Reações adversas em pacientes oncológicos após tratamento radioterápico
Adverse reactions in oncological patients after radiotherapy treatment
DOI:
https://doi.org/10.31011/reaid-2020-v.92-n.30-art.698Palavras-chave:
Radioterapia, Radiação Ionizante, OncologiaResumo
Objetivo: Descrever reações adversas após tratamento radioterápico em pessoas com câncer
atendidas em um ambulatório de radioterapia. Metodologia: Trata-se de um estudo documental por
meio da coleta de dados em prontuários clínicos. Foram avaliados 436 pacientes que realizaram
tratamento radioterápico em busca de episódios de reações adversas registrados nos prontuários.
Foram elegíveis os pacientes maiores de 18 anos com diagnóstico de neoplasia (confirmado por
laudos citopatológicos e/ou histopatológico) que realizaram cinco ou mais sessões de radioterapia
entre 2015 e 2016. Resultados: 353 prontuários clínicos foram incluídos (83,6%) e 1.390 reações
associadas ao tratamento radioterápico foram descritas nestes pacientes, sendo 53,2% mulheres. As
reações adversas mais frequentes relacionadas à radioterapia foram dor (14%), radiodermite (9%) e
falta de apetite (8%). 69% dos pacientes não apresentavam sinais ou sintomas antes do diagnóstico,
sendo 25% diagnosticados com adenocarcinoma. A técnica de radioterapia mais utilizada foi a 3D
(67%), com cerca de 30 frações (14%) e 5000 Gy como dose total planejada (17%). 70% dos
pacientes que apresentaram reações adversas possuíam ao menos uma comorbidade. Conclusão: A
radioterapia pode estar associada à diversas reações adversas, variando os sinais e sintomas nos
pacientes acometidos. A prevenção e o manejo destas condições podem potencializar o tratamento,
reduzindo a morbidade e a mortalidade, além de proporcionar qualidade de vida aos pacientes com
câncer.