Codependência química: percepção de familiares de usuários de substâncias psicoativas de uma comunidade terapêutica do Sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.31011/reaid-2018-v.86-n.24-art.562Palavras-chave:
Família. Transtornos relacionados ao uso de substâncias. Relações familiaresResumo
O Objetivo é conhecer a percepção dos familiares de dependentes químicos, de uma comunidade terapêutica, acerca da codependencia química. Trata-se de uma pesquisa, cuja amostra constituiu-se por oito familiares. A coleta de dados ocorreu por meio da entrevista semiestruturada e pelo uso do diário de campo, no período de maio e junho de 2017, tendo como foco a percepção da família acerca da convivência com o dependente, os fatores de risco para o desencadeamento da codependência e as características mais frequentes dos codependentes. Mediante a análise textual discursiva, constatou-se que os familiares foram identificados como codependentes, a partir das características apresentadas, entre elas: medo, culpa, excesso de cuidado/controle e insegurança. O funcionamento do familiar com o dependente químico está relacionado às formas de interação estabelecidas com o todo e não somente com aquele que supostamente seria o responsável pela disfuncionalidade da família. A codependência aponta para um processo relacional amplo e complexo, que está em constante comunicação com diversos contextos, principalmente o social. Assim, faz-se necessário compreendermos as relações humanas, considerando as ciências naturais e sociais, percebendo a constante interligação entre o ambiente e as pessoas.