Ocorrência de infecções sexualmente transmissíveis e o uso do preservativo masculino por detentos
DOI:
https://doi.org/10.31011/reaid-2021-v.95-n.33-art.921Palavras-chave:
Doenças Sexualmente Transmissíveis; Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde; Preservativos; Prisioneiros; Saúde sexual.Resumo
Objetivo: Verificar a associação entre a história pregressa de ocorrência de infecção sexualmente transmissível com o conhecimento, a atitude e a prática dos detentos acerca do uso de preservativo masculino. Método: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, transversal, quantitativo, realizado com 169 detentos de uma penitenciária piauiense. A coleta dos dados se deu entre dezembro de 2018 a dezembro de 2019 por meio da aplicação de dois instrumentos. Os dados foram tabulados e analisados no software Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0. A pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa, parecer nº 2.948.435. Resultados: 138 (81,7%) detentos afirmaram que nunca tiveram infecções sexualmente transmissíveis (IST) e o conhecimento e a prática deles quanto ao uso do preservativo masculino foram considerados inadequados, respectivamente, 158 (93,5%) e 130 (76,9%), somente a atitude foi adequada, 87 (51,5%). Não houve associação estatística significativa entre a ocorrência de IST e o conhecimento, atitude e prática (p>0,005), mas, entre os que tiveram IST, a maioria teve conhecimento, atitude e prática inadequados, simultaneamente, 35 (20,7%), 19 (11,2%) e 31 (18,3%). Conclusão: É necessário o desenvolvimento de ações de educação em saúde para promoção da saúde sexual e a diminuição de IST nesse público.