Segurança do paciente na administração da antibioticoterapia em UTI Adulto: Reconhecendo as condições geradoras de risco
DOI:
https://doi.org/10.31011/reaid-2021-v.95-n.33-art.964Palavras-chave:
Segurança do Paciente; Enfermagem; Unidades de Terapia Intensiva; Erros de MedicaçãoResumo
Objetivo: Reconhecer as condições geradoras de risco para a segurança do paciente em uma Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTI – A) no processo de administração de antibióticos. Metodologia: estudo observacional descritivo realizado em uma UTI - A, no Rio Grande do Sul. Participaram do estudo dezessete técnicos de enfermagem que prestavam assistência aos pacientes no período de coleta de dados de abril a outubro de 2020, por meio de observação direta da administração de antibióticos. Utilizou-se o instrumento ASPAM - Avaliação da Segurança do Paciente na Administração de Medicamentos para coleta de dados, que avaliou os nove domínios da administração segura de medicação. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, sendo que as variáveis contínuas foram representadas por média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartílico (IIQ) e as categóricas por frequência relativa e absoluta. Principais resultados: Identificou-se baixa adesão aos cuidados na utilização de materiais e técnicas assépticas, sendo que somente seis (35,3%) profissionais realizaram este cuidado todas as vezes na preparação dos antibióticos. Em relação ao registro certo, apenas três (17,6%) profissionais sempre registraram o horário logo após a administração. Quanto a orientação realizada ao paciente e/ou acompanhante sobre o medicamento administrado, onze (64,7%) profissionais nunca orientaram. Conclusões: as condições geradoras de risco a segurança do paciente na administração da antibioticoterapia estavam principalmente voltadas a baixa adesão dos cuidados quanto a via certa, registro certo e orientação correta. Identificou-se assim necessidades de melhoria tanto de processos assistenciais quanto de capacitação de equipe.