste estudo foi testar a associação entre ansiedade, depressão e a qualidade de vida de idosos participantes de uma Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI). Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, realizado com idosos (≥ 60 anos) sem declínio cognitivo, participantes da UATI em Senhor do Bonfim, BA. Os idosos foram avaliados por meio de três questionários: Escala de Depressão Geriátrica, Inventário de Ansiedade Geriátrica e instrumento de avaliação da qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-Old). Os dados foram submetidos à análise descritiva e a análise de correlação de Spearman foi utilizada para verificar a associação entre as variáveis. Resultados: dentre os 28 idosos participante, observou-se prevalência de 14,3% de depressão e 17,9% de ansiedade. Em relação aos domínios de qualidade de vida, a Participação Social (77,9 ± 11,3) e Funcionamento do Sensório (76,3 ± 17,1) apresentaram as maiores médias. A qualidade de vida se correlacionou negativa e moderadamente com a depressão (-0,439) e a ansiedade (-0,436), enquanto que ambos os transtornos apresentaram correlação positiva e moderada (0,671) entre si. Conclusões: Os idosos que obtiveram maior grau de ansiedade e depressão, apresentaram pior qualidade de vida, demonstrando a existência de associação significativa entre estas variáveis. Estes achados direcionam a necessidade de estudos que investiguem o surgimento da ansiedade e depressão em idosos, dissociando estas doenças de processos naturais do envelhecimento.