Vivências de familiares de crianças com deficiência
DOI:
https://doi.org/10.31011/reaid-2021-v.95-n.33-art.911Palavras-chave:
Família, Crianças com deficiência, Organizações em saúdeResumo
Objetivo: descrever a vivência de familiares que tem uma criança com deficiência. Metodologia: Trata-se de um recorte da pesquisa: Vivência de famílias constituídas de crianças com deficiência: organização práticas e necessidades com financiamento do CNPq. É uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa do tipo estudo de caso, realizada na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) localizada na região norte do Ceará. O estudo foi constituído por 23 familiares de crianças com deficiência. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista semi-estruturada. Resultados: a predominância do sexo feminino como cuidador principal da criança na faixa etária entre 30 a 40 anos. A maioria com ensino médio completo, com renda mensal de 1 salário mínimo, sendo este oriundo do Benefício de Prestação Continuada. Em relação as crianças, predominou o sexo masculino, os diagnósticos de paralisia cerebral e autismo, a faixa etária de 04 e 07 anos. Na análise dos discursos dos familiares, identificou-se que as vivências envolvem expectativas frustradas em relação à criança; a solidão no cuidado da criança; as dificuldades enfrentadas na família na reabilitação da criança; a necessidade de serviços especializados para cuidar da criança. Conclusão: cuidar de uma criança com deficiência ocasiona diversas mudanças na família, especialmente na vida da mãe, que se configura como cuidadora principal.