Aplicação da teoria de Callista Roy a pais/Cuidadores de crianças autistas: uma proposta intervencionista
DOI:
https://doi.org/10.31011/reaid-2020-v.94-n.32-art.728Palavras-chave:
Transtorno do Espectro Autista, Adaptação, Processo de EnfermagemResumo
Objetivo: Elaborar e aplicar uma proposta de intervenção, conforme o Modelo Teórico apresentado pela enfermeira Callista Roy, a pais/cuidadores de crianças no Espectro Autista em um município maranhense. Metodologia: Estudo avaliativo, exploratório, com abordagem qualitativa, realizado em um município maranhense, com 31 pais/cuidadores de crianças no Espectro Autista, mediante aplicação de um formulário sociodemográfico, entrevista estruturada conforme modelo de Roy e um exame físico geral simples, bem como a aplicação dos Inventários de Ansiedade e Depressão de Beck. Resultados: Foram verificados problemas adaptativos no Modo Fisiológico - indigestão/desconforto abdominal, alteração no sono, agitação, falta de energia, incapacidade de relaxar, choro, dificuldade de concentração, medo que aconteça o pior, medo de morrer; atordoado e nervoso; Modo Autoconceito – problemas adaptativos de perda de prazer, irritabilidade, cansaço ou fadiga e autocrítica; Modo Função na vida real – desvalorização, medo de perder o controle e indecisão; e ainda, o Modo Interdependência - perda de interesse por sexo e perda de interesse. Outrossim, estabeleceram-se dezenove Diagnósticos de Enfermagem e Intervenções de Enfermagem necessárias, sendo que esta proposta de intervenção foi fornecida aos participantes do estudo. Conclusão: Considera-se que o Referencial Teórico da enfermeira Callista Roy pode ser plenamente aplicado a estas pessoas e seu núcleo familiar e destaca-se que a Enfermagem, como a profissão consolidada que tem se tornado, precisa resgatar seus constructos, pressupostos e referências, lançando mão do Processo de Enfermagem e aplicando na sua prática para que o seu fazer possa ser privativo da profissão, específico e efetivo.