Perfil Epidemiológico da Sífilis Congênita no Brasil no período de 2014 a 2018
DOI:
https://doi.org/10.31011/reaid-2021-v.95-n.33-art.795Palavras-chave:
Sífilis Congênita; Gestante; Criança; Pré-NatalResumo
Introdução: A sífilis congênita é o resultado da disseminação hematogênica do Treponema pallidum por via transplacentária, da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada, para o seu concepto. Objetivo: A pesquisa tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita (SC) no Brasil no período de 2014 a 2018. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico de abordagem quantitativa, de caráter descritivo e exploratório, com coleta de dados realizada na Plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: Foi possível observar que no período de 2014 a 2018, o maior índice de SC ocorreu no ano de 2018, correspondendo a 24,19% dos casos registrados no período. Embora 80,41% das gestantes tenham realizado pré-natal e 55,07% tenham sido diagnosticadas durante o mesmo, 56,98% das gestantes realizaram o tratamento de forma inadequada e 26,63% não o realizaram, esse fato também foi pertinente no que diz respeito ao tratamento do parceiro, dos quais 60,09% não realizaram, o que pode contribuir para um aumento do número de casos. Conclusão: Aincidência de sífilis congênita é considerada um indicador da qualidade de assistência de pré-natal. Logo, dever ser iniciado o tratamento imediato dos casos diagnosticados, tanto das gestantes quanto de seus parceiros. É importante reiniciar a terapêutica quando interrompida, pois a sífilis congênita pode ser evitada, se a mesma for realizada de forma correta e mais precoce possível.