ANÁLISE DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO NO ÂMBITO DA ATENÇÃO BÁSICA NO ESTADO DO PARÁ
DOI:
https://doi.org/10.31011/reaid-2024-v.99-n.4-art.2090Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde; Cuidado Pré-natal; Período Pós-Parto; Avaliação de Serviços de Saúde.Resumo
Objetivo: analisar a assistência ao pré-natal e ao puerpério do estado do Pará a partir de dados do 3º ciclo da avaliação externa durante os anos de 2017 e 2018. Métodos: Trata-se de um estudo avaliativo descritivo e transversal. A pesquisa utilizou dados providos pelo Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica do Ministério da Saúde, que realiza avaliações do desempenho dos serviços instaurados na atenção básica em caráter nacional. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva. Todas as análises foram feitas no software IBM SPSS Statistics, versão 20.0. Resultados: Foram avaliadas 1.147 equipes de atenção básica distribuídas em 130 municípios do estado do Pará, destas 1.146 (99,9%) realizam consulta de pré-natal, 1115 (97,3%) apresentaram documento de comprovação da consulta, 1129 (98,5%) das equipes utilizam a caderneta da gestante para o acompanhamento das gestantes e 1.001 (87,3%) dessas possuem a cópia/espelho das cadernetas das gestantes. Conclusão: a assistência ao pré-natal e puerpério no estado do Pará está difundida pelos seus diferentes municípios, entretanto demonstra fragilidades dentro do atendimento desde a estrutura de profissionais e acesso a serviços em horários especiais de acordo com a necessidade das gestantes até articulação com diferentes níveis de cuidado, sendo objetivo de assegurar o desenvolvimento gestacional e garantir o parto seguro prejudicado.
Downloads
Referências
Brito FAM, Moroskoski M, Shibawaka BMC, Oliveira RR, Toso BROG, Higarashi IH. Rede Cegonha: maternal characteristics and perinatal outcomes related to prenatal consultations at intermediate risk. Rev Esc Enferm USP. 2022; 56:e20210248. doi: https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2021-0248.
Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 1.459 de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. Diário Oficial da União, nº 121, 27 de junho de 2011, Seção 1. p. 109. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2011.
Ministério da Saúde (BR). Atenção ao pré-natal de baixo risco [Internet]. Série A. Normas e Manuais Técnicos Cadernos de Atenção Básica, n° 32. Brasília-DF: Ministério da Saúde; 2012. [citado 2024 Out 16]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf
Ministério da Saúde (BR). Manual Instrutivo para as Equipes de Atenção Básica e NASF. Brasília-DF: Ministério da Saúde; 2017. [citado 2024 Out 16]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/pmaq/ciclos-do-pmaq-ab/3o-ciclo/manuais-pmaq/manual_instrutivo_3_ciclo_pmaq.pdf
Leal MC, Esteves-Pereira AP, Viellas EF, Domingues RMSM, Gama SGN. Prenatal care in the Brazilian public health services. Rev Saúde Pública. 2020; 54:8. doi: https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054001458
Hatisuka MFB, Moreira RC, Cabrera MAS. Relação entre a avaliação de desempenho da atenção básica e a mortalidade infantil no Brasil. Ciênc Saúde Coletiva. 2021; 26(9): 4341-50. doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232021269.11542020
Paladine HL, Blenning CE.; Strangas Y. Postpartum care: an approach to the fourth trimester. Am Fam Physician. 2019; 100(8): 485-91. doi: https://www.aafp.org/afp/2005/1215/p2491.html
Almeida AHV, Gama SGN, Costa COM, Viellas EF, Martinelli KG, Leal MC. Economic and racial inequalities in the prenatal care of pregnant teenagers in Brazil, 2011-2012. Rev Bras Saúde Materno Infantil. 2019; 19: 43-52. doi: https://doi.org/10.1590/1806-93042019000100003
Guanabara MAO, Leite-Araújo MA, Matsue RY, Barros VL, Oliveira FA. Acesso de gestantes às tecnologias para prevenção e controle da sífilis congênita em Fortaleza-Ceará, Brasil. Rev Saúde Pública. 2017; 19: 73-8. doi: https://doi.org/10.15446/rsap.v19n1.49295
