Autonomia e integração dos usuários transexuais em estratégia de saúde da família
DOI:
https://doi.org/10.31011/reaid-2019-v.88-n.26-art.445Resumo
RESUMO Objetivos: identificar as publicações indexadas em banco de dados; caracterizar essas produções e analisar os resultados com apoio na teoria do reconhecimento honnetiana, oferecendo uma síntese dessas publicações. Metodologia: Revisão integrativa da literatura sistematizada, qualitativa. A questão constituiu-se em quais são as evidências sobre vulnerabilidades e integração dos usuários transexuais para seu reconhecimento nos cuidados em saúde? Recorte de 2012 a 2018 nos bancos de dados da BVS e PubMed com DECs e Mesh, respectivamente. A consulta fora realizada em 10 de agosto de 2017. Resultados: Foram encontrados 55 artigos e após utilização dos filtros, com critérios de inclusão e exclusão, restaram 25 artigos, emergindo três categorias, a saber, paradigma biomédico; estigma, invisibilidade e heteronomia; processo de trabalho. As discussões versaram sobre modelo biomédico e invisibilidade desses usuários estigmatizados, perpassando pelo processo de trabalho deficitário, por falta de conhecimentos sobre questões socioculturais de gênero e técnicas. Conclusão: A realidade descrita é inversa à integralidade da assistência que se deseja, distante da equidade pretendida, sensíveis à vulnerabilidade da população em estudo. Esses usuários, concebidos com rótulos pré-determinados, são sujeitos integrantes da comunidade em que a aceitação e convívio dependem de mudança de paradigma, em que a assistência/cuidado recebido contribua para o reconhecimento desses usuários. Descritores: Atenção primária à saúde; Transexualismo; Pessoas transgêneros.