Carvalho TS, Pellanda LC, Dayle P. Stillbirth prevalence in Brazil: an exploration of regional differences. J Pediatr. 2018; 94: 200-06. doi: https://doi.org/10.1016/j.jped.2017.05.006
Thai A, Johnson KM. Relationship between Perceived Quality of Prenatal Care and Maternal/Infant Health Outcomes. South Med J. 2022; 115(12): v893-8. doi: 10.14423/SMJ.0000000000001483
Santos MS, Messias CM, Silva HCDA, Rosas AMMTF, Silva MRB. Avaliação de qualidade da assistência pré-natal prestada pelo enfermeiro: pesquisa exploratória. Online Braz J Nurs. 2020; 19(3): 1-10. doi: https://doi.org/10.17665/1676-4285.20206377
Rodrigues DB, Backes MTS, Delziovo CR, Santos EKA, Damiani PR, Vieira VM. Complexity of high-risk pregnancy care in the health care network. Rev. Gaúcha Enferm. 2022; 43: e20210155. doi: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2022.20210155.en
Fernandes JA, Venâncio SI, Pasche DF, Silva FLG, Aratani N, Tanaka OY, et al. Avaliação da atenção à gestação de alto risco em quatro metrópoles brasileiras. Cad Saúde Pública. 2020; 36(5): e00120519. doi: https://doi.org/10.1590/0102-311X00120519
Leal MC, Bittencourt DAS, Torres RMC, Niquini RP, Souza Jr PRB. Determinantes do óbito infantil no Vale do Jequitinhonha e nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Rev Saúde Pública. 2017; 51:12. doi: https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2017051006391
Silva EP, Leite AFB, Lima RT, Osório MM. Avaliação do pré-natal na atenção primária no Nordeste do Brasil: fatores associados à sua adequação. Rev Saúde Pública. 2019; 53:43. doi: https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2019053001024
Opacic J, Maldonado A, Ramseier CA, Laugisch O. Influence of periodontitis on pregnancy and childbirth. Swiss Dent J. 2019; 129(7-8):581-9. doi: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31271020/
Stein CB, Vazzoler LO, Teixeira DV, Rigo L. Use of dental services during pregnancy and associated factors. Rev ABENO. 2022; 22(2):1741. doi: https://doi.org/10.30979/revabeno.v22i2.1741
Baratieri T, Natal S. Ações do programa de puerpério na atenção primária: uma revisão integrativa. Ciênc Saúde Coletiva. 2019; 24(11): 4227–48. doi: https://doi.org/10.1590/1413-812320182411.28112017
Cesar JA, Mendoza-Sassi, Raul A, Marmitt LP. Evolução da assistência à gestação e ao parto no extremo sul do Brasil. Rev Saúde Pública. 2012; 55:50. doi: https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2021055003128
Luz LA, Aquino R, Medina, MG. Avaliação da qualidade da atenção pré-natal no Brasil. Saúde Debate. 2018; 42(spe2): 111–126. doi: https://doi.org/10.1590/0103-11042018S208
Torres RG, Mendonça ALN, Montes GC, Manzan JJ, Ribeiro JU, Paschoini Mc. Syphilis in pregnancy: the reality in a public hospital. Rev Bras Ginecol Obstet. 2019; 41: 90-6. doi: 10.1055/s-0038-1676569
Rêgo AS, Costa LC, Rodrigues LS, Garcia RAS, Silva FMA, Junior D’eca A, et al. Congenital syphilis in Brazil: distribution of cases notified from 2009 to 2016. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2020; 53: e20200338. doi: https://doi.org/10.1590/0037-8682-0338-2020
Marques Dos Santos M, Lopes AKB, Roncalli AG, Lima KC. Trends of syphilis in Brazil: a growth portrait of the treponemic epidemic. Plos One. 2020; 15(4): e0231029. doi: 10.1371/journal.pone.0231029
Bezerra MLMB, Fernandes FECV, de Oliveira Nunes JP, de Araújo Baltar SLSM, Randau KP. Congenital syphilis as a measure of maternal and child healthcare, Brazil. Emerg Infect Dis. 2019; 25(8):1469. doi: 10.3201/eid2508.180298
Cesar JA, Camerini AV, Paulitsch RG, Terlan RJ. Não realização de teste sorológico para sífilis durante o pré-natal: prevalência e fatores associados. Rev. Bras. Epidemiol. 2020; 23:e200012. doi: https://doi.org/10.1590/1980-549720200012
Swayze EJ, Cambou MC, Melo M, Segura ER, Raney J, Santos BR, et al. Ineffective penicillin treatment and absence of partner treatment may drive the congenital syphilis epidemic in Brazil. AJOG Glob Rep. 2022; 2(2):100050. doi: 10.1016/j.xagr.2022.100050
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.